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ELEIÇÕES 2022

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"Aliança com os tucanos só no 2º turno", diz MDB

Emedebistas afastam possibilidade de indicar vice na chapa do PSDB em MS

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“Sem chances. Isso é uma estória, escrita assim mesmo, com e [não é baseada em fatos]. Eu garanto”. 

Foi assim que o presidente do MDB de Mato Grosso do Sul, Junior Mochi, explicou à reportagem sobre os recentes rumores indicando que o PSDB do governador Reinaldo Azambuja já estaria combinando com o comando emedebista o nome de um vice para disputar o governo com o pré-candidato tucano, Eduardo Riedel, já no primeiro turno. Caso ocorra alguma aliança, ela ocorreria apenas no segundo turno das eleições, explica.

“Conversar todos conversam nesse período. Já temos candidato, é o ex-governador André Puccinelli. Estamos montando chapas proporcionais, debatendo o pleito eleitoral, já temos marqueteiro trabalhando. Sem chances disso, nós temos candidatura própria”, disse ontem à tarde ao Correio do Estado o chefe regional do MDB e ex-presidente da Assembleia Legislativa, Junior Mochi.

Chapas proporcionais, como mencionou Mochi, sucintamente vigorando desta forma: tem-se uma bancada com um número determinado de vagas. Em cada legenda partidária, serão eleitos os candidatos mais votados até que se preencha o número de cadeiras disponíveis na eleição.

A reportagem tentou conversar com integrantes do diretório regional do PSDB, mas a maioria viaja de férias e seus celulares estavam desligados ontem à tarde. Aquele que se propôs falar, mas sem ser identificado, não quis comentar a eventual aliança PSDB-MDB já no primeiro turno. Adiantou, apenas, que o vice não será do PSDB e, sim, de alguma indicação de siglas parceiras.

Riedel, em viagem, não atendeu o telefone e também não respondeu mensagem enviada por WhatsApp.

Ainda de acordo com Mochi, depois de garantir que “não há previsão alguma” de o MDB virar vice na chapa do PSDB pela disputa do governo sul-mato-grossense, ponderando sobre o próprio ponto de vista: “Isso ocorreria, talvez, em um caso fortuito”, reconsiderou Junior Mochi.

Diálogos quanto às possibilidades das alianças avançaram no cenário político local há cerca de um mês com a declaração do prefeito de Campo Grande, eventual candidato ao governo pelo PSD, Marquinhos Trad.

Trad disse que “hoje” discordaria de alianças com os ex-governadores Zeca do PT, pré-candidato dos petistas, e André Puccinelli, além do governador Reinaldo Azambuja, principal incentivador do pré-candidato dos tucanos, o chefe da Pasta de Infraestrutura, Eduardo Riedel.

A fala de Marquinhos provocou reações. Azambuja queixou-se ao recordar que em eleições anteriores apoiou o prefeito e nada tinha contra Zeca e Puccinelli. Pelo contrário, elogiou os dois, deixando a entender que não recusaria alianças com os dois.

Puccinelli e Zeca disseram que “estão abertos” aos diálogos e não citaram nenhum nome ou partido que poderiam rejeitá-los como aliados.

Ao menos até agora, demonstraram interesse na disputa pelo governo, em outubro, Marquinhos, Puccinelli, Zeca e Eduardo Riedel. União Brasil, a sigla surgida da fusão do DEM e do PSL, ainda não se manifestou se lança candidatura própria, ou não.

O prefeito Marquinhos, embora tenha dito ser possível a candidatura, precisaria deixar o mandato até abril.

Aliança antiga não deve se repetir este ano

Emedebistas e tucanos possuem longo histórico de proximidade até 2014, quando se “separaram” em Mato Grosso do Sul. 

Dali em diante, cada sigla seguiu seu caminho nas urnas, sendo o PSDB quem se deu melhor com dois mandatos à frente do Executivo estadual. Contudo, a ida do deputado Eduardo Rocha para a Segov reaqueceu especulações recentemente.

Campo Grande

Adriane Lopes não confirma apoio de Bolsonaro à sua pré-candidatura: "é um anseio nosso"

Atual prefeita, no PP, e ex-deputado Rafael Tavares, do PL, disputam apoio do ex-presidente nas eleições para prefeito da Capital

17/04/2024 20h14

Prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes João Gabriel Vilalba

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A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), disse ao Correio do Estado que o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à sua pré-candidatura à reeleição para o cargo que ocupa, ainda não está confirmada, mas que é um “anseio” dela e do partido que ela faz parte do quadro. 

