Política

PARLAMENTARES

Capital pode receber R$ 100 milhões em emendas

Bancada federal se reuniu para definir como deve encaminhar os R$ 247,6 milhões de MS

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Os deputados e senadores sul-mato-grossenses decidiram que R$ 100 milhões dos R$ 247,6 milhões em emendas impositivas ao Orçamento da União de 2020 a que a bancada tem direito serão destinados a Campo Grande. Outros R$ 60 milhões serão para equipamentos das áreas de saúde, educação, agricultura e segurança pública e R$ 40 milhões serão destinados para obras em rodovias federais.

Os R$ 47,5 milhões restantes serão definidos nos próximos dias, de forma a atender entidades e órgãos públicos que nas últimas três semanas apresentaram seus projetos para a bancada federal. Ontem, foi a vez da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), do Ministério do Desenvolvimento Social, o Hospital de Amor, e dos prefeitos de Campo Grande, Marcos Trad (PSD), e de Jaraguari, Edson da Farmácia, mostrarem suas demandas.

Esses encaminhamentos relativos à distribuição dos recursos foram adotados na manhã de ontem, em reunião organizada pelo coordenador da bancada, senador Nelson Trad (PSD). “Os R$ 247,6 milhões destinados à emenda impositiva da bancada federal de Mato Grosso do Sul foram distribuídos em quatro áreas estratégicas – segurança pública, saúde, educação e infraestrutura –, deuma maneira que poderemos liberar recursos para os municípios e as entidades escolhidas”, explicou. 

“Nós colocamos um valor para a Funasa que contempla o Estado todo, de modo a atender os locais que precisam de equipamentos”, disse.

O coordenador explicou que foram garantidos recursos para ações de infraestrutura para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Ao todo, serão R$ 40 milhões para a autarquia ter condições de executar obras em rodovias federais que cortam o Estado. 

Outra preocupação da bancada foi assegurar que o recurso atenda todo o Estado, sem excluir nenhuma cidade, logo, serão destinados R$ 60 milhões para compra de equipamentos das demandas nos setores da educação, saúde, agricultura e segurança pública. 

O coordenador da bancada enfatizou que “a execução e aplicação dos recursos serão efetuadas pelo governo do Estado e pelos órgãos administrativos que foram contemplados, como Funasa e Dnit, seguindo a orientação dos parlamentares da bancada. Foi um consenso inteligente e que dará um reforço de desenvolvimento para Mato Grosso do Sul”.

 Para a deputada federal Rose Modesto (PSDB), o objetivo principal foi atingido, o de atender as áreas que têm maior demanda no Estado. “A reunião foi importante porque definimos os parâmetros para apresentarmos as emendas, possibilitando garantir mais recursos em áreas prioritárias para a população de Mato Grosso do Sul”, destacou.

Campo Grande

Embora o prefeito de Campo Grande tenha solicitado R$ 86 milhões para saúde, agricultura familiar e infraestrutura urbana, os parlamentares definiram que devem ser destinados R$ 100 milhões, com objetivo de assegurar a execução dos pleitos de Marcos Trad. 

O gestor municipal explicou que R$ 60 milhões serão para obras de asfaltamento e outras obras na “saída do Imbirussu, no acesso alternativo das Moreninhas, o término do asfaltamento de várias ruas em  pontos diferentes da cidade”. Segundo Marcos Trad, nos asfaltamentos anteriores alguns trechos de rua ficaram só no cascalho, como no Jardim Itatiaia, onde “tem 15 quadras, asfaltaram 10 e deixaram cinco. Vamos pegar o dinheiro para asfaltar esse trecho”, disse.

Prazo

As emendas da bancada federal do Estado – podem ser até 23 – serão entregues até o dia 23 deste mês, quarta-feira, na Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional (CMO). 

Em seguida, haverá a publicação e a CMO analisará as emendas para garantir que estejam dentro dos padrões. E então o texto contendo as emendas de todas as bancadas federais dos estados e as individuais dos parlamentares segue para votação em plenário.

Participantes

Participaram do encontro a ministra Tereza Cristina, a senadora Simone Tebet (MDB/MS) e os deputados federais Fábio Trad (PSD/MS), Beto Pereira (PSDB), Dagoberto Nogueira (PDT), Dr. Luiz Ovando (PSL), Rose Modesto (PSDB), Loester Trutis (PSL), Bia Cavassa (PSDB/MS) e Vander Loubet (PT).

