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OPERAÇÃO GELEIRA Prefeitos e ex-prefeitos do Piauí são presos Prefeitos e ex-prefeitos do Piauí são presos 19 JAN 2011 • POR PORTALDIA.COM • 17h35

Com o objetivo de dar cumprimento a 84 mandados de busca e apreensão e outros 30 mandados de prisão, a Polícia Federal deflagrou, na madrugada desta quarta-feira, a Operação Geleira, que abrange a capital Teresina e outras cidades do Piauí. Segundo nota divulgada pela PF, trata-se de uma ação conjunta com a Controladoria Geral da União e o Ministério Público Federal.

 Participam da Operação Geleira 325 policiais federais, parte deles vindos de outros estados. Além de 29 servidores da CGU.

 A operação da PF visa à desarticulação de uma quadrilha composta por empresários, gestores públicos e até prefeitos. As acusações que pesam contra o grupo são de: emissão de notas fiscais frias, falsificação de documentos, desvio de recursos públicos federais e municipais, sonegação fiscal, constituição de empresas fantasmas e lavagem de dinheiro.

 Os crimes ocorriam principalmente com a participação de empresários do setor de medicamentos e merenda escolar. A quadrilha teria desviado recursos do Sistema Único de Saúde e do Fundeb.

 Sete prefeitos estão entre as pessoas que são alvo de mandados de prisão expedidos pela Justiça Federal. A saber: Bismarck Arêa Leão (PTB), de Miguel Leão; Valdir Soares da Costa (PT), de Uruçuí; Domingos Bacelar de Carvalho, o Dó Bacelar (PMDB), de Porto; Joedison Alves Rodrigues (PTB), de Landri Sales; Teresinha de Jesus Araújo (PSDB), de Elizeu Martins; Isael Macedo Neto (PTB), de Caracol; e Jorge de Araújo Costa (PTB), de Ribeira do Piauí.

Também foram detidos o ex-prefeito de Uruçuí, Chico Filho, atual diretor da Emater, e a ex-prefeitura de Marcos Parente, Juraci Alves, que é mãe do atual prefeito de Landri Sales, que está entre os que tiveram a prisão temporária decretada.

 A PF, MPF e CGU classificaram como sofisticados os mecanismos utilizados pela quadrilha. Os envolvidos utilizavam notas fiscais frias emitidas por empresas fantasmas para justificar gastos que, na realidade, não existiam.

 PF informou que, após prestarem depoimento na sede da Superintendência Regional, os envolvidos serão encaminhados para presídios localizados na capital.

 Os prefeitos serão encaminhados para a penitenciária Major César. As três mulheres detidas serão levadas para a Penitenciária Feminina. E os demais presos ficarão na Casa de Custódia e na Penitenciária Irmão Guido.