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Bancada de MS é a favor de data das eleições aprovada no Senado

Parlamentares aprovam a realização do primeiro e do segundo turno nos dias 15 e 29 de novembro, respectivamente

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A maioria dos deputados federais de Mato Grosso do Sul é a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 18/2020, referente ao adiamento das eleições deste ano de outubro para 15 e 29 de novembro. O texto aprovado na semana passada pelo Senado Federal também altera a data limite das convenções para 16 de setembro e permite que sejam feitas de forma remota, pela internet. A propaganda eleitoral começa após 26 de setembro.  

A votação da matéria deve ocorrer até amanhã, após um fim de semana de negociações entre o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e os líderes partidários, para que a matéria seja apreciada o quanto antes. Havia certa resistência do bloco informal Centrão por causa da pressão dos atuais prefeitos, que acreditam que terão desgaste por causa da pandemia, caso a eleição seja adiada, e também por causa do tempo curto para uma campanha de segundo turno.

Para o deputado Dagoberto Nogueira (PDT), “há um consenso em relação à prorrogação. Porém, há questionamento se seria no dia 29 de novembro o segundo turno. Muitos estão dizendo que está muito em cima para um segundo turno, querem passar par o dia 6 de dezembro. Também existe um grupo defendendo os interesses dos atuais prefeitos, que alegam haver um desgaste muito grande para eles [prefeitos], se prorrogar é ruim. Eles dizem. Em virtude de pareceres técnicos, vai ser prorrogado, o mais provável é um acordo para o dia 15 de novembro e 6 de dezembro”, enfatizando que “se adiou as eleições, é justo que se adiem as convenções, uma coisa está ligada à outra, os prazos têm de ser mantidos”.

O deputado Fábio Trad (PSD) também vota pela aprovação da PEC. “Ela [a PEC] é fruto da manifestação de epidemiologistas, que estudam o comportamento dos números da pandemia no Brasil. Eu concordo que a solução mais prudente é adiar para novembro. Sou favorável ao adiamento das convenções até o dia 16 de setembro, com o adiamento das eleições, deve haver uma coerência no cronograma, para que a mesma margem temporal outrora estabelecida deve acontecer agora em relação a mudança da data das eleições”, disse.

Para a deputada Rose Modesto (PSDB), “no Brasil inteiro há um índice muito alto de contaminação pelo novo coronavírus, e, levando em conta que a nossa prioridade deve ser a responsabilidade com a vida das pessoas, eu sou a favor do adiamento do primeiro turno das eleições para o dia 15 de novembro. O segundo turno pode ficar para 29 de novembro ou para o dia 6 de dezembro. A discussão desta data vamos fazer para ver o que é melhor para o processo eleitoral. Sou a favor do adiamento”.

Preocupação semelhante tem o deputado Beto Pereira (PSDB), que declarou que “já se tornou inviável realizar a eleição na data prevista. A pandemia nos obriga a mudar o calendário. Eu acredito que a Câmara vai votar pela data aprovada no Senado. Se isso se confirmar, a data das convenções e o início da campanha também passarão para frente. A questão neste momento não é politica. É sanitária. Temos de preservar a saúde dos brasileiros”.

Outra parlamentar que apoia o adiamento é a deputado Bia Cavassa (PSDB). “Sim, sou favorável ao adiamento das eleições para novembro, conforme a PEC aprovada pelo Senado”.  

Ainda segundo ela, “no momento, esta seria a atitude mais responsável a se tomar, tendo em vista a situação como um todo, porque acredito que até lá essa curva já esteja decrescendo, reduzindo eventuais riscos à população. Para tomar essa decisão, ouvi vários profissionais da área da saúde, cujas opiniões apontam para esse parecer favorável ao adiamento, mesmo que sejam algumas semanas, mas que podem salvar muitas vidas”.

