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Câmara da Capital aprova título de ‘visitante ilustre’ a Bolsonaro

Presidente vem ao Estado nessa sexta (14), para entrega de título da reforma agrária; cinco, dos 29 vereadores, votaram contra a homenagem

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A Câmara dos Vereadores de Campo Grande aprovou, na manhã desta quinta-feira (13), o título de visitante ilustre ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).  

O presidente visitará, nesta sexta-feira (14),  o assentamento Santa Mônica, em Terenos, onde irá participar de uma solenidade de entrega de títulos referentes à reforma agrária.  

Dos 29 vereadores, apenas 5 deles se opuseram à homenagem: Airton Araújo (PT), Beto Avelar (PSD), Camila Jara (PT), Marcos Tabosa (PDT), Professor André Luis (Rede) e Professor Juari (PSDB).  

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A proposta é do vereador Tiago Vargas (PSD). Para justificar a medida, o parlamentar afirmou que, 'querendo ou não', ele foi eleito por 'milhares de brasileiros'.  

Para justificarem os votos contrários, os vereadores usaram o negacionismo do presidente a pandemia do novo coronavírus, mesmo o Brasil tendo registrado o número de mais 428 mil mortes provocadas pela doença.  

Os dois vereadores do PT, Airton Araújo e Camila Jara, foram um dos parlamentares que usaram desse argumento para votar não.  

"Eu entendo o fato da Casa reconhecer a importância do cargo, mas o presidente não o reconhece, tanto que deixou milhões de brasileiros à mercê da sorte. Em respeito às vítimas, pelas negligências, eu voto não", declarou Camila.

Outros

Previsto na Ordem do Dia, foi aprovado o Projeto de Lei 9.935/21, do vereador Papy, que dispõe sobre a criação do Projeto Pomar Urbano em áreas públicas de Campo Grande, destinado ao plantio ou reposição de árvores de espécies frutíferas.  

A proposta prevê que seja dada preferência ao plantio nos parques urbanos, nas áreas livres e ociosas das escolas da rede municipal de ensino, praças e demais áreas verdes da cidade, a critério do Poder Executivo, que fará esta supervisão. 

Também há o incentivo para plantio em áreas particulares.

Os vereadores aprovaram ainda o Projeto de Lei 9.928/21, que declara de utilidade pública municipal a Associação de Mulheres com Deficiência de Mato Grosso do Sul (Amdefms), com sede em Campo Grande. A proposta é do vereador Carlos Augusto Borges, Carlão (PSB). 

A Associação, conforme justificativa apresentada no projeto, tem objetivo institucional de promover atividades, em parceria com todas as esferas de governo, e também com o setor privado, por meio de políticas sociais, com o intuito de contribuir na luta contra a discriminação da mulher com deficiência, assegurando condições de liberdade e de igualdade de direitos, bem como sua plena participação nas ações políticas, econômicas e culturais, nas áreas de saúde, educação, profissionalização, esporte, lazer, cultura, assistência social, tendo atuação junto às mulheres, à família e à comunidade, com a finalidade de diminuir as vulnerabilidades sociais, desenvolver potencialidades, adquirir e fortalecer vínculos familiares e comunitários das mulheres com deficiência.  

Também foi aprovado, em regime de urgência, em única discussão, o Projeto de Resolução 477/21, do vereador Betinho e assinado em nome da Casa de Leis, que altera dispositivos da Resolução 1.272, de junho de 2018, que dispõe sobre a instituição da Medalha Legislativa Pastor Doutor Eliseu Feitosa de Alencar. 

A honraria, conforme a proposta, será outorgada na segunda semana do mês de junho, em sessão solene comemorativa ao Dia Municipal do Pastor Evangélico. 

O objetivo é homenagear o Apóstolo Edilson, que se destacou pelo seu ministério como Presidente da Igreja El Shaddai de Campo Grande, com aproximadamente 1000 discípulos. 

Por várias vezes, ele foi eleito Coordenador do Conselho de Pastores de Campo Grande. 

Também foi o primeiro presidente estadual do Conselho Estadual de Pastores de Mato Grosso do Sul. Faleceu em agosto de 2020 vítima de complicações da Covid-19, deixando esposa, quatro filhos (dentre eles o vereador Papy) e nove netos.  

Arquivado

Os vereadores votaram, em regime de urgência, pela inconstitucionalidade do Projeto de Lei Complementar 733/21. 

A proposta, que dispõe sobre a utilização de transporte de passageiros enquanto perdurar a pandemia do coronavírus, foi arquivada. 

O projeto, de autoria da vereadora Camila Jara, previa proibição do transporte de passageiros em ônibus coletivo em número superior aos assentos disponíveis. 

Em caso de descumprimento, há previsão de multa de 30 salários mínimos por veículo onde for constatada a irregularidade. Foi apreciado recurso ao parecer da Comissão de Legislação e Justiça, que foi contrário à tramitação da proposta. 

