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Botelho critica Alan Guedes por divulgar carnaval de Corumbá ao invés de investir no de Dourados

A Escola de Samba Unidos da Major Gama, de Corumbá (MS), homenageou neste ano o município de Dourados (MS)

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A decisão do prefeito Alan Guedes (PP) de apoiar o Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos da Major Gama, de Corumbá (MS), que neste ano fez um samba-enredo em homenagem ao município de Dourados (MS), foi duramente criticada pelo professor universitário Tiago Botelho, que foi candidato a senador pelo PT e já colocou o nome à disposição do partido como pré-candidato a prefeito nas eleições de 2024.

Para o petista, Alan Guedes deveria focar nos problemas de Dourados, pois, durante a atual gestão, conforme ele, toda semana um meio de comunicação relata crises na administração municipal.

“Ora é o escândalo da robótica, ora é a greve dos professores, ora é a crise na educação infantil, ora é a super-crise da saúde e ora é a falta de infraestrutura e de mobilidade, entre tantas outras ausências”, lamentou.

Tiago Botelho ressaltou que, no carnaval, não foi diferente, já que, na contramão de vários municípios que enxergam na celebração popular uma potencialidade capaz de proporcionar cultura, lazer, entretenimento, turismo e, por consequência, impacto econômico diretos e indiretos para a cidade, o prefeito de Dourados, “depois de três anos de pandemia e de distanciamento social, não investiu um centavo no carnaval do segundo maior município do estado”.

Caravana

Segundo o pré-candidato a prefeito, a única ação de Alan Guedes de promoção ao carnaval foi a de levar uma pequena caravana de Dourados para apreciar o carnaval de Corumbá.

“Sem hipocrisia, acho que o prefeito fez certo em ir ao carnaval de Corumbá, pois ele é o maior representante de Dourados na esfera política, gostem ou não gostem da gestão dele. O problema está na contradição em não investir no carnaval do município e ter coragem de se vangloriar com o carnaval da cidade alheia”, ressaltou.

Tiago Botelho lembrou que as redes sociais da administração municipal e do prefeito exibiram fotos de muita euforia com a homenagem carnavalesca recebida por Dourados.

“Se fosse o prefeito, teria vergonha de demonstrar contentamento ao limitar Dourados ao papel de convidada de honra quando se tem potencial para ser anfitriã”, reforçou.

Ele considera a ausência de carnaval em Dourados como uma prova de incompetência da gestão, que precisa de Corumbá para ser homenageada e não tem coragem de construir um carnaval que ocupe as praças e as ruas da cidade.

“Como tudo pode piorar, a gestão, para além de não investir, dificulta e cria muitos empecilhos para o carnaval construído por coletivos e movimentos sociais”, disse.

Na avaliação de Tiago Botelho, o mínimo que se espera do prefeito, após ter visto com os próprios olhos a beleza e a potência do carnaval de Corumbá, é que entenda que Dourados precisa de uma festa popular.

“Aliás, recomendo que retome a leitura do plano de gestão que o elegeu para começar a colocá-lo em prática nos 20 meses que lhe resta”, cobrou.

No caso específico do carnaval, de acordo com o professor universitário, merece atenção a expectativa gerada com a meta “cultura e turismo”, constante na plataforma de gestão vencedora em 2020.

“Carnaval é cultura, gera renda extra, movimenta a economia e fomenta o turismo. Sendo assim, por ser o carnaval uma festa cultural, na cultura se faz investimento e o retorno para o município é certo”, assegurou.

Tiago Botelho garante que não é difícil organizar um carnaval no município, basta querer e sair dessa inércia que invadiu a atual gestão.

“Se construído coletivamente, podemos pensar em um carnaval com investimento baixo, mas que tenha espaço de alegria, lazer, que movimenta a economia local e que promova a integração social. Espero que, no próximo carnaval, após uma visita a Corumbá e seu maior carnaval do Centro-Oeste, o prefeito se inspire e dê ao povo de Dourados dias de folia, ao invés de limitar a uma pequena excursão ao carnaval de Corumbá”, reclamou.

Sem recursos da Prefeitura

Apesar de o Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos da Major Gama ter homenageado Dourados no carnaval deste ano, o prefeito Alan Guedes (PP) usou as redes sociais para assegurar que não teve dinheiro da Prefeitura de Dourados no evento corumbaense.

No entanto, a Prefeitura fez um empenho de R$ 19,5 mil para 12 servidores municipais que foram para Corumbá no domingo (19) e permaneceram até ontem (21) no município.

Os empenhos variam de R$ 500,00 a R$ 3 mil e foram feitos em favor de servidores da assessoria de comunicação social, além do chefe de gabinete, Alfredo Barbara Neto, e do secretário municipal de Cultura, Francisco Marcos Rosseti Chamorro.

“Vamos levar até Corumbá, personalidades de Dourados, a miss e o mister indígena, pessoas da área cultural, um grupo de idosos dos dois centros de convivência do idoso, para participarem dessa celebração da nossa cidade. Quem financia o Carnaval de Corumbá é a Prefeitura de Corumbá e o Governo do Estado. Não há dinheiro da Prefeitura de Dourados na escola e nem no carnaval.

Obviamente a gente trabalha para levar essas pessoas e quem vai trabalhar na cobertura do carnaval de Corumbá aqui de Dourados também terão suas despesas pagas pela prefeitura”, postou Alan Guedes.

