Colunistas

CLÁUDIO HUMBERTO

Caso único no mundo

Caso único no mundo

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“Caso único no mundo”
Presidente em exercício Hamilton Mourão sobre a tragédia ambiental no Nordeste

Hipótese de ecoterrorismo ganha força no governo
O silêncio de ONGs ambientais nacionais e estrangeiras, no caso do petróleo que polui praias nordestinas, intriga os órgãos de investigação e inteligência que rastreiam a origem da poluição. Até em razão do comportamento estridente dessas ONGs no caso das queimadas. A omissão fortalece a suspeita de ecoterrorismo contra o País, a fim de constranger interessados no “mega-leilão” do Pré-sal, no dia 10.

Estranha omissão
O governo não bate o martelo na hipótese de ecoterrorismo, mas estranha a omissão das ONGs no desastre das praias do nordeste.

Estranhamento
A ONG Greepenace não é suspeita de ecoterrorismo, mas o governo estranhou a movimentação do seu navio na provável área do acidente.

Fazendo o quê?
O navio “Esperanza” saiu e voltou 3 vezes da Guiana Francesa, entre 30 de agosto e 5 de outubro, mas não há registro dos destinos.

Mistério nos mares
A ONG Greenpeace explicou que nessa ocasião fez expedições com cientistas franceses para observar e fotografar os Corais da Amazônia.

Líder, Eduardo fica mais distante de Washington
A menos que em dois meses pacifique a bancada e viabilize um substituto aceito pela maioria dos 53 deputados, Eduardo Bolsonaro (RJ), como Líder do PSL, ficou ainda mais distante da sua designação para o cargo de embaixador do Brasil em Washington. Até porque, para exercer a liderança com o governo do pai e o momento exige, faltarão foco e tempo para articular a aprovação de seu nome pelo Senado.

Te vira, garoto
Bolsonaro deixou nas mãos do filho a viabilização da sua escolha como embaixador. O presidente não pode passar vergonha no Senado.

Vai ser difícil
Para ser bom líder, é preciso ter paciência e humildade, qualidades pelas quais Eduardo Bolsonaro não é exatamente conhecido.

Autoridade de sobra
Para ser bom líder, também é preciso autoridade. E Eduardo Bolsonaro chegou chegando, ao substituir doze vice-líderes.

Ridículas interinidades
O arrumadinho para Davi Alcolumbre virar presidente da República por um dia é coisa da velha política. Faz lembrar como é ridícula a figura de “presidente em exercício” durante viagem do titular ao exterior. Pode-se alegar até, com razão, que são nulos atos assinados pelo titular lá fora.

Direito imobiliário
O Instituto Brasileiro de Direito Processual (IBDP) realizará no dia 11 o seminário Novas Tendências do Direito Imobiliário. A abertura será de luxo, com o ministro João Otávio de Noronha, presidente do STJ.

Precedente vergonhoso
Restabelece-se de uma vez a imunidade parlamentar, até para roubar, a decisão do STF de transferir à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) a decisão de soltar cinco deputados acusados de receberem suborno.

Diz-me com quem andas
O presidiário Lula falou, em mais uma entrevista, desta vez à emissora RTP (Portugal), das “excelentes relações” com o ex-presidente Cavaco Silva, o ex-premier José Sócrates e o atual António Costa. Coincidência ou não, todos foram acusados de corrupção. Sócrates até foi preso.

Diz que fui ali
Presidente da CPI do BNDES, Vanderlei Macris (PSDB-SP) enviou pedido a Rodrigo Maia (DEM-RJ) para prorrogar a comissão. “Hoje ele não está aqui. Amanhã parece que viaja para o exterior”, lamentou.

Acusação recorrente
Não foi a primeira, a devassa no CPF do diretor de redação do site Diário do Poder pelo Banco Safra, após notícia da instituição financeira enrolada na Lava Jato. Importante publicitário paulista também teve a vida devassada. Exigiu explicações ao banco e nunca obteve resposta.

Conservadores à frente
Na Europa, haverá eleições presidenciais na Romênia e na Croácia antes do fim do ano, além da eleição federal na Suíça do domingo. Em todos os casos, partidos conservadores e/ou liberais lideram a corrida.

Olho no dinheiro
Governo do Distrito Federal e a Câmara Americana de Comércio fazem nesta quinta a segunda edição do Fórum DF 2030. A ideia é atuar no setor de serviços, que equivale a 95% do maior PIB per capita do país.

