Desafiar a mente e o corpo em contato com a natureza pode se tornar uma opção para aliviar o estresse. Quem garante é o professor de educação física Ronnie Peterson. “A palavra-chave é adrenalina, já que o praticante fica suspenso por um cabo e isto trabalha quase todos os músculos do corpo. Além disso, o que antes podia ser um obstáculo se torna um esporte prazeiroso que libera endorfina”, explica. O instrutor de rapel Antônio Marcos que há mais de uma década trabalha com a atividade vertical praticada com o uso de cordas e equipamentos adequados, destaca que os locais ficam ao gosto do aventureiro: cachoeiras, paredões, vão livres e até edificações como prédios. Para quem mora em Campo Grande uma das dicas é a prática de rapel e tirolesa na cachoeira do “Inferninho”, onde é comum encontrar, principalmente aos finais de semana, grupos de aventureiros em busca de adrenalina junto à natureza. Outra opção são as fazendas com acidentes geográficos propícios para a descida. À primeira vista, a ideia de se praticar rapel, mesmo para quem nunca experimentou, parece convite irrecusável, porém a dica é sempre procurar profissionais habilitados com cursos e conhecimento específico para que a atividade radical não acabe em problemas. Em Mato Grosso do Sul só existe uma empresa (Altitude) para oferecer este tipo de atividade. O esporte de aventura é considerado por muitos como de risco, porém com equipamentos de segurança e acompanhamento de instrutor capacitado, qualquer pessoa pode prat icar. “É uma atividade segura desde que desenvolvida com muita atenção aos princípios de segurança”, diz Antônio Marcos. Segundo o instrutor, quando uma pessoa devidamente habilitada para a atividade coloca os equipamentos no praticante, mesmo acontecendo algo durante a descida – como uma tontura – não há o risco de cair lá de cima, pois o capacete, luvas, cordas, freio e a cadeirinha – em que o praticante fica acomodado – vão dar suporte até o profissional chegar com ele lá em baixo. Prática A prática de rapel e tirolesa pode ser considerada democrática, uma vez que pessoas que já possuem coordenação motora (crianças com idade a partir de 6 anos) e raciocínio para receber instruções podem viver esta adrenalina única. A dica do professor de educação física Ronnie Perterson é que antes da prática de qualquer esporte ou atividade radical, é preciso fazer alongamento antes e depois, e que o mesmo seja orientado pelo instrutor da atividade. “Esta regra é indicada principalmente para quem tem uma rotina, ou seja, pessoas sedentárias ou que são “atletas de final de semana”. Isto vai diminuir consideravelmente as dores no corpo e caimbras no dia seguinte”. Manoel Jaciro Saravi, 60 anos, decidiu praticar atividades radicais este ano. Ele optou pelo rapel e, em apenas um mês, já praticou o esporte radical por três finais de semana na cachoeira do “Inferninho”.