Ao ser perguntada se ela acredita que contará com o apoio de Bolsonaro nestas eleições, que também é disputado por seu correligionário Rafael Tavares, ex-deputado estadual e também pré-candidato a prefeito, Adriane disse que o apoio do ex-presidente e do PL é uma construção. “Nós gostaríamos de caminhar juntos. Direita e centro-direita”, afirmou. 

Adriane também disse que a negociação pelo apoio da candidatura dela ocorre por meio das cúpulas partidárias. “O Ciro (Nogueira, presidente do PP), o Valdemar (da Costa Neto, presidente do PL) presidente do PL, tem conversado”, afirmou Adriane. 

Em Brasília, a Senadora Tereza Cristina (PP), tem atuado em favor da aliança entre PP e PL. Por outro lado, o ex-deputado estadual Rafael Tavares, cassado pela Justiça Eleitoral porque o partido pelo qual havia sido eleito, o PRTB, não cumpriu a cota feminina em 2022, também se coloca na disputa. Já até tirou foto com Bolsonaro em Brasília, e disse que no mês que vem, terá o posto confirmado pelo ex-presidente. 

Além de Adriane Lopes e Rafael Tavares, também disputa o apoio de Jair Bolsonaro o deputado estadual João Henrique Catan. Em meio a tudo isso, integrantes da direita e extrema direita tentam organizar apenas uma candidatura do bloco, pois temem que uma possível divisão dos votos, poderia deixar um dos candidatos, ou até todos eles, fora de um eventual segundo turno. 

Também se colocam como pré-candidatos à prefeitura o ex-prefeito e ex-governador, André Puccinelli (MDB), o deputado federal Beto Pereira (PSDB), a deputada federal Camila Jara (PT), a ex-deputada federal e superintendente da Sudeco, Rose Modesto (União Brasil), e nomes como o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, recém filiado ao PSD, passaram a ser cogitados como pré-candidatos. 

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STF-DECISÃO

STF permite uso de vestimentas religiosas em foto de documentos oficiais

A possibilidade foi aceita pela Justiça em instâncias inferiores, mas a União recorreu ao Supremo para que padronize a possibilidade em todo o país

17/04/2024 19h00

Em 8 de fevereiro, representantes de entidades ligadas a religiões se manifestaram no Supremo sobre o tema. Na ocasião, o julgamento do processo foi suspenso e retomado nesta quarta Lula Marques / Agência Brasil

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O STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou nesta quarta-feira (17) o uso de vestimentas ou acessórios ligados à religião em fotos de documentos oficiais, desde que essas vestimentas não impeçam a identificação individual.

Os demais ministros seguiram o voto do relator da ação, Luís Roberto Barroso, que também é o presidente da corte. Para ele, proibir o uso dessas vestes "é uma medida exagerada e, consequentemente, desnecessária".

Barroso disse que o veto a essa possibilidade "compromete a liberdade religiosa, sem que esse comprometimento impacte de maneira muito relevante a segurança pública".

A segurança foi o argumento para que o uso dessas roupas tenha sido impedido por autoridades brasileiras.

"Embora possa haver exceções, religiosos não fazem parte de um grupo especialmente perigoso da sociedade", disse Barroso.


O processo é de repercussão geral, e sua decisão incidirá em processos similares sobre o tema em todo o país.

Após o voto do presidente do Supremo, os ministros discutiram sobre a necessidade de ampliar ou não a tese para definir até que ponto pode haver a cobertura do rosto, ou se a norma pode se aplicar para outras situações não religiosas.

Acabaram fixando a tese de que "é constitucional o uso de vestimentas ou acessórios ligados à religião em fotos de documentos oficiais, desde que essas vestimentas não impeçam a adequada identificação individual, com rosto visível".


Votaram com o presidente os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, André Mendonça, Kassio Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luiz Fux, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes.

A ação que serve como referência trata de uma freira de Cascavel (PR) que queria renovar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) usando hábito (veste religiosa) na foto do documento.

A possibilidade foi aceita pela Justiça em instâncias inferiores, mas a União recorreu ao Supremo para que padronize a possibilidade em todo o país.


Em 8 de fevereiro, representantes de entidades ligadas a religiões se manifestaram no Supremo sobre o tema. Na ocasião, o julgamento do processo foi suspenso e retomado nesta quarta.

A representante da União Nacional das Entidades Islâmicas, Quesia Barreto dos Santos, disse que o uso de hábito, do véu islâmico ou de outras vestes similares são prática religiosa, e que sua retirada em público equivaleria a exigir que uma mulher não muçulmana retirasse sua camisa para foto de identificação.

A Associação Nacional de Juristas Evangélicos disse que, entre os direitos de liberdade religiosa e de segurança pública, a corte devia procurar uma solução que preservasse os dois núcleos.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que o uso de véu não impede a identificação e se manifestou contra a exigência de retirada da vestimenta.

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