Política

senado

A+ A-

Atrás na disputa da Câmara, Tebet sobe tom crítico ao governo federal

Parlamentar quer volta dos trabalhos do Congresso para apurar supostas negligências do Planalto

Continue lendo...

A senadora e candidata à presidência do Senado, Simone Tebet (MDB), quer a volta dos trabalhos do Congresso Nacional por conta do agravamento da crise sanitária ocasionada pelo novo coronavírus (Covid-19). 

Segundo a senadora, a falta de oxigênio e leitos que está acontecendo no Amazonas abriu um sinal de alerta para toda a sociedade, uma das prerrogativas, tanto do Senado quanto da Câmara, é apurar as possíveis responsabilidades dos gestores na condução da crise.

O tom mais crítico ao governo federal pode ser encarado como uma ofensiva mais ativa da parlamentar para a disputa da Mesa Diretora da Casa de Leis.

Últimas notícias

Questionada se ela acha viável a possibilidade de existir uma comissão do Congresso Nacional para analisar as possíveis irregularidades do governo federal, Tebet afirmou que, por conta da gravidade da situação, nada deve ser negado neste momento.

“Esse fato nos exige a necessidade de ouvirmos os colégios de líderes. Ou seja, nada impede uma análise criteriosa, para que tal aconteça no País – se está tendo responsabilidade ou não de agentes públicos. Além disso, temos outros órgãos fiscalizadores, como o Ministério Público e o Judiciário. Eles poderão exigir do Congresso Nacional a tomada de determinadas atitudes”.

RETORNO

A volta aos trabalhos também é um dos desejos do atual presidente da Câmara, encarado pelo Planalto como inimigo político, Rodrigo Maia (DEM-RJ). 

Esse movimento de extinguir as férias legislativas pode abrir precedente para abertura de um processo de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), pois a oposição afirma que a omissão do governo no combate à pandemia, potencializada com o agravamento de falta de oxigênio nos hospitais do Amazonas, pode configurar crime de responsabilidade fiscal. 

Esse fato daria base jurídica para a possível abertura de impedimento do chefe do Executivo Nacional.

A senadora não fala claramente se vê base jurídica para esse processo, porém enfatizou que “o Congresso Nacional é a caixa de ressonância da sociedade”. Muitos analistas dizem que impeachment é um julgamento mais político do que técnico (ou jurídico), o que vem de encontro à frase dita por Tebet sobre o tema.

“O Congresso é a voz da sociedade, nele nós temos os pensamentos mais plurais, com instrumentos constitucionais que têm a função de analisar alguma atitude nacional que não seja correta e apontá-la, garantindo assim a segurança jurídica para a peça que busca pautas propositivas para o País".

"Ou seja, precisamos estar atentos ao que está acontecendo no País e representar de fato nossa sociedade, cumprindo a função que nos foi dada por ela”, explicou.

JOGO PESADO

Seu adversário Rodrigo Pacheco (DEM-MG) tem o apoio do Planalto Central e, segundo a parlamentar, ele usufrui dessa ferramenta para oferecer emendas e cargos em troca de apoios. 

“A nossa candidatura começou praticamente agora, mas o candidato adversário tem a máquina do governo na mão – Senado, ministérios, distribuição de cargos e emendas –, além de uma estrutura que lhe dá a possibilidade de pegar um avião e visitar o município que quiser no País, para reunir suas bases".

"Já nossa campanha é diferente de ideias, de formar um bloco a favor do Brasil, ganhando ou perdendo, nós já temos uma grande aliança democrática em nossa nação”, analisou em tom crítico.

Além de lutar contra esse mecanismo federal, a senadora ainda afirmou que outro adversário entrou em cena nas eleições do Senado deste ano. Segundo a candidata, ela vem sendo alvo de fake news dentro do Congresso Nacional.

“Em tempos de desinformação, esse tipo de disseminação mentirosa entrou no jogo, infelizmente. Além de lutar contra o candidato preferido do atual presidente e que tem a simpatia do governo federal, ainda temos de lidar com esse tipo de medida rasteira".

"No entanto, eu pertenço à maior bancada do Senado e ao partido mais tradicional da história brasileira, por isso, essas ações não vão abalar minha empreitada”, declarou.

