Política

CONTAS REPROVADAS

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Candidatos a prefeito na lista dos fichas-sujas são enquadrados, um desiste

Sete dos oito candidatos fichas-sujas foram alvos de ações de impugnação; um desistiu da disputa

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O Ministério Público Eleitoral e os candidatos rivais tentam “enquadrar” os postulantes a prefeito em Mato Grosso do Sul que aparecem na lista dos fichas-sujas dos Tribunais de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS) e da União (TCU). 

Dos oito candidatos a prefeito que aparecem na lista, um desistiu da candidatura depois de o rival pedir sua impugnação, um teve a candidatura deferida sem ser incomodado e outros seis terão de se defender na Justiça Eleitoral se quiserem continuar concorrendo.  

Na semana passada, o Correio do Estado divulgou uma lista com 26 candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador que são condenados pelas cortes de contas. 

Por terem condenações em órgãos colegiados (2ª instância), eles se enquadram na Lei da Ficha Limpa e, por isso, ficam inelegíveis.  

Entre os candidatos que foram enquadrados pelos promotores de Justiça estão Daltro Fiuza (MDB), em Sidrolândia; Erney Barbosa (PSD), em Jardim; João Donizete Cassuci (PDT), de Angélica; e José Antônio Assad (PSDB), em Ladário. 

Os candidatos Waldemir Volk (MDB), de Dois Irmãos do Buriti, e Rudi Paetzold (MDB), prefeito de Coronel Sapucaia que disputará a reeleição, foram alvo de ações de impugnação ajuizadas por seus adversários.

O prefeito de Sete Quedas, Chico Piroli (PSDB), que disputa a reeleição, apesar de aparecer na lista do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul, não foi incomodado nem pelo Ministério Público Eleitoral, nem mesmo por seus adversários, e sua candidatura já foi, inclusive, deferida.  

Em relação a incômodo vindo do adversário, Jun Iti Hada (MDB), que era candidato a prefeito de Bodoquena, acabou desistindo da candidatura depois que seus adversários pediram a impugnação.  

Quando anunciou sua renúncia à disputa, dr. Jun alegou foro íntimo. O nome dele, porém, ainda aparece no sistema DivulgaCand – site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que divulga os status das candidaturas. 

O pedido já foi reconhecido pelo TRE-MS, que julgou não ser mais necessário analisar pedidos de impugnação contra Hada em razão da desistência dele na campanha.

RECURSOS

Para estas eleições, porém, o TSE firmou entendimento que poderá beneficiar os fichas-sujas. 

O colegiado de ministros decidiu, no início do mês passado, que a mudança na data das eleições, por causa da pandemia da Covid-19, beneficia candidatos que estariam impedidos de disputar o pleito com base na Lei da Ficha Limpa.  

Por maioria de votos, os magistrados entenderam que os candidatos não estão mais inelegíveis com a alteração. 

O caso foi decidido por meio de uma consulta feita pelo deputado federal Célio Studart (PV-CE), questionando se um candidato cuja inelegibilidade vence em outubro – quando se realizaria a eleição – pode ser considerado elegível para disputar o pleito em 15 novembro, nova data da eleição estabelecida pelo Congresso.

O parlamentar argumentou que, na nova data, já estaria vencido o prazo de oito anos de inelegibilidade para os condenados por abuso de poder político e econômico nas eleições de 2012, por exemplo.  

Isso porque nesses casos, conforme deliberado pela própria Justiça Eleitoral, a contagem teve início no dia 7 de outubro, data do primeiro turno da eleição daquele ano.

Por causa da pandemia, o Congresso promulgou emenda constitucional que adiou o primeiro turno das eleições deste ano – de 4 de outubro para 15 de novembro. O segundo turno, que seria no dia 25 de outubro, foi marcado para o dia 29 de novembro.

Política

Conservador pró-Trump preside comissão dos EUA que divulgou relatório sobre Moraes

Jim Jordan foi citado no relatório do 6 de janeiro e ajudou a fundar ala radical do Partido Republicano

19/04/2024 21h00

Ministro Alexandre de Moraes Reprodução

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O presidente da comissão responsável pela publicação do relatório com decisões sigilosas do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), é aliado de Donald Trump e se define como "um dos membros mais conservadores" do Congresso dos Estados Unidos.

