Alison Silva
28/06/2022 17:58
A justiça determinou o sequestro de R$1 milhão, a serem recolhidos no inquérito da Polícia Federal (PF) que investigou um mandado de busca e apreensão contra uma funcionária da Caixa Econômica Federal em Ivinhema, interior do estado.
Segundo a PF, a investigada é responsável por dezenas de inserções e alterações em benefícios do auxílio emergencial por meio do sistema informatizado de informações do banco.
A ação foi realizada na manhã desta terça-feira (28), parte da Operação Contritio Fiduciae, conduzida pela Polícia Federal.
Conforme a polícia, as verbas públicas destinadas ao repasse do auxílio emergencial eram desviadas por ela para contas de terceiros. A decisão determina que os recursos obtidos clandestinamente sejam devolvidos.
Apurações anteriores da PF indicaram que a investigada gerou dezenas de benefícios falsos, aproveitando-se do repasse, além de ajudar pessoas próximas ligadas ao esquema.
Conforme a PF, a oitiva da investigada em Ivinhema ocorreu mediante determinação da 2º Vara Federal de Dourados.
A PF relatou que a investigada não reside em Ivinhema, e que prestou serviços a Caixa Econômica Federal em outro município do estado, sendo apenas localizada em Ivinhema pela PF no momento da operação.
Nomeada de "Contritio Fiduciae", a operação faz alusão à quebra de confiança da principal investigada, por usar senha de funcionário para ser a promotora de invasão da área restrita da Caixa Econômica Federal, além da modificação de dados para a realização das fraudes. Conforme a PF, ninguém foi preso até o momento.
A conduta da investigada pode importar nos crimes de peculato, modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações e estelionato (Art. 312, § 1, Art. 171, § 3º e Art. 313-B do Código Penal).
O Correio do Estado solicitou junto à Caixa Econômica Federal maiores informações acerca do caso envolvendo a investigada. Abaixo, segue a íntegra da nota enviada pela Caixa Econômica Federal.
"A Caixa atua conjuntamente com a Polícia Federal e demais órgãos de segurança pública na identificação e investigação de casos suspeitos e na prevenção e combate a fraudes e golpes. O banco esclarece que informações sobre eventos criminosos em suas unidades são repassadas exclusivamente às autoridades policiais e ratifica que coopera integralmente com as investigações dos órgãos competentes. Atenciosamente".
*Atualizado para acréscimo de informações.