Assine o Correio do Estado

Atentos!

Itamaraty mostra preocupação com aumento da tensão entre Israel e Irã

Agência iraniana nega ocorrência de explosões no país

19/04/2024 22h00

Fotos: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Continue Lendo...

O governo brasileiro informou nesta sexta-feira (19) que acompanha, "com grave preocupação", mais um episódio da escalada de tensão entre Israel e o Irã. O posicionamento foi divulgado há pouco pelo Ministério das Relações Exteriores.

Mais cedo, a imprensa internacional informou que foram registradas explosões na província iraniana de Isfahan. De acordo com agências internacionais de notícias, as explosões foram provocadas por Israel em resposta aos ataques iranianos ao território israelense na semana passada.

"O Brasil continua a acompanhar, com grave preocupação, episódios da escalada de tensões entre o Irã e Israel, desta vez com o relato de explosões na cidade iraniana de Isfahan. O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada", declarou o Itamaraty.

De acordo com a pasta, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, transmitiu a preocupação do governo brasileiro pessoalmente ao chanceler do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, durante encontro bilateral ocorrido na manhã de hoje na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.

O governo do Irã negou, por meio de sua agência estatal de notícias, a ocorrência das explosões. Segundo a agência Irã Fars News, os sons foram, na verdade, de baterias antiaéreas que dispararam contra “objetos suspeitos”.

Política

Conservador pró-Trump preside comissão dos EUA que divulgou relatório sobre Moraes

Jim Jordan foi citado no relatório do 6 de janeiro e ajudou a fundar ala radical do Partido Republicano

19/04/2024 21h00

Ministro Alexandre de Moraes Reprodução

Continue Lendo...

O presidente da comissão responsável pela publicação do relatório com decisões sigilosas do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), é aliado de Donald Trump e se define como "um dos membros mais conservadores" do Congresso dos Estados Unidos.

Jim Jordan é um deputado do Partido Republicano e preside a Comissão de Judiciário do Congresso. O grupo divulgou na última quarta-feira (17) um documento que afirma haver censura no Brasil.

A comissão foi criada em 1813 e é responsável por supervisionar o Departamento de Justiça norte-americano e avaliar propostas legislativas. Jordan a chefia desde o ano passado.

Natural de Ohio, tem 60 anos e estudou Economia na Universidade de Wisconsin. Lá foi campeão do torneio universitário de luta livre. É formado em Direito pela Universidade da Capital, em Columbus, Ohio, e mestre em Educação pela Universidade Estadual de Ohio.
Ele está no Congresso dos EUA desde 2007 e ajudou a fundar o Freedom Caucus, do qual foi o primeiro presidente. O grupo aglutina parlamentares da ala mais conservadora do Partido Republicano e tem posições mais à direita em temas como política fiscal e imigração.

Jordan é aliado de Donald Trump. O ex-presidente dos EUA lhe presenteou com a Medalha Presidencial da Liberdade em 2021 e o apoiou na campanha para a presidência da Câmara dos Representantes no ano passado.

Segundo o relatório da comissão responsável por investigar os atos do 6 de janeiro, quando apoiadores de Trump invadiram o Capitólio, sede do Legislativo americano, o parlamentar foi um "ator importante" para os planos do ex-presidente de reverter o resultado eleitoral que deu a vitória a Biden.
O relatório da comissão diz que o Brasil, via Judiciário, tenta forçar o X (ex-Twitter) e outras empresas de redes sociais a censurar mais de 300 perfis, incluindo o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do senador Marcos do Val (Podemos-ES) e do jornalista Paulo Figueiredo Filho.

A assessoria de imprensa do STF afirmou que o documento não traz as decisões fundamentadas que determinaram a retirada de conteúdos ou perfis, mas os ofícios enviados às plataformas para cumprimento delas. "Todas as decisões tomadas pelo STF são fundamentadas, como prevê a Constituição, e as partes têm acesso à fundamentação.

O relatório não fica restrito ao Brasil. O texto afirma que o presidente Joe Biden força empresas de redes sociais como o Facebook a censurar informações verdadeiras, memes e sátiras, de modo a levar a plataforma a mudar sua política de moderação de conteúdo.
 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).