Política

CRISE

A+ A-

Bolsonaro ‘desafia’ Moraes a retirar Ramagem da Abin

Presidente afirmou que Agência de Inteligência é tão importante quando Polícia Federal

Continue lendo...

Revoltado com o impedimento de nomear o ex-delegado Alexandre Ramagem para o cargo de diretor-geral da Polícia Federal, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que espera que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a suspensão da posse do indicado, tenha a mesma postura em relação ao cargo que ele ocupa atualmente, como diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Durante entrevista coletiva na saída do Palácio da Alvorada o presidente afirmou que considera a Abin tão importante quanto a Polícia Federal. “Agora eu pergunto senhor Alexandre de Moraes, o senhor vai retirar o Ramagem da Abin? Que é tão importante quanto o diretor-geral da Polícia Federal. Se ele não pode ficar na PF ele não pode ir para a Abin. Senhor Alexandre de Moraes, aguardo da vossa excelência uma canetada para tirar o Ramagem da Agência Brasileira de Inteligência, para ser coerente”, declarou.

Na terça-feira (28) o presidente havia nomeado Ramagem para o cargo de Maurício Valeixo, que comandou a PF até a sexta-feira, quando foi exonerado. Porém, no dia seguinte o ministro Alexandre de Moraes atendeu pedido feito pelo PDT e decidiu suspender a posse dele, por ser um amigo do presidente e de sua família. O ministro do Supremo levou em consideração as acusações feitas pelo ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, que afirmou que Bolsonaro queria interferir politicamente na corporação com a mudança na direção.

Bolsonaro ainda afirmou que a decisão de Moraes quase causou uma “crise institucional” no governo. “Agora tirar numa canetada e desautorizar o presidente da República, com uma canetada, dizendo em (princípio da) impessoalidade? Ontem quase tivemos uma crise institucional, quase. Faltou pouco. Eu apelo a todos que respeitem a Constituição”.

“Eu não engoli ainda essa decisão do senhor Alexandre de Moraes. Não engoli. Não é essa a forma de tratar o chefe do Executivo que não tem uma acusação de corrupção”, continuou o presidente.

O presidente afirmou que a Advocacia-Geral da União (AGU) vai recorrer da decisão de Moraes, mas também disse que o governo já está pensando em novos nomes para o cargo. “Nós estamos discutindo um nome, uma nova composição para a gente fazer com que a Polícia Federal, realmente agora tenha isenção e ajude o Brasil com o trabalho que ela sempre fez, desde a sua existência. (O governo) Vai recorrer, eu lamento agora que não tem tempo, eu espero que seja tão rápido quanto a liminar, eu espero só isso do senhor Alexandre de Moraes”.

Após a decisão de suspender a posse, o governo publicou edição extra do Diário Oficial da União, onde retrocedia na nomeação de Ramagem para a Polícia Federal e o devolvia para a Abin. 

Já o novo ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, que também havia sido nomeado no mesmo dia que Ramagem, não teve problemas e pôde tomar posse na quarta-feira. Ele ficou no lugar de Moro, que pediu demissão durante uma entrevista coletiva.

Bolsonaro ‘desafia’ Moraes a retirar Ramagem da Abin Divulgação

Atentos!

Itamaraty mostra preocupação com aumento da tensão entre Israel e Irã

Agência iraniana nega ocorrência de explosões no país

19/04/2024 22h00

Fotos: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Continue Lendo...

O governo brasileiro informou nesta sexta-feira (19) que acompanha, "com grave preocupação", mais um episódio da escalada de tensão entre Israel e o Irã. O posicionamento foi divulgado há pouco pelo Ministério das Relações Exteriores.

Mais cedo, a imprensa internacional informou que foram registradas explosões na província iraniana de Isfahan. De acordo com agências internacionais de notícias, as explosões foram provocadas por Israel em resposta aos ataques iranianos ao território israelense na semana passada.

"O Brasil continua a acompanhar, com grave preocupação, episódios da escalada de tensões entre o Irã e Israel, desta vez com o relato de explosões na cidade iraniana de Isfahan. O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada", declarou o Itamaraty.

De acordo com a pasta, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, transmitiu a preocupação do governo brasileiro pessoalmente ao chanceler do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, durante encontro bilateral ocorrido na manhã de hoje na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.

O governo do Irã negou, por meio de sua agência estatal de notícias, a ocorrência das explosões. Segundo a agência Irã Fars News, os sons foram, na verdade, de baterias antiaéreas que dispararam contra “objetos suspeitos”.

Política

Conservador pró-Trump preside comissão dos EUA que divulgou relatório sobre Moraes

Jim Jordan foi citado no relatório do 6 de janeiro e ajudou a fundar ala radical do Partido Republicano

19/04/2024 21h00

Ministro Alexandre de Moraes Reprodução

Continue Lendo...

O presidente da comissão responsável pela publicação do relatório com decisões sigilosas do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), é aliado de Donald Trump e se define como "um dos membros mais conservadores" do Congresso dos Estados Unidos.

Jim Jordan é um deputado do Partido Republicano e preside a Comissão de Judiciário do Congresso. O grupo divulgou na última quarta-feira (17) um documento que afirma haver censura no Brasil.

A comissão foi criada em 1813 e é responsável por supervisionar o Departamento de Justiça norte-americano e avaliar propostas legislativas. Jordan a chefia desde o ano passado.

Natural de Ohio, tem 60 anos e estudou Economia na Universidade de Wisconsin. Lá foi campeão do torneio universitário de luta livre. É formado em Direito pela Universidade da Capital, em Columbus, Ohio, e mestre em Educação pela Universidade Estadual de Ohio.
Ele está no Congresso dos EUA desde 2007 e ajudou a fundar o Freedom Caucus, do qual foi o primeiro presidente. O grupo aglutina parlamentares da ala mais conservadora do Partido Republicano e tem posições mais à direita em temas como política fiscal e imigração.

Jordan é aliado de Donald Trump. O ex-presidente dos EUA lhe presenteou com a Medalha Presidencial da Liberdade em 2021 e o apoiou na campanha para a presidência da Câmara dos Representantes no ano passado.

Segundo o relatório da comissão responsável por investigar os atos do 6 de janeiro, quando apoiadores de Trump invadiram o Capitólio, sede do Legislativo americano, o parlamentar foi um "ator importante" para os planos do ex-presidente de reverter o resultado eleitoral que deu a vitória a Biden.
O relatório da comissão diz que o Brasil, via Judiciário, tenta forçar o X (ex-Twitter) e outras empresas de redes sociais a censurar mais de 300 perfis, incluindo o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do senador Marcos do Val (Podemos-ES) e do jornalista Paulo Figueiredo Filho.

A assessoria de imprensa do STF afirmou que o documento não traz as decisões fundamentadas que determinaram a retirada de conteúdos ou perfis, mas os ofícios enviados às plataformas para cumprimento delas. "Todas as decisões tomadas pelo STF são fundamentadas, como prevê a Constituição, e as partes têm acesso à fundamentação.

O relatório não fica restrito ao Brasil. O texto afirma que o presidente Joe Biden força empresas de redes sociais como o Facebook a censurar informações verdadeiras, memes e sátiras, de modo a levar a plataforma a mudar sua política de moderação de conteúdo.
 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).