Colunistas

CLÁUDIO HUMBERTO

"Tarcísio [de Freitas] vai para a reeleição e eu vou para presidente"

Jair Bolsonaro (PL) insistindo em sua candidatura e decretando o futuro do governador

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PT bate cabeças na disputa pelo governo gaúcho

Petistas do Rio Grande do Sul não falam a mesma língua quando o assunto é a disputa pelo governo estadual. O senador Paulo Paim disse a lideranças locais que não pretende renovar o mandato, que termina em 2027. Mas não descartou disputar outros cargos eletivos e que até o deseja, deixando os petistas desconfiados de que ele pretende disputar o Palácio Piratini. Derrotado em 2022, Edegar Pretto ganhou boquinha na Conab como consolação e pretende ser candidato outra vez.

 

Petistas fazem fila

Não é só Pretto que está de olho nos movimentos de Paim. Até Pepe Vargas, ex-ministro de Dilma citado na Lava Jato, tem interesse.

 

Pimenta sonha

Quem trabalha noite e dia para ser o nome do PT para o lugar de Eduardo Leite (PSD) é o Paulo Pimenta, deputado e ex-Secom do Lula.

 

Chance é pequena

Pimenta até levou Lula no papo, que inventou um ministério extra para “reconstruir o Estado”. Com desempenho fraquíssimo, foi logo demitido.

 

Se oferecer, ela quer

A mais fraca pretendente é Maria do Rosário, que tomou uma sova de votos de Sebastião Melo (MDB) na disputa de Porto Alegra: 61% a 38%.

 

Dinheiro roubado ‘contaminou’ eleição, diz Evair O dinheiro roubado dos aposentados do INSS “contaminou” as eleições de 2022, segundo convicção do deputado Evair de Melo (PP-ES), manifestada durante entrevista ao podcast Diário do Poder. “Olhe os sindicatos e associações que praticaram esse roubo e você vai ver os políticos que essa base apoiou”, diz. “Não vou dizer que [houve dinheiro roubado] na eleição de 2018, era só o início”, mas, para o deputado capixaba, na eleição de 2022 e 2024 “possivelmente teve muito”.

 

Eleições revisitadas

“A prestação de contas de 2022 deveria ser revisitada”, defende Evair, para quem é possível que o dinheiro roubado pode ser rastreado.

 

Lógica política

A possível contaminação se deu, segundo Evair, “na base da pirâmide, que é aquele a gente lá que elege o vereador que faz a sua base”.

 

Oposição mobilizada

O deputado garantiu que a oposição já está mobilizada para investigar o uso eleitoral dos bilhões roubados dos aposentados.

 

Aviso prévio

Com o fiasco da reforma ministerial, com muita gente rezando para não ser convidado a um governo ladeira abaixo, Lula acena com segundo escalão. Rodrigo Agostinho, do Ibama, deve ser o primeiro demitido.

 

Causa própria

A “PEC do Fim da Reeleição”, que acaba com mandatos sucessivos para presidente, governadores e prefeitos, não mexe nos outros Poderes. Senadores, deputados e vereadores continuam sem limite de mandatos e ministros do STF permanecem com mandatos “vitalícios”.

 

Acabou o interesse?

A PEC 16/2019, que impõe mandato de oito anos, sem reeleição, para ministros do STF, dormita nas gavetas da Comissão de Constituição e Justiça do Senado desde outubro do ano passado. Nem relator tem.

 

Prazo longo

Presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) se apressou para anunciar que irá pautar o fim da reeleição no Executivo, mas não avisou que só valeria a partir de 2034. Se passar, ainda vai para a Câmara.

 

Shopee em Pernambuco

Pernambuco foi o destino escolhido pela Shopee para montar o 13º centro de distribuição. A instalação será em Jaboatão dos Guararapes. A expectativa é que a gigante chinesa gere mil empregos na região.

 

Crise contratada

O projeto do licenciamento ambiental, que avançou no Senado, é crise contratada com o governo. Apoiado por Davi Alcolumbre (União-AP), o texto é rejeitado pela ministra Marina Silva (Meio Ambiente).

 

Foi mal

Demorou, mas veio. O senador Cleitinho (Rep-MG) finalmente refletiu a resolveu se desculpar pela lamentável selfie com Virgínia Fonseca, que fatura alto com o jogo do tigrinho: “Não era o local, não era o momento”.

 

Bom ou ruim?