Jim Jordan é um deputado do Partido Republicano e preside a Comissão de Judiciário do Congresso. O grupo divulgou na última quarta-feira (17) um documento que afirma haver censura no Brasil.

A comissão foi criada em 1813 e é responsável por supervisionar o Departamento de Justiça norte-americano e avaliar propostas legislativas. Jordan a chefia desde o ano passado.

Natural de Ohio, tem 60 anos e estudou Economia na Universidade de Wisconsin. Lá foi campeão do torneio universitário de luta livre. É formado em Direito pela Universidade da Capital, em Columbus, Ohio, e mestre em Educação pela Universidade Estadual de Ohio.
Ele está no Congresso dos EUA desde 2007 e ajudou a fundar o Freedom Caucus, do qual foi o primeiro presidente. O grupo aglutina parlamentares da ala mais conservadora do Partido Republicano e tem posições mais à direita em temas como política fiscal e imigração.

Jordan é aliado de Donald Trump. O ex-presidente dos EUA lhe presenteou com a Medalha Presidencial da Liberdade em 2021 e o apoiou na campanha para a presidência da Câmara dos Representantes no ano passado.

Segundo o relatório da comissão responsável por investigar os atos do 6 de janeiro, quando apoiadores de Trump invadiram o Capitólio, sede do Legislativo americano, o parlamentar foi um "ator importante" para os planos do ex-presidente de reverter o resultado eleitoral que deu a vitória a Biden.
O relatório da comissão diz que o Brasil, via Judiciário, tenta forçar o X (ex-Twitter) e outras empresas de redes sociais a censurar mais de 300 perfis, incluindo o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do senador Marcos do Val (Podemos-ES) e do jornalista Paulo Figueiredo Filho.

A assessoria de imprensa do STF afirmou que o documento não traz as decisões fundamentadas que determinaram a retirada de conteúdos ou perfis, mas os ofícios enviados às plataformas para cumprimento delas. "Todas as decisões tomadas pelo STF são fundamentadas, como prevê a Constituição, e as partes têm acesso à fundamentação.

O relatório não fica restrito ao Brasil. O texto afirma que o presidente Joe Biden força empresas de redes sociais como o Facebook a censurar informações verdadeiras, memes e sátiras, de modo a levar a plataforma a mudar sua política de moderação de conteúdo.
 

Política

Moraes diz que Justiça está acostumada a combater 'mercantilistas estrangeiros' e 'políticos extremi

Fala ocorre em meio à união entre Bolsonaro e o bilionário Elon Musk nas críticas ao ministro

19/04/2024 19h00

Ministro Alexandre de Moraes Arquivo/

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O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou nesta sexta-feira (19) que a Justiça Eleitoral está "acostumada a combater mercantilistas estrangeiros" e "políticos extremistas".

A fala é uma indireta a união entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), nas críticas às decisões de Moraes sobre a retirada de conteúdos das redes sociais durante a campanha eleitoral de 2022.

"A Justiça Eleitoral brasileira está acostumada a combater mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia. A Justiça Eleitoral brasileira e o Poder Judiciário brasileiro estão acostumados a combater políticos extremistas e antidemocráticos que preferem se subjugar a interesses internacionais do que defender o desenvolvimento no Brasil" afirmou o ministro na cerimônia de assinatura dos planos de trabalho para a construção do Museu da Democracia da Justiça Eleitoral, no centro do Rio de Janeiro.

Na presença do governador Cláudio Castro (PL), aliado de Bolsonaro, Moraes afirmou que a Justiça Eleitoral "continuará defendendo a vontade do eleitor contra a manipulação do poder econômico das redes sociais, algumas delas que só pretendem o lucro e a exploração sem qualquer responsabilidade".

"Essa antiquíssima mentalidade mercantilista que une o abuso do poder econômico com o autoritarismo extremista de novos políticos volta a atacar a soberania do Brasil. Volta a atacar a Justiça Eleitoral com a união de irresponsáveis mercantilistas ligados às redes sociais com políticos brasileiros extremistas", disse o magistrado.

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