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Policiais civis distribuíam propina da máfia do cigarro em Mato Grosso do Sul

Operação cumpre 11 mandados de busca e apreensão

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Sete servidores da Polícia Civil foram identificados como possíveis líderes regionais do esquema de distribuição de propina, que facilitava o contrabando da “Máfia dos Cigarros”. A “Operação Arithmoi”, quarta fase da “Operação Nepsis”, cumpriu 11 mandados de busca e apreensão na manhã desta quinta-feira (28). A ação foi da Polícia Federal, com apoio da Corregedoria da Polícia Civil do Estado de Mato Grosso do Sul.

Dos policiais identificados, cinco tiveram a suspensão da função pública decretada cautelarmente pelo juízo e outros dois já se estavam aposentados. A Operação Arithmoi ocorreu nos municípios de Amambaí, Iguatemi, Itaquiraí, Naviraí e Ponta Porã, expedidos pela 2ª Vara Federal de Ponta Porã.

A ação contou com a participação de cerca de 60 policiais federais, que procuraram provas de que o grupo de policiais civis do Estado receberam pagamentos para conceder vantagens indevidas à Máfia.

Eles foram descobertos a partir da identificação de listas de contabilidade, onde contém registros de pagamentos para funcionários da região conhecida como “Cone Sul”. As listas foram encontradas em documentos e aparelhos celulares da Organização Criminosa, apreendidos na primeira fase da Operação Nepsis, deflagrada em 22 de novembro de 2018. 

A Máfia do Cigarro formou um verdadeiro consórcio de grandes contrabandistas, com a criação de uma sofisticada rede de escoamento de cigarros contrabandeados do Paraguai. O modo de agir da Organização era formado por dois esquemas, um sistema logístico de características empresariais e a corrupção de policiais para facilitar a ação criminosa.

A operação foi denominada “Arithmoi” que significa números em grego. O nome remete à contabilização das propinas recebidas pelos policiais encontradas nas listas de pagamentos.
 
Operação Avalanche

A operação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrada no dia 16 de maio, prendeu sete oficiais superiores da Polícia Militar, suspeitos de ligações com contrabandistas dos cigarros paraguaios. A Operação Avalanche foi a terceira fase da Operação Oiketicus, deflagrada em 2018.

Havia uma tabela de propina já acertada com os fornecedores do produto no Paraguai. Dependendo da patente dos envolvidos no esquema, a propina variava de R$ 10 mil a R$ 30 mil por mês.

O esquema de facilitação de passagem das cargas de cigarros é investigado desde 2017, com suspeitos da Polícia Militar e Civil.
 

Condenados

Este mês, pela Operação Avalanche foram presos o tenente-coronel Carlos Silva, comandante do Batalhão da Polícia Militar em Dourados; o ex-diretor do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) coronel Kleber Haddad Lane e o comandante da unidade PM de Naviraí, tenente-coronel Wesley Freitas Araújo.

Outro a ser levado pelo Gaeco foi o major Luiz César de Souza Herculano, de Coxim, a exemplo do tenente-coronel Josafá Pereira Dominoni, que antes estava na 5ª Companhia da Polícia Militar em Campo Grande, após ter comandado Sidrolândia. O tenente-coronel Erivaldo José Duarte Alves, de Sidrolândia, e o tenente-coronel Jidevaldo de Souza Lima, que estava chefia da 4ª Seção do Estado-Maior da PM, na Capital.

O tenente-coronel Admilson Cristaldo Barbosa, foi condenado por corrupção passiva com continuidade delitiva, pois teria agido entre 2016 e 2018. Ele foi apontado como um dos principais articuladores do esquema e condenado a sete anos, um mês e dez dias de reclusão.

Outro oficial, o tenente-coronel Luciano Espíndola da Silva também pegou sete anos, um mês e dez dias de prisão por corrupção passiva com continuidade delitiva, pois, assim como Cristaldo, agiu entre 2016 e 2018. Luciano foi absolvido de organização criminosa. O major Oscar Leite Ribeiro foi condenado a pena de dois anos de detenção, inicialmente em regime aberto, pelo delito de prevaricação.

Outros militares, com graduações de soldados a sargentos, também foram condenados. Ao todo, até a conclusão das investigações, 29 policiais militares foram presos na Operação Oiketikus, que investiga desde 2015 os passos da quadrilha formada pelos agentes de segurança pública nas rotas de passagem de contrabando.

*Colaborou Thiago Gomes

Polícia

Laudos indicam quadro crônico de saúde de réu que morreu na prisão em Campo Grande

O advogado do ex-policial, José Roberto de Souza, entrou com seis pedidos de internação hospitalar ao custodiado, que apresentava quadro de hipertensão, diabete e acabou não resistindo em decorrência de uma pneumonia

21/04/2024 11h09

Gerson Oliveira / Correio do Estado

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A defesa do policial militar reformado, José Roberto de Souza, protocolou seis pedidos de internação médica em caráter de urgência devido a doenças crônicas que acometiam o custodiado, todos negados pela Justiça. O policial reformado acabou morrendo por complicações em decorrência da Influenza do tipo A.

Com problema renal crônico e diabético, a situação de saúde de José Roberto foi deteriorando e mesmo com diversos requerimentos feitos a Justiça por parte da defesa para receber atendimento médico adequado, todos foram negados. 

O policial reformado estava preso desde o dia 16 de fevereiro de 2023, três dias após o crime que resultou na morte do empresário Antônio Caetano de Carvalho, de 67 anos, no Procon/MS.

