Polícia

PERIGO

A+ A-

Estelionatários criam contas fake de médico para pedir dinheiro

Com número falso, WhatsApp de vítima chegou a ser clonado por bandidos

Continue lendo...

Contas falsas na rede social Instagram, atribuídas ao médico infectologista Julio Croda, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), foram criadas por estelionatários para pedir dinheiro a vítimas. O grupo usa um número de celular com DDD de São Paulo para aplicar o golpe.

De acordo com o médico, um amigo entrou em contato recentemente para contar que foi adicionado por uma dessas contas na rede social. Durante uma conversa com esse perfil, a pessoa que se identificava como sendo Croda chegou a pedir dinheiro para a vítima.

“Pediram dinheiro para ajudar contra o coronavírus e a pessoa quase enviou. Mas acabou duvidando e no fim teve o WhatsApp clonado, deu o maior problema para conseguir regularizar”, contou o infectologista.

Segundo ele, pelo menos outras duas contas que não são suas estavam ativas na rede social. Por conta da pandemia da Covid-19, o médico, que reside em Mato Grosso do Sul, ganhou notoriedade em todo o país devido as várias entrevistas para tratar sobre a doença em diversos meios de comunicação.

Em suas redes sociais, o infectologista disse que na última semana três contas falsas com a sua foto foram criadas. “Não me comunico pelo Instagram. Não respondam nenhuma pergunta e não entre em contato com número da mensagem da foto. Seu WhatsApp poderá ser clonado. Ative os dois fatores do WhatsApp para evitarem esse tipo de transtorno”.

Em uma das contas, o estelionatário chega a dizer que o número que está passando seria do “Ministério da Saúde” e que a pessoa pode mandar uma mensagem para o telefone pelo WhasApp para participar de uma pesquisa e que sua sugestão ia “aparecer no Data Follha”.

Justiça

Ex-militar da Aeronáutica que tirou a vida da esposa é condenado a mais de 24 anos de prisão

O júri ocorreu na tarde desta quarta-feira (27) e pelo crime de feminicídio, entre outras atenuantes, Tamerson irá ficar preso por 24 anos e 8 meses

27/03/2024 18h30

Tamerson foi condenado por feminicídio, ocultação do cadáver e por ter cometido o crime na frente do filha do casal Reprodução Redes Sociais

Continue Lendo...

O ex-militar da Aeronáutica, Tamerson Ribeiro Lima de Souza, 33 anos, foi condenado, na tarde desta quarta-feira (27), a 24 anos e 8 meses de prisão.

Também terá de pagar a multa de 40 dias no valor de 1/30 (um trigésimo) do salário-mínimo vigente à época dos fatos. 

O Conselho de Sentença, por maioria de votos revelados, condenou o acusado pelo feminicídio da esposa, Natalin Nara Garcia de Freitas Maia, com as qualificadoras de asfixia e motivo torpe, com atenuante do crime ter sido cometido na presença de uma criança e a ocultação do cadáver. A sentença foi determinada pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos, titular da 2ª vara do tribunal do júri.

Feminicídio

Tamerson já havia passado por júri popular em novembro de 2022, tendo sido condenado a 23 anos e quatro meses de prisão. A época, o Ministério Público Estadual entrou com recurso de apelação, pedindo a anulação do júri por decisão contrária à prova dos autos. Isto porque os jurados afastaram a qualificadora de feminicídio.

"Contrariando todo o contexto probatório do feito, que comprovou a existência de relacionamento afetivo entre as partes, o cometimento do crime no âmbito doméstico e a relação fática-causal do delito com assuntos ligados à vida conjugal, em clara hipótese de violência doméstica e familiar contra a mulher, envolvendo situação de menosprezo e discriminação à ofendida, elementos aptos a consubstanciar a qualificadora objetiva relacionada às “razões do sexo feminino”.

 

O caso


Natalin Nara Garcia de Freitas Maia, 22 anos, foi encontrada morta com o pescoço quebrado e uma lesão no braço no dia 6 de fevereiro de 2022.

O marido da vítima, Tamerson Ribeiro Lima de Souza, 31 anos, então 2º sargento da Aeronáutica, foi preso pelo feminicídio.

Na época, a Polícia Civil informou esclareceu que, após o corpo ser encontrado, equipe foi até a residência da vítima e encontrou o militar e a filha da vítima. Questionado, o suspeito disse que a mulher teria ido embora para outro estado.

