Colunistas

CLÁUDIO HUMBERTO

"O Brasil foi tirado do caminho da prosperidade pela esquerda"

Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) sobre precarização nutricional do povo brasileiro

Continue lendo...

Investigação de espionagem é ‘nitroglicerina pura’

Pode virar “nitroglicerina pura” a investigação da Polícia Federal de espionagem da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) contra o governo do Paraguai. A Abin é subordinada à Presidência da República e seu diretor-geral, Luiz Fernando Corrêa, é homem de confiança de Lula (PT), ex-diretor da PF em seu segundo governo. Ele irá depor amanhã sobre destruição de provas. Se avançar, a investigação pode chegar em quem ordenou tudo, daí o "alto poder explosivo”. O Planalto se apressou em espalhar que a investigação, quinze dias depois, estaria em “fase final”.

Sem vestígios

A suspeita é que, para apagar vestígios, o diretor-geral da Abin teria determinado a formatação do disco rígido de computadores da Abin.

Ele teve papel?

Correia será inquirido sobre seu eventual papel nessa arapongagem que abala as relações com o pais vizinho, onde o caso também é investigado.

Golpe baixo

O objetivo da espionagem era descobrir o que o Paraguai defenderia em negociação com o Brasil sobre Itaipu. Muito pouco para o risco elevado.

Denúncia

A investigação iniciou após a PF receber denúncia de servidor da Abin sobre a espionagem ilegal, que provocou indignação no Paraguai. 

Justiça libera paralisação após calote dos Correios

Enquanto figurões do governo Lula curtem show do Gilberto Gil em turnê com R$4 milhões dos Correios falidos, transportadoras penam para receber pelos serviços. Empresários acionaram a Justiça cobrando a dívida. Somente uma das ações, curiosamente em “segredo de Justiça”, cobra uma dívida de R$395,9 mil. A 17ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária do DF acatou os pedidos da empresa e deu 15 dias para a estatal quitar o calote, sob pena de paralisação autorizada dos serviços.

Calote continuado

O processo lista as inúmeras tentativas de cobrança extrajudicial. Tudo em vão. Os atrasos são, em média, de 60 dias até quitação das notas.

Metástase

Outra transportadora, no Acre, oficiou os Correios. Diz que a fatura de R$200 mil está também atrasada. Promete parar hoje (16).

Ingresso caro

O show de sábado teve Fernando Haddad e gente do grupo petista “Prerrogativas”, que indicou Fabiano Silva para presidir os Correios.

Caso é grave

O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro lembrou que a falsificação da entrada de Filipe Martins nos EUA, que rendeu a prisão do ex-assessor de Jair Bolsonaro, é crime que dá 25 anos de cadeia, pela lei americana.

Se ficar, o bicho pega...

Silvinei Vasques não irá acompanhar seu próprio julgamento. A defesa avaliou que o uso da imagem do ex-PRF na mídia poderia abrir margem para colocar os ministros contra ele. Como se já não estivessem.

Profissa da embromação

Foi puro constrangimento discurso de Lula em Serra das Araras (RJ) ontem (15). Cobrado por um policial ferroviário para regulamentar a profissão, prometida em 2009, Lula enrolou, enrolou... e se esquivou.

Greve gourmet 

Glauber Braga (Psol-RJ) tenta colar nas redes sociais que se alimenta de “solidariedade”. O deputado barraqueiro, em “greve de fome”, é assistido por médicos e não fala que faz ingestão de líquidos, como isotônicos.

Cota questionada

Chegou ao TCU o imbróglio que virou a cota trans na Unicamp. O pedido é do deputado Evair de Melo (PP-ES), que cobra apuração do impacto orçamentário da invenção. Há suspeita quanto a legalidade da medida.

É só chamar

O deputado Nicoletti (União-RR) cobrou de Lula a convocação dos 700 aprovados em concurso da PRF, que passa por quadro de defasagem. A turma foi aprovada em 2021 em edital que expira em dezembro.

Governar é viajar

O ministro Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) é quem mais torra dinheiro público com viagens nacionais, em janeiro e fevereiro deste ano: R$57 mil, sendo R$10 mil só em diárias.

Sem noção, sem trabalho

Pesquisa do serviço de streaming Tubi revela que a “geração Z” ama o trabalho remoto porque, para 84%, não perdem séries e filmes favoritos. E 53% confessam ter adiado tarefas para terminar um episódio.

Pensando bem...

...a espionagem brasileira ao Paraguai parece mais flagrante que olho no buraco da fechadura.

PODER SEM PUDOR

Elegância presidencial

Vaidoso, Juscelino Kubitschek jamais negligenciava a elegância. Certa vez, num voo do Rio para o canteiro de obras de Brasília, foi despertado pelo aflito ajudante de ordens em meio a forte turbulência: “Senhor Presidente, estamos em pane e o problema é grave!” JK trocou de roupa com calma, vestindo seu terno. Ajeitava o nó da gravata quando viu a cara de incredulidade do jovem capitão. O presidente sorriu: “O avião pode cair. Não fica bem o corpo do presidente ser encontrado de pijamas.”

ARTIGOS

A decadência ideológica do MST

23/04/2025 07h30

Continue Lendo...

Todos os anos, no mês de abril, o MST intensifica as ações em busca de maior visibilidade para a agenda da reforma agrária no Brasil. O período é escolhido para relembrar o chamado Massacre de Eldorado do Carajás, que resultou na morte de 21 pessoas. Mas o fato é que, apesar do forte potencial de apelo social, o movimento entrou em um claro processo de decadência ideológica junto à opinião pública e não encontra apoio popular significativo.