O deputado Vander Loubet (PT) foi enfático ao dizer que “da minha parte, assim como por parte da oposição na Câmara, há um consenso em favor da PEC que foi aprovada no Senado. Portanto, votarei a favor dessa proposta [de adiamento]. Inclusive, o TSE tem acompanhado de perto a questão da pandemia no Brasil, tem ouvido os especialistas no assunto e já declarou apoiar esse adiamento”.

Política

'Pensa que esqueci da cervejinha e da picanha? Não esqueci', diz Lula

Presidente se reuniu com jornalistas para um café na manhã desta terça-feira

23/04/2024 14h00

Reprodução: Canal GOV

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (23) não ter esquecido do preço "da cervejinha e picanha", uma de suas promessas de campanha.

O chefe do Executivo disse ainda que ou diminui o preço da comida ou aumenta o salário das pessoas. A declaração foi dada durante café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto.

"Tudo isso vai acontecer, no momento que as coisas começaram a acontecer, o povo vai fazer avaliação correta do que está acontecendo no presidente. Podem não gostar de um presidente, mas vão gostar das políticas que está sendo colocada em prática nesse país, isso também já aconteceu no Brasil. Não tenho nesse instante preocupação [com pesquisas de aprovação]", disse

"Pensa que esqueci da cervejinha e da picanha? Não esqueci. Preço da carne já abaixou mas tem que baixar mais, muito mais. Ou abaixa preço da comida ou sobe salario do povo", completou.

O encontro com a imprensa é o primeiro do ano. Ele acontece em um momento em que Lula tenta mitigar desgastes de popularidade. Para isso, o presidente tem intensificado cobranças ao primeiro escalão. Ele pede tanto pela execução dos programas já anunciados quanto para que os ministros façam uma defesa mais engajada do governo.

Há cerca de um mês, em 18 de março, o presidente fez a primeira reunião ministerial de 2024 e colocou as pressões na mesa.

Ele quer que os chefes de cada pasta saiam em defesa do governo federal de forma geral e não apenas de suas próprias áreas e ações.

Além da tendência apontada por Ipec e Quaest no início do mês, levantamento do Datafolha divulgado em 21 de março mostrou que a aprovação da gestão Lula empatou tecnicamente com a sua rejeição: 35% a 33%. No levantamento de dezembro, o placar estava em 38% a 30% —a margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.        

Nesse cenário, o marqueteiro da campanha de 2022 de Lula, Sidônio Palmeira, intensificou a presença em Brasília. Em ao menos duas oportunidades desde 21 de março ele se encontrou com o mandatário para debater como melhorar a imagem do Executivo, incluindo uma reunião em 3 de abril no Palácio da Alvorada.

Mesmo sem cargo no governo, Palmeira ainda participou de reunião para discutir estratégia de comunicação de órgãos do governo. Ele foi chamado a orientar, também na quarta, a equipe da ministra da Saúde, Nísia Trindade, devido à alta dos casos de dengue pelo país e a embates com parlamentares no Congresso Nacional.

As cobranças também se dão por reforço na articulação política. Nesta segunda-feira (22) ele pediu que seus ministros entrem mais em campo para ajudar na relação com o Congresso Nacional, em um momento em que o governo vive crise com o Parlamento e sofre o risco de derrotas.

Lula pediu que o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), seja "mais ágil". Também pediu que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deixe de ler livro e passe mais tempo discutindo com parlamentares.

Este é o primeiro café do presidente com jornalistas neste ano. Em 2023, foram quatro, dos quais a Folha DE S.Paulo participou de três -com exceção do café com mídia chamada independente.

Participam do encontro desta terça: Folha de S.Paulo, Estado de S. Paulo, G1, Bloomberg, Valor, Canal Meio, O Globo, BandNews, ICL, Correio Braziliense, Broadcast, Jovem Pan, CBN, Metrópoles, Rádioweb, Reuters, TV Brasil, TV Record, TV Gazeta, My News, Veja, Poder360, UOL, Brasil de Fato, Carta Capital, Jota, DCM, O Tempo, R7, Rede TV, SBT, CNN, Revista Fórum, BBC Brasil, Itatiaia, Meio Norte, GloboNews.
 

