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GIBA UM

"Cada um de vocês deve se perguntar o que eu posso fazer pelo meu país",

de JAIR BOLSONARO // dizendo que "não autoriza nada" e adaptando frase famosa de John F.

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Com a soltura de quase todos os condenados pela Lava Jato e até anulação de sentenças, as grandes empresas envolvidas agora abriram entendimento com tribunais superiores para receberem de volta.

Mais: querem o valor com juros e correção. A quantia devolvida aos cofres públicos através de acordos, via delações. Foram 17 acordos de leniência dessas empresas, com devolução, à título de multa, de R$ 12,7 bilhões.

“Cada um de vocês deve se perguntar o que eu posso fazer pelo meu país”, 

de JAIR BOLSONARO // dizendo que “não autoriza nada” e adaptando frase famosa de John F. Kennedy.

In – Tagine (prato típico do Marrocos)
Out – Galinhada (prato típico do Brasil)

Fotos: Ivan Erick // Reprodução

Felicidade é diferente

A atriz e empresária Marina Ruy Barbosa está na capa da revista digital Cidade Jardim. Em entrevista que ela se deu conta que está prestes a completar 20 anos de carreira como atriz e faz um balanço: “Na verdade, eu não havia parado para fazer essa conta. Mas, agora, em uma retrospectiva, lembrando quando comecei como atriz mirim e, hoje, vendo quantos sonhos consegui realizar, sinto orgulho. É muito difícil essa passagem de ser atriz mirim e ir encontrando o seu lugar no meio artístico como uma atriz adulta. Quanto aos aspectos negativos, procuro não pensar que foram ruins. O mais complexo disso tudo é lidar com as fofocas, ainda que eu esteja vacinada contra elas”. Marina reconhece que seu maior desafio até agora foi a criação de sua marca. “Foi um dos maiores desafios, uma das possibilidades pelas quais a vida me tirou da zona de conforto. Eu realmente queria fazer uma marca que fosse respeitada e reconhecida, com conceito e propósito”. Apesar de estar fora da TV há três anos, a atriz revela que não deixará de atuar: “Nesse momento, estou empreendendo e exercendo outros papéis. Mas atuar é algo que farei para o resto da vida. Mas o que eu quero mesmo são trabalhos que façam sentido para esta mulher que sou hoje”. E no fim completa: “Tenho sonhos, vontades e quero estar preparada para desafios. Mas procuro ter a calma de entender que, com 27 anos, amadureci e tento ser gentil comigo. Felicidade na vida é diferente de ter fama ou dinheiro”.

Paixão antiga

Na semana passada, o futuro ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, deu uma entrevista à grupo de jornalistas da GloboNews, garantiu que vai pacificar as Forças Armadas e que não permitirá mais ações antidemocráticas, incluindo de militares nas redes sociais. Mucio é uma escolha pessoal do presidente que acaba de ser diplomado e que chefiou a Secretaria de Relações Institucionais no segundo governo do petista. Analistas, contudo, lembram que ele e os novos comandantes foram abençoados pelos militares que cercam Jair Bolsonaro, os mesmos que sempre deram cobertura às suas ameaças. Mucio passou uma década na Arena e agora está no PTB de Roberto Jefferson. Os mesmos analistas acham que ele não é a pessoa certa para despolitizar a caserna. Monteiro disse ainda que irá conversar pessoalmente com o ainda presidente Jair Bolsonaro que, nesses dias, falou a um grupo que protestava nas imediações da sede do governo, dizendo que “é o comandante das Forças Armadas”. O futuro ministro da Defesa tem relação muito cordial com o Chefe do Executivo. Logo depois de sua derrota nas urnas para Lula, Mucio foi visitar o Capitão, que ainda chorava o resultado, no Palácio do Alvorada, sem registro na agenda oficial. No passado, Bolsonaro disse que era “apaixonado” por Monteiro.