Pensando bem...
... Lula passa mais tempo dando entrevistas do que preso.

PODER SEM PUDOR

Cuidados redobrados
Ao saber que estava sendo filmado pelo cinegrafista que flagrou o aspone Marco Aurélio Garcia fazendo top-top e era entrevistado pela jornalista cuja pergunta resultou no “relaxa e goza” da então ministra Marta Suplicy (Turismo), Renato Casagrande (PSB), na época senador e hoje governador capixaba, ficou mais cauteloso: “Acho que não quero mais ficar aqui, não. Tenho de ter ainda mais cuidado com o que falo e com o que faço com as mãos!...”

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Com André Brito e Tiago Vasconcelos

www.diariodopoder.com.br

CLÁUDIO HUMBERTO

"Eu não espero nada deles, nada"

Marisa Deppman, cujo filho foi executado por um "dimenor" a 3 dias de completar 18 anos, sem esperança de que o Congresso reduza a maioridade penal

18/03/2025 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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Planalto gasta R$56 mil/dia com cartões corporativos

O ano mal começou , mas o ritmo dos gastos com cartões corporativos do governo Lula (PT) não diminuiu. Só nos dois meses e meio de 2025 foram realizadas cerca de 2.300 compras com cartão corporativo, no total de R$4,2 milhões, média diária de R$56 mil em gastos que nem podem ser auditados ou fiscalizados. Após ganharem fama na primeira gestão petista, quando o então ministro Orlando Silva (Esporte) se esbaldava na regalia, os cartões já custaram aos brasileiros R$17,2 milhões este ano.

Gastos são secretos

Praticamente todas as despesas dos cartões corporativos vinculados à Presidência da República recebem o carimbo de “sigilosas”.

Tudo entra

Cartões custeiam despesas diversas de autoridades e funcionários do poder Executivo; do pão de queijo ao aluguel de frotas de carros.

Comparação

O Ministério da Justiça é o segundo órgão que mais usa os cartões do governo (R$3,2 milhões), seguido pela Defesa (R$2,5 milhões).

Trump dá exemplo

Se no governo Lula a farra não para, nos EUA, impedido pela Justiça de extinguir esses cartões, Donald Trump limitou o gasto a apenas 1 dólar.

Eldorado: nova arbitragem contra J&F será em Paris

Pode ser definido em 60 dias o pedido da Paper Excellence para instaurar arbitragem em Paris contra a J&F, no caso Eldorado. As partes já indicaram dois árbitros, que, se não forem impugnados, nomearão o presidente do tribunal para decidirem sobre a instauração da arbitragem. A Paper busca indenização pelos prejuízos causados por atos “desleais e abusivos” da J&F, de Joesley e Wesley Batista, para não entregar o controle da Eldorado Celulose, que venderam em 2018 por R$15 bilhões.

Perdas bilionárias

Os prejuízos causados pelos factoides e manobras protelatórias foram estimados em US$3 bilhões (R$17,5 bilhões) pela Paper Excellence.

Árbitros ameaçados

Derrotada na arbitragem brasileira, J&F ameaçou árbitros e sobrecarrega a Justiça coma ções para não cumprir contrato de venda da Eldorado. 

Litigância de má-fé

A J&F foi condenada por litigância de má-fé e a ministra Rosa Weber, do STF, chamou atenção da J&F pelo abuso do direito de recorrer.

Este manda bem

André Mendonça é o único ministro do STF que tem sido visto encarando os cidadãos que viajam em classe econômica, nos voos comerciais. Os colegas preferem “pegar carona” na mordomia dos jatinhos da FAB.

Estranhos odores

A Natura do bilionário lacrador Guilherme Leal, que já foi vice de Marina Silva e maior financiador de Tábata Amaral (PSB) na campanha de 2024, perdeu R$5 bilhões em valor de mercado. Pediu recuperação nos EUA.

E a transparência?

As novas regras para o pagamento de emendas parlamentares já estão em vigor, mas ainda não foi registrada uma transferência sequer no Portal da Transparência do governo federal.

Otimismo

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) é um otimista incorrigível, inclusive quanto ao projeto que anistia os condenados pelo 8 de janeiro: “Saindo da Câmara para o Senado, será aprovado com folga”, diz ele.

Previsibilidade

Com a condenação já definida dos acusados de suposto “golpe”, advogados que atuam em tribunais superiores mencionam, com ironia, que o STF alterou até o velho entendimento de que “da cabeça de juiz, da barriga e mulher e da bunda de bebê ninguém sabe o que vai sair”.