No domingo, ele fez nova postagem, já em Corumbá, ao lado do prefeito local, Marcelo Iunes (PSDB), a quem agradeceu “pelo convite e oportunidade de contar a história da nossa cidade no maior carnaval do Centro Oeste brasileiro”. “O Portal do Mercosul em destaque no maior carnaval do Centro-Oeste brasileiro”, escreveu.

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Política

Preço para desistir de candidatura é 'Bolsonaro livre, nas urnas', diz Flávio Bolsonaro

O senador do PL do Rio disse que a escolha pelo seu nome como pré-candidato a presidente é "muito consciente" e "não tem volta" dentro do atual cenário do pai preso e inelegível

08/12/2025 14h26

Flávio Bolsonaro

Flávio Bolsonaro Agência Brasil / Tânia Rêgo

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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse em entrevista à TV Record que o preço para desistir de ser candidato a presidente em 2026 é ter o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), "livre, nas urnas". Flávio afirmou, de acordo com a TV Record, na entrevista que foi exibida neste domingo, 7, que o "preço é justiça com quase 60 milhões de brasileiros que foram sequestrados, estão dentro de um cativeiro, neste momento, junto com Jair Messias Bolsonaro".

O senador do PL do Rio disse que a escolha pelo seu nome como pré-candidato a presidente é "muito consciente" e "não tem volta" dentro do atual cenário do pai preso e inelegível. "Óbvio que não tem volta. A minha pré-candidatura à Presidência da República é muito consciente", declarou.

Mais cedo, Flávio afirmou que tinha "um preço" para retirar a candidatura e que a anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023 fazia parte da negociação. O senador do PL, no entanto, disse na ocasião que não era apenas a anistia, sem divulgar quais outras eventuais reivindicações".

Flávio revelou a nova condição para retirar sua candidatura - "Bolsonaro livre e nas urnas" -, ao ser perguntado se a anistia já seria o suficiente para desistir. O senador rejeitou a possibilidade de renunciar à pré-candidatura em favor de outra chapa neste momento. "O nome Flávio Bolsonaro está colocado e não sai", declarou. Jair Bolsonaro cumpre pena após condenação de mais de 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado.

violência política de gênero

Gleice Jane recebe ameaça de morte e registra boletim de ocorrência

Caso foi registrado como "ameaça" na Depac-Cepol

08/12/2025 08h55

Deputada Estadual de MS, Gleice Jane

Deputada Estadual de MS, Gleice Jane Reprodução Instagram Gleice Jane

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Deputada estadual de Mato Grosso do Sul, Gleice Jane (PT), compartilhou em suas redes sociais que recebeu ameaça de morte, motivada por violência política de gênero, neste domingo (7), em um aplicativo de mensagens.

A identidade da pessoa que lhe enviou as mensagens não foi revelada.

Com isso, registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC-CEPOL), em Campo Grande. O caso foi identificado como “ameaça”.

“Acabei de registrar um boletim de ocorrência contra uma ameaça que eu recebi no meu WhatsApp, no meu número pessoal, de uma pessoa que me chama de vários nomes que não vou falar aqui e por último diz “você vai morrer”. Dentre as mensagens ele também me manda vários links de pessoas de perfis relacionados a pessoas do PL e dentre as mensagens questionando a minha posição política, pela minha condição de ser mulher e de ser política. Portanto, é uma violência política de gênero", disse.

"Esse movimento da extrema direita de querer negar a nossa existência, de não querer dialogar, de querer impedir que a gente faça parte da política, é esse movimento também que gera violência contra as mulheres e que também é responsável pelo alto índice de violência e de feminicídio aqui no nosso país", complementou.

O Partido dos Trabalhadores (PT) emiti nota de repúdio sobre a ameaça de morte que a deputada recebeu.

“O Partido dos Trabalhadores (PT) de Rio Brilhante, através do presidente, Vítor Alegre, vem a público repudiar veementemente as ameaças de morte e a violência política de gênero sofridas pela nossa companheira Deputada Estadual Gleice Jane. A intimidação e o machismo usados para tentar silenciar mulheres na política são um ataque direto à nossa democracia. É inaceitável que uma parlamentar eleita, que representa a voz popular, seja alvo de tamanha covardia. Exigimos: Rápida e rigorosa investigação das autoridades para identificar e punir os agressores e garantia de segurança para a Deputada Gleice Jane. Estamos em luta contra o ódio e o machismo. Nossa solidariedade é total!”, afirmou, por meio de nota.

O vereador de Campo Grande, Landmark Rios, prestou solidariedade à deputada, por meio das redes sociais.

“Nossa total solidariedade à Deputada Gleice Jane, que foi covardemente ameaçada pelo WhatsApp.
Ataques, intimidações e violência não podem fazer parte da política, nem da convivência na nossa sociedade. Quem luta por justiça social, por direitos e por dignidade não pode ser silenciado pelo medo. Seguiremos firmes, lado a lado, defendendo a democracia, a vida e a liberdade de fazer política com coragem. Gleice não está sozinha”, disse o vereador, em suas redes sociais.

A vereadora de Campo Grande, Luiza Ribeiro, repudiou o ataque à colega.

"Inaceitável a violência política sofrida pela deputada Gleice Jane! Nossa Gleice Jane sofreu violência política de gênero e outras graves ameaças tudo em razão de sua atuação política! Exigimos toda atenção dos órgãos de segurança para rápida apuração e que garantam toda segurança a ela!", compartilhou, em tom de revolta, em suas redes sociais.

Violência política de gênero abrange atos, condutas ou omissões destinados a excluir mulheres do espaço político, ou a impedir/restringir sua participação e atuação. A legislação define essa violência como ações que visam obstaculizar o exercício de direitos políticos por mulheres.

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