Às 11h, do dia 19 de abril, a defesa foi informada da morte de José Roberto de Souza. Conforme noticiado pelo Correio do Estado, o último pedido para tratamento médico havia sido feito pouco antes da morte de José, às 8h.

Em um dos pedidos, datado em 2 de maio de 2023, solicitava providências relacionado a internação de José Roberto de Souza em um hospital psiquiátrico, segundo os autos ele apresentava problemas psicológicos, não estava se alimentando adequadamente, o que estava debilitando sua condição física. O pedido foi negado pela Justiça.

Posteriormente, no dia 14 de dezembro de 2023, o réu teve que ser internado em decorrência de um quadro de desorientação. Exames realizados em data anterior (07/12/2023 e 09/12/2023), indicavam a possibilidade dele sofrer um Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI).

"Para que se possa saber exatamente do que aqui se está a tratar e, outro caminho não há, senão gritar por socorro, para que se conceda a internação hospitalar prescrita ou mesmo a prisão domiciliar por questão de saúde, nos termos do artigo 318, inciso II, do Código de Processo Penal".

A defesa pediu internação hospitalar ou prisão domiciliar para que o policial reformado pudesse recuperar a saúde, chegando a frisar que da forma como se encontrava poderia ocorrer qualquer situação que colocasse a vida dele em risco. 

"No local onde está custodiado, em caso de indeferimento, seguramente em breve haverá noticia triste a entregar a seus entes". 

Um novo pedido de internação ou prisão domiciliar ocorreu no dia 18 de dezembro, três dias após o policial militar reformado, José Roberto de Souza, ter sido internado neste o advogado elenca as comorbidades e o quadro clínico que poderiam levar o preso a morte que são: ateromatose intracraniana e leucoaraiose que indicam riscos de acidente vascular celebral isquemico (AVCI); dispneia (falta de ar) e edema generalizado; déficit no controle de impulsos, labilidade emocional.

Diante das solicitações, o réu terminou sendo transferido do presídio militar que, de acordo com a defesa, não teria suporte para atendê-lo adequadamente (devido à falta de escolta e médicos) para outra unidade penal "comum"

 

"Ao invés de determinar que ele fosse tratado, o Tribunal de Justiça tirou a condição dele de policial militar e o direito de estar no presídio militar, e o mandou para um presídio comum. Aí ele ficou no Centro de Triagem, com o atendimento dos médicos", explicou o advogado. 

 

O Crime


No dia 13 de fevereiro deste ano, o empresário Antônio Caetano de Carvalho, de 67 anos, foi morto a tiros pelo policial militar reformado, José Roberto de Souza, durante audiência de conciliação realizada no Procon.

A vítima era proprietária da empresa Aliança Só Hilux, especializada em peças de Hilux e SW4, que havia realizado a troca do motor de uma SW4 para José Roberto.

Durante a primeira audiência de conciliação, realizada na sexta-feira anterior, dia 10 de fevereiro, José Roberto pediu que Caetano entregasse as notas fiscais referentes aos serviços prestados pela empresa para a troca do motor de seu veículo blindado, trabalho avaliado em quase R$ 30 mil.

Aproveitando as tratativas, Caetano cobrou do cliente R$ 630 reais devidos, referentes a uma troca de óleo realizada no ano anterior. Na segunda audiência, então, Caetano levaria as notas fiscais e José Roberto o dinheiro que devia.

No entanto, após uma desavença logo no início da audiência de conciliação, José Roberto efetuou três disparos contra Caetano, dois na cabeça e um na nuca. A vítima morreu no local.

Três dias após o crime, José Roberto de Souza se apresentou à polícia.

A primeira audiência que investiga o caso foi realizada no dia 3 de julho do ano passado, e ouviu testemunhas de acusação e defesa. Oito pessoas prestaram depoimento, sendo duas delas funcionárias do Procon, uma advogada que presenciou o crime, um funcionário da vítima, o investigador da 1ª Delegacia de Polícia de Campo Grande, responsável pelo caso, o filho da vítima e dois conhecidos de longa data do acusado.

Valéria Christina, a conciliadora que trabalhava com o caso, não compareceu para prestar depoimento. Segundo informado durante a audiência, a servidora foi transferida para outro órgão após o ocorrido, e segue afastada desde então por questões de saúde.

 

** Colaborou Alanis Netto

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FÁTIMA DO SUL

Bombeiros localizam corpo de homem que morreu enquanto pescava com a esposa

Homem desapareceu no sábado (13), mas corpo foi encontrado apenas neste domingo (14)

14/04/2024 15h15

Rio Dourados, em Fátima do Sul (MS) Foto: MS News

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Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS) localizou o corpo de Ivanor Krohn, de 57 anos, na manhã deste domingo (14), no rio Dourados, em Fátima do Sul, município localizado a 239 quilômetros de Campo Grande.

Conforme apurado pela mídia local, Ivanor pescava com a esposa em uma região conhecida como Engano, quando, em determinado momento, desapareceu.

A mulher sentiu falta do marido, o chamou, procurou, mas não o encontrou. Com isso, acionou o Corpo de Bombeiros (CBMMS) através do número 193.

Os militares iniciaram as buscas ainda na tarde deste sábado (14), mas, não localizaram o homem. Na manhã deste domingo (14), populares viram um corpo boiando nas águas próximo a ponte do Rio Dourados e comunicaram o Corpo de Bombeiros.

Antes da chegada da guarnição, um pescador conseguiu resgatar o corpo e levou-o até às margens do rio. A suspeita é que ele tenha morrido afogado.

De acordo com o site MS News, ele vestia apenas uma cueca e tinha alguns ferimentos pelo corpo. A Polícia Civil investigará o caso.

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