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"Tristeza generalizada", diz senador Nelson Trad sobre primeiro dia no Líbano

Integrante de comitiva e sul-mato-grossense, Trad é descendente de libaneses

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Integrante da comitiva brasileira em missão especial a Beirute, no Líbano, o senador por Mato Grosso do Sul e presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado Federal, Nelson Trad Filho (PSD), lamentou a situação como o país está. Em seu primeiro dia na capital Beirute, ele afirmou que a tristeza no país é generalizada.  

Trad é descendente de libaneses e esteve no país há pouco mais de um ano. Ver o antes e depois das explosões que deixou mais de 170 mortos e seis mil feridos o deixou sem palavras. A tragédia atingiu principalmente o porto da capital libanesa, em 4 de agosto, mas deixou rastros de destruição pela capital.

“Sabe quando fica olhando fixamente para o horizonte como se tivesse hipnotizado? Pode passar uma abelha que não muda sua visão. É uma perplexidade. O olhar fica triste. Envolta você não acredita o que aconteceu. Você vê as pessoas arrumando e limpando as casas, nos altos dos prédios e podendo cair dali porque não tem proteção. É algo que nós nunca vimos, uma tristeza generalizada”, relata.  

Dois aviões deixaram o Brasil ontem (12) e chegaram a Beirute por volta das 11h (horário de MS) desta quinta-feira (13). Uma das aeronaves foi carregada com seis toneladas de materiais, entre medicamentos, equipamentos de saúde e alimentos, doados pelo Ministério da Saúde e pela comunidade libanesa no Brasil. Outro avião da Força Aérea Brasileira (FAB), levou os integrantes da comitiva, entre eles o ex-presidente Michel Temer, que é filho de libaneses e chefia a comitiva.  

“O avião veio pari passu com o nosso para chegar junto, tinha representantes do governo para receber a carga. Ali foi feita a transferência oficial da carga para o Líbano. Fomos para o palácio presidencial, fomos recebidos pelo presidente Michel Naim Aoun, um senhor com mais de 80 anos, aparência cansada. Estava exausto pela situação e pelos protestos. O ex-presidente Michel Temer  conversou com ele e pediu para que deixasse as discussões religiosas e políticas para o momento da campanha, pedindo que agora tivesse paz”.

Comparando como foi a sua primeira visita no país Trad lamentou a pelo período que o Líbano está passando. Ele ressaltou que antes viu um povo alegre e uma cidade com vida, mas que foram embora com a tragédia, deixando apenas a tristeza.  

“É muito triste porque o que me chamou atenção foi a pujança da noite deles, o pessoal saia muito a noite, povo alegre, tem o mediterrâneo que banha a maioria dos bairros. Está uma tristeza generalizada. Parece que é feriado, as ruas vazias”.

Além do sentimento por conta das vidas perdidas e da grande quantidade de feridos, as perdas materiais também preocupam os moradores de Beirute. De acordo com o senador, a rede hospitalar da cidade está funcionando com apenas 50% de sua capacidade. “Imagina metade de uma Santa Casa sem funcionar, do Hospital Regional e tantos outros de Campo Grande. Metade do que tinham para a Saúde foi danificado, insumos, material cirúrgico no chão. Eles falam que o desastre equivale a 30% da bomba de Hiroshima. Vocês não têm noção do tamanho do buraco, um verdadeiro cânion”.

Confira vídeo que senador fez no local das explosões:

https://player.vimeo.com/external/447611582.sd.mp4?s=ce3443b0c79d975bb1a82ba45e20726d1b4c2a9e&profile_id=139&oauth2_token_id=1289434942

Campo Grande

Adriane Lopes não confirma apoio de Bolsonaro à sua pré-candidatura: "é um anseio nosso"

Atual prefeita, no PP, e ex-deputado Rafael Tavares, do PL, disputam apoio do ex-presidente nas eleições para prefeito da Capital

17/04/2024 20h14

Prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes João Gabriel Vilalba

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A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), disse ao Correio do Estado que o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à sua pré-candidatura à reeleição para o cargo que ocupa, ainda não está confirmada, mas que é um “anseio” dela e do partido que ela faz parte do quadro. 

Ao ser perguntada se ela acredita que contará com o apoio de Bolsonaro nestas eleições, que também é disputado por seu correligionário Rafael Tavares, ex-deputado estadual e também pré-candidato a prefeito, Adriane disse que o apoio do ex-presidente e do PL é uma construção. “Nós gostaríamos de caminhar juntos. Direita e centro-direita”, afirmou. 

