Colunistas

CLÁUDIO HUMBERTO

"Eu não espero nada deles, nada"

Marisa Deppman, cujo filho foi executado por um "dimenor" a 3 dias de completar 18 anos, sem esperança de que o Congresso reduza a maioridade penal

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Planalto gasta R$56 mil/dia com cartões corporativos

O ano mal começou , mas o ritmo dos gastos com cartões corporativos do governo Lula (PT) não diminuiu. Só nos dois meses e meio de 2025 foram realizadas cerca de 2.300 compras com cartão corporativo, no total de R$4,2 milhões, média diária de R$56 mil em gastos que nem podem ser auditados ou fiscalizados. Após ganharem fama na primeira gestão petista, quando o então ministro Orlando Silva (Esporte) se esbaldava na regalia, os cartões já custaram aos brasileiros R$17,2 milhões este ano.

Gastos são secretos

Praticamente todas as despesas dos cartões corporativos vinculados à Presidência da República recebem o carimbo de “sigilosas”.

Tudo entra

Cartões custeiam despesas diversas de autoridades e funcionários do poder Executivo; do pão de queijo ao aluguel de frotas de carros.

Comparação

O Ministério da Justiça é o segundo órgão que mais usa os cartões do governo (R$3,2 milhões), seguido pela Defesa (R$2,5 milhões).

Trump dá exemplo

Se no governo Lula a farra não para, nos EUA, impedido pela Justiça de extinguir esses cartões, Donald Trump limitou o gasto a apenas 1 dólar.

Eldorado: nova arbitragem contra J&F será em Paris

Pode ser definido em 60 dias o pedido da Paper Excellence para instaurar arbitragem em Paris contra a J&F, no caso Eldorado. As partes já indicaram dois árbitros, que, se não forem impugnados, nomearão o presidente do tribunal para decidirem sobre a instauração da arbitragem. A Paper busca indenização pelos prejuízos causados por atos “desleais e abusivos” da J&F, de Joesley e Wesley Batista, para não entregar o controle da Eldorado Celulose, que venderam em 2018 por R$15 bilhões.

Perdas bilionárias

Os prejuízos causados pelos factoides e manobras protelatórias foram estimados em US$3 bilhões (R$17,5 bilhões) pela Paper Excellence.

Árbitros ameaçados

Derrotada na arbitragem brasileira, J&F ameaçou árbitros e sobrecarrega a Justiça coma ções para não cumprir contrato de venda da Eldorado. 

Litigância de má-fé

A J&F foi condenada por litigância de má-fé e a ministra Rosa Weber, do STF, chamou atenção da J&F pelo abuso do direito de recorrer.

Este manda bem

André Mendonça é o único ministro do STF que tem sido visto encarando os cidadãos que viajam em classe econômica, nos voos comerciais. Os colegas preferem “pegar carona” na mordomia dos jatinhos da FAB.

Estranhos odores

A Natura do bilionário lacrador Guilherme Leal, que já foi vice de Marina Silva e maior financiador de Tábata Amaral (PSB) na campanha de 2024, perdeu R$5 bilhões em valor de mercado. Pediu recuperação nos EUA.

E a transparência?

As novas regras para o pagamento de emendas parlamentares já estão em vigor, mas ainda não foi registrada uma transferência sequer no Portal da Transparência do governo federal.

Otimismo

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) é um otimista incorrigível, inclusive quanto ao projeto que anistia os condenados pelo 8 de janeiro: “Saindo da Câmara para o Senado, será aprovado com folga”, diz ele.

Previsibilidade

Com a condenação já definida dos acusados de suposto “golpe”, advogados que atuam em tribunais superiores mencionam, com ironia, que o STF alterou até o velho entendimento de que “da cabeça de juiz, da barriga e mulher e da bunda de bebê ninguém sabe o que vai sair”.

Psol vs. STF

Aliado do governo Lula (PT), o Psol acionou o STF para derrubar as novas regras das emendas parlamentares. Quem supervisionou as novas regras foi o ministro do próprio STF Flávio Dino.

Ainda existe

O ministro do STF André Mendonça rejeitou ação contra Silvye Alves (União-GO) por calúnia. A deputada estava protegida pela imunidade parlamentar ao fazer acusações contra outro deputado nas redes sociais.

