Política

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Candidatos enfrentam gigantes para divulgar ideais

Candidatos enfrentam gigantes para divulgar ideais

Redação

16/08/2010 - 22h38
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Fernanda Brigatti

Desconhecidos e sem recursos, muitos candidatos entram na disputa eleitoral sem nenhuma estrutura e com poucas chances de vitória, munidos apenas de ideais. Eles ainda acreditam que podem mudar o mundo. Ou pelo menos a cidade, o bairro, a vizinhança em que moram. Candidatos com “a cara e a coragem”, eles suprem de sonhos o que falta em dinheiro, cabos eleitorais e material gráfico.
Um exemplo é o candidato pelo PSOL, Nei Braga. O socialista entrou no páreo pelo Governo do Estado e se dispôs a enfrentar “gigantes” como o governador André Puccinelli (PMDB) e o ex-governador José Orcírio dos Santos (PT) em busca do voto de protesto, dos votos brancos e nulos.
Braga conta com o apoio de militantes que, como ele, são sonhadores, mas não têm dinheiro para enfrentar a estrutura adversária. “Minha campanha não é para enfrentar os dois. Estou em busca dos votos desses (eleitores) que não querem eles”, afirmou, referindo-se a Orcírio e Puccinelli.
Nei Braga, ex-petista, diz que conserva o mesmo idealismo de 30 anos atrás, quando começou a militar no movimento sindical, ainda em Dourados. “O socialismo prega que quem se deu bem tem responsabilidade sobre os demais. Basicamente, acho que todo mundo tem direito de viver com dignidade, tem que ter acesso a carro, a casa”, disse. “Esse tesão, essa vontade de lutar continua. Isso, ajuda a melhorar a vida de outras pessoas, me faz feliz”.
A rotina do comerciante não se parece com a de um candidato e divide-se entre fazer compras e trabalhar na lanchonete da qual é proprietário. Isso não o atrapalha. “Estou falando com alguém o tempo todo e sempre que posso peço voto”, relatou. Depois do expediente, à noite, sai às ruas em busca de votos. Para Nei Braga, sua candidatura está atingindo o objetivo de divulgar o partido. “Óbvio que a gente não vai ganhar a eleição, mas estamos crescendo”.

Apoio voluntário
Na prestação de contas do mês de julho, Nei Braga informou que ainda não recebeu doações, nem teve despesas. “Na realidade, entramos muito mais com a cara e a coragem. Estamos buscando em torno de R$ 50, R$ 60 mil reais para material e produtora. Disso a gente não deve escapar”, explica o presidente do PSOL, Lucien Rezende. O valor não é para a campanha de Nei somente, é para todos os candidatos do partido.
Lucien é uma espécie de “faz-tudo” na campanha de Braga. Ele é coordenador, articulador, vai para a mobilização e cuida da burocracia. Outras cinco pessoas complementam a equipe, todas voluntárias.

Outros sonhadores
Vilminha da Cadeira de Rodas é outra sonhadora. Funcionária pública em Fátima do Sul, ela tem na ex-prefeita de Mundo Novo Dorcelina Folador sua maior inspiração: ambas mulheres, cadeirantes e sonhadoras. Candidata pela terceira vez pelo PT, ela conta, desde a primeira tentativa, com seus três principais cabos eleitorais voluntários, o marido e as duas filhas. Hoje, além do auxílio que espera da coligação, Vilminha tem um grupo de voluntários que ajuda a divulgar sua candidatura. “A parte que mais afeta (uma campanha) é o dinheiro, mas eu pego a minha cadeira de rodas e vou embora”, disse.
O empresário Alex Machado, do PV, quer ser deputado estadual porque não conseguiu reconhecer, em outros candidatos, valores que preza. “Muitos falam de ética, de desenvolvimento sustentável, mas eles se adaptam às pesquisas e a quem ouve”, afirmou. Trabalhando com um grupo de quase dez voluntários, Alex diz que não acredita em campanhas com muito dinheiro. “Não é coerente o candidato gastar milhões, a não ser aquele que consegue reunir apoios”. E é isso que ele vem fazendo. De porta em porta, entrega uma pasta com suas propostas e uma agenda programática, que inclui revisão da pauta fiscal, redução de impostos e transparência de gastos públicos.

