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SETOR PRIVADO Cai número de trabalhadores sem carteira assinada Cai número de trabalhadores sem carteira assinada 27 JAN 2011 • POR agência brasil • 13h41

O número de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado caiu em 2010 pelo quinto ano consecutivo, segundo pesquisa divulgada hoje (27), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Do total de trabalhadores na área, 12,1% estavam sem o documento, no ano passado, contra 12,7% em 2009. Já em 2003, o percentual era de 15,5%.

Em 2010, 10,2 milhões de trabalhadores tinham carteira de trabalho assinada no setor privado. Dessa maneira, em relação ao total de ocupados, o percentual de trabalhadores no setor passou de 44,7% em 2009 para 46,3%. Em 2003, o índice era 39,7%.

Segundo o coordenador da Pesquisa Mensal do Emprego, Cimar Azeredo, o aumento no número de trabalhadores com carteira reflete um cenário econômico favorável, além do aumento da fiscalização. O benefício, segundo ele, também contribui para a robustez da economia.

“Principalmente no caso de trabalhadores com rendimento mais baixo, a carteira significa cidadania, no sentido de que esse trabalhador vai ter crédito. Ele vai passar a comprar, e, de alguma forma, movimentar a economia e contribuir para a melhora do cenário econômico”, disse.

Entre 2003 e 2010, o número de trabalhadores com carteira avançou 38,7% enquanto o total de ocupados cresceu 18,9%. Isso significa que 2,8 milhões de postos de trabalho com carteira assinada foram gerados no período, de acordo com IBGE.

No período, Azeredo destacou com indicador da queda da informalidade a redução do percentual de pessoas trabalhando por conta própria, que passou de 20% da população ocupada para 18,4%.

Entre os setores, o percentual de informalidade teve maior redução na construção civil, cujos índices de trabalhadores sem carteira caíram de 7,7% para 5,7% entre 2003 e 2010.

O número de trabalhadores com carteira assinada também subiu no setor de serviços domésticos, mas o número de empregados sem o documento é de 62,6%. De acordo com Azeredo, esses trabalhadores preferem ganhar mais a ter direitos trabalhistas reconhecidos.