Governo quer?

O senador Mecias de Jesus (RR), líder do Republicanos, quer endurecer a pena de traficantes flagrados com armas fogo. Ou sejam, todos eles. A proposta não agrada o governo, onde seu partido ocupa ministério.

Pensando bem...

...não é novidade alguma Lula querer mais álcool (na gasolina).

PODER SEM PUDOR

Papo reto

A “guerra tarifária” provocada pelas decisões de Donald Trump faz lembrar como europeus em geral, franceses em particular, são folgados. E não é de hoje. Certa vez, em 1960, o general Charles de Gaulle decidiu retirar a França da Otan e aproveitou encontro em Paris com Dean Rusk, secretário de Estado do governo John Kennedy, para comunicar sua decisão e solicitar que todos os militares americanos fossem retirados do país. A reação de Rusk foi cortante: "Isso inclui os que estão enterrados aqui?" Referia-se, claro, aos muitos soldados americanos que tombaram em combate para libertar a França da ocupação nazista. Nunca mais De Gaulle falou no assunto.

ARTIGOS

Mercado de capitais avança no agro

16/04/2025 07h45

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Nos últimos anos, o mercado de capitais consolidou-se como uma fonte relevante de captação de recursos financeiros para o setor agropecuário. Conforme dados divulgados pela 9ª edição do Boletim CVM do Agronegócio, o volume financeiro do setor no mercado de capitais cresceu 36% entre dezembro de 2022 e dezembro de 2024, subindo de R$ 397 bilhões para R$ 540 bilhões.

Esse aumento representa mais do que o dobro do crescimento do volume financeiro total do mercado de capitais no mesmo período, considerando todos os setores e atividades econômicas, que subiu 17% (R$ 13,1 trilhões para R$ 15,3 trilhões). No consolidado do volume financeiro, a fatia a qual o agronegócio corresponde dentro do mercado de capitais aumentou cerca de 16% no período.

O crescimento foi impulsionado, sobretudo, pelos dois principais produtos financeiros voltados ao setor: os Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagros) e os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs). Entre dezembro de 2022 e dezembro de 2024, o patrimônio líquido dos Fiagros cresceu 315%, saltando de R$ 10,5 bilhões para R$ 43,7 bilhões. Já o mercado de CRAs expandiu 60%, passando de R$ 95,6 bilhões para R$ 153,5 bilhões.

No caso do CRA, vale destacar que 91% dos recursos captados foram destinados ao financiamento de produtos agropecuários, sendo 49% voltados à atividade de produção (especialmente grãos e pecuária), 25% comercialização e o restante beneficiamento e industrialização. 

O avanço do mercado de capitais no agronegócio reflete a evolução dos produtos financeiros voltados a sua cadeia produtiva, que impulsionados pelos esforços do setor agropecuário, da CVM e de outros agentes de mercado, tornam-se cada vez mais adaptados às particularidades do agro e alinhados às necessidades dos emissores.

Em 2024, por exemplo, a CVM priorizou a regulamentação específica do Fiagro em sua agenda regulatória. Até então, esses fundos operavam sob normas transitórias baseadas em regras de outros fundos. Com ampla participação dos agentes do mercado e do setor por meio de consulta pública, a CVM consolidou regras para o Fiagro, conferindo maior segurança e previsibilidade ao mercado.

Da mesma forma, com o amadurecimento do CRA e o aprimoramento do conhecimento dos gestores e agentes de mercado sobre as particularidades do setor – como sazonalidades, necessidades e desafios –, esses instrumentos financeiros passaram a ser estruturados de maneira mais adequada do que em sua instituição, em 2004.

Paralelamente, o agronegócio segue em busca de maior produtividade e eficiência, impulsionado por avanços tecnológicos, melhores práticas de gestão e novas oportunidades de mercado. Nesse contexto, a sofisticação, a diversificação e a estruturação de fontes de financiamento tornam o mercado de capitais uma alternativa estratégica.

Em contrapartida, o mercado exige das empresas maior governança e transparência na divulgação de informações, promovendo disciplina e eficiência. Esse processo tem reflexos diretos na produtividade e no retorno sobre o investimento, gerando mais empregos, renda, investimentos e crescimento econômico. Dado o caráter intensivo de capital do agronegócio, as linhas de crédito tradicionais já não são a única opção de financiamento. O mercado de capitais se posiciona, assim, como um caminho complementar e estratégico para a contínua sofisticação e desenvolvimento do setor.

