Alvo da Operação Codicia, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco-MS), o ex-delegado de Ponta Porã, Patrick Linares da Silva se tornou réu no processo decorrente das investigações. De acordo com o processo, ele é acusado de associação criminosa, peculato e desvio de dinheiro público com concurso de agentes.
Além do delegado afastado, ainda foram denunciados os investigadores Adriana Jarcem da Silva,Márcio André Molina, Elvis Elir Camargo Lima, Mauro Ranzi, bem como o escrivão Jonatas Pontes Gusmão.
O Gaeco ainda apresentou denúncia contra o escrivão Rafael Salles, o perito Rogério Ocampos, e contra o policial aposentado Valdenei Peromalle. Além deles, também se tornaram réus Paulo de Tarso Kobal e Sérgio Eduardo Vieira.
Assim como Linares, os demais réus são acusados de crimes de associação criminosa, corrupção ativa e passiva qualificada com concurso de agentes, peculato e desvio de verba pública.
Na denúncia, o Gaeco ainda pede que o delegado afastado e os réus Jonatas Pontes, Márcio André, Elvis Elir Camargo, Mauro Ranzi, Rafael Slles e Rogério Campos percam seus cargos na Polícia Civil, devido à gravidade dos fatos apurados
Além disso, é pedido que os réus percam o dinheiro em espécie encontrado na busca e apreensão feita na casa de Jonatas Pontes, Márcio André e Mauro Ranzi.
A sentença que tornou os servidores da Polícia Civil réus foi do juiz Marcelo Guimarães Marques, da 2ª Vara Criminal de Ponta Porã, que afirmou ter prova suficiente de materialidade e autoria dos fatos dos quais os alvos são acusados.
Perseguição e quase juiz
Com a realização da operação, o ex-delegado ficou impedido de tomar posse como juiz substituto. Ele foi aprovado no 26º concurso para ingresso na magistratura do Estado. No dia da posse dos demais aprovados, o nome do réu não foi citado e nenhuma justificativa foi dada pela sua ausência.
Patrick ainda acusou a promotora Gisleine Dal Bó, promotora de Ponta Porã, de perseguição. De acordo com o réu, as informações passadas por Dal Bó ao Ministério Público eram distorcidas dado a rivalidade que existe entre os dois e questões pessoais que envolvem, inclusive, o marido da promotora, que é policial militar.