O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, teve nesta terça-feira sua primeira reunião com representantes de provedores de acesso à internet, para discutir o PNBL (Plano Nacional de Banda Larga), e prometeu medidas que podem reduzir o custo final da banda larga.
Os pequenos provedores apresentaram uma lista de problemas, que podem impactar no custo final do serviço, como a dificuldade de obter crédito, tarifas bancárias e cobranças exorbitantes das distribuidoras de energia para uso de postes.
Os empresários ouviram do ministro que o governo irá "interferir para ajudar". A primeira medida será a criação de uma linha especial de financiamento no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), com liberação do investimento por meio do cartão BNDES assegurada pelo fundo garantidor de investimento.
O governo abriu ainda a possibilidade de rever o preço do link que os provedores pagam à Telebrás para ofertar internet no varejo. Até então a meta é que os provedores paguem R$ 230 para um link de 1 mega, que pode ser ofertado para até 10 clientes.
Dessa forma, Paulo Bernardo acredita ser possível que o preço de R$ 35 para internet de 512 kbps possa ficar ainda menor. O ministro garantiu que até maio as diretrizes finais do plano estarão desenhadas.
Atualmente, o preço médio de oferta de banda larga está a R$ 60 para uma conexão de 512 kbps, afirmou o ministro.
Paulo Bernardo garantiu também que está conversando com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, para tentar baixar o preço cobrado pelas distribuidoras pelo uso de postes. Segundo Percival Henriques, presidente da Anid (Associação Nacional para Inclusão Digital), as empresas cobram de R$ 2 a R$ 15 para uso de um poste normal, usado para conduzir internet ao consumidor final.
Paulo Bernardo pediu aos provedores uma planilha com todos os custos e problemas para serem solucionados. "Não é filantropia, queremos que os provedores tenham condição e disposição de fornecer internet a preços baixos", disse.
Há mais de 2.000 pequenos provedores no país, que são considerados estratégicos para o PNBL pela possibilidade de oferecerem o serviço a localidades remotas e pouco atrativas para grandes empresas.