Direita em Festa

Vereadora eleita "dona de zona" tentará ir a posse de Trump

Isa Marcondes disse que está em tratativas com o Republicanos para comparecer à posse de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos

07/11/2024 14h30

Reprodução Redes Sociais

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A vereadora eleita por Dourados, Isa Marcondes, informou por meio de suas redes sociais que pretende conversar com o jurídico do Partido Republicanos para viabilizar uma possível ida à posse do presidente reeleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

Ainda na tarde de quarta-feira (06), a “cavala” publicou foto e vídeo de uma viagem que fez aos Estados Unidos antes das eleições e compareceu a um evento pró-Trump, comemorando que é “pé quente” e sabia que Trump voltaria à presidência.

Confiante na liderança do Republicano, Isa Marcondes acredita que a vitória de Donald Trump trará benefícios ao Brasil.

"Vou falar com o Partido Republicanos para ver certinho com eles e, se Deus quiser, vai dar tudo certo e ele quer. Vou para os Estados Unidos na posse do Trump", disse Marcondes.

Veja o vídeo

A posse de Donald Trump está prevista para 20 de janeiro de 2025, em Washington, DC. A cerimônia será realizada no Congresso Nacional americano, o Capitólio, com a presença de juízes da Suprema Corte.

Apoiadora de Bolsonaro e Trumpista

Em entrevista ao Correio do Estado, Isa Marcondes afirmou que possui grande identificação com a postura política do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) ao estilo "sem papas na língua". Ocasião em que aproveitou para mardar recado aos políticos douradenses de que a "farra acabou"

Ela afirmou que não é bolsonarista, mas seguidora do ex-presidente Bolsonaro, a quem considera um grande presidente que enfrentou a crise de guerras e a pandemia, evitando um mal maior.

Durante a conversa, contou que, em uma viagem aos Estados Unidos, cruzou com uma manifestação pró-presidente Trump e acabou participando, outra figura por quem a vereadora eleita afirmou possuir profunda admiração.

Vídeo "prevendo a vitória"

Eleições em Dourados

A vereadora Isa Marcondes disputou o pleito pelo Republicanos e recebeu 2.992 votos, o que corresponde a 2,48%.

Candidatos eleitos:
Jânio Miguel (PP) foi reeleito com 2.375 votos;
Marcelo Mourão (PL) foi reeleito com 2.115 votos;
Daniel Júnior (PP) foi reeleito com 2.112 votos;
Elias Ishy (PT) foi reeleito com 2.024 votos;
Laudir Munaretto (MDB) foi reeleito com 1.943 votos;
Sérgio Nogueira (PP) foi reeleito com 1.741 votos;
Márcio Pudim (PSDB) foi reeleito com 1.583 votos;
Cemar Arnal (PP) foi reeleito com 1.535 votos;
Liandra da Saúde (PSDB) foi reeleita com 1.353 votos;
Rogério Yuri (PSDB) foi reeleito com 1.330 votos.


Renovação


Isa Marcondes (Republicanos) foi eleita com 2.992 votos;
Franklin (PT) foi eleito com 2.452 votos;
Dalton (PL) foi eleito com 2.265 votos;
Edson Souza (União) foi eleito com 1.803 votos;
Sargento Prates (PL) foi eleito com 1.627 votos;
Karla Gomes (Podemos) foi eleita com 1.530 votos;
Dil do Povo (União) foi eleito com 1.516 votos;
Pedro Pepa (União) foi eleito com 1.436 votos;
Ana Paula (Republicanos) foi eleita com 1.397 votos;
Alex Cadeirante (PSDB) foi eleito com 1.376 votos;
Inspetor Cabral (PSD) foi eleito com 1.237 votos.

