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AGRONEGÓCIO Exportações batem a marca dos US$ 76 bi Exportações batem a marca dos US$ 76 bi 12 JAN 2011 • POR DA REDAÇÃO • 14h15

O Brasil registrou, em 2010, exportações recordes no setor agropecuário com US$ 76,4 bilhões. Na comparação com 2009 (US$ 64,7 bilhões), o valor é 18% maior e supera em US$ 4,6 bilhões os US$ 71,8 bilhões registrados, em 2008, até então o melhor ano para as vendas externas do agronegócio. O resultado da balança comercial, divulgado pelo ministro da Agricultura, Wagner Rossi, nesta quarta-feira, 12 de janeiro, mostra também que houve crescimento de 35,2% nas importações, que passaram de US$ 9,9 bilhões, em 2009, para US$ 13,4 bilhões em 2010.

Com isso, o superávit da balança comercial do agronegócio alcançou US$ 63 bilhões ou US$ 8,1 bilhões superior ao registrado em 2009. Esse saldo foi três vezes maior que os US$ 20 bilhões observados no superávit do comércio global do Brasil no mesmo período.

A participação do agronegócio nas exportações totais brasileiras caiu de 42,5%, em 2009, para 37,9%, em 2010. A explicação para essa diminuição é a crise financeira internacional, que teve seu auge justamente há dois anos. Em 2009, as exportações do agronegócio tiveram queda inferior à registrada pelos demais setores, uma vez que a demanda por produtos agropecuários é menos influenciada pela renda. Esse fator contribuiu para que o setor sustentasse o superávit naquele ano. Passada a crise, em 2010, a recuperação das exportações dos demais produtos foi superior ao incremento das vendas agropecuárias, o que resultou na queda de participação.

Produtos

A soja mantém a liderança nos itens mais exportados pelo país, apesar da queda na participação das vendas internacionais (de 26,6% para 22%). A redução deve-se à ligeira queda (- 0,8%) no valor exportado no último ano.

O açúcar foi o grande destaque de 2010. A forte expansão das receitas de exportação do produto, de 52%, tornou o complexo sucroalcooleiro (com predominância de açúcar e etanol) responsável por 18% das exportações do agronegócio. Com isso, esse setor tornou-se o segundo no ranking exportador, ocupando o lugar das carnes, que atualmente respondem por 17,8% das vendas externas.