Polícia

Morto a tiros

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Na despedida a colega policial, centenas viraram poucos e sentimento é de dor

Policiais de várias forças, como PM, PRF e Guarda Municipal se juntaram aos civis e familiares do investigador

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A dor era visível a cada lágrima que escorria pelos rostos dos que acompanhavam o enterro de um colega de trabalho. Para alguns ali, era mais que isso. Era uma questão de dignidade, já que Jorge Silva dos Santos, policial civil de 50 anos, não teve sequer tempo para reagir à morte. Casado, sem filhos e investigador desde 2002.

Durante investigação sobre um roubo de joias, Jorginho, como era carinhosamente chamado pelos amigos e familiares, acabou sendo morto por Ozeias Silveira pelas costas. Um tiro na nuca igual ao que vitimou seu companheiro de trabalho Antônio Marcos Roque, de 39 anos. Ozeias estava no banco de trás da viatura, fugiu, mas também foi morto.

O caso mudou a rotina da cidade na noite de terça-feira (10), 'forrada' de policiais pelas ruas em busca do autor dos disparos. Assim foi encontrado Ozeias durante a madrugada e, para a maioria, fechado mais um caso trágico na cidade.

Conversar com amigos de Jorginho era inviável, muitos alegando comoção pelo momento, como o delegado e então chefe do investigador, Reginaldo Salomão. "Me desculpa por não falar e obrigado por compreender", disse, em tom embargado e olhos vermelhos.

Esses mesmos olhos e tom de voz eram facilmente percebidos pelo cemitério Jardim da Paz, onde o Jorginho foi enterrado sob esses mesmos olhares, transitando entre as tristeza e revolta. Era o olhar de toda uma corporação enlutada.

O silêncio dos que não queriam comentar o caso ou falar sobre o dia a dia com Jorginho, ao menos com a imprensa, era compreensível. Quantos as familiares, obviamente, esses eram os que mais sofriam, a ponto de precisarem de auxílio do Corpo de Bombeiros.

Policiais civis, militares, rodoviários, guardas municipais, em peso, levaram o corpo de Jorginho do Centro de Campo Grande para a saída de Sidrolândia, local do sepultamento. A fila de veículos no cortejo foi grande, mas pequena se comparada ao que ficou claro ali ser a dor da perda de um colega, um amigo, um familiar, um policial.

No fim de tudo, não houve retorno. Jorginho foi carregado em seu caixão sob aplausos e um corredor extenso. Ainda foi homenageado por uma salva de tiros. "Era um policial extremamente dedicado e comprometido com o trabalho", explanou o delegado Marcelo Vargas, um dos únicos dispostos a falar sobre Jorge.

Carne podre

Polícia Civil apreende 850 kg de carne imprópria para consumo infestada de insetos

Carne bovina, frango e linguiça estavam em estado de deterioração avançado; um homem foi detido e pode pegar até 5 anos de prisão

14/04/2024 09h30

Também foi constatada a produção clandestina de linguiça. Divulgação/PCMS

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Com 850 kg de carne podre apreendida, uma operação conjunta entre a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo da Polícia Civil (Decon) e a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) desencadeou a prisão de um homem de 44 anos por comercializar carnes e linguiças infestadas por insetos e provenientes de abate clandestino.

Segundo informações da Polícia Civil de Bataguassu, durante a diligência, os agentes encontraram não apenas insetos, mas também carne bovina e de frango em avançado estado de decomposição.

Além disso, foi constatada a produção clandestina de linguiça, sem a devida autorização do Serviço de Inspeção Municipal (SIM) e com alvarás vencidos, evidenciando uma operação irregular e perigosa para a saúde pública.

A apreensão totalizou 850 kg de carne, o que resultou na prisão em flagrante do indivíduo, que enfrenta agora uma possível sentença de dois a cinco anos de prisão.

A carne confiscada foi encaminhada à Iagro para descarte, em conformidade com a legislação vigente, a fim de assegurar a segurança alimentar da população e evitando potenciais riscos à saúde pública.

Confira os canais de denuncia da Decon: 

Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo - Decon
Delegado Titular: Reginaldo Salomão
Endereço:  Rua 13 de junho, 930 – Campo Grande – MS
Telefone: (67) 3316-9805/(67) 3316-9825
E-mail: [email protected]
Horário de funcionamento: De segunda a sexta-feira, das 08 às 12 horas e das 14 às 18 horas.

Ouvidoria Iagro

  • denúncia, reclamação, dúvidas, sugestões ou elogios (OUVIDORIA – clique aqui);
  • Notificação de suspeitas de doenças em animais (E-SISBRAVET – clique aqui);
  • Emergência Sanitária ou denúncias - Animal - 67 99961-9205 (apenas WhatsApp);
  • Emergência Sanitária ou denúncias - Área vegetal - 67 99971-8163 (apenas WhatsApp).



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RONNIE-LESSA

Justiça nega novo pedido para transferência de Ronnie Lessa ao RJ

Decisão que indeferiu pedido da defesa foi da 5ª Vara Federal de Campo Grande

12/04/2024 15h00

Ronnie Lessa, acusado de ser autor dos disparos contra Marielle Foto: Reprodução

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A Justiça do Rio de Janeiro negou o pedido da defesa de Ronnie Lessa para que ele deixasse a Penitenciária Federal de Campo Grande e fosse transferido para um presídio da PM no Rio de Janeiro.

Decisão que indeferiu pedido da defesa foi da 5ª Vara Federal de Campo Grande. A informação foi confirmada ao UOL pela Justiça Federal do Mato Grosso do Sul.


Defesa é procurada. O UOL tenta contatar o novo advogado de Ronnie Lessa, que assumiu o caso desde que ele assinou acordo de delação e foi abandonado pela defesa anterior. O espaço segue aberto para manifestação.

PRESO EM CAMPO GRANDE DESDE 2020

Ronnie Lessa está preso em Campo Grande desde 2020. O ex-policial foi transferido para o Mato Grosso do Sul após ficar 1 ano e 8 meses no presídio de Porto Velho.

Delação feita pelo ex-PM à PF colocou os Chiquinho e Domingos Brazão na prisão. Além dos irmãos, o ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa também foi preso em 24 de março e levado para a Papuda.

Lessa disse que os irmãos garantiram lotes em uma zona de tráfico e milícia como pagamento pelo crime. Na ocasião, ele também citou Chiquinho como mentor do assassinato.

Irmãos Brazão negam envolvimento com a morte de Marielle. O advogado Ubiratan Guedes, que representa Domingos, disse que tem "certeza que ele é inocente". "Ele não tem ligação com a Marielle, não a conhecia". Já Chiquinho disse que foi "surpreendido" com a prisão determinada pelo Supremo Tribunal Federal.

A investigação do caso já foi comandada por cinco delegados diferentes e três grupos de promotores. O Ministério da Justiça e Segurança Pública escalou uma equipe para investigar o caso logo nos primeiro meses do governo Lula (PT).

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