Críticas à gestão do prefeito Marcos Trad (PSD) e à postura intransigente do candidato a prefeito pelo Avante, Sérgio Harfouche. Estas foram as atitudes que se repetiram na manhã deste domingo (15), entre os candidatos que almejam um possível segundo turno contra o prefeito de Campo Grande, que é candidato à reeleição.
Siqueira
O candidato do PSL, Vinícius Siqueira, disparou contra o procurador Sérgio Harfouche: “Quantas eleições mais o Harfouche vai continuar entrando e causando esse tumulto eleitoral?”, disparou Siqueira. “Essa segurança se os eleitores não vão saber se o voto dele vale ou não vale, porque na eleição passada, a candidatura dele também poderia ter sido impugnada”, afirmou.
Siqueira ainda prosseguiu: “ele vai esculhambar as eleições de 22, de 24 de 26 também? É uma pergunta que a gente tem de fazer”.
O candidato do PSL também mostrou-se confiante para um possível segundo turno, e disse que sua candidatura tem crescido na última hora. Aproveitou para criticar as perguntas, e questionou os motivos de grandes institutos, como o Ibope, não terem feito pesquisa de véspera na Capital de Mato Grosso do Sul, como em outras cidades. Logo após esta crítica, provocou os promotores de Justiça: “Ministério Público tem de parar de dormir em serviço e começar a investigar tudo isso”, afirmou.
Kemp
O candidato do PT à prefeitura, deputado estadual Pedro Kemp, foi categórico: “É ruim ele continuar insistindo, porque prejudica um segundo turno. Isso pode causar um prejuízo se ele receber bastante votos”, afirmou.
A possibilidade de os votos a Harofouche serem anulados, desperta a preocpação de Kemp. “Se a população que votar nele, refletir e fazer a opção por outro candidato, poderá ajudar a que ocorra um segundo turno, que seria muito importante”, afirmou.
Kemp também disse que “fez uma campanha muito bonita, com muitos voluntários e militantes”. “Em nossas andanças, senti o descontentamento, sobretudo na periferia”, afirmou.
Fernandes
Márcio Fernandes (MDB), também critica a gestão de Trad, como a maioria dos outros candidatos. “Nesta campanha me deu tristeza e ver que Campo Grande voltou a ter favelas”, disse Fernandes, ao lembrar a gestão de André Puccinelli, quando Campo Grande era considerada a única capital de estados brasileiros sem favela.
Fernandes também exaltou André Puccinelli, e o apoio dele na campanha. “Ele mostra que o MDB ainda tem força”, lembrou.
Sobre Harfouche, Márcio Fernandes afirmou que a insistência de Harfouche em afirmar que seus votos não serão anulados, prejudica o processo eleitoral. “Não sabemos o porcentual que ele irá obter, mas seguindo as regras, os votos para ele (Sérgio Harfouche) serão invalidados. Quantas pessoas ainda vão insistir em uma candidatura invalidada pelo TRE?”, finalizou.
Dagoberto
Para o deputado estadual Dagoberto Nogueira, candidato a prefeito pelo PDT, a “teimosia” do candidato a prefeito pelo Avante, Sérgio Harfouche, vai favorecer o atual prefeito e candidato à reeleição Marcos Trad (PSD), que poderá vencer a eleição no 1º turno.
“Há uma preocpação de nós candidatos com a candidatura do Harfouche. Ele está teimando, não pediu a exclusão do nome dele, e assim ele pode favorecer o Marquinhos com isso”, lamenta Dagoberto, ao lembrar que o voto dado da Harfouche não aparecerá na apuração dos votos. “O voto dele não é distribuído, é considerado nulo, e isso só favorece o Marquinhos. Esse é o único problema que estamos encontrando”, complementou.