Colunistas

CLÁUDIO HUMBERTO

"Equipe necrônomica completa: ministro de Faz Lenda e ministra do Planeja Aumento"

Ministro Ciro Nogueira ironiza as indicações de Lula para a área econômica da Esplanada

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Lula sobe rampa com PF por não confiar no Exército

Lula subirá a rampa do Planalto, dia 1º, protegido pela Polícia Federal, afastando o Exército de sua segurança. Situação curiosa para quem será o Comandante Supremo das Forças Armadas. Treinados para a missão, os militares farão a proteção “periférica” da posse no entorno do Planalto.

Ex-chefe da segurança de Lula e virtual chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general Gonçalves Dias, “GDias”, é criticado no Exército por “falta de personalidade” e por não defender a própria Casa.

Sem ambiente

O impasse revela a dificuldade do futuro ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, de identificar militares que mereçam a confiança do presidente.

Desconfiança do Exército

A alegação petista é de “não confiar” no GSI, que até o governo FHC se chamava Gabinete Militar. Mas a desconfiança é em relação ao Exército.

GSI é só uma repartição

O GSI é apenas uma repartição com status de ministério. A questão não é perda de confiança na repartição e sim no Exército Brasileiro.

Tarefa de militar

Nos dois mandatos, teve militar de confiança chefiando do GSI, oficial general que escolhe a dedo cada um dos seguranças presidenciais.

Alcolumbre quer vaga de Dorinha no ministério

Professora Dorinha (União-TO) nem foi anunciada ministra e sofre para se manter no páreo. O senador Davi Alcolumbre (AP), que trabalha diuturnamente para pegar a vaga, procurou Lula na última semana e foi só lamentações quanto a correligionária.

Lembrou da agilidade da PEC Fura-Teto na CCJ, que o próprio preside, e espera tanto prestigio quanto o relator da pec na Câmara, Elmar Nascimento (União-BA), também cotado para assumir uma vaga na Esplanada do futuro governo Lula.

Falando mal

Lula acha que Dorinha leva “diversidade” para o ministério. Alcolumbre reclama que é recém-chegada no Senado e levou a vaga da bancada.

Desconfiança

Senadores do União preferem mesmo Professora Dorinha. Dizem que Alcolumbre não ouve os colegas, só pensa nele a não é aliado confiável.

Inimigo em comum

Alcolumbre conversou com o MDB, que disputa com o União o Ministério das Cidades. Não foi para defender Dorinha no comando da pasta.

Batendo em retirada

O presidente Jair Bolsonaro viaja mesmo para os Estados Unidos, onde encontrará o filho Carlos, que seguiu antes. Passará a virada do ano bem longe da posse de Lula e de retaliações. Viaja sem a mulher e a filha.

Desmobilização

O governador Ibaneis Rocha informou que a desmobilização do acampamento de manifestantes anti-Lula em frente ao quartel, em Brasília, acontece naturalmente e “deve se intensificar até dia 1º”.

Às favas os escrúpulos

A briga pelo controle dos bancos públicos derrubou as ações do Banco do Brasil. A disputa entre Fernando Haddad e Simone Tebet sinalizou que a turma pode fazer uso político, portanto inescrupuloso, dos bancos.

Esperta rotina

São quase semanais as denúncias de “bombas” em Brasília, como a de ontem, uma bolsa com roupas velhas, só para esticar feriadões. Nem merecem cobertura da imprensa. Veterano jornalista costumava lembrar que em 40 anos de batente nunca viu uma bomba explodir na capital.

Moderação

À cúpula de segurança, em Brasília, o futuro ministro da Defesa José Mucio Monteiro disse ser contra uso da força para retirar as barracas da frente dos quarteis. Acredita serem manifestação política e pacífica.

Cedeu

A posse do futuro comandante do Exército já nesta sexta-feira (29), com concordância do presidente Jair Bolsonaro, mostra surpreendente entendimento entre o atual e o futuro governo, na área da Defesa.

Não é comigo

Sobre o imbróglio envolvendo a faixa presidencial, o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), disse que não foi procurado para fazer a aposição do símbolo do poder em Lula, no dia da posse.

Luta interna

Pesquisa Rasmussen aponta que 20% dos eleitores americanos acreditam que a oposição ao seu partido de coração é “o maior inimigo do país”; à frente até da Coreia do Norte (5%) ou Irã (2%).

Pensando bem...

...acabou que a “frente ampla” era só o PT mesmo.