Adriane também disse que a negociação pelo apoio da candidatura dela ocorre por meio das cúpulas partidárias. “O Ciro (Nogueira, presidente do PP), o Valdemar (da Costa Neto, presidente do PL) presidente do PL, tem conversado”, afirmou Adriane. 

Em Brasília, a Senadora Tereza Cristina (PP), tem atuado em favor da aliança entre PP e PL. Por outro lado, o ex-deputado estadual Rafael Tavares, cassado pela Justiça Eleitoral porque o partido pelo qual havia sido eleito, o PRTB, não cumpriu a cota feminina em 2022, também se coloca na disputa. Já até tirou foto com Bolsonaro em Brasília, e disse que no mês que vem, terá o posto confirmado pelo ex-presidente. 

Além de Adriane Lopes e Rafael Tavares, também disputa o apoio de Jair Bolsonaro o deputado estadual João Henrique Catan. Em meio a tudo isso, integrantes da direita e extrema direita tentam organizar apenas uma candidatura do bloco, pois temem que uma possível divisão dos votos, poderia deixar um dos candidatos, ou até todos eles, fora de um eventual segundo turno. 

Também se colocam como pré-candidatos à prefeitura o ex-prefeito e ex-governador, André Puccinelli (MDB), o deputado federal Beto Pereira (PSDB), a deputada federal Camila Jara (PT), a ex-deputada federal e superintendente da Sudeco, Rose Modesto (União Brasil), e nomes como o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, recém filiado ao PSD, passaram a ser cogitados como pré-candidatos. 

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STF-DECISÃO

STF permite uso de vestimentas religiosas em foto de documentos oficiais

A possibilidade foi aceita pela Justiça em instâncias inferiores, mas a União recorreu ao Supremo para que padronize a possibilidade em todo o país

17/04/2024 19h00

Em 8 de fevereiro, representantes de entidades ligadas a religiões se manifestaram no Supremo sobre o tema. Na ocasião, o julgamento do processo foi suspenso e retomado nesta quarta Lula Marques / Agência Brasil

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O STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou nesta quarta-feira (17) o uso de vestimentas ou acessórios ligados à religião em fotos de documentos oficiais, desde que essas vestimentas não impeçam a identificação individual.

Os demais ministros seguiram o voto do relator da ação, Luís Roberto Barroso, que também é o presidente da corte. Para ele, proibir o uso dessas vestes "é uma medida exagerada e, consequentemente, desnecessária".

Barroso disse que o veto a essa possibilidade "compromete a liberdade religiosa, sem que esse comprometimento impacte de maneira muito relevante a segurança pública".

A segurança foi o argumento para que o uso dessas roupas tenha sido impedido por autoridades brasileiras.

"Embora possa haver exceções, religiosos não fazem parte de um grupo especialmente perigoso da sociedade", disse Barroso.


O processo é de repercussão geral, e sua decisão incidirá em processos similares sobre o tema em todo o país.

Após o voto do presidente do Supremo, os ministros discutiram sobre a necessidade de ampliar ou não a tese para definir até que ponto pode haver a cobertura do rosto, ou se a norma pode se aplicar para outras situações não religiosas.

Acabaram fixando a tese de que "é constitucional o uso de vestimentas ou acessórios ligados à religião em fotos de documentos oficiais, desde que essas vestimentas não impeçam a adequada identificação individual, com rosto visível".


Votaram com o presidente os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, André Mendonça, Kassio Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luiz Fux, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes.

A ação que serve como referência trata de uma freira de Cascavel (PR) que queria renovar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) usando hábito (veste religiosa) na foto do documento.

A possibilidade foi aceita pela Justiça em instâncias inferiores, mas a União recorreu ao Supremo para que padronize a possibilidade em todo o país.


Em 8 de fevereiro, representantes de entidades ligadas a religiões se manifestaram no Supremo sobre o tema. Na ocasião, o julgamento do processo foi suspenso e retomado nesta quarta.

A representante da União Nacional das Entidades Islâmicas, Quesia Barreto dos Santos, disse que o uso de hábito, do véu islâmico ou de outras vestes similares são prática religiosa, e que sua retirada em público equivaleria a exigir que uma mulher não muçulmana retirasse sua camisa para foto de identificação.

A Associação Nacional de Juristas Evangélicos disse que, entre os direitos de liberdade religiosa e de segurança pública, a corte devia procurar uma solução que preservasse os dois núcleos.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que o uso de véu não impede a identificação e se manifestou contra a exigência de retirada da vestimenta.

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