Mais de 24 horas após a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP) se manifestou através das redes sociais sobre o ocorrido.
Adriane manifestou “profunda preocupação e tristeza” à decisão do ministro Alexandre de Moraes, após Bolsonaro tentar adulterar sua tornozeleira eletrônica.
“Manifestamos nossa profunda preocupação e tristeza com a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro. Acreditamos que em uma democracia sólida, o respeito aos direitos, à dignidade humana e ao devido processo legal são pilares fundamentais. Minha solidariedade à família, e minha esperança de que possamos seguir fortalecendo nossa democracia com diálogo, paz e justiça”, escreveu.
Também se manifestou publicamente o ex-governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja. Ele afirmou que é um dia para refletir “sobre tudo o que estamos vivendo no País”, mas que “não podemos perder a esperança nem a confiança no amanhã”.
Em uma postagem nas redes sociais de uma imagem ao lado do governador do Estado, Eduardo Riedel, um telão ao fundo com o pedido de “Anistia e Liberdade para Bolsonaro”, segurando uma bandeira posando ao lado do ex-presidente, Azambuja escreveu, ainda, que “a política, quando exercida com verdade, é uma missão” e que “é para quem coloca o compromisso com o bem comum acima de qualquer interesse pessoal”.
Leia o texto completo:
"Hoje é um dia de reflexão sobre tudo o que estamos vivendo no país.
Mas, mesmo diante das dificuldades, não podemos perder a esperança nem a confiança no amanhã.
A política, quando exercida com verdade, é uma missão. E missão exige coragem, firmeza e a disposição de enfrentar desafios que nem sempre são compreendidos.
É para quem coloca o compromisso com o bem comum acima de qualquer interesse pessoal.
Para quem entende que servir às pessoas é mais importante do que qualquer custo ou sacrifício.
Seguimos firmes. Com serenidade, responsabilidade e fé no Brasil que queremos - e que vamos construir."
O Partido Liberal (PL), partido do ex-governador, já havia se manifestado em nota no último sábado, chamando a decisão de “precipitada”, por ter acontecido antes do “esgotamento do devido processo legal”.
“Mais do que nunca, é hora de união das lideranças e das bases de centro-direita para permanecerem firmes e vigilantes na defesa da liberdade, da justiça e dos direitos fundamentais de todo cidadão brasileiro”.
Mais aliados
Ex-titular do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil durante a gestão de Bolsonaro, a ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina, membro do Partido Progressistas (PP), usou as redes sociais para "lamentar profundamente" a prisão preventiva de Jair Messias.
Para Tereza, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e cumprimento do mandado de prisão foram uma ação "inesperada e abusiva".
"Uma sequência de arbitrariedades. Todos sabemos da fragilidade de sua saúde. Minha total solidariedade a ele e sua família. É fundamental que o devido processo legal seja rigorosamente respeitado. O Brasil precisa de segurança institucional; não de mais instabilidade - e de respeito, sempre, aos direitos e garantias constitucionais. Força presidente Bolsonaro!", disse ela em complemento.
Além dele, o deputado federal Rodolfo Nogueira, que em seu apelido "Gordinho do Bolsonaro" carrega junto de si a imagem de Jair Messias, não deixou de mostrar a sua fidelidade ao ex-presidente condenado a 27 anos e três meses de prisão em regime fechado por liderar uma organização criminosa em uma tentativa de golpe de Estado para se perpetuar no governo.
Em uma primeira postagem, o 'Gordinho do Bolsonaro' disparou que: "a perseguição desse ditador passou de todos os limites", na publicação onde compartilhava a manchete do canal CNN Brasil, afirmando abaixo que o ex-presidente teria sido preso "por causa de uma vigília de oração".
Cerca de uma hora depois, Rodolfo voltou a se manifestar com as alegações de que Bolsonaro estaria debilitado: "sofre de fortes soluços e refluxos a quase 2 dias, e prendendo Bolsonaro nessa situação só existe um motivo, ELIMINAR!", disse.
Para Rodolfo, Bolsonaro não foi pego com dinheiro na cueca, com sítio em Atibaia nem triplex de luxo, mas foi preso pois "não se dobrou ao sistema".
"Não se corrompeu, não vendeu o Brasil. Hoje, num sábado de manhã, quando o Congresso está desmobilizado e justamente no dia 22, o ministro Alexandre de Moraes desdenha da justiça e, realmente, traz um peso muito grande sobre o Brasil com a prisão do presidente Bolsonaro... injusta. Uma condenação que tirou o devido processo legal, colocou um homem sério e justo nas grades por opção ideológica", diz.
Ele completa sendo categórico na fala de que "isso não vai acabar assim. Deus é justiça e vai fazer sobre o Brasil. Presidente, aguenta firme, estamos contigo", concluiu.
*Colaborou Leo Ribeiro


