Polícia

DENÚNCIA

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Ex-delegado de Ponta Porã, Patrick Linares, se torna réu na Operação Codicia

O Gaeco, que deflagrou a força-tarefa no fim de abril, ainda denunciou mais 10 servidores envolvidos em esquema de corrupção

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Alvo da Operação Codicia, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco-MS), o ex-delegado de Ponta Porã, Patrick Linares da Silva se tornou réu no processo decorrente das investigações. De acordo com o processo, ele é acusado de associação criminosa, peculato e desvio de dinheiro público com concurso de agentes.

Além do delegado afastado, ainda foram denunciados os investigadores Adriana Jarcem da Silva,Márcio André Molina, Elvis Elir Camargo Lima, Mauro Ranzi, bem como o escrivão Jonatas Pontes Gusmão.

O Gaeco ainda apresentou denúncia contra o escrivão Rafael Salles, o perito Rogério Ocampos, e contra o policial aposentado Valdenei Peromalle. Além deles, também se tornaram réus Paulo de Tarso Kobal e Sérgio Eduardo Vieira. 

Assim como Linares, os demais réus são acusados de crimes de associação criminosa, corrupção ativa e passiva qualificada com concurso de agentes, peculato e desvio de verba pública. 

Na denúncia, o Gaeco ainda pede que o delegado afastado e os réus Jonatas Pontes, Márcio André, Elvis Elir Camargo, Mauro Ranzi, Rafael Slles e Rogério Campos percam seus cargos na Polícia Civil, devido à gravidade dos fatos apurados

Além disso, é pedido que os réus percam o dinheiro em espécie encontrado na busca e apreensão feita na casa de Jonatas Pontes, Márcio André e Mauro Ranzi. 

A sentença que tornou os servidores da Polícia Civil réus foi do juiz Marcelo Guimarães Marques, da 2ª Vara Criminal de Ponta Porã, que afirmou ter prova suficiente de materialidade e autoria dos fatos dos quais os alvos são acusados. 

Perseguição e quase juiz

Com a realização da operação, o ex-delegado ficou impedido de tomar posse como juiz substituto. Ele foi aprovado no 26º concurso para ingresso na magistratura do Estado.  No dia da posse dos demais aprovados, o nome do réu não foi citado e nenhuma justificativa foi dada pela sua ausência. 

Patrick ainda acusou a promotora Gisleine Dal Bó, promotora de Ponta Porã, de perseguição. De acordo com o réu, as informações passadas por Dal Bó ao Ministério Público eram distorcidas dado a rivalidade que existe entre os dois e questões pessoais que envolvem, inclusive, o marido da promotora, que é policial militar. 

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RONNIE-LESSA

Justiça nega novo pedido para transferência de Ronnie Lessa ao RJ

Decisão que indeferiu pedido da defesa foi da 5ª Vara Federal de Campo Grande

12/04/2024 15h00

Ronnie Lessa, acusado de ser autor dos disparos contra Marielle Foto: Reprodução

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A Justiça do Rio de Janeiro negou o pedido da defesa de Ronnie Lessa para que ele deixasse a Penitenciária Federal de Campo Grande e fosse transferido para um presídio da PM no Rio de Janeiro.

Decisão que indeferiu pedido da defesa foi da 5ª Vara Federal de Campo Grande. A informação foi confirmada ao UOL pela Justiça Federal do Mato Grosso do Sul.


Defesa é procurada. O UOL tenta contatar o novo advogado de Ronnie Lessa, que assumiu o caso desde que ele assinou acordo de delação e foi abandonado pela defesa anterior. O espaço segue aberto para manifestação.

PRESO EM CAMPO GRANDE DESDE 2020

Ronnie Lessa está preso em Campo Grande desde 2020. O ex-policial foi transferido para o Mato Grosso do Sul após ficar 1 ano e 8 meses no presídio de Porto Velho.

Delação feita pelo ex-PM à PF colocou os Chiquinho e Domingos Brazão na prisão. Além dos irmãos, o ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa também foi preso em 24 de março e levado para a Papuda.

Lessa disse que os irmãos garantiram lotes em uma zona de tráfico e milícia como pagamento pelo crime. Na ocasião, ele também citou Chiquinho como mentor do assassinato.