Aparição rara

Casados desde 1997 os atores Sarah Jessica Parker, 57 anos e Matthew Broderick, 60 anos, são fotografados raramente juntos. Broderick é  mais caseiro e está três anos afastado da mídia, TV e Cinema. Já Sarah algumas vezes foi clicada num tapete vermelho de alguma premiação. A atriz está se preparando para filmar a segunda temporada da série And Just Like That e recentemente  pôde ser vista no filme Abracadabra 2. No último final de semana o casal foi clicado com os filhos (em um clique ainda mais raro), James, de 20 anos e as gêmeas Tabitha e Marion, de 13 anos na estreia da peça, Some Like It Hot, em Nova York.

Sem dinheiro

O aluguel da mansão em Ville de Montagne, no Jardim Botânico, em Brasília (onde Bolsonaro iria morar) e também o do escritório duplex, com recepção, refeitório e até um auditório (onde o mesmo Bolsonaro instalaria seu QG) estão em suspenso porque o PL, que deveria pagar tudo, está sem dinheiro. O TSE bloqueou R$ 13,6 milhões do partido como parte da multa de R$ 22,9 milhões por conta de ação falsa contra as urnas eletrônicas. Valdemar Costa Neto, dono da sigla, está tentando desbloquear tudo.

Crime ambiental

O quase ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, já monta seu gabinete e escolhe assessores de confiança. Recebe negros, indígenas, de direitos humanos e policiais. Sabe que a segurança pública é um dos graves problemas do Brasil e já desenvolve a ideia de criar uma diretoria na Polícia Federal específica para o crime ambiental. Quer combater o garimpo ilegal, mas sem sair prendendo todo mundo. Afinal, são 23 mil garimpeiros ilegais.

Financiamento

2.364 empresas foram investigadas pela Justiça Eleitoral por irregularidades na campanha eleitoral no período que precedeu a vitória de Lula. Entre os motivos, estão assédio por patrões a funcionários, propaganda de candidato por pessoas jurídica e financiamento de atos antidemocráticas e bloqueios que se alastraram pelo país com a derrota de Jair Bolsonaro. Um caso que ganhou repercussão foi o do Frigorifico Goiás que, no dia da eleição, anunciou o quilo da picanha a R$ 22 (número de Bolsonaro).

BLOQUEADAS

Ainda o levantamento da Justiça Eleitoral: das empresas investigadas por assédio eleitoral surge um total deste ano 15 vezes maior ao registrado nas eleições de 2018. Para financiamento suposto de atos golpistas somam 43 empresas. O total inclui pessoas físicas e jurídicas, que tiveram contas bancárias bloqueadas. À propósito de atos golpistas e recente falação de Jair Bolsonaro, nesses dias, a um grupo que estaciona próximo a quartéis, não animou seus integrantes. Ninguém entendeu o que ele falou: muitos acharam enrolação.

Sem “revogaço”

A equipe de transição do governo está preparando apostas para derrubar os sigilos de 100 anos imposto pelo governo Bolsonaro, promessa de campanha de Lula, sem ferir a Lei Geral de Proteção de Dados. Traduzindo: em vez de um anunciado “revogaço”, será preciso analisar caso a caso, com critérios mais claros para definir informações sensíveis. Entre tantos casos que ganharam 100 anos de sigilo, estão o do general Eduardo Pazuello (na ativa, participou de comícios) e do senador  Flávio Bolsonaro (“rachadinhas”).

SUPER DÍVIDA

A equipe de transição do governo de Lula fez um levantamento do impacto financeiro que as medidas de Jair Bolsonaro terão sobre todo o setor elétrico, com reflexos diretos na conta do consumidor. A estimativa aponta para um rombo de R$ 500 milhões nos próximos anos, até dezembro de 2026. Entre os causadores da colossal despesa estão a “conta covid”, escassez hídrica, contratação emergencial de usinas, emendas jabutis no processo de privatização da Eletrobras, usinas térmicas e construção de pequenas centrais elétricas, só para começo de conversa.

De uma vez só

O presidente eleito Lula (PT) não despachará do Planalto nem dormirá no Alvorada, residência oficial, nos primeiros dias de governo. Ele pretende exonerar todos os ocupantes de cargos comissionados no dia 1º de janeiro, quando toma posse. A lista já está preparada. Como não haverá grande recepção aos convidados do novo governo (apenas cumprimentos de chefes de Estados e representações diplomáticas), depois da posse, Lula e Janja irão diretamente para o hotel onde se hospedam. A decisão de ir morar uns dias no hotel deve-se ao temor (conforme esta coluna antecipou) de escutas instaladas no Planalto e no Alvorada.