Psol vs. STF

Aliado do governo Lula (PT), o Psol acionou o STF para derrubar as novas regras das emendas parlamentares. Quem supervisionou as novas regras foi o ministro do próprio STF Flávio Dino.

Ainda existe

O ministro do STF André Mendonça rejeitou ação contra Silvye Alves (União-GO) por calúnia. A deputada estava protegida pela imunidade parlamentar ao fazer acusações contra outro deputado nas redes sociais.

Governo quer?

O senador Mecias de Jesus (RR), líder do Republicanos, quer endurecer a pena de traficantes flagrados com armas fogo. Ou sejam, todos eles. A proposta não agrada o governo, onde seu partido ocupa ministério.

Pensando bem...

...não é novidade alguma Lula querer mais álcool (na gasolina).

PODER SEM PUDOR

Papo reto

A “guerra tarifária” provocada pelas decisões de Donald Trump faz lembrar como europeus em geral, franceses em particular, são folgados. E não é de hoje. Certa vez, em 1960, o general Charles de Gaulle decidiu retirar a França da Otan e aproveitou encontro em Paris com Dean Rusk, secretário de Estado do governo John Kennedy, para comunicar sua decisão e solicitar que todos os militares americanos fossem retirados do país. A reação de Rusk foi cortante: "Isso inclui os que estão enterrados aqui?" Referia-se, claro, aos muitos soldados americanos que tombaram em combate para libertar a França da ocupação nazista. Nunca mais De Gaulle falou no assunto.

ARTIGOS

40 anos da Nova República: ela ainda existe?

17/03/2025 07h45

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Há exatas quatro décadas, em 15 de março de 1985, com a posse de José Sarney na Presidência da República, encerrava-se o penoso período de 21 anos do regime militar. Era o início do que se convencionou chamar de Nova República, a tão decantada volta à democracia no Brasil, que se iniciava com a posse do primeiro presidente civil desde João Goulart (1961-1964).

Sarney não foi eleito diretamente pelo povo. Aliás, nem sequer para presidente ele recebeu voto. Ele fora consagrado vice na chapa que tinha como titular Tancredo Neves, que se adoentara na véspera da posse e faleceria em 21 de abril daquele ano sem nunca ter assumido a função. Ambos se elegeram indiretamente em 15 de janeiro de 1985 pelo Colégio Eleitoral – um artifício da ditadura para dar ares de “legalidade”. Receberam 480 votos, ante 180 de Paulo Maluf (PDS), o candidato oficial.

Como quase sempre na história, a mudança de regime foi feita por cima e sem muita consulta ao povo. Tancredo, do oposicionista PMDB, só se elegeu com apoio de boa parte do PDS (Sarney, inclusive era presidente do partido) e com a benção dos inquilinos de saída: os militares.

O governo Sarney foi caótico do ponto de vista social e econômico, mas cumpriu o seu papel de conduzir o Brasil na transição democrática convocando a Constituinte, legalizando partidos, pondo fim na Censura e instaurando um novo arcabouço legal no País, limpando quase a totalidade do entulho autoritário. A democracia plena mesmo tivemos somente a partir de 1989, com a eleição de Fernando Collor de Mello (PRN), o primeiro presidente eleito diretamente pelo povo desde 1960.

Nesses 40 anos, passamos por oito presidentes, dois deles que sofreram impeachment (Collor e Dilma), além de sucessivas crises econômicas e políticas. Recentemente, nossa jovem democracia sofreu solavancos que quase a derrubaram. Ela sobreviveu por pouco, mas ainda está aqui.

Mas a base que formou a Nova República começou a ruir com as manifestações de rua de 2013 e a queda se acentuou com a ascensão de Jair Bolsonaro (PL) ao poder. O perfil da sociedade brasileira mudou – e isso aliado às novas ferramentas de comunicação e as suas consequências, como as fake news, além do surgimento da nova direita mundial, o que feriu a estrutura construída a partir da posse de Sarney.

A polarização política aumentou muito e se calcificou, pontes de diálogo foram dinamitadas e a praxe agora é a desestabilização de governos. É o poder pelo poder, mesmo que isso implique rupturas institucionais.

A Nova República continua a existir por um fio. E o mais irônico disso é que o grande fiador dela é um político que foi seu opositor em seu início com fortes críticas: Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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