Colunistas

CLÁUDIO HUMBERTO

"Lula trai os princípios da diplomacia brasileira"

Deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) repudia Lula por ato com ditadores na Rússia

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Carrões do STF custaram R$746 mil em 2 meses

Os 91 veículos para ministros e outros funcionários do Supremo Tribunal Federal (STF) custaram R$746.031,71 aos pagadores de impostos, apenas entre janeiro e fevereiro deste ano. A frota conta com belas pick-ups como Toyota Hilux e Nissan Frontier, além de modelos mais confortáveis como Toyota Corolla e Ford Fusion. O mais antigo é um Ford Landau, de 1977, que fica exposto no museu da Corte.

 

Rolê

Com combustível, o Supremo torrou mais de R$112,5 mil nos dois primeiros meses deste ano; R$81,2 mil só em fevereiro.

 

Nos trinques

Para não andar em carro empoeirado, o tribunal banca as lavagens: foram R$22,7 mil para dar aquele trato só em janeiro.

 

E subindo...

Gastos de março não foram todos lançados. Há registro de R$15,8 mil para bancar taxas do Detran, transporte por demanda e rastreamento.

 

Frota de milhões

Em 2024, a “condução de veículos” no STF custou R$5,2 milhões; incluindo R$735 mil com combustível e R$235 mil com lavagens.

 

Governo torra R$17 milhões com viagens em 4 dias

O governo Lula conseguiu torrar mais de R$17 milhões com viagens em apenas quatro dias, segundo dados do Portal da Transparência. Entre 15 e 19 de maio, R$4 milhões bancaram só as viagens internacionais. O total da conta que sobra para o pagador de impostos com diárias de funcionários públicos e passagens aéreas da administração petista chegou a R$440,9 milhões este ano, apenas até o dia 19 de maio.

 

R$234 milhões

As passagens aéreas representam apenas 37% das despesas do governo Lula com viagens. A maior parcela dos gastos são as diárias.

 

Na nossa conta

A administração petista registrou mais de dois mil voos a um custo de R$17,6 milhões entre 15 e 19 de maio.

 

Triste recorde

O Lula 3 é o governo que mais gasta com viagens na História: R$5,1 bilhões desde a posse, em 2023. E não inclui Lula, Janja, ministros etc.

 

Velho truque

É curioso como, inconformada com a falta de declarações claras e diretas de ministros do STF sobre a ameaça de sanções a Alexandre de Moraes, a mídia produziu várias reações, todas de menosprezo ou de deboche anônimas, de quem “pediu para não ser identificado”.

 

Ódio à classe média

Em vez de reduzir despesas, o governo se utiliza de sua conhecida falta de escrúpulos para aumentar impostos. Aproveita para reiterar seu ódio à classe média, que viaja, passando o IOF de 1,1% para 3,5%.

 

Sem credibilidade

O Brasil é um país cujo ministro da Fazenda do Brasil não merece a confiança. Após descartar aumento do IOF, dizendo que era invenção da “extrema direita”, de uma canetada, mais do que triplicou o imposto.

 

Lula ficou caro demais

Lula mostra que seu governo mal avaliado custa muito caro ao País, aprovando aumento de R$18 bilhões na folha de pessoal ou gastando quase R$4 bilhões em uma demagogia na conta de luz.

 

Por nossa conta

Não bastasse a boquinha de R$2,5 milhões por ano no Banco dos BRICS, Dilma Rousseff garantiu mais R$100 mil após comissão do ministério de Lula resolver indenizar e conceder anistia à petista.

 

Não era ideologia

Os R$100 mil da comissão de anistia para Dilma Rousseff, por fatos de 6 décadas atrás, faz lembrar a atitude digna de Millôr Fernandes, crítico desse oportunismo da esquerda: “Não era ideologia, era investimento”. Tinha autoridade: foi um dos intelectuais mais perseguidos na ditadura.

 

Com a barriga

Não foi surpresa para os leitores desta coluna que a CPMI do roubo ao INSS, se sair, e com sorte, só em junho. O presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (União-AP), confirmou ontem (22).

 

Deu nada

Como trote em escola em dia de prova, a Esplanada dos Ministérios viveu ontem (22) mais uma ameaça de bomba que não deu em nada. Ou quase nada: após a “ameaça”, servidores se mandaram mais cedo.

 

Pensando bem...

...o apelido nunca é por acaso.

 

PODER SEM PUDOR

Lição de especialista

O advogado e ex-deputado Genival Tourinho acompanhou o conterrâneo Darcy Ribeiro num jantar com Santiago Dantas, em Paris, em 1977. O sommelier, com uma enorme placa de ouro no pescoço, sugeriu o vinho que considerava ideal para acompanhar o pedido, mas Santiago discordou da safra e travou com o especialista do restaurante uma discussão sobre a superioridade das uvas plantadas às margens esquerda ou direita do rio. “Caipiras de Montes Claros,” recorda Tourinho, “testemunhamos, eu e Darcy, o sommelier francês se render aos argumentos de Santiago Dantas.”

artigos

A arte faz política

19/06/2025 07h30

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O escritor austríaco Hugo von Hofmannsthal dizia que nada aparece na política de um país sem ter antes aparecido na sua literatura. Não é que a literatura crie a realidade política, é que a linguagem poética, na medida em que seja uma síntese artística do real, torna comunicável experiências humanas que, antes, passavam despercebidas para o conjunto da sociedade. E a política só pode operar em cima dessas experiências que fazem parte do imaginário comum. Ou, de outro modo: é preciso primeiro que as pessoas sejam capazes de imaginar e verbalizar os problemas para só então se engajarem em solucioná-los.