Essa percepção foi confirmada por meio de recente levantamento do Instituto de Pesquisa Real Time Big Data. O resultado mostrou que apenas 32% dos brasileiros declararam estar de acordo ou apoiar as demandas no MST. Por outro lado, 66% afirmaram ser contrários às pautas do movimento, enquanto 2% não souberam ou não quiseram responder.

O Real Time Big Data também quis saber se o governo federal deve ajudar o MST. A essa pergunta, 62% responderam não, enquanto apenas 29% disseram sim e 9% não opinaram. Para finalizar, 70% dos cidadãos consultados acreditam que o apoio do governo ao movimento dos sem-terra não deve ajudar Lula nas eleições presidenciais de 2026. Apenas 22% consideraram que o apoio é eleitoralmente positivo e 8% não responderam.

A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos porcentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. No total, 1.200 pessoas foram ouvidas entre os dias 15 e 16 de abril, em todas as regiões do País. Se considerarmos que Lula venceu as últimas eleições com mais de 50% dos votos, na prática, a pesquisa nos mostra que, mesmo para uma camada dos eleitores com perfil ideológico de esquerda, a imagem do MST é negativa.

A falta de apoio popular ao movimento dos sem-terra pode ser explicada por meio da análise de sua evolução histórica. O MST nasceu na década de 1980, defendendo a reforma agrária por meio da distribuição de terras ociosas a trabalhadores rurais. Na teoria, a mensagem era irretocável, mas ela acabou se perdendo na execução prática e as ocupações violentas ocorridas com o passar do tempo conferiram alta carga negativa ao MST.

Ainda estão vivas na memória das pessoas as notícias sobre propriedades invadidas, como, por exemplo, as fazendas da família do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e da empresa Suzano Papel e Celulose.

Além disso, também vieram a público as listas com nomes das pessoas à espera de serem assentadas, manipuladas pelo movimento para participação de atos organizados. Tais erros de estratégia fizeram nascer entre os brasileiros o conceito de que o MST é político e radicalizado.

Mesmo assim, Lula não abre mão de sua ligação com o movimento e tem atuado para beneficiá-lo no atual mandato. Ele acredita que o MST seja um apoio importante para 2026, mas essa pode ser uma jogada arriscada, especialmente quando precisar sair em busca de votos dos eleitores de centro e indecisos. Não estamos mais na década de 1980, os tempos mudaram. E os cidadãos brasileiros sabem disso.

EDITORIAL

O mundo muda, e qual o nosso papel?

Em um mundo em transformação, não cabe mais olhar apenas para dentro. É preciso entender como o que acontece lá fora molda nossas decisões internas

23/04/2025 07h15

Continue Lendo...

Vivemos tempos de mudanças profundas. A geopolítica global e a economia internacional estão sendo redesenhadas em velocidade inédita. Essa transformação, iniciada de forma mais contundente durante o governo de Donald Trump, ainda reverbera. A tentativa de reequilibrar a balança comercial norte-americana levou o ex-presidente a declarar uma verdadeira guerra tarifária contra países que acumulavam superavit com os Estados Unidos, como China, Canadá e México. Esse movimento desencadeou uma série de reações em cadeia, que ainda hoje reconfiguram alianças comerciais, rotas de exportação e prioridades políticas.
Mas, em meio a esse cenário de rearranjos globais, onde entra um estado como Mato Grosso do Sul?

Distante dos grandes centros de decisão mundiais, o Estado parece, à primeira vista, pequeno demais para ser afetado por essas tensões internacionais. No entanto, como mostramos nesta edição, a realidade é bem diferente. O restante do mundo pode até parecer estar longe, mas seus impactos chegam aqui com força – e, surpreendentemente, com oportunidades.

Um exemplo claro está na reportagem especial que publicamos, que mostra como Mato Grosso do Sul pode se beneficiar do aumento das exportações para a China, em meio à disputa comercial entre Pequim e Washington. Quando gigantes brigam, abrem-se espaços. E o Estado tem encontrado nessa brecha uma chance concreta de ampliar sua presença no mercado asiático, especialmente com produtos do agronegócio e da cadeia da proteína animal.

Mas não é só isso. Há também mudanças estruturais em andamento que reposicionam Mato Grosso do Sul no mapa da logística e do comércio exterior. A construção da Rota Bioceânica, que liga Porto Murtinho ao norte do Chile, passando por Paraguai e Argentina, começa a ganhar um peso estratégico ainda maior. Em um mundo que busca diversificar caminhos e diminuir custos de transporte, essa rota terrestre se torna mais do que uma obra de infraestrutura: ela é um vetor de inserção global.

A razão para esse novo protagonismo está na abertura de uma conexão direta com os mercados asiáticos pelo Pacífico. Em vez de depender exclusivamente de portos do Sudeste ou do Sul do Brasil, produtores sul-mato-grossenses poderão acessar o mundo por um caminho mais curto e eficiente. A Rota Bioceânica não é apenas uma estrada: é uma ponte para um novo tempo econômico, mais integrado e competitivo.

Em função disso, Mato Grosso do Sul se vê diante de uma oportunidade rara. Um momento em que o local e o global se cruzam e em que o Estado pode – e deve – se posicionar com inteligência, estratégia e visão de futuro. A economia regional, os empreendedores, os produtores e os gestores públicos precisam estar atentos. As transformações são intensas, mas também oferecem novas possibilidades.

Por isso, o papel de cada um se torna essencial. Em um mundo em transformação, não cabe mais olhar apenas para dentro. É preciso entender como o que acontece lá fora molda nossas decisões internas. O futuro não espera – e Mato Grosso do Sul precisa estar pronto para fazer parte dele, como protagonista, e não como coadjuvante.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).