Colunistas

CLÁUDIO HUMBERTO

"Dizer que foi golpe? Golpe tem que ter líder"

Deputado Hugo Motta, presidente da Câmara, criticando sentenças exageradas do STF

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Usaid usou fundo para injetar milhões no Brasil

Além de bancar ONGs, ativistas picaretas e iniciativas de esquerda no Brasil, o dinheiroduto da Usaid, agência do governo americano cuja extinção foi decretada por Donald Trump, sustentou também interesses bilionários como o Amazon Biodiversity Fund (ex-Althelia Biodiversity Fund, ABF) fundo privado para negócios “sustentáveis”. Esta semana, o pesquisador Mike Benz, ex-Departamento de Estado, revelou que dólares da Usaid interferiram nas eleições presidenciais brasileiras.

Alma francesa

O ABF é ligado ao fundo francês Mirova, gerenciado no Brasil pela Vox Capital, de Antonio de Moraes Neto, herdeiro do Grupo Votorantim. 

Ataque à soberania

Não fosse essa interferência da Usaid, disse Benz, o ex-presidente Jair Bolsonaro teria sido reeleito e estaria no cargo, hoje.

Não é segredo

A própria embaixada dos EUA explica o caminho dos US$30 milhões da Usaid. Metade para ABF, metade para a ONG Alliance Bioversity&CIAT.

Chamariz

A grana é usada pelo ABF como garantia de empréstimos com o selo de confiança do governo dos EUA, enorme atrativo para investidores.

Governo já torrou R$13 milhões em viagens este ano

O governo Lula (PT) conseguiu gastar mais de R$13,2 milhões com viagens apenas no mês de janeiro, o mês dos recessos no Legislativo e no Judiciário. Foram pouco mais de R$7 milhões com as passagens aéreas e apenas R$6,1 milhões com as diárias pagas aos funcionários a título de ressarcimento. Cerca de 13% do total (R$1,75 milhão) das despesas em 2025 foram realizadas com viagens internacionais.

Na nossa conta

Foram realizadas 6,7 mil viagens bancadas pelo pagador de impostos este ano. O trecho mais frequente foi Brasília-São Paulo (166).

Números oficiais

Em 2023, o governo Lula conseguiu gastar R$2,28 bilhões com passagens aéreas e diárias pagas a funcionários em viagens.

Prata histórica

Segundo o Portal da Transparência, as despesas do governo federal com viagens em 2024 foram de R$2,27 bilhões.

Chega de enrolação

Enquanto Lula “ensina” o povo faça o que sempre fez, não comprar comida cara, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Rep-PB), lembra o remédio eficaz contra inflação: corte de gastos e responsabilidade fiscal. 

Desconectado

Em editorial sobre bobagens presidenciais como “ensinar” não comprar comida cara, o Estadão mostrou por que considera que Lula está “desconectado” da realidade. A aposta em Brasília não é tão gentil.

Pedala no STF

Em iniciativa que mais parece exibição de bíceps de quem manda no pedaço, a Advocacia Geral da União (AGU) mandou recado para o STF: cobrando “celeridade” para definir questões como censura nas redes.

Arrocho vem aí

A equipe da Fazenda de Fernando Haddad vai apresentar a Lula um “tripé” para reduzir o rombo do governo. A base será maior arrocho na concessão do BPC, fim dos supersalários e aposentadoria dos militares.

Parou de novo

Pela terceira vez, está parado no STF o julgamento sobre tributação de lucro no exterior de uma empresa controlada pela Vale. Desta vez, foi o ministro Nunes Marques quem pediu vista. Tem 90 dias para votar.

Tudo pela Frente

Quem está à frente das negociações com o Planalto para ampliar a imunidade tributária de igrejas é Otoni de Paula (MDB-RJ). O deputado quer o apoio do governo para comandar a Frente Evangélica.

Só um susto

Luciano Hang, o véio da Havan, tranquilizou amigos e fãs após passar por um cateterismo na quinta (6). A intervenção médica foi de forma preventiva e ocorreu sem complicações. O empresário passa bem.

Voltou a subir

Durou quase nada a discreta queda da cotação do valor do dólar. Na sexta-feira (7), a moeda americana voltou a fechar em alta. Subiu 0,51% e fechou a semana valendo R$5,79.

Pensando bem...

...inquérito eterno está virando delegacia de polícia permanente no STF.