SIDROLÂNDIA

Vereadores abrem comissão que pode cassar mandato de prefeita

Prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo é sogra do vereador Claudinho Serra, preso em operação do Gaeco

23/04/2024 13h00

Vanda Camilo é prefeita de Sidrolândia Foto: Marcelo Victor / Arquivo

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Vereadores da Câmara Municipal de Sidrolândia, aprovaram, na sessão desta terça-feira (23), a abertura de uma Comissão Processante para investigar a prefeita do município, Vanda Camillo (PP), por possíveis infrações político-administrativas.

Na denúncia apresentada na Casa de Leis, os parlamentares afirmam citam a operação desencadeada pelo  Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), no dia 3 de abril, que apontou a existência de uma organização criminosa destinada a fraudar licitações para desviar dinheiro públicos em Sidrolândia, em esquema que funcionava desde 2017.

Na ocasião, foram cumpridos vários mandatos de prisão, entre eles contra o vereador de Campo Grande Claudinho Serra (PSDB), genro de Vanda Camilo.

A prefeita não estava entre os alvos do Gaeco, no entanto, pelo fato do esquema criminoso funcionar no Executivo Municipal, vereadores querem investigar se há conhecimento ou participação de Vanda na organização.

No requerimento para abertura da Comissão Processante, é citado que "é de conhecimento público as recentes denúncias de irregularidades que recaem sobre a administração municipal liderada pela prefeita Vanda. Tais denúncias levantam sérias questões sobre a conduta da chefe do Executivo Municipal e a questão dos recursos públicos e requer uma investigação detalhada".

Parlamentares também apontam que, mesmo após as prisões e constatação de envolvimento de empresas no esquema, a prefeita não rompeu contratos com as investigadas.

"Surge a preocupação sobre tais atividades ilícitas pudessem ocorrer sem o conhecimento da chefe do Executivo", diz a denúncia.

"Há indícios de desvio de recursos públicos e má gestão financeira por parte da prefeita, o que configura possível infração aos princípios da administração pública, suspeita de irregularidade em contratos firmados, o que demanda analise minuciosa", diz a denúncia lida em plenário.

Desta forma, por 12 votos a 1, os vereadores aprovaram a abertura da Comissão Processante para investigar a conduta da prefeita e, ao final, restando demonstrada a prática das infrações, a perda do mandato.

Denúncia do MP

O vereador Claudinho Serra e mais 21 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público (MPMS) pelos crimes de peculato, corrupção passiva, organização criminosa, fraude em licitações e concurso material de crimes. 

Conforme o Ministério Públicos, os denunciados faziam parte de uma organização criminosa destinada a fraudar licitações para desviar dinheiro públicos em Sidrolândia.

A organização era formada por agentes públicos e privados, destinada à obtenção de vantagens ilícitas decorrentes, principalmente, dos crimes de fraude ao caráter competitivo de inúmeros processos licitatórios e desvio de dinheiro público diante da não prestação ou não entrega do produto contratado.

"Um meio para isso foi a criação ou a utilização de pessoas jurídicas já existentes para a participação conjunta nos mesmos processos licitatórios, com o prévio incremento do objeto social sem, contudo, apresentarem qualquer tipo de experiência, estrutura e capacidade técnica para a execução dos serviços ou fornecimento dos bens contratados com o ente municipal", diz a denúncia.

Todos são apontados como integrantes do esquema criminoso, cada qual a seu modo e com estrutura ordenada, caracterizada pela divisão de tarefas.

Claudinho Serra era o chefe do esquema de corrupção na Prefeitura de Sidrolândia, de onde foi secretário municipal de Finanças, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia (Sefate) e é genro da prefeita Vanda Camilo (PP).

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