Já a criança disse que o pai havia informado a ele que a mãe passou mal e morreu no hospital.

Eles foram encaminhados à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), com o militar sempre mantendo a versão de que a mulher se mudou de estado e ele não sabia o que tinha acontecido. Depois, ele mudou a versão e confessou que matou a mulher.

Segundo versão dele à polícia, no dia do crime a mulher havia saído com amigos e ele ficou sozinho cuidando da filha;

Ainda conforme a versão do suspeito, a mulher voltou alcoolizada e o agrediu. Para se defender, ele alega que deu um golpe de mata leão e a matou sem intenção.

O corpo foi escondido no porta-malas do carro do militar, que levou a criança para a escola com o corpo da vítima no carro e, em seguida, desovou na rodovia. A vítima estava com o braço fraturado e o corpo enrolado em um lençol.

Para tentar encobrir o crime, o homem pegou o celular da mulher e mandou mensagens para amigos dela, com um texto simulando que ela tivesse ido embora e deixado a filha.

Na sequência, ele resetou o aparelho e colocou à venda no Facebook.

Testemunhas disseram à polícia que brigas do casal eram constantes.

Em julho de 2022, ele foi excluído da Aeronáutica, após processo administrativo interno.

** Colaborou Glaucea Vaccari

Assine o Correio do Estado

Operação Murder

Irmãos Brazão prometeram loteamento e comando de milícia para assassino de Marielle, diz PF

Ainda de acordo com o delator, a implementação da infraestrutura e urbanização da área seria Major Ronald, empreiteiro de construções irregulares em áreas de milícia

24/03/2024 20h00

Os detalhes constam do relatório da Polícia Federal que resultou na prisão dos irmãos Brazão neste domingo, 24. Divulgação/ Polícia Federal

Continue Lendo...

A contrapartida para a proposta dos irmãos Brazão, de matar a vereadora Marielle Franco 'em pleno exercício de seu mandato' era um loteamento nas imediações da Rua Comandante Luís Souto, Tanque, Rio de Janeiro. A promessa de recompensa pelo homicídio foi detalhada pelo ex-PM Ronnie Lessa, que ainda apontou à Polícia Federal o 'maior atrativo da iniciativa': 'a exploração dos serviços típicos de milícia decorrentes da ocupação dos loteamentos, como exploração de "gatonet", gás, transporte alternativo'. Segundo os investigadores,

Os detalhes constam do relatório da Polícia Federal que resultou na prisão dos irmãos Brazão neste domingo, 24, assim como a detenção do ex-chefe de Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa. Segundo a corporação, a 'torpeza' das condutas dos executores de Marielle e Anderson está diretamente ligada à promessa de recompensa: 'a implementação e o comando de um grupo paramilitar em uma grande extensão de terras vinculada à família Brazão'.

"Ronnie Lessa narrou que receberia, juntamente com Macalé, uma grande extensão de terras que os Irmãos Brazão estavam planejando invadir para promover o parcelamento do solo para posterior revenda dos lotes. Ressaltou que, pelas dimensões das terras, se tratava de uma empreitada milionária. Contudo, asseverou que o maior atrativo da iniciativa residia na exploração dos serviços típicos de milícia decorrentes da ocupação dos loteamentos, como exploração de "gatonet", gás, transporte alternativo, dentre outros, pelos quais o colaborador e seu comparsa seriam os responsáveis", anotou a PF ao pedir a abertura da Operação Murder Inc.

Ainda de acordo com o delator, a implementação da infraestrutura e urbanização da área seria Major Ronald, empreiteiro de construções irregulares em áreas de milícia, notadamente Rio das Pedras.

Segundo a PF, Lessa queria 'uma área para chamar de sua e explorá-la economicamente sem ter que abaixar a cabeça para outras lideranças. Apesar de atuar em atividades de milícia há pelo menos dez anos, o delator 'não tinha um reduto onde pudesse dar as cartas'.

"A promessa de recompensa materializada pelos Irmãos Brazão era a oportunidade que ele precisava para colocar isso em prática. Ademais, essa sanha para ser alçado ao patamar do Capitão Adriano se alastrou para a tentativa de tentar se consolidar no cenário da contravenção carioca, oportunidade na qual se reaproximou de Rogério de Andrade, notório contraventor da Zona Oeste do Rio"

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).