Equipes da Polícia Federal, Receita Federal e Controladoria-Geral da União cumprem mandados no prédio do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) em Campo Grande.
Operação começou na manhã desta quarta-feira (19) e funcionários que chegaram para trabalhar foram autorizados a entrar apenas no pátio. No prédio, ninguém que não faça da operação entra ou sai.
Conforme apurado, mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos, mas não há informações sobre mandados de prisão ou qual irregularidade a operação apura.
Polícia Federal, por meio da assessoria de imprensa, disse que não irá se manifestar sobre a ação.
O Dsei-MS é responsável pelo atendimento médico de cerca 85 mil indígenas na área da saúde em Mato Grosso do Sul, divididas em oito etnias e 78 aldeias.
Pandemia
No dia 10 deste mês, o coordenador do Distrito no Estado, Eldo Elcidio Moro, foi exonerado do cargo pelo ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello.
Em maio, o Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação civil pública pedindo que a União seja obrigada a estruturar o Dsei-MS para combater a pandemia.
A ação quer que o governo adquira e distribua equipamentos de proteção individual (EPIs) ao Dsei-MS.
A ação lista também demandas como a instituição e disponibilização de equipes de resposta rápida para a investigação dos casos confirmados de coronavírus, o abastecimento do estoque de insumos e medicamentos para atendimento de pacientes nos polos base do Dsei, além da avaliação de estratégias de isolamento fora das comunidades e em locais adequados.
Segundo o órgão, os pedidos têm a finalidade de garantir a “efetividade dos planos de contingência do coronavírus em povos indígenas, formulados ao nível estadual e nacional”.
* Colabororu Bruno Henrique