PODER SEM PUDOR

Elegância presidencial

O vaidoso Juscelino Kubitschek jamais negligenciava a elegância. Certa vez, num voo do Rio para o canteiro de obras de Brasília, foi despertado em meio a forte turbulência pelo aflito ajudante de ordens:

“Senhor Presidente, estamos em pane e o problema é grave.” JK trocou de roupa com calma, vestindo seu terno. Ajeitava o nó da gravata quando viu a cara de incredulidade do jovem capitão. O presidente sorriu: “O avião pode cair. Não fica bem o corpo do presidente ser encontrado vestindo pijama...”

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Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos

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CLÁUDIO HUMBERTO

"Governo Lula está completamente doido"

Presidente do Solidariedade, Paulinho da Força, suposto 'aliado' de Lula e do PT

11/02/2025 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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Haddad teve de desmentir mentira que não disse

O Planalto se apressou em desautorizar a bravata infantil, atribuída ao Ministério da Fazenda, de que estaria preparando retaliação aos Estados Unidos em caso de taxação do aço e outros produtos, e que avaliaria até se antecipar a Donald Trump, taxando de véspera os produtos norte-americanos. Era fake news de aliados do PT na imprensa, tentando “dar idéia” ao governo. Sobrou para Fernando Haddad a tarefa de negar a mentira a fim de não provocar a onça, Donald Trump, com vara curta.

Ninho de víboras

Há muito não se ouviam tantos palavrões de Lula. Mas, na Casa Civil, houve ímpetos de soltar foguetes por mais esse desgaste para Haddad.

Tratativas por um fio

A notícia mentirosa poderia sustar as negociações que o Brasil tentava estabelecer com Trump, para evitar uma guerra de taxações.

EUA têm até isenção

O Brasil admitiu rever taxas de mais de 50%, mas lembrou ao governo Trump que produtos como etanol de milho, dos EUA, têm alíquota 0%.

Melhor negociar

Formado e doutorado em negociação, Lula sabe que o Brasil não está em condições de fazer bravatas: melhor um acordo que um mau negócio. 

Deputado espera que o País sobreviva ao Lula

A situação atual e as perspectivas para o Brasil são tão ruins que resta esperar que o governo Lula “acabe rápido e o País sobreviva”, disse o Thiago Manzoni (PL-DF) em entrevista ao podcast Diário do Poder. Segundo o deputado distrital, a população brasileira é conservadora nos costumes e não aguenta mais a “cultura woke”, o identitarismo da esquerda brasileira, e que a reação se refletiu nos resultados das eleições municipais de 2024. “Foi traduzido para a política”, afirmou.

Papel claro

Manzoni também criticou a contaminação política no Supremo Tribunal Federal: “o papel do Judiciário é aplicar a Lei, não fazer política”.

Punição

Ele criticou também as tentativas do governo Lula de extinguir o Fundo Constitucional do DF: “o PT quer punir Brasília” por não votar no PT.

Vingativo

Para Manzoni, a esquerda tem raiva porque Brasília não é de esquerda. Iniciativas para prejudicar o DF, para ele, são “tentativa de vingança”.

Eleições unificadas

Novo presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Otto Alencar (PSD-BA) promete votação e não gaveta para projetos. Ele defende a proposta que unifica as eleições: “Se o Congresso não acabar com a eleição de 2 em 2 anos, a eleição acaba com o Congresso”.

Freddy Kruger?

Lula reapareceu com intrigante atadura no cotovelo. Como não dá mais para contar a lorota de acidente cortando unhas do pé, a versão oficial é que ele foi “arranhado” na refrega com eleitores na Bahia. Deve ter sido um arranhão padrão Freddy Kruger ou mereceria apenas um band-aid.

Ministro blindado

O relatório da CPI da Manipulação de Jogos será conhecido nesta terça (11) sem apreciar 21 requerimentos, incluindo um do relator, senador para ouvir o ministro dos Esportes, André Fufuca.

Ora, o trabalho

A previsão do senador Plínio Valério (PSDB-AM) é que a distribuição dos comandos e membros das comissões do Senado será feita até a próxima semana, a poucos dias da pausa para o Carnaval.

Sem comissões

Apenas a Comissão Mista de Orçamento está instalada no Senado, mas não se reúne. Todas as outras ainda aguardam a definições das articulações de partidos e blocos partidários.

Elite da elite

Com só 45 anos, o PT de Lula passou mais de um terço da vida (15 anos 284 dias) no poder, em Brasília. Desde a Constituição, é quase o dobro de anos do 2º colocado, MDB (9 anos 126 dias). PSDB é bronze: 8 anos.

Começo devagar

A Câmara dos Deputados tem novo presidente e Mesa Diretora, mas a sessão do plenário marcada para esta terça-feira (11) é “semipresencial” e só duas comissões têm reuniões agendadas.