O parecer da Comissão, que acompanha parecer da Procuradoria da Câmara, justifica que a competência para legislar sobre normas relativas ao transporte é da União, tendo como base a Constituição Federal. 

A proposta foi arquivada porque a maioria opinou por negar o recurso da vereadora e acompanhou parecer da Comissão, contrário à tramitação. Foram 21 votos contrários ao recurso e quatro favoráveis.    

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Política

Conservador pró-Trump preside comissão dos EUA que divulgou relatório sobre Moraes

Jim Jordan foi citado no relatório do 6 de janeiro e ajudou a fundar ala radical do Partido Republicano

19/04/2024 21h00

Ministro Alexandre de Moraes Reprodução

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O presidente da comissão responsável pela publicação do relatório com decisões sigilosas do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), é aliado de Donald Trump e se define como "um dos membros mais conservadores" do Congresso dos Estados Unidos.

Jim Jordan é um deputado do Partido Republicano e preside a Comissão de Judiciário do Congresso. O grupo divulgou na última quarta-feira (17) um documento que afirma haver censura no Brasil.

A comissão foi criada em 1813 e é responsável por supervisionar o Departamento de Justiça norte-americano e avaliar propostas legislativas. Jordan a chefia desde o ano passado.

Natural de Ohio, tem 60 anos e estudou Economia na Universidade de Wisconsin. Lá foi campeão do torneio universitário de luta livre. É formado em Direito pela Universidade da Capital, em Columbus, Ohio, e mestre em Educação pela Universidade Estadual de Ohio.
Ele está no Congresso dos EUA desde 2007 e ajudou a fundar o Freedom Caucus, do qual foi o primeiro presidente. O grupo aglutina parlamentares da ala mais conservadora do Partido Republicano e tem posições mais à direita em temas como política fiscal e imigração.

Jordan é aliado de Donald Trump. O ex-presidente dos EUA lhe presenteou com a Medalha Presidencial da Liberdade em 2021 e o apoiou na campanha para a presidência da Câmara dos Representantes no ano passado.

Segundo o relatório da comissão responsável por investigar os atos do 6 de janeiro, quando apoiadores de Trump invadiram o Capitólio, sede do Legislativo americano, o parlamentar foi um "ator importante" para os planos do ex-presidente de reverter o resultado eleitoral que deu a vitória a Biden.
O relatório da comissão diz que o Brasil, via Judiciário, tenta forçar o X (ex-Twitter) e outras empresas de redes sociais a censurar mais de 300 perfis, incluindo o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do senador Marcos do Val (Podemos-ES) e do jornalista Paulo Figueiredo Filho.

A assessoria de imprensa do STF afirmou que o documento não traz as decisões fundamentadas que determinaram a retirada de conteúdos ou perfis, mas os ofícios enviados às plataformas para cumprimento delas. "Todas as decisões tomadas pelo STF são fundamentadas, como prevê a Constituição, e as partes têm acesso à fundamentação.

O relatório não fica restrito ao Brasil. O texto afirma que o presidente Joe Biden força empresas de redes sociais como o Facebook a censurar informações verdadeiras, memes e sátiras, de modo a levar a plataforma a mudar sua política de moderação de conteúdo.
 

Política

Moraes diz que Justiça está acostumada a combater 'mercantilistas estrangeiros' e 'políticos extremi

Fala ocorre em meio à união entre Bolsonaro e o bilionário Elon Musk nas críticas ao ministro

19/04/2024 19h00

Ministro Alexandre de Moraes Arquivo/

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O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou nesta sexta-feira (19) que a Justiça Eleitoral está "acostumada a combater mercantilistas estrangeiros" e "políticos extremistas".

A fala é uma indireta a união entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), nas críticas às decisões de Moraes sobre a retirada de conteúdos das redes sociais durante a campanha eleitoral de 2022.

"A Justiça Eleitoral brasileira está acostumada a combater mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia. A Justiça Eleitoral brasileira e o Poder Judiciário brasileiro estão acostumados a combater políticos extremistas e antidemocráticos que preferem se subjugar a interesses internacionais do que defender o desenvolvimento no Brasil" afirmou o ministro na cerimônia de assinatura dos planos de trabalho para a construção do Museu da Democracia da Justiça Eleitoral, no centro do Rio de Janeiro.

Na presença do governador Cláudio Castro (PL), aliado de Bolsonaro, Moraes afirmou que a Justiça Eleitoral "continuará defendendo a vontade do eleitor contra a manipulação do poder econômico das redes sociais, algumas delas que só pretendem o lucro e a exploração sem qualquer responsabilidade".

"Essa antiquíssima mentalidade mercantilista que une o abuso do poder econômico com o autoritarismo extremista de novos políticos volta a atacar a soberania do Brasil. Volta a atacar a Justiça Eleitoral com a união de irresponsáveis mercantilistas ligados às redes sociais com políticos brasileiros extremistas", disse o magistrado.

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