PODER SEM PUDOR

Sabatina inoportuna

O ex-deputado e ex-prefeito de Curitiba Gustavo Fruet era só um jovem candidato a vereador, em 1996, quando seu pai, o saudoso e sempre bem humorado deputado Maurício Fruet, achou de visitar escolas, em campanha. Numa delas, um aluno resolveu testar o candidato Gustavo: “Qual a importância de Juscelino Kubitschek para o Brasil?” Gustavo até que se saiu bem, inclusive diante de perguntas sobre Getúlio, Jânio etc. Até o pirralho desafiar: “E Mem de Sá, o que ele fez pelo Brasil?” Maurício Fruet resolveu intervir, encerrando a sabatina e salvando o filho: “Ele fez o que pôde, meu filho. O possível. Adeus e muito obrigado!”

CLÁUDIO HUMBERTO

"Eu não espero nada deles, nada"

Marisa Deppman, cujo filho foi executado por um "dimenor" a 3 dias de completar 18 anos, sem esperança de que o Congresso reduza a maioridade penal

18/03/2025 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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Planalto gasta R$56 mil/dia com cartões corporativos

O ano mal começou , mas o ritmo dos gastos com cartões corporativos do governo Lula (PT) não diminuiu. Só nos dois meses e meio de 2025 foram realizadas cerca de 2.300 compras com cartão corporativo, no total de R$4,2 milhões, média diária de R$56 mil em gastos que nem podem ser auditados ou fiscalizados. Após ganharem fama na primeira gestão petista, quando o então ministro Orlando Silva (Esporte) se esbaldava na regalia, os cartões já custaram aos brasileiros R$17,2 milhões este ano.

Gastos são secretos

Praticamente todas as despesas dos cartões corporativos vinculados à Presidência da República recebem o carimbo de “sigilosas”.

Tudo entra

Cartões custeiam despesas diversas de autoridades e funcionários do poder Executivo; do pão de queijo ao aluguel de frotas de carros.

Comparação

O Ministério da Justiça é o segundo órgão que mais usa os cartões do governo (R$3,2 milhões), seguido pela Defesa (R$2,5 milhões).

Trump dá exemplo

Se no governo Lula a farra não para, nos EUA, impedido pela Justiça de extinguir esses cartões, Donald Trump limitou o gasto a apenas 1 dólar.

Eldorado: nova arbitragem contra J&F será em Paris

Pode ser definido em 60 dias o pedido da Paper Excellence para instaurar arbitragem em Paris contra a J&F, no caso Eldorado. As partes já indicaram dois árbitros, que, se não forem impugnados, nomearão o presidente do tribunal para decidirem sobre a instauração da arbitragem. A Paper busca indenização pelos prejuízos causados por atos “desleais e abusivos” da J&F, de Joesley e Wesley Batista, para não entregar o controle da Eldorado Celulose, que venderam em 2018 por R$15 bilhões.

Perdas bilionárias

Os prejuízos causados pelos factoides e manobras protelatórias foram estimados em US$3 bilhões (R$17,5 bilhões) pela Paper Excellence.

Árbitros ameaçados

Derrotada na arbitragem brasileira, J&F ameaçou árbitros e sobrecarrega a Justiça coma ções para não cumprir contrato de venda da Eldorado. 

Litigância de má-fé

A J&F foi condenada por litigância de má-fé e a ministra Rosa Weber, do STF, chamou atenção da J&F pelo abuso do direito de recorrer.

Este manda bem

André Mendonça é o único ministro do STF que tem sido visto encarando os cidadãos que viajam em classe econômica, nos voos comerciais. Os colegas preferem “pegar carona” na mordomia dos jatinhos da FAB.

Estranhos odores

A Natura do bilionário lacrador Guilherme Leal, que já foi vice de Marina Silva e maior financiador de Tábata Amaral (PSB) na campanha de 2024, perdeu R$5 bilhões em valor de mercado. Pediu recuperação nos EUA.

E a transparência?

As novas regras para o pagamento de emendas parlamentares já estão em vigor, mas ainda não foi registrada uma transferência sequer no Portal da Transparência do governo federal.

Otimismo

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) é um otimista incorrigível, inclusive quanto ao projeto que anistia os condenados pelo 8 de janeiro: “Saindo da Câmara para o Senado, será aprovado com folga”, diz ele.

Previsibilidade

Com a condenação já definida dos acusados de suposto “golpe”, advogados que atuam em tribunais superiores mencionam, com ironia, que o STF alterou até o velho entendimento de que “da cabeça de juiz, da barriga e mulher e da bunda de bebê ninguém sabe o que vai sair”.

