Política

BRASIL

Bolsonaro diz que indicará evangélico para Supremo Tribunal Federal

Bolsonaro diz que indicará evangélico para Supremo Tribunal Federal

AGÊNCIA BRASIL

10/07/2019 - 12h46
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou que indicará um ministro evangélico para o Supremo Tribunal Federal (STF), pois, para ele, a busca pelo “resgate dos valores familiares” deve estar presente em todos os poderes do país. “Entre as duas vagas que terei para indicar para o Supremo um deles será terrivelmente evangélico”, disse, durante sua participação em um culto da bancada evangélica na Câmara dos Deputados, na manhã de hoje (10).

No mês passado, ao criticar a decisão do STF de criminalizar a homofobia como forma de racismo, Bolsonaro já havia sugerido a indicação de um evangélico para a Corte. Até 2022, o presidente da República poderá indicar nomes para pelo menos duas vagas, que serão aberta com a aposentadoria compulsória dos ministros Marco Aurélio e Celso de Mello.

Hoje, Bolsonaro elogiou a atuação dos parlamentares evangélicos nos últimos anos. “Vocês sabem o quanto a família sofreu nos últimos governos. Vocês foram decisivos na busca da inflexão do resgate dos valores familiares”, disse. “Quantos tentam nos deixar de lado dizendo que o Estado é laico. O Estado é laico mas nós somos cristãos. Ou para plagiar a minha querida Damares, nós somos terrivelmente cristãos”, disse, em referência à declaração da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves.

Previdência

No dia em que acontece a primeira sessão de votação do texto-base da reforma da Previdência, o presidente chegou à Câmara pouco antes das 8h30 e estava acompanhado de vários ministros. Ao deixar o culto, Bolsonaro disse que a expectativa para a votação é de vitória e aprovação da matéria antes do recesso parlamentar. Ele seguiu para o plenário da Casa, onde, em um breve discurso, fez um apelo aos deputados.

“O povo conta com deputados e senadores para que nosso Brasil realmente deixei de ser apenas no discurso um país do futuro, mas na prática. Temos exemplos de outros países onde homens e mulheres, ao assumirem o comando, tomaram decisões corajosas. Vocês hoje se encontram em uma situação muito semelhante. O entendimento de todos nós, parlamentares e Executivo e, em parte do judiciário, dirá se queremos ser uma grande nação ou não”, disse Bolsonaro.

Os deputados encerraram a fase de discussão da nova Previdência na madrugada desta quarta-feira. Com a conclusão dessa etapa, a votação do texto-base da proposta, em primeiro turno, está prevista para começar em sessão marcada para as 10h30. Para ser aprovada, a matéria necessita de 308 votos, equivalentes a três quintos dos 513 deputados, nos dois turnos de votação.

Caso seja aprovada em primeiro turno, a previsão é que haja votação para quebra de interstício. Segundo o regimento da Casa, entre o primeiro e o segundo turno de votação é necessário um intervalo de cinco sessões do plenário. Se validado pelos deputados, o texto segue para análise do Senado, onde também deve ser apreciado em dois turnos e depende da aprovação de, pelo menos, 49 senadores.

Novo Plano Diretor

Com Rota Bioceânica, Porto Murtinho deve se expandir para fora do dique

Município terá novo plano diretor para suportar os impactos trazidos pela implantação da rota que criará um corredor bioceânico conectando Brasil, Paraguai, Argentina e Chile

21/01/2025 10h22

Plano Diretor foi apresentado na Secretaria Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc)

Plano Diretor foi apresentado na Secretaria Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) Foto: Mairinco de Pauda/Semadesc

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Porto Murtinho, município que será o "Portal da Rota Bioceânica", terá que se adequar para suportar os impactos da maior Rota de Integração Logística da América Latina.

Para isso, a prefeitura do município está elaborando um novo plano diretor, que irá reorganizar a infraestrutura da cidade para os próximos 10 anos, com foco nas áreas sociais e econômicas.

Dentre as mudanças, estão a expansão da área industrial e a criação de novas áreas residenciais, bem como o fortalecimento da segurança e da saúde.