Reguffe no Irajá

Antonio Reguffe se filiou agora ao Solidariedade, depois de passar por vários partidos, na tentativa de ressuscitar politicamente no Distrito Federal. O problema é que o ex-senador parece ter perdido o bonde.

Pensando bem...

...democracia é gastar R$40 mil em gravatas de luxo.

PODER SEM PUDOR

Duelo à brasileira

Diplomata competente e cavalheiro fino, Orlando Leite Ribeiro era respeitável pé-de-valsa, por isso não resistiu ao bolero da orquestra em um clube social de Lima (Peru), onde foi embaixador do Brasil, nos anos 1950: localizou a mais bela dama do salão e a convidou para dançar, sem saber que era casada e que o maridão estava por perto. Enciumado, dizendo-se desrespeitado, o marido peruano o desafiou para um duelo de honra: “Escolha as armas! Pistola? Espada?” O embaixador fez a sua escolha, olhando firme o desafiante: “Granada a doze passos”. O homem amarelou: “Como assim? Essa arma não é normal…” Leite Ribeiro esclareceu: “É a única que sei usar, minha especialidade no Exército.” Não se falou mais em duelo.

ARTIGOS

Às portas do Judiciário o eterno endividamento dos empréstimos

10/02/2025 07h45

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Enquanto os inocentemente endividados esperavam por mudanças que coibissem ou ao menos dificultassem a nefasta fábrica de empréstimos bancários, eis que entra em vigor uma nova regra que em nada colabora com essa expectativa, mas, antes, elastece ainda mais esse mal, que amplia o prazo de parcelamento.

Sob a justificativa de que isso facilita o pagamento de empréstimo, o Ministério da Previdência Social anunciou o aumento do prazo dos consignados de 84 meses para 96 meses, como se isso fosse trazer, de fato, algum benefício para o já sofrido aposentado ou beneficiário de prestação continuada.

Há tempos vem sendo denunciado, pelos que prezam pela informação de utilidade pública, o crime de se realizarem empréstimos bancários fraudulentos (seja diretamente pelo banco ou por intermédio de terceiros), que põem o já tão vulnerável consumidor em difícil situação, a ponto de aviltar a sua condição financeira.

Incontáveis são os casos que, diariamente, batem às portas do Judiciário, em que se questiona a "mirabolante" efetivação de descontos nos proventos de aposentadorias e de pensões, já tão sofrivelmente conquistadas, após longos e duros anos de trabalho.

Com o advento dos chamados "contratos virtuais", o sem número de casos ultrapassou os limites do imaginável, pois os bancos tentam se valer da vulnerabilidade das vítimas para lhes empurrar contratos por eles feitos (direta ou indiretamente), sem que a pactuação tenha sido celebrada com todos os requisitos legais de que se deve revestir.

Depois de criados e passarem a gerar seus anuláveis efeitos, esses contratos começarão a trazer terríveis pesadelos para aqueles que "sofrerão no bolso" com os descontos, que costumam levar muito tempo para serem freados ou, mais tarde, definitivamente cancelados.

Embora tais contratos possam ser anulados de forma administrativa, na própria instituição financeira que nele figura como credora, os casos, quase inteiramente, acabam sendo levados ao Poder Judiciário, que, salvo diminutas exceções, como órgão jurisdicional, nunca pode ser excluído de apreciação dessas questões.

Somente nos casos em que o consumidor lesado optar pela solução extrajudicial do conflito, a exemplo do juízo arbitral, é que não mais poderá rediscutir o mérito da solução, tendo em vista que a própria lei assim reconhece como válida e eficaz a sentença proferida pelo árbitro.

Afora esse meio de solução, um dos caminhos ainda pouco percorridos por quem é vítima dos golpes de empréstimos é a reclamação a ser formulada junto ao Banco Central, que, enquanto autarquia federal, tem como atribuição a supervisão das atividades bancárias e das instituições financeiras.

Não solucionado o problema por aquele meio extrajudicial ou esse canal de reclamação (mas sem necessidade de se esgotar a tentativa de solução administrativa, advirta-se), o consumidor lesado pode ingressar com uma ação judicial requerendo o cancelamento do contrato, sem prejuízo do ressarcimento do que já foi descontado.

Comumente, inclui-se entre esses pleitos a serem formulados judicialmente um pedido de reparação por danos morais. Contudo, o deferimento dessa pretensão dependerá de algumas nuanças, atinentes à própria forma como se promoveram os descontos, se revestidos ou não de má-fé, por exemplo.

De toda forma, essa "agonia" de que muitos são vítimas bem que deveria ter ocupado espaço nas discussões sobre empréstimos, principalmente envolvendo os aposentados, pensionistas e beneficiários do INSS em geral, até porque já houve casos de participação de funcionários da autarquia na prática de fraudes, como publicamente se sabe.

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