Colunistas

Cláudio Humberto

"Hoje vai faltar pano pras feministas"

Deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), após Lula revelar que Gleisi Hoffmann foi nomeada ministra por ser "mulher bonita"

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Caso de assédio nos Correios custará R$750 mil

Além da gestão atual, acusada de corroer o caixa da estatal, os Correios passam por sucessivas derrotas, inclusive na justiça, que sangram ainda mais os seus cofres. A coluna teve acesso ao caso em que a empresa fechou acordo para pagar R$750 mil a uma advogada assediada e demitida pelos chefões, no governo anterior. A conta, claro, não sairá do bolso dos acusados, nem dos Correios, quase insolvente, mas sim dos pagadores de impostos, que nada têm a ver com o abuso.

Saiu caro

O processo deu início em 2020, movido por uma advogada que ocupou cargo na estatal, mas acabou assediada e sem as gratificações.

Tomou o cano

O caso ocorreu na Bahia, quando advogados dos Correios reivindicaram melhores salários. A coisa desandou quando o acordo não foi cumprido.

Baixaria registrada

Trocas de e-mails debochados, censura em reuniões, sumiço de material de serviço e até falta de uma estação de trabalho engrossaram a ação.

Fim de papo

O processo é tão cabeludo que os Correios fizeram acordo, às vésperas do Carnaval, para recontratar e pagar a bolada à funcionária.

Deputado do MBL defende ‘Impeachment já” 

O deputado estadual paulista Guto Zacarias (União), um dos mais atuantes do País, defendeu o impeachment de Lula (PT) como solução para que o Brasil siga em frente. Ele disse ao podcast Diário do Poder que o Movimento Brasil Livre (MBL), que coordena, defende a cassação do petista pelas pedaladas fiscais apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no programa Pé-de-Meia. Guto também disse que não há como conciliar com esse tipo de gente que está no poder com Lula.

Saída é para rua

“Não sei por que as manifestações que estão sendo convocadas agora não são pelo impeachment do presidente”, protestou Zacarias.

Pai do Janjômetro

Guto Zacarias criou o projeto “Janjômetro”, site que monitora gastos da primeira-dama Janja (R$117 milhões, até agora) usando dinheiro público.

Idiotice desenfreada

O deputado criticou os gastos “desenfreados” do governo Lula, que torra dinheiro do pagador de impostos com “idiotices”.

Lula amarelou

Horas depois do seu “recado” para que Donald Trump “fale manso” com ele, Lula recuou feio e mandou Taxxad “negociar”: “Muita calma nessa hora”, disse. Referia-se à taxação do aço brasileiro em 25% nos EUA.

Ambiente tóxico

Lula diz que Gleisi Hoffmann virou ministra por ser “mulher bonita”. Se a petista encrenqueira estivesse fora do governo e o presidente fosse outros, teria ofendido o autor da frase e pedido sua prisão por misoginia. Mas como o que prevalece é o oportunismo e a hipocrisia, Gleisi calou.

Manipulação

Atrasada e oportunista, a esquerda está sempre passando pano para o governo: silenciou sobre a proteção de Lula ao ex-ministro assediador e sobre as várias substituições das poucas mulheres em seu ministério.

Bierrenbach na PGR

Ministro aposentado do Superior Tribunal Militar, Flávio Bierrenbach é o autor da petição denunciando Bolsonaro por “incitação à desobediência”, crime previsto no Código Penal Militar, como esta coluna revelou ontem. Ex-deputado federal, ele teve marcante atuação contra o regime militar.

Palavra de ordem

Ainda há OAB no Brasil. O presidente da seccional da Paraíba, Harrison Targino, criticou a decisão da Justiça local de passar o rodo nos cofres público e distribuir R$230 milhões em benefícios retroativos à sua turma.

Básico virou luxo

A alta recorde em fevereiro fez a inflação dos últimos 12 meses disparar para 5,06%, o maior em 22 anos. “Arroz, feijão, carne? Viraram artigos de luxo”, diz o deputado Filipe Barros (PL-PR). Sem contar ovo e café.

Mudança rápida

Enquanto o preço do ovo disparou 15% no Brasil, desabou 21% nos Estados Unidos, apesar do sumiço do produto por semanas. O preço do ovo nos EUA está menor do que no início do governo Trump. 

Convite não convoca

A Comissão de Fiscalização do Senado convidou os ministros Alexandre Padilha (Saúde) e Carlos Lupi (Previdência) para explicar mudanças para pior na Funasa e a greve interminável dos peritos médicos do INSS.

Pensando bem...

...era melhor Lula ter chamado o ex-ministro de feio.

PODER SEM PUDOR

Governo envelhece logo

O saudoso jornalista Edísio Gomes de Matos era inteligente e bem-humorado. Grande contador de histórias. Saiba de uma que contou para poucos amigos. Quando jovem, um tio farmacêutico permitia o jogo do bicho em sua farmácia quando um candidato a governador do Ceará passou a empunhar, como bandeira de campanha, “o fim do jogo” no Estado. O candidato ganhou. O jovem Edísio, preocupado, procurou o tio, cuja resposta foi sábia e premonitória: “Se preocupa não, menino. Todo governo novo fica velho...” Não deu outra.

ARTIGOS

Pensar fora da caixa

13/03/2025 07h45

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Um texto é sempre uma costura desigual, que insere novas ideias, em que os fios se entrelaçam e podem resultar em um pensamento fora da caixa. Quando falamos em pensar fora da caixa, fora dos ambientes burocráticos, significa que temos mais liberdade para expressar nossas ideias. Queremos abordar conceitos como acessibilidade, possibilidades, credibilidades e interesses no exercício do trabalho e na busca de emprego. 

