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Candidatos de Mato Grosso do Sul já gastaram R$ 200 mil com redes sociais

Loester Trutis e Vinicius Siqueira, do PSL, e Marcelo Bluma, do PV, foram os que mais pagaram por propaganda nas redes

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Os candidatos a prefeito, a vice-prefeito e a vereador dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul já gastaram R$ 204,9 mil em impulsionamento nas principais redes sociais nos últimos dois meses.

O Correio do Estado fez um levantamento dos campeões de gastos em redes sociais, como Facebook e Instagram, de 4 de agosto – quando muitos já estavam em pré-campanha – até sábado (17), quando a Justiça começou a, de fato, arbitrar a guerra, que teve início nos palanques virtuais.

Dos oito candidatos nestas eleições que mais gastam no Estado, sete são de Campo Grande.

O deputado federal Loester Trutis (PSL), que ainda não se deu por vencido na disputa com o correligionário Vinicius Siqueira para ver quem será o candidato do partido para prefeito da Capital, foi quem mais gastou com impulsionamentos: R$ 21 mil até o sábado (17), sendo R$ 2 mil somente na última semana.  

Trutis está fora do horário eleitoral (o programa que está no ar é o de Vinicius Siqueira), mas isso não importa muito para o deputado, que fez sua carreira justamente gerando bastante interação com seus 34 mil seguidores do Facebook e 15,4 mil seguidores do Instagram.

O engenheiro Marcelo Bluma (PV), que se lança candidato a prefeito da Capital, ou a governador, há quase duas décadas, em todas eleições, já investiu R$ 19,4 mil em impulsionamentos, sendo R$ 11,8 mil somente na semana passada.

Bluma, que tem uma comunidade de 21,3 mil seguidores no Facebook e 1,1 mil no Instagram, é um dos candidatos com o menor tempo de televisão e rádio entre os 15 com espaço no horário eleitoral gratuito.

JUSTIÇA

Vinicius Siqueira aparece na terceira posição entre os candidatos que mais desembolsaram com propaganda paga nas redes sociais. Assim como o rival e colega de partido Trutis, Siqueira aposta todas as fichas na internet: já gastou R$ 9,3 mil, sendo R$ 2.031,00 somente na semana passada.  

Foi Siqueira o primeiro a ser punido pela Justiça Eleitoral. Entre a noite de sexta-feira (16) e a manhã de sábado (17), a Justiça Eleitoral mandou Siqueira e o Facebook retirarem quatro vídeos, a pedido da coligação do prefeito Marcos Trad (PSD), candidato à reeleição. 

O alcance das publicações que a Justiça mandou excluir tiveram alcance de até 50 mil impressões. Siqueira pagou a difusão dos vídeos que Trad alega serem ofensivos não somente para Campo Grande, mas para todo o estado de Mato Grosso do Sul.

Marcos Trad até agora só gastou R$ 200 reais em impulsionamento. Foram dois cards (montagem fotográfica) da pesquisa Ibope da sexta-feira (16), em que ele aparece na frente. 

Com uma comunidade de 93,5 mil seguidores no Facebook e 71,8 mil no Instagram, ele aproveita do alto alcance orgânico de suas redes e consegue investir menos em propaganda.  

Siqueira, por sua vez, tem 21,1 mil seguidores no Facebook e 15,4 mil no Instagram.  

Além de Siqueira, na lista dos candidatos a prefeito da Capital  que mais gastam está Marcelo Miglioli (Solidariedade), que já desembolsou R$ 5,9 mil em impulsionamentos, R$ 2,7 mil só na última semana.  

No levantamento feito pelo Correio do Estado também aparece Clarice Ewerling (MDB), candidata a prefeita de Sonora, no norte do Estado. Ela já gastou R$ 4.857,00 em impulsionamentos.  

VEREADORES

Entre os candidatos que mais investem nas redes sociais também aparecem dois postulantes ao cargo de vereador. Ciro Fidelis (PSL), que se autoproclama o vereador do deputado Loeste Trutis, já gastou R$ 5 mil em propaganda no Facebook e no Instagram.  