ARTIGOS

O que é necessário para democratizar oportunidades internacionais?

16/04/2025 07h30

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Por muito tempo, as oportunidades de estudar e fazer intercâmbio no exterior foram privilégios considerados “para poucos”. Décadas atrás, somente pessoas muito ricas ou aquelas que estudaram nas melhores escolas tinham a chance de adentrar em grandes universidades internacionais. Contudo, nos últimos 10 anos, vimos uma grande transformação, com um aumento considerável nas bolsas de estudos disponíveis.

Atualmente, há mais de 920 mil vagas de bolsas de estudos integrais espalhadas pelo mundo, possibilitando aos brasileiros o acesso a uma formação de alto nível em diversos países, sem custos exorbitantes.

Universidades nos Estados Unidos, Canadá, Europa, Ásia e Oceania oferecem cursos de graduação, mestrado, doutorado, intercâmbios de idiomas e até estágios e pesquisas científicas com 100% de cobertura. A democratização das oportunidades internacionais, na verdade, já está acontecendo.

Mas o que ainda falta? Informação. Muitas instituições brasileiras não discutem essas possibilidades com seus alunos. E, em alguns casos, o sistema educacional e até mesmo as empresas parecem não ter interesse em divulgar essas alternativas. Talvez, por um temor de que mais pessoas consigam alcançar oportunidades sem a necessidade de grandes investimentos financeiros.

Contudo, no Brasil, já estamos levantando a bandeira de que, sim, é possível estudar fora com bolsa integral, sem precisar desembolsar valores absurdos, como os 80 mil dólares anuais exigidos por algumas universidades de ponta. E, para aqueles que desejam viver essa experiência, a preparação está mais acessível do que nunca.

Se compararmos as oportunidades de intercâmbio na atualidade com as gerações passadas, a diferença é gritante. Nos anos 1990, para ir a uma universidade renomada, como Harvard, era preciso ter grande poder aquisitivo, além de um networking bem estabelecido. Hoje, no entanto, podemos fazer cursos de Harvard on-line, diretamente da nossa casa e sem nenhum custo. A instituição oferece conteúdos gratuitos na sua plataforma, com professores renomados e material didático de qualidade. Isso sem contar as milhares de bolsas de 100% abertas todos os anos para graduação, pós, mestrado, doutorado, estágios, pesquisa, programas de Ensino Médio e muito mais.

Neste sentido, a globalização proporcionada pela internet e pelas redes sociais abriu portas para possibilidades inimagináveis. As bolsas de estudos têm se tornado cada vez mais inclusivas, com vagas para pessoas provenientes de países em desenvolvimento, como o Brasil, onde ainda enfrentamos desafios como alta corrupção, baixos índices educacionais e poucas oportunidades para jovens.

Vale ressaltar ainda que à medida que as bolsas de estudo aumentam, também mudam os critérios de seleção. Atualmente, mais da metade do processo seletivo para bolsas internacionais leva em consideração a história de vida do candidato, seus sonhos, talentos e pontos fortes e fracos. Esse aspecto humanizado é uma verdadeira revolução quando pensamos que no Brasil ainda existe uma clara desigualdade, com candidatos de diferentes realidades sendo avaliados de maneira desigual.

Imagine, por exemplo, o contraste entre um aluno que estudou em uma escola de elite, viajou o mundo e fala três idiomas e outro que estudou em uma escola pública e nunca teve uma aula de inglês. Neste caso, por conta deste modelo, os brasileiros têm mais chances de se destacar e conquistar oportunidades fora do País.

A disparidade social é, sem dúvidas, um dos maiores desafios. Acredito que o caminho é ampliar o acesso a oportunidades internacionais, oferecendo não só aos jovens, mas para todos, as ferramentas necessárias para se destacarem. Com mais informações, alinhadas à acessibilidade, podemos transformar a vida de muitos brasileiros, ajudando-os a alcançar o que antes parecia um sonho distante: uma educação internacional de qualidade, sem custos exorbitantes e com um futuro promissor à frente.

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