Desempenhar funções, em diferentes empresas, para os cotistas difere dos demais funcionários. Para aqueles que preenchem vagas de cotas, as funções são as de menos importância, e as pessoas correm o risco de não conseguir atravessar o período de experiência. Por vezes, são dispensados por falta de assistência, a qual poderia modificar a condução das tarefas.

As orientações são imprescindíveis, e os colegas também podem colaborar para melhorar o desempenho das funções. Dada a variedade de deficiências e das características delas, o cotista pode ser contratado para um tipo de trabalho e ter habilidades para outras funções. Neste caso, ele teria de ser alocado em diferentes setores, de modo que ele possa verificar quais são aquelas funções em que ele pode investir mais esforços e obter o sucesso desejado por ele e pela empresa. Esta mobilidade poderia ocorrer com o auxílio dos colegas, que vão acompanhar o trabalho diário.

Pensar fora da caixa ajuda a idealizar uma situação diferente para o cotista, que tem maturidade suficiente para ter acesso à acessibilidade e aos conhecimentos produzidos pela empresa, a desenvolver empatias que possam melhorar o ambiente de trabalho e a adaptar as lacunas vindas das deficiências às necessidades da empresa.

No caso do uso da língua brasileira de sinais (Libras), pode ocorrer o que se chama de violência linguística, com a proibição da comunicação entre os surdos e também existe a desvalorização ou negação, ignorando a comunicação entre os mesmos e forçando-os a se adaptar. Durante séculos esta comunicação foi proibida. Schlünzen, Di Benedetto e Santos (2012), ao escreverem a história das pessoas surdas, mencionam que o padre Espanhol Juan Pablo Bonet (1579-1633) criou o alfabeto manual, em que cada palavra tinha um valor simbólico visual. Neste percurso histórico, o drama ainda continuou, pois o alfabeto manual difere do ensino das línguas. A situação vulnerável da pessoa surda ainda continua, e é preciso sempre lembrar que a inclusão e a cidadania dependem das atitudes de toda a sociedade em relação às deficiências. 

Já temos a Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015), a qual institui a inclusão da pessoa com deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Precisamos colocá-la em prática, ou seja, encorajar as pessoas a aceitarem uns aos outros e exercer os direitos e os deveres, de modo a garantir que a lei se cumpra e que possamos legitimá-la. 

Então, o que é pensar fora da caixa? Pensar conforme regem as leis e também ter empatia para com pessoas com deficiência, ter prazer em aprender com elas e por elas, ou seja, por exemplo aprender Libras, Braille e, acima de tudo, isso é fazer a diferença.

Convido você a fazer a diferença e a pensar fora da caixa. Vamos?!

ARTIGOS

Mulheres na política, avanços e desafios

13/03/2025 07h30

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É estatístico: a presença feminina na política subiu no Brasil. Os dados eleitorais indicam que houve um crescimento do número de mulheres em todos os cargos em disputa nas eleições municipais de 2024, em comparação ao pleito anterior, realizado em 2020. Esse é um avanço que merece ser relembrado e comemorado de forma especial agora em março, quando é celebrado o Mês da Mulher.

Os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indicam que, nas eleições municipais de 2024, quase 730 mulheres foram escolhidas para assumir os postos mais altos das prefeituras de seus respectivos municípios. Em comparação a 2020, o aumento foi de 7%. Já para os cargos de vice, foram eleitas 1.066 mulheres, em uma escalada de 15%. Elas também conquistaram maior número de cadeiras nas Câmaras Municipais, com crescimento de 12%.

São números significativos, que chegam quando estamos próximos de alcançar os 100 anos da eleição da primeira prefeita do Brasil e da América Latina. Alzira Soriano foi eleita em 1929, no município de Lajes, no Rio Grande do Norte, e abriu as portas do mundo político para as mulheres brasileiras. Se estivesse viva, certamente estaria inquieta em busca de novas conquistas. Desafios não faltam. 

Apesar de ser crescente o número de mulheres eleitas, ainda há no Brasil um ambiente político pouco favorável ao surgimento de grandes lideranças femininas. Atualmente, temos apenas duas prefeitas nas capitais brasileiras, em Aracaju e Campo Grande. Se observarmos as eleições de 2022, veremos que foram eleitas apenas duas governadoras, nos estados do Rio Grande do Norte e Pernambuco, e somente quatro mulheres saíram vencedoras na disputa para o Senado.

Já na Câmara dos Deputados, os dados são mais animadores. A bancada feminina saltou de 77, em 2018, para 91, em 2022. E é justamente dela que vem um dado preocupante: a cota mínima de 30% de candidaturas femininas foi descumprida em mais de 700 municípios brasileiros em 2024.

A Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados divulgou os dados, por meio do Observatório Nacional da Mulher na Política (ONMP), e os encaminhou ao TSE e à Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) com a solicitação de que sejam empenhados esforços para o cumprimento da legislação eleitoral.

E é bom que os partidos estejam mais atentos a esse tema, não simplesmente porque a lei está mais rígida e a fiscalização mais ampla, mas por uma questão de sobrevivência. Temos hoje um novo eleitor, mais bem informado e consciente de seus direitos e dos direitos dos outros, e novas tendências de perfis de candidatos eleitos, com maior representatividade de mulheres e minorias na política.

Os tempos mudaram. Felizmente.

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