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IRREDUTÍVEL

Fracassa articulação para Jerson abrir mão de disputar a presidência do TCE

Conselheiro teria deixado claro que só tem interesse na reeleição, e não nos cargos de vice-presidente ou de corregedor

07/11/2024 08h00

O presidente da Corte de Contas do Estado, conselheiro Jerson Domingos, durante sessão do Pleno

O presidente da Corte de Contas do Estado, conselheiro Jerson Domingos, durante sessão do Pleno Foto: Aurélio Marques/TCE

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Nesta semana, fracassou uma articulação política para demover o conselheiro Jerson Domingos de tentar a reeleição como presidente do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS) para o biênio 2025-2026, para que a vaga fosse preenchida pelo conselheiro Flávio Kayatt, atual vice-presidente e ouvidor da Corte de Contas.

O Correio do Estado apurou que Domingos teria participado de uma reunião com lideranças políticas para que abrisse mão de concorrer como presidente, aceitando um dos outros dois cargos previstos na chapa, ou seja, de vice-presidente ou de corregedor-geral do TCE-MS.

No entanto, o conselheiro se manteve irredutível quanto à disposição de disputar a eleição do conselho diretivo da Corte de Contas para o atual cargo, isto é, como presidente, refutando a possibilidade de compor a chapa em um dos outros dois cargos disponíveis.

Um dos argumentos usados para fazê-lo mudar de ideia foi o momento atual do TCE-MS, em que quatro conselheiros titulares estão afastados das funções por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e com uso de tornozeleiras eletrônicas, estando impedidos de frequentar a Corte de Contas.

Trata-se do conselheiro Osmar Domingues Jeronymo, que foi afastado em razão de suspeita de envolvimento com o esquema de venda de sentenças por desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), e dos conselheiros Iran Coelho das Neves, Waldir Neves Barbosa e Ronaldo Chadid, afastados por suspeita de participarem de esquema de corrupção.

A reportagem levantou que Domingos teria dito aos interlocutores que não seria aconselhado trocá-lo por Kayatt justamente porque os quatro conselheiros afastados são ligados ao PSDB, mesmo partido ao qual pertence o atual vice-presidente. 

Além disso, lembrou que, em dois anos, mudou a cara do TCE-MS, proporcionando avanço tecnológico e outras melhorias para os jurisdicionados. 
O presidente sugeriu confrontar os conselheiros Kayatt e Marcio Monteiro, atual corregedor-geral, para verificar o porquê de os dois não aceitarem sua reeleição, mesmo sabendo que ele terá de deixar o cargo no dia 14 de novembro de 2025, quando atingirá a idade limite para a aposentadoria compulsória, ou seja, 75 anos, conforme estabelece a “PEC da Bengala”.

Dessa forma, Domingos possibilitaria que o seu vice-presidente terminasse o mandato em dezembro de 2026 como presidente, além de abrir uma vaga política no TCE-MS. 

Ele ainda teria dito que, se não serve para liderar o TCE-MS por mais dez meses em 2025, também não serviria para ser vice-presidente ou corregedor-geral e, portanto, não abriria mão da candidatura. Em razão desse posicionamento firme, ficou acertado que os envolvidos darão mais um tempo para retomar uma conversa definitiva. 

No entanto, o presidente do TCE-MS é obrigado a publicar o edital da eleição até 15 dias antes do recesso de fim de ano, ou seja, até o dia 3 de dezembro, para que os conselheiros demonstrem interesse. 

Porém, o Correio do Estado apurou que Domingos teria a intenção de publicar o edital no dia 13 deste mês para que, caso não tenha chapa, seria possível republicar por mais 15 dias.Persistindo o impasse, não será possível a formação da única chapa, portanto, pelo regulamento interno da Corte de Contas, a diretoria atual permanece por mais um biênio.

A reportagem procurou o conselheiro Flávio Kayatt para saber se ele tem a intenção de disputar a presidência do TCE-MS, e a resposta foi lacônica. 
“Estamos aguardando o presidente lançar o edital para as eleições. Em seguida, vamos nos posicionar”, declarou o vice-presidente da Corte.
 

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