Euclides da Cunha escreveu “Os Sertões” para nos dar a conhecer nossos irmãos sertanejos, aqueles fortes embrutecidos pela aridez do ambiente e a ambição dos senhores. Depois dele, pintaram também a vida nesses rincões a Rachel de Queiroz, o Graciliano Ramos, o José Lins do Rêgo e outros.

De posse dessa galeria de imagens, fica-nos impossível ignorar os dramas e agruras daquele povo – dos que retiram e dos que ficam.
O abolicionismo, por exemplo. A causa ganhou vulto, sim, por causa da prosa inflamada de um José do Patrocínio, ou da temperada de um Joaquim Nabuco, mas principalmente pela poesia inescapável de um Castro Alves.

Daí que também por vias literárias é que se deva registrar e divulgar o fracasso sistemático da organização social brasileira no pós-abolição. Foi isso o que fez, por exemplo, Carolina Maria de Jesus. Preta, favelada e semianalfabeta, ela revelou, com sua arte, as condições de miséria – física e moral – em que viviam os descendentes dos alforriados nas periferias da maior cidade do País. Aliás, Audálio Dantas, jornalista que descobriu a escritora e fez a edição dos seus diários, dando-lhes forma de livro (“Quarto de Despejo”), conta que a publicação da obra, um absoluto sucesso de vendas, suscitou debates entre políticos e técnicos e levou à formação de iniciativas como o Movimento Universitário de Desfavelamento (MUD). Como dizia Hofmannsthal: dos livros para a política.

No caso das favelas brasileiras, ainda há muito que se falar. Tivemos nas últimas décadas registros artísticos importantes, como os filmes “Cidade de Deus” e “Tropa de Elite” e os álbuns dos Racionais MC’s. Mas ainda carece, esse tema, de boa literatura. E literatura que não seja exatamente de protesto. Porque a linguagem poética é menos eficaz quando transmutada em deslavada retórica política. Não que a retórica política não tenha o seu lugar – citamos Patrocínio e Nabuco–, é só uma questão de hierarquia.

Daí que a literatura social, que se objetive a falar da vida difícil daqueles que vivem nas periferias, deva ser não uma central de denúncias – como não raro se faz –, mas um mosaico sincero e realista, com cenas, sim, de violência, de abandono e de miséria, mas também de ternura, de heroísmo, de sabedoria e de esperança.

artigos

A infância sequestrada pelas telas

19/06/2025 07h00

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O que acontece quando entregamos a uma criança uma chave que abre todas as portas do mundo sem manual, sem filtro e sem companhia? A resposta está diante de nós: infâncias hipervigilantes, corpos exaustos, mentes em colapso. A infância de hoje é digital por natureza, mas segue sendo analógica na forma como é cuidada. E essa dissonância tem um custo.

Há alguns anos, chamávamos a internet de “mundo virtual”. Hoje, para crianças e adolescentes, ela é o próprio mundo. É onde aprendem, brincam, criam, amam, brigam e choram. É onde constroem identidade. Ignorar isso é negar a realidade.

O problema não está no digital em si, mas na ausência de preparo para vivê-lo. Muitos pais entregam um smartphone aos filhos antes mesmo de ensiná-los a atravessar a rua. Sem orientação, os riscos se multiplicam: cyberbullying, vazamento de dados, assédio sexual (o chamado grooming), exposição a conteúdos de ódio, violência, automutilação, pornografia. E ainda há os danos silenciosos: dependência, ansiedade, insônia, prejuízo à autoestima e ao rendimento escolar.

Não faltam ferramentas de controle parental. Mas o equívoco está em confundir controle com proteção. Monitorar sem diálogo é vigiar; orientar com escuta é educar. A tecnologia pode ser aliada – desde que usada com transparência, combinada com regras claras e, acima de tudo, com presença afetiva. Não adianta limitar o tempo de tela, se o adulto não larga o celular na hora do jantar.

Na minha experiência de mais de 30 anos na área de segurança, vejo diariamente pais perdidos entre a culpa e o susto. Alguns só percebem a gravidade quando há uma denúncia formal, quando surgem prints perturbadores ou quando a escola entra em contato. Mas a prevenção começa muito antes: com escuta, confiança e preparo.

Precisamos formar crianças e adolescentes críticos, que saibam reconhecer armadilhas, proteger seus dados, entender o valor da privacidade e resistir à lógica da comparação constante das redes. Isso só se constrói com diálogo. A escola tem papel vital nesse processo – não apenas como transmissora de conteúdo, mas como espaço de formação ética e digital.

O poder público também precisa agir. É urgente investir em políticas de educação midiática e saúde mental para crianças e adolescentes. É preciso regulamentar a atuação de plataformas digitais que direcionam publicidade para menores, coletam dados e estimulam o engajamento a qualquer custo. Proteger a infância on-line é proteger a cidadania.

Cuidar da infância digital é um dever que começa em casa, estende-se à escola e se consolida na esfera pública. Não basta proibir. É preciso entender. Não basta reagir. É preciso prevenir. A infância conectada não está em risco apenas por estar on-line. Ela está em risco por estar sozinha.

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