Logo atrás, aparece a candidata a vereadora pelo PT Luiza Ribeiro, cujos impulsionamentos nas redes sociais já lhe custaram R$ 3.688,00 até o sábado (17). 

Luiza Ribeiro é um dos políticos que integram a lista dos fichas-sujas do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul. Condenada pela corte de contas, ela ainda não teve sua candidatura deferida.  

ESCALADA

O Correio do Estado também monitorou os candidatos que mais gastaram na semana passada no Estado. A lista indica uma tendência para o período de menos de um mês que resta até as eleições.  

Nela, Marcelo Bluma (PV) aparece em primeiro, com gastos de R$ 11,8 mil no período. Ele é seguido do candidato a vereador Ciro Fidelis, que gastou R$ 4,8 mil no período.  

Marcelo Miglioli também parece ter iniciado uma ofensiva na semana que passou, com gastos de R$ 2,7 mil. Hélio Peluffo (PSDB), candidato a prefeito de Ponta Porã, já gastou R$ 2.511 e é o quarto com mais gastos na semana passada. Clarice Ewerling, de Sonora, é a quinta em gastos no período, com R$ 2,2 mil.

Na sequência estão Trutis (R$ 2,2 mil), Dagoberto Nogueira (R$ 1,7 mil), Vinicius Siqueira (R$ 1,6 mil) e Luiza Ribeiro (R$ 1,6 mil).

PROIBIÇÕES

Entre as limitações para o impulsionamento nas mídias sociais estão: proibição de robôs e da terceirização do serviço. “Quem pode fazer o impulsionamento é o candidato, o partido e a coligação. Eu não posso, por exemplo, contratar uma empresa para fazer esse impulsionamento por mim”, diz o cientista político Alessandro Costa.

O impulsionamento de propaganda por terceiros ou apoiadores pode configurar propaganda ilegal e fraude eleitoral, podendo resultar em cassação da candidatura. 

CAMPO GRANDE

Beto reconhece capacidade de Verruck e fica satisfeito por filiação dele ao PSD

O pré-candidato a prefeito da Capital não descartou a possibilidade de que o titular da Semadesc possa ser o seu vice

20/04/2024 08h00

O deputado federal Beto Pereira, pré-candidato a prefeito de Campo Grande pelos tucanos Foto: Duda Schindler

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Terceiro de uma série de entrevistas que a Rádio CBN Campo Grande e o Jornal Correio do Estado realizarão com os seis pré-candidatos à prefeitura da Capital, o deputado federal Beto Pereira (PSDB-MS) reconheceu, na sexta-feira, a capacidade de gestão do secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, que deixou o PP para se filiar ao PSD.

“Primeiro dizer o quanto eu fico feliz de o Jaime sair do PP e ir para o PSD, um partido que está dentro do nosso arco de aliança. Ele tem uma competência de gestão, um poder de articulação muito grande e é um quadro que o PSD ganha muito com isso”, afirmou, completando que já estaria pacificado o apoio à sua pré-candidatura por parte do novo partido do titular da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).

Beto Pereira reforçou que o PSDB e o PSD estão formando um arco de alianças em favor de Campo Grande. “O Jaime é muito bem-vindo a esse arco, mas, ele já estava participando da nossa pré-campanha, colaborando com informações valorosas e nos subsidiando de forma significativa com dados econômicos sobre o município”, argumentou.

Questionado se Jaime Verruck seria um bom nome para ser o vice na chapa encabeçada por ele, o deputado federal não titubeou: “olha, é um dos nomes que devem ser estudados, apesar de a pretensão pessoal do Jaime é justamente ficar na Secretaria”.

Além do secretário, Beto Pereira também tem como cotadas para serem a sua vice a fundadora da Associação Juliano Varela, Maria Lúcia Fernandes (PSD), a Delegada Sidneia Tobias (Republicanos) e a ex-deputada estadual Grazielle Machado (PSDB).

“Três grandes mulheres e cada uma com uma história de vida, sendo nomes que devem ser apreciados, dentre vários outros que também serão avaliados”, revelou.