Furioso

Bolsonaro ficou irritado quando Tarcísio de Freitas disse que “não era bolsonarista raiz”. Depois, a irritação piorou: foi quando o presidente viu a foto do governador eleito de São Paulo, dando risadas ao lado do presidente do TSE, Alexandre de Moraes durante posse de dois ministros no STJ. Alguns assessores comentaram : “Agora só falta o Tarcísio ir à posse de Lula”. Nesses dias, Tarcísio tentou consertar dizendo que é “grato a Bolsonaro”. Mais: o governador não vai à posse de Lula, mas Gilberto Kassab, secretário do governo dele, vai.

DIFERENÇA

Deixando a Presidência, Jair Bolsonaro terá direito a levar 42 itens catalogados como presentes de caráter pessoal, recebidos de chefes de Estado e autoridades estrangeiras. São oito objetos de países da América, quatro da Europa, dois da África e 29 da Ásia. Nesse quesito, a diferença do presidente que sai para o que volta é colossal: em oito anos de governo, Lula teria recebido perto de 1,4 mil objetos de chefes de Estado classificados como de cunho pessoal.

MISTURA FINA

SE o presidente eleito Lula resolver indicar mesmo a senadora Simone Tebet para o futuro Ministério do Desenvolvimento Social (é o que ela gostaria, se convidada), sua participação no governo será na condição de representante do MDB na nova administração. Muitos defendiam a tese de que Simone, caso virasse ministra, seria na cota pessoal de Lula. O presidente da sigla, Baleia Rossi (SP) já bateu o martelo: se ela integrar o ministério será na cota do MDB.

LULA vai recriar o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, que poderá ser ocupado por Josué Gomes, que renunciaria à presidência da Fiesp. Assumiria Rafael Cervone Netto, 1º vice-presidente da entidade que já preside a CIESP. O ministério recriado ancorará o BNDES, que deverá ter na presidência Aloizio Mercadante.

O PL tem interesse especial na principal cadeira do Senado porque existe uma coleção de pedidos de impeachment contra ministros do Supremo com Rodrigo Pacheco. Desde 2021 são 38 representações: 18 contra Alexandre de Moraes, 12 contra Luís Roberto Barroso e cinco contra Gilmar Mendes. E há outras que pedem a cassação de todos os 11 ministros de uma vez só.

NUMA edição de Playboy de 2009, Valeska Popozuda, toda nua, posou de quatro folheando uma revista com o rosto de Lula em página inteira. Na época, uma polêmica nacional. Agora, ela vai cantar na posse do petista o Funk do Lula, que tem letra dirigida ao então presidente da época. Em 2012, ela deu uma entrevista para a mesma publicação, falando de sua admiração por Lula. No funk, há até o pedido de um ministério.

O NÚMERO de armas em mãos civis no Brasil beira 2 milhões – 1,2 milhão a mais nos últimos três anos, segundo o instituto Sou da Paz. Nas estatísticas do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 29% dos feminicídios e dois terços dos assassinatos de mulheres são cometidos com armas de fogo. No primeiro semestre de 2022, foram registrados 699 feminicídios no país, por dia quatro brasileiras.

O FUTURO ministro das Relações Exteriores, o diplomata Mauro Vieira, respeitado por todos (foi chanceler no governo de Dilma Rousseff), apadrinhou muitas vezes o ex-ministro Ernesto Araújo, integrante do governo Bolsonaro. Ernesto não queria falar com ele e mandou-o para a embaixada da Croácia.  De lá, Mauro tentou falar oito vezes com o chanceler, mas nunca foi atendido.

NOVONOR (antiga Odebrecht), Andrade Gutierrez e Cemig estão conversando em torno da venda conjunta de suas participações na Santo Antônio Energia, controladora da hidrelétrica do mesmo nome. A ideia do trio, que detém cerca de 20% do capital, é oferecer o quinhão à Eletrobras, acionista controladora. Novonor, Andrade e Cemig já começaram a preparar o terreno para sua saída do negócio no recente aporte de capital na Santo Antônio. Não acompanharam a capitalização tendo suas participações diluídas.