Irmãos Brazão negam envolvimento com a morte de Marielle. O advogado Ubiratan Guedes, que representa Domingos, disse que tem "certeza que ele é inocente". "Ele não tem ligação com a Marielle, não a conhecia". Já Chiquinho disse que foi "surpreendido" com a prisão determinada pelo Supremo Tribunal Federal.

A investigação do caso já foi comandada por cinco delegados diferentes e três grupos de promotores. O Ministério da Justiça e Segurança Pública escalou uma equipe para investigar o caso logo nos primeiro meses do governo Lula (PT).

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Depoimento

Esposa e melhor amigo relembram últimos momentos com entregador atropelado por Porsche

Família busca por justiça após trágico acidente que matou Hudson Ferreira de 39 anos; o autor, um empresário de Campo Grande fugiu do local do acidente e se apresentou à polícia somente depois de 15 dias

11/04/2024 18h33

O caso, que inicialmente fora registrado como acidente de trânsito, teve sua tipificação alterada para Homicídio culposo Artigo 302. Divulgação/Correio do Estado/Gerson Oliveira

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No desdobramento do trágico incidente que culminou na morte do motoentregador Hudson de Oliveira Ferreira, na noite de 22 de março, esposa e amigo próximo compartilham os últimos instantes vividos com a vítima.

O fatídico acidente ocorreu na Rua Antônio Maria Coelho, quando Hudson foi brutalmente atingido por um Porsche Cayenne, conduzido pelo empresário, Arthur Torres Rodrigues Navarro, de 34 anos, que em seguida fugiu do local. Hudson veio a falecer dois dias após o incidente, na Santa Casa da Capital, devido à gravidade de seus ferimentos.

Segundo relatos, Hudson enviou um áudio desesperador à esposa, Kelly Ferreira, pedindo-lhe que fosse até o local do acidente.

"Vem aqui. Vem ligeiro, vida. Acabou com a minha perna, acabou", disse ele.

Kelly, ao responder ao chamado, assegurou que estava a caminho para socorrê-lo e comunicou que outra pessoa também estava se dirigindo ao local para prestar auxílio.

Em seu depoimento, Kelly Ferreira, de 39 anos, atendente no Restaurante Kobe, situado na Artur Jorge, relatou que Hudson, seu esposo, também trabalhava no mesmo estabelecimento, como entregador. Ela descreveu o momento em que recebeu a ligação de Hudson, por volta das 20h08min, informando sobre o acidente e a localização.

"Já estava presente no local uma Unidade do Corpo de Bombeiros prestando o atendimento a Hudson, que apresentava ferimento (fratura e esmagamento) da perna e pé direito", detalhou Kelly em seu depoimento à DEPAC/CEPOL.

Por sua vez, Marcos Ewerton Paulo de Campos, de 35 anos, também entregador e amigo de infância de Hudson, reiterou a proximidade entre eles, inclusive no ambiente profissional, onde ambos trabalhavam como motoentregadores.

Ele descreveu o momento em que encontrou a vítima caída na rua, com graves ferimentos, e ficou ao seu lado tentando acalmá-lo até o encaminhamento de Hudson para o hospital.

“Ele estava assustado com o ferimento e contou que o motorista fugiu do local em alta velocidade. Fiquei com ele e falei pra olhar pra cima, para não ficar olhando a perna. O Corpo de Bombeiros chegou e eu me ofereci para levar a moto dele para casa”, relembra o amigo de Hudson.

O caso, que inicialmente fora registrado como acidente de trânsito, teve sua tipificação alterada para Homicídio culposo Artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), conforme solicitação da família da vítima.

Enquanto Arthur Torres Rodrigues Navarro se apresentou à polícia após duas semanas do ocorrido, a família clama por justiça e questiona a impunidade diante de casos de irresponsabilidade ao volante, que ceifam vidas e deixam marcas irreversiveis nos que ficam.

“Se o motorista tivesse parado, prestado socorro. Esses minutos foram o diferencial entre a vida e a morte do Hudson”, analisa a advogada da família de Hudson, Janice Andrade.


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