Colunistas

EDITORIAL

Deficit da Previdência deve ser enfrentado

O dinheiro que sai do caixa para complementar a folha dos aposentados e dos pensionistas poderia estar sendo usado em investimentos estratégicos

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O deficit previdenciário dos servidores públicos em Mato Grosso do Sul é um problema antigo, persistente e, infelizmente, ainda longe de ser solucionado. Mais uma vez, voltamos a tratar deste tema nesta edição, porque entendemos que ele impacta diretamente a saúde fiscal do Estado e, consequentemente, a capacidade de investimento em áreas essenciais como saúde, educação e infraestrutura.

Sabemos que não há solução mágica nem fácil. No ano passado, foi apresentado um plano atuarial com o objetivo de eliminar o rombo previdenciário ao longo desta e da próxima década. Foi um passo necessário, mas tímido, diante da dimensão do problema. O que o Estado precisa agora é de um movimento mais brusco, mais ousado e, sobretudo, mais justo. A sustentabilidade da Previdência não pode ser apenas uma promessa no papel.

Hoje, Mato Grosso do Sul destina, todos os anos, centenas de milhões de reais do Tesouro para complementar a folha do sistema previdenciário. Esse dinheiro sai do caixa que poderia estar sendo usado em investimentos estratégicos. É como tentar encher um balde furado: por mais esforço que se faça, os recursos escorrem por um sistema desajustado, que beneficia poucos e penaliza muitos.

É necessário deixar claro que os aposentados não devem ser culpabilizados por essa situação. Pelo contrário: muitos deles contribuíram ao longo de décadas esperando um sistema justo e estável. Além disso, não se pode esquecer que a gestão passada, na segunda metade da década passada, retirou centenas de milhões do fundo previdenciário para pagar o 13º salário – um erro grave que ampliou o buraco fiscal e que empurrou o problema para os anos seguintes.

Contudo, é preciso enfrentar os privilégios que ainda resistem a qualquer tentativa de correção. Um dos exemplos mais claros está na folha de pagamento da previdência dos militares, sobretudo do oficialato. A disparidade de valores em relação a outros servidores públicos civis é gritante e injustificável. Adequar os benefícios desse grupo aos padrões dos demais não é penalizar, mas sim corrigir uma distorção histórica que o Estado já não pode mais sustentar.

E esse problema vai além dos números: há um forte lobby de setores da elite do serviço público que resiste a qualquer avanço que signifique perder privilégios. Esse grupo precisa compreender que, sem reformas corajosas e justas, todo o sistema previdenciário corre o risco de colapso – e no fim, os próprios integrantes desse coletivo também serão prejudicados.

O desafio, portanto, está posto: garantir dignidade aos aposentados de hoje, preservar os direitos dos servidores em atividade e, ao mesmo tempo, assegurar que o sistema continue existindo no futuro. Para isso, é preciso ter coragem política, compromisso com o bem público e, principalmente, senso de justiça. Sem esses elementos, o deficit previdenciário continuará sendo uma âncora que impede Mato Grosso do Sul de avançar.

Cláudio Humberto

"Busca conforto às custas do sofrimento do idoso"

Damares Alves (Rep-DF), após governo tentar barrar ações de idosos roubados no INSS

15/06/2025 07h00

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Emendas bancam até ONG petista de drag queen

O “coletivo” Distrito Drag recebeu quase R$1,4 milhão em emendas parlamentares, todas de petistas. A ONG atua no Distrito Federal, mas recebeu recursos de parlamentares de São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco e do DF. A cota no DF é de autoria da deputada Erika Kokay (PT), que mandou mais dinheiro público, R$550 mil. Um dos dirigentes da Distrito Drag é Erivan Hilário dos Santos, conhecido como Ruth Venceremos, drag queen que tentou ser deputada em 2022.

 

Primeira da fila

A drag queen, filiada ao PT, não conseguiu se eleger, mas é a primeira suplente e assumiria, em caso de Erika Kokay sair do cargo.

 

Boquinha na Cultura

Na emenda de Erika, o fomento foi celebrado por Márcia Rollemberg, mulher do ex-governador Rodrigo Rollemberg, que ganhou a boquinha.

 

Tá tudo ok

O Distrito Drag disse à coluna que Ruth não tem mandato e não existe impedimento legal para executar projetos com emendas parlamentares.

 

Sem problema

Kokay destacou o elo com a população LGBTQIA+ e que não há qualquer ilegalidade ou imoralidade na emenda destinada.

 

Após atacar Brasília, Rui Costa ofende os gaúchos

Figura detestada do governo Lula, em razão do tratamento ríspido até a colegas de ministério, o chefe da Casa Civil, Rui Costa, vem sendo chamado de “Janja de calças”, dado seu talento de “queimar o filme” do Planalto. Em 2023, logo após a posse de Lula, recorreu a preconceitos surrados e atacou Brasília, que democraticamente o hospeda e tolera. Chegou a vez de abrir fogo contra os gaúchos. Brasília e o Rio Grande do Sul têm algo em comum: seus eleitores reprovam a gestão petista.

 

Hipopótamo na loja

Durante visita a Porto Alegre, terça (10), Rui Costa fez pouco da tragédia que matou mais de duzentos gaúchos e destruiu sua economia.

 

Isso é fake news

O ministro ofendeu os produtores gaúchos, sugerindo que eles querem os brasileiros pagando a conta da tragédia, “inclusive os mais pobres”.

 

Aqui, não, ministro

O presidente da federação de agricultores (Farsul), Gedeão Pereira, reagiu: o Rio Grande do Sul não quer ninguém pagando suas contas.