Em reunião realizada com o Governo do Estado, em Campo Grande, o prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra Ribeiro, mencionou que terão de ser realizadas obras "fora do dique", já que a cidade foi construída nos limites da estrutura, o que faz com que exista "pouca área para desenvolver". Para isso, a Prefeitura aposta em planejamento e zoneamento.

"Tudo está sendo zoneado. A área habitacional, industrial, zoneamento do Porto Seco, questão da saúde, segurança, tudo, então está tudo dentro desse plano", disse o prefeito.

Plano Diretor foi apresentado na Secretaria Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc)Arquivo/Governo do Estado

O dique, que tem 9,7 quilômetros de extensão e circunda todo o perímetro urbano de Porto Murtinho, foi construído às margens do Rio Paraguai em 1985 pelo Ministério dos Transportes, para evitar o alagamento da cidade, que está dentro de uma planície de inundação e de baixa declividade.

A estrutura hidráulica foi uma decisão tomada após a  população recusar a proposta de mudança do perímetro urbano para uma área mais distante do rio – cerca de sete quilômetros, local onde era construída a chamada Cidade de Lona, para abrigar a população quando as grandes cheias do Rio Paraguai inundaram toda a comunidade. A cidade ficou submersa nas enchentes de 1979 e 1982 e o dique suportou a de 1988, considerada recorde.

Na reunião, ficou acordado junto ao Governo que a expansão da cidade vai se dar ao longo do acesso da ponte, desde a BR-267. O projeto foi apresentado para o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, na última sexta-feira (17).

"Com o plano diretor vamos direcionar todo o desenvolvimento do portal da rota que é Porto Murtinho. Vim apresentar para o secretário e ele gostou do projeto. E a nossa meta é apresentar o detalhamento do plano no dia 18 de fevereiro durante o Fórum da Rota", destacou Cintra.

O plano está sendo executado por uma universidade de Curitiba, mas ainda precisa ser aprovado pela Câmara.

"O Plano está sendo feito para adequar e realmente pensando Porto Murtinho com a concentração da Rota Bioceânica.E nesta linha ele está pensando na expansão, para onde a cidade vai crescer e principalmente a disponibilização de áreas específicas tanto para a infraestrutura social como para a econômica", disse o titular da Semadesc, Jaime Verruck.

Foram discutidas ainda ações para o fortalecimento da infraestrutura e do desenvolvimento sustentável ao longo do corredor logístico, para garantir que o município esteja preparado para as oportunidades econômicas geradas pela ligação entre o Brasil e os portos do Oceano Pacífico.

O encontro também contou com a presença da secretária-adjunta de Meio Ambiente, Regina Heyn, da arquiteta Fernanda Gonzaga, e do assessor especial de Logística da Semadesc, Lúcio Lagemann.

Plano Diretor foi apresentado na Secretaria Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc)Foto: Mairinco de Pauda/Semadesc

Ponte sobre o Rio Paraguai

Com valor estimado de US$ 85 milhões a estrutura terá uma extensão de 1.294 metros, dividida em três pontos, dois constituirão os viadutos de acesso de ambos os lados, e um corresponderá à parte estaiada, com 632 metros de comprimento, com vão central de 350 metros.

A porta de entrada do Brasil será por Porto Murtinho, onde está sendo construída a ponte, na divisa com a cidade de Carmelo Peralta. Depois o corredor segue pelo norte do Paraguai, entra na Argentina e chega nos portos chilenos, encurtando o caminho ao Oceano Pacífico.

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SEM CHANCES

Divergência entre Rose e Adriane ajuda a "barrar" fusão do União Brasil com o PP

Grupo ligado à ex-deputada federal se posicionou contra a aproximação com os progressistas em razão da disputa pela prefeitura

21/01/2025 08h00

Ex-deputada federal, Rose Modesto é presidente do União Brasil em MS

Ex-deputada federal, Rose Modesto é presidente do União Brasil em MS Foto: Reprodução

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A ferrenha disputa pelo cargo de chefe do Executivo de Campo Grande no ano passado ainda está viva na memória da ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil), que perdeu a eleição por uma diferença de 12.587 votos para a prefeita Adriane Lopes (PP) – a segunda menor da história da eleição para o cargo na Capital.

