O ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), foi escolhido através de sorteio e vai analisar o pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, para investigar as declarações polêmicas do ex-ministro Sérgio Moro contra o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido).
Ontem (24) durante coletiva de imprensa, Moro aproveitou a ocasião da demissão para expor acusações envolvendo Bolsonaro e disse que o presidente queria trocar cargos da Polícia Federal, por intervenção política e para ter acesso a documentos sigilosos da PF.
Houve troca de acusações, já que Bolsonaro fez pronunciamento e acusou o ex-ministro da Justiça de tentar barganhar nomeação para o STF em troca da demissão de Maurício Valeixo, agora ex-diretor-geral da Polícia Federal e pivô da saída de Moro do Governo Federal.
O ex-juiz da Lava Jato negou a acusação do chefe do Executivo federal e destacou durante entrevista que não fez condições quando assumiu o cargo, mas deixou apenas um ponto como prioridade. “A única condição eu pedi, já que eu estava abandonando a magistratura por 22 anos, pedi apenas que se algo acontecesse, minha família não seria desamparada e teria uma pensão e gostaria de dizer que o presidente concordou com todas as sugestões”, contou.
Segundo informações, um dia antes da saída de Moro, na quinta-feira, 23, o próprio ministro Celso de Mello quem solicitou que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), se manifestasse sobre o andamento de processo de impeachment de Bolsonaro.
*Com informações do portal O Povo Online