Colunistas

EDITORIAL

Mais respeito à lei, mais segurança

O respeito à legalidade deve ser incentivado desde cedo, em casa e na escola. O que está em jogo é mais do que segurança, é o tecido social da nação

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A necessidade de um sistema mais íntegro e eficiente na segurança pública brasileira é inegável. Não se trata apenas de uma demanda das forças de segurança ou das autoridades, mas de um clamor da sociedade, que reconhece a importância de instituições confiáveis, bem aparelhadas e comprometidas com o combate à criminalidade. Em estados fronteiriços como Mato Grosso do Sul, a urgência dessa discussão é ainda maior.

Com uma extensa faixa de fronteira seca com o Paraguai e a Bolívia, MS vive uma situação peculiar: o entra e sai constante de pessoas, mercadorias e substâncias ilegais é uma realidade antiga, que desafia governos há décadas. O contrabando, o tráfico de drogas e o descaminho fazem parte do cotidiano de fiscalização nas áreas limítrofes. Contudo, ainda não conseguimos implementar um sistema robusto que seja capaz de conter de forma eficaz esse tipo de movimentação ilícita.

É verdade que, em muitas cidades de Mato Grosso do Sul, o cidadão não percebe diretamente os efeitos da violência urbana que marca outras regiões do País. Em parte, isso se deve ao trabalho preventivo das forças policiais. Mas também é verdade que, em algumas áreas de fronteira, a aparente tranquilidade tem um motivo preocupante: o medo. Muitas comunidades convivem com a presença constante de grupos criminosos, que impõem a ordem pelo poder do medo e do dinheiro fácil do tráfico.

Quando o assunto é controle de fronteira, é preciso deixar claro: o Brasil é um país soberano. É, portanto, responsabilidade da União garantir que suas fronteiras estejam protegidas, fiscalizadas e organizadas. A omissão ou a fragilidade do Estado nesses pontos permite que o crime organizado encontre brechas para se estruturar, crescer e aliciar. A segurança pública, nesses casos, começa por um controle territorial eficiente.

Nesta edição, relatamos um novo exemplo da sofisticação e ousadia do tráfico: estudantes de Medicina sendo flagrados transportando cocaína da Bolívia para o Brasil. Um caso que choca, mas que mostra como o crime não poupa perfis nem classes sociais. Jovens com futuro promissor, em formação acadêmica, cooptados por quadrilhas para agir como “mulas” do tráfico, cruzando a fronteira com entorpecentes.

Situações como essa exigem mais do que fiscalização. Exigem, sobretudo, a valorização da ética, da lei e da cidadania. O combate ao crime precisa ser também um trabalho cultural, de conscientização e educação. O respeito à legalidade deve ser incentivado desde cedo, em casa, na escola e nas universidades. O que está em jogo é mais do que segurança, é o tecido social da nação.

Para que tenhamos fronteiras mais seguras, é preciso uma ação coordenada entre União, estados e municípios, com investimentos constantes, inteligência e vontade política. Acima de tudo, é preciso cultivar uma cultura de legalidade e respeito às instituições, sem isso, qualquer muro ou fiscalização será apenas paliativo. Segurança de verdade se constrói com integridade – institucional e pessoal. Mas não basta apenas isso: precisamos das forças federais, de mais policiais federais e rodoviários federais na região.

artigos

Caminhos da vida

26/04/2025 07h00

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Mais de 40 anos passam depressa, marcando os passos decididos e, corajosamente, mudaram e ainda mudarão o pensamento de muitos viventes. E essas esperanças haverão de produzir muitas alegrias. Algo precisa acontecer, o mundo precisa ser melhor.

O universo precisa renovar sua face continuamente. Os humanos necessitam ser mais solidários, especialmente com os mais necessitados, como nos disse tantas vezes o papa Francisco. Essa fé precisa ser iluminadora de um caminho mais sereno e mais feliz. 

Está na hora de mostrar mais clareza nas ideias, mais honestidade nos testemunhos. Principalmente será preciso mostrar alegria por ter realizado uma obra não tão grande, mas o suficiente para louvar e bendizer o Senhor. 

Estou feliz. Todos aqueles e aquelas que me apoiaram, quem me acudiu nas horas amargas, quem me consolou nos momentos difíceis, quem chorou comigo, quem sorriu e, principalmente, rezou por mim e comigo.

Essas atitudes e esses gestos lavam a alma e purificam o espírito. Nessa caminhada, sempre esteve presente a luz de Deus, fortalecendo minha fé e garantindo a segurança necessária em toda minha vida.
Por isso, esse momento é sagrado, pois garante que tudo quanto realizei não foi em vão. Muitas lutas, muitos debates, muitas dúvidas e muitas buscas garantiram a alegria de uma grande vitória.

Por isso, nada mais sagrado do que dizer muito obrigado aos diretores e funcionários desta empresa. Sejam sempre fiéis a verdade e coerentes com a fé. Recebam todos meu abraço e minha benção.

Com essas palavras, peço permissão para dizer que deixo esse espaço neste jornal à disposição dos coordenadores dessa empresa para que deem o destino dos caminhos da vida. Cada qual guarde para si as coisas boas e belas que aconteceram entre nós, mesmo não nos conhecendo pessoalmente, com certeza deixaremos marcas de nossa personalidade e de nossos ideais.

Os caminhos dessa vida continuarão abertos, sempre disponíveis para quem desejar propor novos caminhos, novos projetos e novas maneiras de interpretar a sabedoria de Deus e o amor pela vida e pelas grandezas de sonhos e de projetos de vida.

Agradeço a confiança de todos os colegas do jornalismo que comigo partilharam tantas boas notícias, consolaram pessoas que estavam se perdendo nos caminhos da vida e conosco corrigiram as dificuldades em olhar de esperança, de novo começo. Tenham sempre viva a bondade e a misericórdia de Deus. Deixem um espaço para bênçãos de Deus.