Psol vs. STF

Aliado do governo Lula (PT), o Psol acionou o STF para derrubar as novas regras das emendas parlamentares. Quem supervisionou as novas regras foi o ministro do próprio STF Flávio Dino.

Ainda existe

O ministro do STF André Mendonça rejeitou ação contra Silvye Alves (União-GO) por calúnia. A deputada estava protegida pela imunidade parlamentar ao fazer acusações contra outro deputado nas redes sociais.

Governo quer?

O senador Mecias de Jesus (RR), líder do Republicanos, quer endurecer a pena de traficantes flagrados com armas fogo. Ou sejam, todos eles. A proposta não agrada o governo, onde seu partido ocupa ministério.

Pensando bem...

...não é novidade alguma Lula querer mais álcool (na gasolina).

PODER SEM PUDOR

Papo reto

A “guerra tarifária” provocada pelas decisões de Donald Trump faz lembrar como europeus em geral, franceses em particular, são folgados. E não é de hoje. Certa vez, em 1960, o general Charles de Gaulle decidiu retirar a França da Otan e aproveitou encontro em Paris com Dean Rusk, secretário de Estado do governo John Kennedy, para comunicar sua decisão e solicitar que todos os militares americanos fossem retirados do país. A reação de Rusk foi cortante: "Isso inclui os que estão enterrados aqui?" Referia-se, claro, aos muitos soldados americanos que tombaram em combate para libertar a França da ocupação nazista. Nunca mais De Gaulle falou no assunto.

ARTIGOS

40 anos da Nova República: ela ainda existe?

17/03/2025 07h45

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Há exatas quatro décadas, em 15 de março de 1985, com a posse de José Sarney na Presidência da República, encerrava-se o penoso período de 21 anos do regime militar. Era o início do que se convencionou chamar de Nova República, a tão decantada volta à democracia no Brasil, que se iniciava com a posse do primeiro presidente civil desde João Goulart (1961-1964).

Sarney não foi eleito diretamente pelo povo. Aliás, nem sequer para presidente ele recebeu voto. Ele fora consagrado vice na chapa que tinha como titular Tancredo Neves, que se adoentara na véspera da posse e faleceria em 21 de abril daquele ano sem nunca ter assumido a função. Ambos se elegeram indiretamente em 15 de janeiro de 1985 pelo Colégio Eleitoral – um artifício da ditadura para dar ares de “legalidade”. Receberam 480 votos, ante 180 de Paulo Maluf (PDS), o candidato oficial.

Como quase sempre na história, a mudança de regime foi feita por cima e sem muita consulta ao povo. Tancredo, do oposicionista PMDB, só se elegeu com apoio de boa parte do PDS (Sarney, inclusive era presidente do partido) e com a benção dos inquilinos de saída: os militares.

O governo Sarney foi caótico do ponto de vista social e econômico, mas cumpriu o seu papel de conduzir o Brasil na transição democrática convocando a Constituinte, legalizando partidos, pondo fim na Censura e instaurando um novo arcabouço legal no País, limpando quase a totalidade do entulho autoritário. A democracia plena mesmo tivemos somente a partir de 1989, com a eleição de Fernando Collor de Mello (PRN), o primeiro presidente eleito diretamente pelo povo desde 1960.

Nesses 40 anos, passamos por oito presidentes, dois deles que sofreram impeachment (Collor e Dilma), além de sucessivas crises econômicas e políticas. Recentemente, nossa jovem democracia sofreu solavancos que quase a derrubaram. Ela sobreviveu por pouco, mas ainda está aqui.

Mas a base que formou a Nova República começou a ruir com as manifestações de rua de 2013 e a queda se acentuou com a ascensão de Jair Bolsonaro (PL) ao poder. O perfil da sociedade brasileira mudou – e isso aliado às novas ferramentas de comunicação e as suas consequências, como as fake news, além do surgimento da nova direita mundial, o que feriu a estrutura construída a partir da posse de Sarney.

A polarização política aumentou muito e se calcificou, pontes de diálogo foram dinamitadas e a praxe agora é a desestabilização de governos. É o poder pelo poder, mesmo que isso implique rupturas institucionais.

A Nova República continua a existir por um fio. E o mais irônico disso é que o grande fiador dela é um político que foi seu opositor em seu início com fortes críticas: Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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