 

Fogo amigo

Lucas de Lima caminha para ser o 2º deputado estadual a perder mandato

A suplente dele pediu à Justiça Eleitoral de MS a cassação do parlamentar após ele trocar o PDT pelo PL sem justa causa

21/03/2025 08h30

O deputado estadual Lucas de Lima chegou a migrar para o PL, mas recuou, com o receito de punição

O deputado estadual Lucas de Lima chegou a migrar para o PL, mas recuou, com o receito de punição Luciana Nassar / Alems

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Treze meses depois que o agora vereador Rafael Tavares (PL) entrou para a história política do Estado ao ser o primeiro deputado estadual cassado em 46 anos de existência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), o deputado estadual Lucas de Lima caminha para ser o segundo a perder o mandato na Casa de Leis.

O imbróglio que pode custar o mandato do parlamentar começou nas eleições municipais de 2024, quando 
o PDT barrou a pré-candidatura de Lucas de Lima a prefeito de Campo Grande e filiou Marquinhos Trad, ex-prefeito da Capital, sendo alvo de pesadas críticas do deputado estadual em função das acusações que pesavam contra o ex-gestor público.

Em setembro de 2024, Lucas de Lima recorreu à Justiça Eleitoral para deixar o PDT e, após obter parecer favorável do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS), anunciou que ficaria sem partido.

Na ocasião, ele alegou que o PDT fez uma intervenção no Estado e não lhe deu o comando, mesmo tendo o mandato mais importante da sigla em MS, ou seja, como deputado estadual. Entretanto, neste ano, no começo de fevereiro, logo na retomada dos trabalhos na Alems, Lucas de Lima anunciou a filiação ao PL e, na época, alegou que sempre foi mais simpático à direita.

Porém, na semana passada, quando tudo parecia já definido, sua situação política sofreu uma reviravolta, pois uma decisão judicial determinou que Lucas de Lima assinasse a ficha de desfiliação do PL.

“Eu tive de me desfiliar, porque estou respeitando uma ordem judicial. O PDT recorreu da decisão do TRE-MS, a qual me dava o direito de sair do partido por justa causa. Eles recorreram ao TSE [Tribunal Superior Eleitoral], e uma decisão monocrática foi a favor da legenda”, lamentou.

NOVO REVÉS

Nesta semana, a assistente social Gláucia Iunes, primeira-suplente de deputada estadual pelo PDT, ingressou com uma ação de perda de mandato eletivo por infidelidade partidária contra Lucas de Lima.

O pedido foi protocolado no TRE-MS e busca a posse da suplente na Alems. Essa ação judicial ocorre após o parlamentar, que foi eleito pelo PDT em 2022, se desfiliou via decisão judicial e se filiou ao PL.

Para Gláucia, no entendimento do próprio partido, a migração partidária ocorreu sem justa causa, desrespeitando a legislação eleitoral, a qual determina a perda do cargo quando a desfiliação acontece sem fundamento legal.

A defesa da suplente fundamenta o pedido na decisão do TSE, que já analisou o caso e julgou improcedente o pedido de Lucas de Lima para reconhecer uma justificativa legal para a sua saída do PDT.

O parlamentar alegava que havia sido vítima de discriminação política dentro da legenda, argumento rejeitado pelo TSE. Na decisão, o ministro Antônio Carlos Ferreira, relator do processo, destacou que não houve grave discriminação política pessoal, um dos poucos motivos que poderiam justificar a troca de partido sem perda do mandato.

“O TSE entendeu que os conflitos relatados por Lucas de Lima não ultrapassaram o que é comum dentro da dinâmica partidária e que a sua saída do PDT foi uma escolha pessoal, sem respaldo legal”, analisou o ministro.

 Dessa forma, a defesa de Gláucia argumenta que, com a infidelidade partidária comprovada, o mandato pertence ao partido e, consequentemente, à primeira-suplente.

A ação pede ainda a concessão de uma tutela de urgência, ou seja, uma decisão rápida da Justiça Eleitoral para evitar que o PDT fique sem representação na Casa de Leis enquanto o processo tramita.

