“Só de olhar, eu já sabia que era o corpo da minha filha”, disse a mãe da jovem de 21 anos que foi encontrada morta às margens da rodovia BR-262. Maria Graziele Elias de Souza estava desaparecida há quatro dias.
A mãe de Graziele, Sueli Elias Sobrinho, de 41 anos, está desconsolada aguardando o resultado da perícia para saber as causas da morte da jovem. “Preciso que descubram logo quem fez isso para que eu possa me aquietar dentro de casa”, declarou a mãe que está no cemitério, visitando o túmulo do pai, falecido há alguns anos.
Em meio a lágrimas e desespero, a mãe da jovem relatou que Graziele tinha ido para a casa da tia no domingo do dia 12 e que estava procurado kitnet para alugar.
A mãe de Graziele afirmou ainda que a jovem trabalhava em um spa, em uma casa de estética, e que fazia faculdade na área.
O corpo de Graziele foi encontrado entre as saídas de Sidrolândia e Terenos. “Vai demorar mais para ser liberado, porque o corpo dela já está em decomposição, mas já fizeram o DNA, é dela mesmo”, afirmou a mãe sem previsão para liberação para o sepultamento.
O delegado responsável pelo caso, Carlos Delano de Souza, da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios (DEH), informou que ainda trabalha na investigação. “Os procedimentos relativos ao corpo foram feitos pela Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário). Não pretendo falar até que tenhamos algo de concreto para mostrar sobre a investigação”, declarou.
Um dia após o desaparecimento, no dia 15 de abril, o pai adotivo de Maria ,Stephan Hofmann - que é fundador da Ong Girassolidário - de Promoção e Defesa da Infância e Adolescência -, postou sobre as buscas a filha. “Minha querida filha Maria Graziele está sumida há 24 horas, sem nenhum sinal”.
Sueli disse que aos 19 ficou grávida de Graziele e que o alemão Hofmann a adotou, ainda com dois anos de idade. “Tivemos um relacionamento e ela disse que a partir daquele momento, quando ainda era pequena, ele (Hofmann) era o papai dela”, lembrou.
Graziele tinha um sonho de ser mãe, mas de acordo com Sueli, seu ex-marido não teve condições de dar um filho a ela. “Ele não podia e por isso ela cuidada da irmã de quatro anos como se fosse filha”, afirmou Sueli.
ENTENDA
A jovem estava sendo procurada pela família desde o dia 14 de abril. A mãe dela, Sueli revelou durante as buscas que a filha, que foi casada, estava separada há um mês e que estava com o ex-marido um dia antes de desaparecer. “Ela esteve com ele, era aniversário dele, mas não posso acusar ele, precisa investigar quem fez isso, ela foi encontrada no matagal”, afirmou a mãe de Graziele.
Na terça-feira (14), quando a família identificou o desaparecimento e iniciou as buscas, ela esteve na casa do ex-marido, no Bairro Parque do Sol, onde deixou um jaleco, roupas e a bolsa com documentos pessoais. Informando que iria resolver um problema a jovem não retornou e a última visualização das mensagens no celular foi no mesmo dia às 16h06, e depois o aparelho sempre esteve desligado.