Criança, de 7 anos, levada pelo pai, 36, ao hospital na segunda-feira (21), com projétil alojado no rosto, pode não ter sido atingida por um disparo, de acordo com a Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA).
As primeiras informações do caso foram repassadas pela Polícia Militar (PM) à DPCA. Inicialmente, o parecer da polícia, e o que foi noticiado pelo Correio do Estado, era de que o tiro seria de arma de fogo.
Mas segundo a assessoria do hospital, o disparo seria de um chumbinho, que ficou alojado próximo a região nasal.
Já nesta manhã (22) a delegada responsável pelo caso, Elaine Benicasa, explicou que, na verdade, pode não ter acontecido disparo nenhum.
“A princípio, o pessoal do hospital disse que poderia ter sido chumbinho, mas está surgindo outra informação e nada disso pode ter acontecido. Pode ter sido uma queda e esse objeto alojado pode ser somente um ferro, mas não temos certeza de nada ainda”, apontou.
Os responsáveis pela criança a levaram até a Santa Casa e a mãe, de 34 anos, permaneceu com ela na consulta, mas o pai, não. Eles não se apresentaram à delegacia para esclarecimento dos fatos, mas não foram declarados como foragidos.
Segundo Benicasa, o pai e a mãe foram encontrados por policiais e vão prestar depoimento ainda hoje.
Foi registrado Boletim de Ocorrência na DPCA, mas ele pode ser alterado a depender do depoimento dos envolvidos.
“Talvez altere esse enquadramento porque se foi uma queda, crianças caem. Ou se foi um disparo mesmo, pode ser um crime culposo, então a gente realmente precisa de mais informações. Essa criança precisa passar por um corpo de delito, para ver o que exatamente está alojado ali”, ressaltou a delegada.
Criança já está em casa
Paciente foi levada pelo pai à UPA do Jardim Noroeste e encaminhada à Santa Casa, onde deu entrada às 16h18 e ficou na área vermelha, devido a apresentar hemorragia.
Equipe bucomaxilofacial realizou sutura do ferimento e exames de imagem não evidenciaram fraturas ou demais problemas de gravidade.
Criança ficou em observação e recebeu alta nesta manhã, sem necessidade de procedimento cirúrgico e sem previsão de retirada do objeto.
Conforme a assessoria de imprensa da Santa Casa, ela recebeu medicamentos e foi encaminhada para casa, devendo retornar em 15 dias para nova avaliação.
Caso o artefato se mantenha em região que não comprometa o maxilar, a respiração e a abertura bucal, não será feita a remoção.