Milan e Inter têm a maior rivalidade entre as potências do futebol italiano. Mas esse sentimento não atrapalha as negociações entre eles.
Trocar um clube pelo outro, como acaba de fazer o brasileiro Leonardo, técnico do clube rubro-negro na temporada passada e novo comandante da Inter, não é algo raro. Pelo contrário, é um movimento bem comum.
Nos últimos dez anos, 14 atletas saíram de um rival direto para o outro. E não foram só nomes inexpressivos que fizeram esse caminho.
O meia Andrea Pirlo, um dos principais jogadores da Itália na atualidade, foi um dos nove ex-interistas contratados pelo Milan na década. Seedorf, Vieri e Favalli também fazem parte da lista.
Os reforços interistas vindos do maior adversário foram mais modestos. O ex-lateral Francesco Coco, que foi à Copa-2002, o turco Ümit Davala e o dinamarquês Helveg são os mais conhecidos.
Principal destaque do Milan nesta temporada, o sueco Ibrahimovic era ídolo na Inter há um ano e meio. Antes de trocar de rival, passou pelo Barcelona. Ronaldo fez o mesmo percurso, mas ficou mais tempo na Espanha, onde jogou pelo Real Madrid.
Apesar da frequência alta de transações, o vice-presidente milanista, Adriano Galliani, disse anteontem, antes do anúncio da Inter, que não sabia como reagiria ao ver Leonardo no banco rival.
O ex-jogador, demitido do Milan no fim da temporada, atuou pelo rubro-negro por quatro temporadas e ficou mais sete como dirigente.
Ele assinou com a Inter até o meio de 2012 e terá a missão de pôr no caminho um time que ganhou tudo com José Mourinho e perdeu desempenho com Rafael Benítez, seu antecessor no cargo.