Gratidão. Continuarei residindo em Campo Grande, à disposição de todos vocês. Me afastarei dos escritos, mas continuarei no coração de cada um e cada uma

Cláudio Humberto

"Negar a urgência da anistia é perpetuar o ódio e a perseguição"

Deputado Rodrigo Valadares (União-SE) e o João-sem-braço Hugo Motta, presidente da Câmara

26/04/2025 06h30

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Ligação a acusados pode render demissão de Lupi

O elo quase visceral de Carlos Lupi com enrolados na gatunagem no INSS, que meteu a mão no bolso de aposentados, virou preocupação dentro do Planalto, que vai aguardar o andamento das investigações para decidir que fim vai levar o (ainda) ministro da Previdência. Lupi é amigo de Maurício Camisotti, fundador e suspeito de ser sócio oculto da Associação dos Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos (Ambec), alvo da PF na operação que desbaratou o esquema bilionário.

 

Pra todo lado

Lupi tem ligações até no Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindnapi), também alvo de batida da PF. O presidente, Milton Cavalo, é do PDT.

 

Lula desmoralizou

Ainda com o escândalo na rua, Lupi titubeou sobre demissão de Alessandro Stefanutto da chefia do INSS. Foi desmentido horas depois.

 

É meu

Stefanutto trocou o PSB pelo PDT de Lupi, que o escolheu pessoalmente para assumir a presidência do INSS. Deu no que deu.

 

Crise familiar

O vice-presidente do Sindapi, José Ferreira da Silva, também arrasta a crise para dentro do governo. “Frei Chico” é irmão de Lula (PT).

 

Para o PT, polícia em hospital era ‘desumano’

Agora os petistas fazem silêncio sobre a intimação Jair Bolsonaro na UTI de um hospital a mando do STF, mas quando a Policia Federal localizou o ex-ministro Guido Mantega acompanhando a mulher no Hospital Albert Einstein, cumpriu mandado de sua prisão, na 34ª fase da Lava Jato, em 2016, os petistas reagiram “indignados”: o partido chamou a prisão de “arbitrária, desumana e desnecessária” e Gleisi Hoffmann de “espetáculo de humilhação”. Após depor, Mantega foi solto pelo juiz Sergio Moro.

 

Assim é ‘covardia’

Ex-ministro do Lula 3, Paulo Pimenta disse à época que “prender alguém no hospital é covardia. Não oferece risco, não tinha necessidade”.

 

Coisa de ditaduras

Então senador, Lindbergh Farias (PT-RJ) classificou a prisão de Mantega no hospital como “ação muito comum em ditaduras”.

 

Estado perseguidor

Maria do Rosário (PT-RS) chamou a prisão de Mantega de “espetáculo deplorável”, uma “arbitrariedade” que “revelava perseguições”.

 

Caprio brasileiro

Voz vencida na condenação desproporcional da cabeleireira Débora a 14 anos de prisão, o ministro do STF Luiz Fux, magistrado-raiz, faz lembrar o juiz Frank Caprio, amado pelos americanos e celebridade nas redes sociais, que ensinou: um bom juiz decide com sabedoria e compaixão.

 

Jogo bruto

O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) disse que o estado do pai “piorou visivelmente” desde que recebeu intimação do STF na UTI. “Coisa de gente sem honra, sem caráter e sem vergonha na cara”, protestou.

 

Tratamento de mafioso

Último “capo de tutti capo” da máfia siciliana, Matteo Denaro foi preso durante tratamento de câncer, em 2023, numa clínica, mas não na UTI. Estava foragido havia 30 anos, condenado a várias penas perpétuas.

 

Está claro

O deputado Carlos Jordy (PL-RJ) lembra que o projeto de anistia não perdoa o ex-presidente Jair Bolsonaro preventivamente: “de modo algum”, disse ao podcast Diário do Poder. “[Bolsonaro] não quer isso”.

 

Palavra do especialista

Ex-procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol é claro sobre o caso da intimação a Bolsonaro na UTI: “Moraes e o STF, sob hipótese alguma, poderiam ter mandado intimar alguém doente e em estado grave”.

 

Rede preferida

Apesar das controvérsias com Elon Musk, seis ministros do STF têm contas no ‘X’, a rede que mais faz sucesso na Corte: André Mendonça, Nunes Marques, Cristiano Zanin, Gilmar Mendes, Flávio Dino e Luis Roberto Barroso. Alexandre de Moraes desativou a conta “@alexandre”.

 

Voto reafirmado

Após a sessão que condenou a 14 anos a mulher que usou como “arma” seu batom, no 8/jan, o ministro Alexandre de Moraes fez adendo ao seu voto insistindo que a cabeleireira tentou dar golpe.

 

Frente óbvia

Já são 290 as “frentes parlamentares” no Congresso, na atual legislatura (desde 2023). Dez dessas frentes foram criadas apenas em 2025, incluindo uma “Frente da Influência Digital” para ‘apoiar’ influenciadores.

 

Pensando bem…

…golpe em velhinhos, em tese, dá cadeia.

 

 

PODER SEM PUDOR

A apelação de Jânio

Quando se viu sem dinheiro em 1988, na campanha para prefeito de São Paulo, Jânio Quadros resolveu advertir empresários conservadores para a “ameaça comunista” dos adversários Eduardo Suplicy (PT) e, imaginem, Fernando Henrique Cardoso (PMDB). Reuniu potenciais financiadores que não se impressionavam com o apelação. Jânio explodiu: “Os senhores são tão miseráveis que quando vêem um pobre lhe pedem as horas!” Acabou conseguindo todos os recursos de que necessitava.

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