Política

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Aprecie com moderação

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Redação

04/06/2010 - 07h13
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OSCAR ROCHA

“O que quer/ o que pode esta língua?”. Caetano Veloso questionava, no rap/samba, em 1984, as possibilidades da língua portuguesa. No dia a dia, muitos não percebem a amplitude de informação que termos e palavras utilizados largamente podem adquirir. Há desde aquelas que nascem de outras línguas estrangeiras até as que são usadas fora da concepção original, passando por termos técnicos sem que se saiba sua origem.

No caso do estrangeirismo, há situações curiosas. Por exemplo, por que no Brasil utiliza-se o termo “site” para denominar endereço na internet? O que muitos não sabem, é que a palavra inglesa tem origem em denominação latina “sitio”, que significa local. No Brasil, a palavra também é utilizada para definir pequena propriedade. Nos países hispânicos, optou-se pela palavra latina. Um caso parecido aconteceu com o termo Aids. Enquanto os nossos vizinhos – e  Portugal – utilizam a sigla Sisa (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), por aqui adotou-se “Acquired Imonunodeficency Syndrome”.

A lista continua com o telefone celular, tradução originária do inglês (cell phone), referente às transmissões feitas a partir de torres instaladas em determinadas regiões (as bases celulares). Por aqui, evitou-se o termo utilizado em Portugal e países hispânicos –  “telefone móvel”.

“Acho que essa larga utilização da língua inglesa surge por causa do processo cultural que sofremos. No Brasil, usa-se muito mais do que em outros países, como França e Portugal, que têm nacionalismo maior no que se refere à sua língua oficial”, explica o professor de Linguística da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, José Contini Júnior.

Em Portugal, explica o professor, até termos originários da informática e mais sujeitos ao domínio da língua inglesa, recebem tradução local. “Mouse” de computador é ‘rato’ e ‘file’ é ficheiro”. No Brasil, detecta o professor, até palavras com sentido em português recebem tradução em inglês. “Por certo preciosismo e elitismo optam por palavras com significado existente em nossa língua”. É o caso de “sale” para “venda” e “off” para “desconto”.
No passado, a tendência era utilizar palavras francesas para denominar objetos, situações, entre outras. Foi dessa forma que “abajur” e “piquenique”,  palavras originárias do francês, ganharam espaço no cotidiano de qualquer brasileiro.

Na publicidade
Uma área em que a língua inglesa aparece com força é a publicitária. No dia a dia do profissional da propaganda termos como “briefing”, “follow up” e “brainstorm” são utilizados como se fossem “bom dia” ou “boa tarde”. “Não sei ao certo porque se utilizam tantos termos em inglês nesse segmento, mas tenho uma teoria: as primeiras agências americanas de publicidade, quando se instalaram no Brasil, trouxeram várias expressões comuns por lá. Mesmo quando se tem palavra equivalente em português, opta-se pela inglesa”, avalia a coordenadora do curso de Publicidade da Faculdade Estácio de Sá, Camila Gazal Fortaleza.

Em tempo, “briefing” pode ser traduzido por “informações preliminares” e “follow up” como “resposta ao que foi solicitado”. No caso do “brainstorm”, há termos em português que se aproximam,  como reunião de ideias, grupo de sugestões, mas, nesse caso específico, o sentido fica empobrecido, já que as traduções não apresentam o bom humor do termo original.

Para a jornalista e pesquisadora da língua portuguesa, a campo-grandense Ana Cláudia Salomão da Silva, é necessário evitar os exageros originários do processo de domínio cultural, mas entendendo que o idioma é algo vivo e dinâmico. “É necessário ensinar bem o idioma, preservá-lo e cuidá-lo, como se cuida da riqueza de um povo. Mas também é necessário compreendê-lo não como uma forma fixa, mas algo mutável. Vê-lo sem preconceitos, principalmente os de classe, atribuindo às camadas pobres da população o desvirtuamento da língua, ignorando sua capacidade criativa, as influências de outras línguas, de modos de vida, de cultura e de história”, enfatiza.         

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Tereza Cristina elogia escolha de Lula para presidir a COP 30 no Brasil

Senadora usou a rede social X para dizer que a escolha do embaixador André Lago como presidente merece ser comemorada

24/01/2025 18h31

Senadora Tereza Cristina disse que a escolha de Lula foi acertada

Senadora Tereza Cristina disse que a escolha de Lula foi acertada Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

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A senadora sul-mato-grossende Tereza Cristina (PP) elogiou a escolha do embaixador André Aranha Corrêa do Lago, atual secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, para presidir a a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), que será realizada em Belém (PA), em novembro.

O nome foi confirmado na última terça-feira (21) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"A escolha do embaixador André Corrêa do Lago para presidir a COP merece ser comemorada, porque, além de toda sua competência, experiência e conduta equilibrada, é um diplomata que conhece nossas qualidades e enaltece o Brasil. Parabéns embaixador!", disse a senadora na rede social X.

"A COP 30, que se realizará em novembro, em Belém, pode ser a COP da sustentabilidade, não a  do desmatamento da Amazônia, como querem alguns. Temos problemas? Sim, mas temos muitas soluções e conquistas a mostrar ao mundo, capazes de confirmar que somos uma potência agroambiental", disse ainda Tereza Cristina.

André Aranha Corrêa do Lago disse que acredita que o Brasil terá um papel incrível na Conferência.