 

Articulações no Sul

No podcast Diário do Poder, Marcel van Hattem (Novo-RS) confirma que articula para compor chapa como candidato a senador com Zucco e Sanderson, pré-candidatos do PL ao governo e Senado gaúchos.

 

Passeio na Disney

A PGR se baseou em viagem de familiares de Mauro Cid para fazer o estranho prende-solta do militar. Os pais, a esposa e uma filha viajaram aos Estados Unidos para celebrar o aniversário de uma sobrinha.

 

Pé no freio

Pisou no freio o processo de cassação da deputada Carla Zambelli (PL-SP), que deixou o Brasil após ser condenada pelo STF. Nada deve ser analisado por enquanto: a CCJ só vai apreciar o pedido em julho.

 

Preço da fraude

A conta é do Instituto Combustível Legal, sonegação, fraude operacionais e inadimplência arranca do caixa do governo R$29 bilhões ao ano. Só em fraudes tributárias o montante chega a R$14 bilhões.

 

Já te vi

Quem interrogou Mauro Cid na PF foi o delegado Fabio Shor. É o mesmo que indiciou os deputados Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Cabo Gilberto Silva (PL-PB) por discursos da tribuna da Câmara

 

Milei manda bem

Ao contrário dos tarados por impostos no governo Lula, o presidente da Argentina, Javier Milei, segue coerente com seu discurso, recuperando a economia, reduzindo a pobreza e diminuindo a carga tributária.

 

Fui!

Javier Milei anunciou na Argentina a redução total dos impostos sobre eletrônicos importados. A partir de janeiro de 2026, o preço do iPhone 16 Pro Max cairá até R$ 2.312 em relação ao valor praticado no Brasil.

 

Siga o dinheiro

A Polymarket já registra US$2 milhões em apostas na eleição no Chile, em novembro. A pré-candidata de centro-direita, Evelyn Matthei, lidera com 44% de chance de vitória. Michelle Bachelet tem menos de 1%.

 

Pensando bem...

...aumento de impostos só é bom para quem arrecada.

 

PODER SEM PUDOR

As fichas da PTpol

Em 1995, Esperidião Amin era o novo presidente do então PPB quando contou ao então presidente do PT, José Dirceu, a história de Joca da Penha, prefeito catarinense nos anos 1960. Ele tinha problemas nas contas da prefeitura quando alguém foi à sua casa dizer que um incêndio consumia a prefeitura. “Deixa queimar”, respondeu Joca, aliviado, “ano novo, vida nova...” Depois de contar a história, Amin pediu: “Faça um favor, Zé: agora que presido o PPB, como ex-chefe da “PTpol” mande queimar as fichas falando mal de mim. Afinal, cargo novo, vida nova.” José Dirceu apenas sorriu. As fichas nunca foram destruídas pela “PTpol”, a policia política petista.

ARTIGOS

Dormir também se ensina

14/06/2025 07h45

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Colocar uma criança para dormir está longe de ser uma tarefa simples. Sei disso por experiência própria. Como mãe de duas meninas, vivo o desafio noturno entre historinhas, copos d’água e o famoso “só mais um beijinho”. Foi assim que percebi: o sono é um aprendizado. E como todo aprendizado, exige rotina, exemplo e paciência.

Em paralelo, na minha prática clínica como cirurgiã-dentista, durante a minha pós-graduação em Dor Orofacial, comecei a estudar a relação da má qualidade do sono com dores crônicas. Sono, inclusive, se tornou a minha área de pesquisa no mestrado. No âmbito clínico, passei a observar um outro lado: pacientes jovens, entre 20 e 30 anos, aparentemente saudáveis, relatando dificuldades para dormir, ansiedade e uso de medicações indutoras do sono. São adultos que nunca aprenderam a dormir – e agora tentam compensar com remédios o que deveria ser hábito.

Enquanto ensinamos crianças a comer bem ou praticar esportes, o sono segue ignorado. Poucos pais explicam aos seus filhos que é à noite que o corpo cresce, o cérebro organiza memórias e as emoções se estabilizam. Dormir vai muito além do descanso. Pesquisas da Associação Brasileira do Sono (ABS) e da Associação Brasileira de Medicina do Sono (ABMS) revelaram que duas em cada três pessoas têm algum grau de comprometimento do sono. É um dado preocupante, mas ainda possível de mudar.

Por isso, defendo que dormir bem é um hábito construído desde a infância. Porque dormir também se aprende. E o momento de ensinar é agora. Há algumas dicas para um sono melhor, que podem ser adotadas por todas as pessoas, desde as crianças e os jovens até os pais que precisam colocar os filhos para dormir:

– Crie uma rotina com atividades relaxantes;
– Mantenha horários regulares para dormir e acordar, mesmo aos fins de semana;
– Evite telas pelo menos 30 minutos antes de dormir;
– Mantenha o quarto escuro, silencioso 
e com uma temperatura agradável;
– Exponha-se ao sol pela manhã por pelo menos 30 minutos;
– Evite cafeína e energéticos à tarde/noite;
– Use o quarto apenas para dormir.

Adotar essas práticas ou ao menos incorporá-las gradualmente à rotina pode ter um impacto significativo na qualidade do sono. No caso das crianças, é fundamental ensiná-las desde cedo sobre a importância do descanso para o crescimento e o bem-estar, apresentando o sono como um verdadeiro superpoder que as ajuda a aprender, a crescer e a enfrentar melhor os desafios do dia a dia.

Ao cultivar essa consciência desde a infância, podemos vislumbrar um futuro em que as pessoas não apenas dormem melhor, mas vivem de forma mais saudável e equilibrada.

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