Flávio Veras
16/01/2021 10:00
Após o anúncio da candidatura da senadora Simone Tebet (MDB) para disputar a presidência do Senado, a parlamentar começou o processo de articulação nos bastidores da corrida eleitoral.
Segundo Tebet, o atraso em definir um nome pela bancada emedebista atrapalhou esse processo, porém, ela avalia que o jogo está no início e tem a expectativa de alcançar os 41 votos necessários para conquistar o comando da Casa de Leis, dos 80 possíveis.
Enquanto seu adversário Rodrigo Pacheco (DEM-MG) já contabiliza 38 votos, Tebet revelou ao Correio do Estado que, além da bancada emedebista (15 votos), já fechou acordo com o Podemos (9 votos) e o Cidadania (3 votos). Somadas, as siglas contabilizam 27 senadores.
A parlamentar comentou ainda que a tarefa de enfrentar seu adversário não será fácil, pois ele conta com o apoio do atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (AP), e também do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
Outra dificuldade apontada pela senadora foi a demora da bancada emedebista em fechar um nome para a disputa do cargo, algo que ocorreu há apenas três dias.
“Esse processo mais moroso faz parte do jogo democrático do nosso partido. Porém, o meu adversário já vinha em campanha e conversava com todas as siglas para compor seu apoio. Agora entramos no jogo em definitivo”, avaliou.
Segundo a candidata, ela vem sendo alvo de fake news, termo em inglês atribuído a notícias e informações falsas, dentro do Congresso Nacional.
“Em tempos de desinformação, esse tipo de disseminação mentirosa entrou no jogo, infelizmente. Além de lutar contra o candidato preferido do atual presidente e que tem a simpatia do governo federal, ainda temos de lidar com esse tipo de medidas rasteiras. No entanto, eu pertenço à maior bancada do Senado e ao partido mais tradicional da história brasileira, por isso, esse tipo de ação não vai abalar minha empreitada”, declarou.