CLAUDINHO SERRA

Ainda durante a entrevista, Beto Pereira também analisou a situação do vereador campo-grandense Cláudio Jordão de Almeida Filho (PSDB), o “Claudinho Serra”, que foi preso há mais de duas semanas em Campo Grande (MS) acusado de chefiar esquema duradouro de corrupção na Prefeitura de Sidrolândia, de onde foi secretário municipal de Finanças, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia (Sefate) e é genro da prefeita Vanda Camilo (PP).

“Os fatos imputados ao vereador Claudinho Serra não dizem respeito ao seu mandato de vereador em Campo Grande. Diz respeito a um período onde foi secretário municipal em Sidrolândia. Portanto, não diz respeito à sua atuação, repito aqui, enquanto vereador em Campo Grande, enquanto membro do diretório do PSDB de Campo Grande”, declarou o deputado federal e presidente municipal do partido na Capital.

Ele acrescentou que aguarda de forma ordeira todos os pronunciamentos, tanto do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), quanto do Poder Judiciário. “Veja bem, nós precisamos não incorrer em um erro do julgamento prévio. Porém, caso as denúncias de corrupção forem confirmadas e ele condenado, se houver aí um impedimento, a própria legislação que nós temos vigente no Brasil exige que haja um período sem filiação partidária, sem poder exercer o direito de ser candidato”, pontuou.

Inquirido se não seria, por uma questão ética, afastar o vereador do partido, Beto Pereira voltou a afirmar que não poderia fazer uma acusação prévia. “Sem nenhum tipo de acesso a autos, eu não posso tomar uma decisão nesse sentido”, ressaltou.
 

POPULARIDADE

Durante a conversa com os jornalistas da rádio CBN CG e do Correio do Estado, Beto Pereira reconheceu que para conquistar a preferência do eleitor precisa vencer um primeiro desafio, que é o de se tornar conhecido em Campo Grande. Questionado sobre a falta de popularidade na capital sul-mato-grossense, ele explicou que isso pode estar relacionado ao fato dele nunca ter disputado uma eleição majoritária na cidade. 

“Esta é a oportunidade de me tornar conhecido, participando deste pleito. Vários adversários já se candidataram outras vezes. Mas o que importa é o sentimento qualitativo do eleitor para escolher quem vai administrar Campo Grande, depois de 12 anos que ele se frustrou com o que foi escolhido”, relatou.

Em sua trajetória política, Beto destacou sua experiência em administrar o município de Terenos, onde foi prefeito por dois mandatos, entre os anos de 2005 e 2012. Ele frisou a formação de parceria para reduzir o déficit habitacional no município e desafiou o eleitor que queira saber da satisfação dos moradores de Terenos, a respeito de sua administração. “Faço um desafio para as pessoas ligarem e perguntar, o que eles têm a falar sobre o meu trabalho”, desafiou.
 

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Itamaraty mostra preocupação com aumento da tensão entre Israel e Irã

Agência iraniana nega ocorrência de explosões no país

19/04/2024 22h00

Fotos: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

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O governo brasileiro informou nesta sexta-feira (19) que acompanha, "com grave preocupação", mais um episódio da escalada de tensão entre Israel e o Irã. O posicionamento foi divulgado há pouco pelo Ministério das Relações Exteriores.

Mais cedo, a imprensa internacional informou que foram registradas explosões na província iraniana de Isfahan. De acordo com agências internacionais de notícias, as explosões foram provocadas por Israel em resposta aos ataques iranianos ao território israelense na semana passada.

"O Brasil continua a acompanhar, com grave preocupação, episódios da escalada de tensões entre o Irã e Israel, desta vez com o relato de explosões na cidade iraniana de Isfahan. O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada", declarou o Itamaraty.

De acordo com a pasta, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, transmitiu a preocupação do governo brasileiro pessoalmente ao chanceler do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, durante encontro bilateral ocorrido na manhã de hoje na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.

O governo do Irã negou, por meio de sua agência estatal de notícias, a ocorrência das explosões. Segundo a agência Irã Fars News, os sons foram, na verdade, de baterias antiaéreas que dispararam contra “objetos suspeitos”.

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