CLÁUDIO HUMBERTO

"Este país precisa ser pacificado. Ninguém aguenta mais esse radicalismo"

José Múcio, ministro da Defesa, pedindo a soltura dos inocentes do 8 de Janeiro

12/02/2025 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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Ministra tirada da cúpula de Paris se agarra ao cargo 

Excluída da delegação à Cúpula de Paris sobre Inteligência Artificial, a ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, ativista do PCdoB, deveria ter a dignidade de pedir demissão. O Brasil foi representado pelo chanceler decorativo Mauro Vieira. Deve ser demitida na reforma ministerial, mas esquerdista adora uma boquinha e Luciana se sujeita à humilhação porque espera virar ministra da Mulher no lugar de Aparecida Gonçalves, alvo de várias denúncias de assédio moral. 

Quem dá mais?

Ambicionado pelo PSB, o cargo da ministra já foi oferecido ao PSD de Gilberto Kassab, que chefiou a pasta no governo Michel Temer. 

La vie en rose

Mauro Vieira entende tanto de inteligência artificial quanto de física quântica, mas o que ele adora mesmo é flanar nas ruas parisienses.

Irrelevância

Enquanto discutiam inteligência artificial em Paris, segunda (10) e terça (11), a ministra ocupava o tempo com agenda irrelevante em Brasília.

Fracasso

Luciana Santos teve sorte: a Cúpula de Paris fracassou com a recusa dos Estados Unidos e do Reino Unido de assinar a declaração final.

‘Barraco’ de auxiliar de Lula vira caso de polícia

A Polícia Civil do Distrito Federal investiga acusação contra Diogo da Fonseca Tabalipa, subsecretário de Gestão Estratégica, Tecnologia e Inovação do Ministério dos Transportes. Ele é acusado de armar o maior barraco por ter perdido vaga para estacionar seu carro no pelo Lago Sul, bairro de Brasília. O BO narra ameaças, ofensas e, claro, “dedo na cara” própria de barraco. O Ministério dos Transportes não comentou o caso.

Grito e ameaça

O autor da denúncia acusa o subsecretário de misoginia contra sua esposa, mulher negra, enquanto ele manobrava o carro.

Quem está falando

O casal não sabia quem era o homem nervoso e se revoltou ainda mais ao descobrir se tratar de servidor público, aliás, muito bem pago.

Belo contracheque

O Portal da Transparência mostra que, em outubro, última data disponível, o subsecretário recebeu R$45,9 mil no contracheque.

Honrosa exceção

A corajosa declaração de José Múcio (Defesa), pedindo liberdade para os inocentes e os que tiveram participação mínima na baderna do 8 de Janeiro, ajudando a pacificar o Pais, reforça a avaliação de que ele é, sobrando, o melhor e mais leal ministro de Lula. Mas não será perdoado.

Ladeira abaixo

Pesquisa AtlasIntel aponta reprovação de Lula em 51,4% e tem duas más notícias para o petista: já há empate técnico com Tarcísio de Freitas (Rep-SP). E o governador de São Paulo tem imagem melhor que Lula.

Sem respostas

O governo quer “regulamentar” as redes sociais, porque não a controla, e o deputado Osmar Terra (MDB-RS) questiona: “Quem define o que é verdade ou mentira? O Governo petista? O STF? A grande mídia?”.

Banquinho inocentado

Como não dá mais para culpar o banquinho bolsonarista, cúmplice da tesourinha de direita, prevalece em Brasília a suspeita de que o cotovelo enfaixado de Lula tem a ver apenas com uma simples dor de cotovelo.

Olha o chifre

Viralizou campanha do município de Prata (MG) para tentar combater descarte de entulho pela cidade. O prefeito Xexéu (PP) mandou instalar placa “Aqui só joga lixo quem é corno assumido!”. Tem dado certo.

Fique esperto

Ao ouvir anão do jornalismo lorotando tipo “conversei com um ministro” etc, sem citar nomes, sabia que o homenzinho banca o bem informado, mas apenas tem instruções da Secom para difundir versões palacianas.