O resultado do pleito também teria sido determinante para que as lideranças sul-mato-grossenses do partido se colocassem contra a fusão com os progressistas, de olho nas eleições de 2026.

Segundo apurou o Correio do Estado com interlocutores de Rose Modesto, a presidente estadual do União Brasil e demais lideranças regionais do partido em outros estados também se colocaram contra a aproximação com o PP.

Posicionamento que não levou em consideração o fato de o presidente nacional do União Brasil, Antônio Rueda, e o secretário-geral da sigla, ACM Neto, serem entusiastas da medida, pois, incluindo Republicanos e PSDB, a nova legenda se tornaria a maior força do Congresso Nacional, com 153 deputados federais e 17 senadores.

No entanto, a fusão não é rejeitada apenas por lideranças do União Brasil, integrantes das cúpulas do PP e do Republicanos nos estados também passaram a ver a possibilidade com mais ceticismo e a hipótese já era encarada há mais tempo com ressalvas. E, assim como em Mato Grosso do Sul, o olhar de dirigentes do União Brasil em outros estados criou uma barreira intransponível para o acordo avançar.

A reportagem apurou que Rose Modesto avalia que em MS não seria possível acomodar os diferentes interesses das duas legendas, e o argumento é de que ela, como opositora da gestão de Adriane Lopes, jamais poderia estar no mesmo grupo político que a atual prefeita da Capital, em razãodo antagonismo gerado durante a campanha eleitoral.

Além disso, desde novembro do ano passado, a ex-deputada federal tem usado suas redes sociais para criticar as medidas tomadas pela prefeita reeleita e apontar o que considera equívocos da atual gestora na administração de Campo Grande. Nesse clima de animosidade entre ambas, fica praticamente inviável que União Brasil e PP possam caminhar juntos em Mato Grosso do Sul.

NACIONALMENTE

Nacionalmente, Antônio Rueda se reuniu recentemente com o atual presidente da Câmara dos Deputados, deputado federal Arthur Lira (PP-AL), o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (Piauí), e o líder do Republicanos, deputado federal Hugo Motta (Paraíba), provável novo presidente da Câmara, para tratar da megafusão. 

Uma nova rodada de conversas está prevista para ocorrer após a volta dos trabalhos do Legislativo, em fevereiro. Na visão de integrantes do União Brasil, contudo, há questões internas a serem resolvidas antes. Uma das principais discussões é se o partido terá uma candidatura de oposição em 2026 ou se vai se manter na base do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

O partido na Câmara dos Deputados indicou os ministros do Turismo, Celso Sabino, e das Comunicações, Juscelino Filho, enquanto o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), favorito para comandar o Senado, apadrinhou a escolha de Waldez Góes para o Ministério da Integração Nacional. 

Por outro lado, a cúpula nacional do partido é próxima do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que já marcou um pré-lançamento de sua candidatura a presidente da República para o mês de março. O racha entre governistas e oposição no União Brasil também tem deixado indefinido quem será o líder da sigla na Câmara dos Deputados neste ano. 

Os deputados federais tentaram fazer a escolha em dezembro, mas agora o tema só será retomado em fevereiro. Do lado do PSDB, a percepção é de que uma fusão que envolva o União Brasil dificilmente sairia do papel. O presidente nacional do partido é Marconi Perillo, ex-governador de Goiás e adversário histórico de Caiado no estado.

“Mais favorável [a uma aliança com] outros partidos. Com Caiado, impossível”, disse Perillo.

SAIBA

Levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Resultado (IPR) apontou que a disputa entre Rose e Adriane foi a segunda com a menor diferença de votos da história de Campo Grande. Enquanto no segundo turno da eleição para prefeito de Campo Grande em 1996, entre André Puccinelli (MDB) e Zeca do PT, a diferença foi de 411 votos ou 0,16%, no segundo turno da eleição do ano passado, a discrepância entre Rose e Adriane foi de 12.587 votos ou 2,91%.

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