Apesar do julgamento da “tentativa golpe” no STF dominar manchetes, o brasileiro quer saber mesmo é de futebol: todos os dez assuntos mais buscados no Google no Brasil, ontem, tratavam do esporte.

 

Pergunta com batom

Pode ser acusado de “tentativa golpe” quem tinge de luz vermelha a sede do Judiciário?

 

PODER SEM PUDOR

Falando de barriga cheia

Certa vez, em debate sobre e reforma da Previdência, o empresário Jorge Gerdau Johannpeter, um dos mais admirados, que leva a sério os problemas do Brasil, defendeu redução do teto salarial no setor público, liquidando os marajás, para “reparar as injustiças e o déficit previdenciário”. O deputado Carlos Mota (PL-MG) pediu a palavra para fazer piada sobre assunto sério: “Então que o teto seja estipulado em 1 centavo e resolveremos de vez todos os problemas sociais do Brasil!”

EDITORIAL

A inadimplência e os limites do crescimento

O uso do crédito bancário e do cartão de crédito como complemento de renda se tornou, infelizmente, uma prática comum entre milhares de brasileiros

21/06/2025 07h15

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Nesta edição, mostramos um dado preocupante: quase 500 mil pessoas em Mato Grosso do Sul estão com o nome negativado nos bancos. É um número expressivo, que representa cerca de um quinto da população do Estado, e que evidencia uma fragilidade estrutural na saúde financeira das famílias sul-mato-grossenses.

O cenário poderia ser melhor, especialmente após a execução do programa federal Desenrola, lançado no ano passado, que ofereceu condições especiais para renegociação de dívidas, com descontos e parcelamentos acessíveis. A expectativa era de que milhares de consumidores saíssem da lista de inadimplentes, mas os números mostram que o impacto, ao menos por enquanto, foi insuficiente.

Ter meio milhão de pessoas com dívidas em atraso significa mais do que um problema individual. Trata-se de um fator que limita o consumo interno e, consequentemente, inibe o crescimento econômico sustentável. Quando uma parcela tão grande da população está com o crédito comprometido, o comércio, os serviços e até o setor industrial sentem os reflexos.

É verdade que a economia de Mato Grosso do Sul tem crescido acima da média nacional, puxada principalmente pelos investimentos externos e pelos bons resultados da balança comercial. O agronegócio e a indústria da celulose têm garantido saldo positivo, movimentando divisas e ampliando o Produto Interno Bruto estadual. No entanto, esse crescimento, embora importante, não tem sido acompanhado por um fortalecimento consistente do mercado interno.

O Estado poderia crescer ainda mais se a dinâmica de consumo das famílias fosse mais saudável e se a taxa de poupança das pessoas fosse maior. Uma população com menos dívidas e mais capacidade de compra alimenta o ciclo virtuoso da economia, gerando mais renda, emprego e arrecadação.

A explicação para esse alto nível de inadimplência passa por um problema macroeconômico que não pode ser simplificado pondo a culpa apenas no consumidor. O uso do crédito bancário e do cartão de crédito como complemento de renda se tornou, infelizmente, uma prática comum entre milhares de sul-mato-grossenses e de brasileiros. Isso é um claro sintoma de que a renda média da população não é suficiente para cobrir os custos básicos de vida.

Enquanto o poder de compra das famílias não for recuperado de forma estrutural, o ciclo da inadimplência continuará se repetindo, com impactos negativos tanto na vida das pessoas quanto no desempenho econômico do Estado. É papel de governos, empresas e instituições financeiras encontrar soluções mais duradouras para o problema. Não se pode tratar a inadimplência como um fenômeno isolado, mas como um reflexo direto de um modelo de desenvolvimento que ainda precisa ser mais inclusivo e equilibrado.

cláudio humberto

"Completo desprezo da atual gestão pelos produtores rurais"

Deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS), após congelamento de recursos do agronegócio

21/06/2025 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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“Completo desprezo da atual gestão pelos produtores rurais”
Deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS), após congelamento de recursos do agronegócio

Preços abusivos em Belém chocam a ‘pré-COP30’
Os preços astronômicos de hospedagem em Belém (PA) durante a realização da COP30 causaram espanto e dominaram as discussões na Conferência do Clima de Bonn, na Alemanha, espécie de “pré-COP” para discutir a infraestrutura da sede do encontro oficial, em novembro.