Lulatour

Depois do giro pelo Rio de Janeiro e Bahia, semana passada, Lula segue com o que tanto aprecia, viajar na faixa, com tudo bancado pelo pagador de impostos. Desembarca amanhã (13) em Belém (PA) e Macapá (AP).

Boquinha

Lula quer um amigo petista no comando da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O nome de Wadih Damous, hoje secretário Nacional do Consumidor, está na fila de sabatina do Senado.

Pergunta no gabinete do ódio  

Merece defesa o ministro que pede liberdade para inocentes do 8 de Janeiro?

PODER SEM PUDOR

Tapinha amigo

No início dos anos 90, em visita ao Brasil, Fidel Castro foi almoçar na casa de Lula, em São Bernardo (SP). Até provador foi destacado pela segurança cubana. D. Marisa compreendeu: todo o cuidado era pouco, afinal, a CIA tentara matar Fidel durante décadas. O comandante meteu o bife rolê inteiro na boca, mas se engasgou com o palito que mantinha a carne enrolada. O homem ficou roxo, abriu os braços, pânico geral, até Lula aplicar um tapa nas suas costas. Um alívio. Depois que o convidado foi embora, Lula comentou: “Quase matei o Fidel, coisa que nem a CIA conseguiu!”

ARTIGOS

CNPJ alfanumérico: a próxima fronteira da modernização financeira

11/02/2025 07h45

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O setor financeiro brasileiro vive um momento de intensas transformações. Depois do sucesso do Pix e do avanço do open finance, uma nova exigência está prestes a testar a capacidade de adaptação dos bancos: a implantação do formato alfanumérico para o Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ). A Receita Federal do Brasil (RFB) anunciou que a mudança será obrigatória a partir de julho de 2026. A adaptação é muito complexa e embute riscos para as áreas de tecnologia, mas uma grande aliada poderá ser a inteligência artificial generativa.

Primeiramente, é essencial compreender as razões por trás dessa decisão. O sistema atual de CNPJs oferece 100 milhões de combinações numéricas, das quais 60 milhões já foram utilizadas. Mantida a demanda atual, essas combinações se esgotariam até 2033. A transição para um formato alfanumérico é, portanto, uma resposta necessária para garantir a continuidade desse registro fundamental para a economia.

Porém, a implementação dessa mudança está longe de ser trivial. A complexidade técnica e os riscos associados exigem uma reflexão sobre os desafios que bancos, instituições de pagamento e seguradoras terão de enfrentar. Alterar sistemas que já estão em funcionamento, muitos dos quais foram desenvolvidos há anos e carecem de documentação atualizada, é um trabalho minucioso e arriscado. Além disso, falhas nessas alterações podem comprometer não apenas a operação das instituições, mas também a confiança dos usuários nos sistemas financeiros.

Aqui, a tecnologia desponta como uma aliada indispensável. Soluções baseadas em inteligência artificial generativa podem simplificar esse processo. Frameworks que identificam automaticamente códigos a serem ajustados, atualizam documentações e aprimoram os testes de segurança estão mostrando ser cruciais para mitigar os riscos dessa transição. É uma oportunidade de modernizar sistemas e aumentar a resiliência do setor financeiro.

Entretanto, é importante salientar que essa modernização não acontece da noite para o dia. Testes extensivos e implementações seguras demandam tempo, e o prazo para adaptação está se aproximando rapidamente. Algumas instituições já iniciaram seus preparativos, o que é um exemplo positivo para o mercado.
Acredito que a discussão sobre o novo formato do CNPJ deve ir além da questão técnica. É também uma oportunidade para revisão das prioridades em termos de inovação e segurança digital. Se o desafio for encarado com a seriedade que merece, poderemos não apenas superar as dificuldades imediatas, mas também fortalecer as bases do sistema financeiro nacional para as próximas décadas.

Como setor, é preciso se fazer a pergunta: estamos preparados para essa evolução? Mais do que isso, estamos dispostos a transformar esse desafio em uma oportunidade de crescimento e modernização? A resposta a essas perguntas definirá o futuro das instituições financeiras no Brasil.

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