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Política

Haddad descarta prejuízo para estados nas mudanças no imposto de renda

Ministro explicou a medida no programa Bom Dia, Ministro

20/03/2025 22h00

Haddad descarta prejuízo para estados nas mudanças no imposto de renda

Haddad descarta prejuízo para estados nas mudanças no imposto de renda MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou, nesta quinta-feira (20), que o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) para quem ganha até R$ 5 mil não afetará a arrecadação de estados e municípios. Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, do Canal Gov, Haddad lembrou que o projeto já prevê a compensação sobre a arrecadação do governo, que compartilha os impostos federais com os entes subnacionais.Haddad descarta prejuízo para estados nas mudanças no imposto de rendaHaddad descarta prejuízo para estados nas mudanças no imposto de renda

A isenção vai gerar uma renúncia fiscal prevista em R$ 25,84 bilhões, que será financiada por meio da taxação de cerca de 141,3 mil pessoas que ganham mais de R$ 50 mil por mês, ou seja, 0,13% de todos os contribuintes do país. 

O governo também pretende tributar a remessa de dividendos para o exterior, em qualquer valor e apenas quando o dinheiro for destinado a cidadãos estrangeiros.

“Nós não estamos abrindo mão da receita porque nós estamos cobrando dos super ricos que não pagam. Então, quando os super ricos que não pagam passarem a pagar uma alíquota mínima de 10%, você compensa quem ganha até 5 salários mínimos [cerca de R$ 7 mil] e vai deixar de pagar e não há prejuízo para estados e municípios”, explicou.

O projeto do governo também cria desconto parcial para aqueles que recebem entre R$ 5 mil e R$ 7 mil, reduzindo o valor pago atualmente.

>> Entenda a reforma do Imposto de Renda enviada ao Congresso 

Segundo Haddad, entretanto, será preciso que os parlamentares garantam a compensação durante a tramitação do texto. 

“Tem muita gente que tem renda que concorda com a justiça social. Não é porque a pessoa tem renda que ela vai deixar de votar num projeto justo. Você pode ter certeza, muita gente ali [representada no Congresso], empresário, fazendeiro, vai votar a favor desse projeto porque sabe que ele é justo. Ele sabe que tem que ter um imposto mínimo para super ricos, que é de 10%”, defende Haddad.

“Eu tenho certeza que mesmo a extrema direita não vai ter argumento para não aprovar essa medida. Não consigo enxergar alguém da extrema direita subir na tribuna [do Congresso] e justificar a cobrança de imposto de renda de quem ganha R$ 5 mil”, acrescentou.

Super ricos

O ministro lembrou que os trabalhadores da classe média, que têm imposto de renda descontado na folha de pagamento, pagam até 27,5% de alíquota, com alíquota efetiva média de cerca de 10%. Segundo ele, a medida vai atingir apenas aqueles que ganham mais de R$ 50 mil mensais - R$ 600 mil por ano - e que não pagam imposto de renda.

“Se a pessoa, ao final do ano, conseguir demonstrar que ela pagou mais de 10% da sua renda em imposto de renda, ela continuará pagando o que ela sempre pagou, ela não vai pagar mais. Ela só vai complementar aquilo que faltar para 10%”, explicou, destacando que não há aumento de impostos.

A tributação sobre altas rendas atingirá apenas 0,13% dos contribuintes e apenas 0,06% da população. Esse grupo de pessoas paga somente 2,54% de alíquota efetiva média de imposto de renda porque a maior parte dos rendimentos é isenta. Enquanto isso, o trabalhador com carteira assinada tem, em média, 69,18% da renda tributada com alíquota de até 27,5% de Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).

Segundo Haddad, há uma série de situações que continuarão com isenções e que também beneficiam os super ricos, como despesas com saúde, títulos incentivados, ganhos de capital na venda de bens e indenizações. 

“Os super ricos que pagam imposto não são tocados pela medida. Você tá falando dos super ricos que não pagam imposto”, reafirmou.

Caso seja aprovada pelo Congresso, as mudanças só valerão a partir de 2026.

Acima de R$ 7 mil, a tabela progressiva do imposto de renda será aplicada normalmente. Atualmente, a isenção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física beneficia apenas quem ganha até R$ 2.259,20.

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