Hotéis de duas estrelas cobram até R$80 mil por duas semanas de estadia. Um membro de delegação encontrou um quarto de pousada por R$170 mil e casas para alugar por temporada nos milhões de reais.

Choque geral
“Uma semana não sai por menos de R$30 mil” aponta a advogada ambientalista Samanta Pineda, que participou do encontro em Bonn.

Dor no bolso
“As delegações estão achando um absurdo,” revela Pineda. O governo brasileiro jurou, em Bonn, que “haverá hospedagem para todo mundo”.

Outro mundo
Há casas em Belém anunciadas no Booking.com por R$2 milhões para a temporada e apartamentos com diárias entre R$100 mil e R$200 mil.

Passagens
As passagens aéreas ainda não sofreram o mesmo aumento de preços que hotéis em Belém, mas o trecho de São Paulo já custa R$1,2 mil.

Correios quebrado consome ‘taxa das blusinhas’
Enquanto Lula (PT) não quer nem ouvir falar em cortar gastos, uma das “soluções” encontradas pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda) para reforçar os caixas do governo gastador, taxando compras internacionais de pequeno valor, parece dar razão ao presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, que acusa a medida como a responsável pelo rombo bilionário da estatal desde a invenção de Taxadd. A arrecadação com compras internacionais bateu R$2,8 bilhões, valor do rombo na estatal.

Efeito imediato
A taxa, negada pelo governo e até pela primeira-dama Janja, foi imposta em agosto de 2024, ano que os Correios fecharam no vermelho.

Pedalada petista
Os Correios navegaram no azul na gestão Bolsonaro. Manobra petista empurrou gastos de 2024 para 2023. Daí para frente tudo desandou.

Falência no monopólio
Fabiano diz que a taxação de Haddad tem culpa pela situação crítica da estatal. Documento interno dos Correios falava até em “insolvência”.

Itamaraty nem aí
O Itamaraty ignora contatos em busca de informações sobre brasileiros que querem deixar o Irã. A embaixada por lá diz que precisam esperar o embaixador chegar. O posto está vago desde janeiro.

Dialogo de surdos
Enquanto diversos países já orientaram e retiraram seus cidadãos da área de guerra, só na sexta (20) o Itamaraty disse ter “identificado” os brasileiros, mas nada faz. Não tem dialogo com o governo de Tel Aviv.

Simpatia é quase amor
Lulistas no PSD se apressaram em dizer que a proximidade de Gilberto Kassab com Bolsonaro não representa apoio à oposição em 2026. A não ser que o candidato seja o governador Tarcísio de Freitas (Rep).

Só discurso
O vereador Rubinho Nunes (União-SP) chamou atenção para mudança de discurso de Lula sobre o orçamento secreto, condenado enquanto estava em campanha, “Nem sei se os deputados do PT querem acabar”.

Ciro de volta
Na luta para fugir do sepultamento, o PSDB avança nas conversas com Ciro Gomes para filiar o pedetista. Gomes já foi tucano, deixou o partido em 1997, de lá pra cá passou pelo PPS, PSB, PROS até o atual PDT.

Selic 100% petista
A taxa de juros de 15% determinada pelo Banco Central de Gabriel Galípolo, ex-assessor de Fernando Haddad na Fazenda, é a quarta maior do mundo, segundo o site especializado Trading Economics.

Régua e compasso
O Chelsea não é nenhum PSG, que nem sequer disputou a Champions League, vencida pelo time francês, mas o Flamengo repetiu o que o Botafogo fez na véspera: mostrou aos europeus como se joga futebol. 

Falando fino
Após reunião em Genebra (Suíça), o ministro das Relações Exteriores do Irã anunciou que o país está “disposto a considerar” a diplomacia, mas apenas “após o fim dos ataques de Israel”.

Pensando bem...
…o melhor da COP30 chegará a Belém nos dólares dos visitantes.

PODER SEM PUDOR

O sr. é o famoso quem?
O ex-secretário de Estado americano Henry Kissinger visitava o então governador de São Paulo, Mário Covas, em meio a notícias sobre intervenção federal no Banespa, o banco estadual que agonizava. A certa altura, na entrevista coletiva sobre planos de investimento de empresas dos EUA no Brasil, Covas sugeriu que se fizessem perguntas ao visitante. Um jovem repórter passou vergonha, dirigindo-se a Kissinger: “O senhor veio aqui tratar do Banespa?”

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