“É uma honra imensa e acredito que o Brasil pode ter papel incrível nessa COP. Agradeço também o resto do governo, porque a COP a gente vai ter que construir todos juntos. Além do governo, com a sociedade civil, o empresariado, todos os atores que são essenciais na primeira formação do que o Brasil quer desta COP", afirmou Corrêa do Lago.

O presidente da COP 30 terá ao lado nos trabalhos a atual secretária Nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente, Ana Toni, nomeada diretora-executiva da COP 30.

Perfil

André Corrêa do Lago é bacharel em economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1981) e entrou na carreira diplomática em 1982.

Exerceu funções nas áreas de organismos internacionais, promoção comercial, cerimonial e energia. Serviu nas embaixadas em Madri, Praga, Washington e Buenos Aires e na Missão junto à União Europeia, em Bruxelas

Desde março de 2023, é secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores.

Corrêa do Lago publicou livros e artigos sobre desenvolvimento sustentável e mudança do clima e é também crítico de arquitetura. É casado e tem quatro filhos.

COP 30

A COP30 é a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (Conferência das Partes), um encontro global anual onde líderes mundiais, cientistas, organizações não governamentais e representantes da sociedade civil discutem ações para combater as mudanças do clima. É considerado um dos principais eventos do tema no mundo.

A COP30 ocorrerá em novembro de 2025 na cidade de Belém, no estado do Pará, Brasil. A banda Coldplay deve fazer um show gratuito durante o evento.

Os principais temas a serem discutidos incluem:

  • Redução de emissões de gases de efeito estufa
  • Adaptação às mudanças climáticas
  • Financiamento climático para países em desenvolvimento
  • Tecnologias de energia renovável e soluções de baixo carbono
  • Preservação de florestas e biodiversidade
  • Justiça climática e os impactos sociais das mudanças climáticas

Segundo o governo federal, a conferência representa uma oportunidade histórica para o Brasil reafirmar seu papel de liderança nas negociações sobre mudanças climáticas e sustentabilidade global.

O evento permitirá ao país demonstrar seus esforços em áreas como energias renováveis, biocombustíveis e agricultura de baixo carbono, além de reforçar sua atuação em processos multilaterais, como na Eco-92 e na Rio+20.

EM ALTA

Governador inicia ano com aprovação de 76,46% da população de Campo Grande

A pesquisa IPR/Correio do Estado foi realizada com 412 moradores do município no período de 20/1 a 22/1

24/01/2025 08h00

Governador Eduardo Riedel inicia ano com aprovação de 76,46%, aponta pesquisa

Governador Eduardo Riedel inicia ano com aprovação de 76,46%, aponta pesquisa Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas Resultado (IPR) e Correio do Estado junto a 412 moradores do município de Campo Grande, entre os dias 20 e 22, revela que o governador Eduardo Riedel (PSDB) iniciou 2025 da mesma forma como terminou 2024, ou seja, em alta com a população campo-grandense.

Pelo levantamento do IPR/Correio do Estado, 76,46% dos entrevistados aprovaram a administração de Riedel, enquanto apenas 12,14% reprovaram e 11,41% não sabem ou não quiseram responder.

Além disso, para 38,35% dos moradores de Campo Grande a gestão do governador tucano é boa e para 5,58%, é ótima, enquanto 36,41% disseram que é regular, 3,40% que é ruim, 4,85% que é péssima e 11,41% não sabem ou não quiseram responder.

O estudo foi realizado com moradores de Campo Grande com 16 anos ou mais e o método de amostragem utilizado foi a amostragem por conglomerados e aleatória simples. 

A margem de erro considerada para essa pesquisa é de 4,9 pontos porcentuais, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%, sendo entrevistadas 412 pessoas entre os dias 20 e 22.

ANÁLISE

Para o diretor e coordenador do IPR, Aruaque Fressato Barbosa, os números apresentados neste início do terceiro ano de administração de Eduardo Riedel demonstram que ele é um gestor fora da curva. 

“Digo isso porque, no sentido positivo, a aprovação dele foi de mais de 76%. Se você pegar a avaliação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva [PT], é quase o inverso”, pontuou.

Ele lembrou que, enquanto o presidente Lula tem apenas 26,28% de aprovação, o governador de Mato Grosso do Sul alcançou, no mesmo período, 76,46%. 

“A população está gostando do governo dele nesses dois primeiros anos de administração. E, por enquanto, assim, eles não veem fatores negativos para desaprovar”, assegurou.

Barbosa completou que Riedel está iniciando seu terceiro ano como governador de Mato Grosso do Sul e não há notícias de corrupção ou de má gestão. 

“O nosso Estado vai bem, obrigado. A economia, as pessoas se pautam muito pela economia, sul-mato-grossense está ótima. O Estado está gerando emprego, está crescendo. Então, isso propicia esse cenário positivo”, argumentou.

BEM AVALIADO

Na avaliação do diretor e coordenador do IPR, Riedel está com uma aprovação diferente dos demais políticos que estão em cargos eletivos em Mato Grosso do Sul e também em nível nacional.

“A maioria deles não está bem avaliada por inúmeras questões. Agora, Riedel consegue ter um amplo apoio popular até agora, com dois anos completos como chefe do Executivo estadual”, disse Barbosa.

Ele completou ainda que, nesse momento, o governador precisa verificar muito bem quais ações serão tomadas ao longo deste ano para checar se esse índice se mantém, cresce ou desce.

“Porque o ano que vem é ano de eleições gerais, e Riedel deve tentar a reeleição. Portanto, penso que as ações que ele tomar agora vão ser vistas com mais cuidado”, ponderou.

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