Política

eleições 2026

Com apenas duas vagas, analistas veem "briga" pelo Senado muito concorrida

Historicamente, o governo estadual costuma fazer um candidato, sobrando então uma vaga para os demais postulantes

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Para falar das eleições de 2026, primeiro, é preciso passar pelas eleições de 2024. Essa é a principal afirmação das lideranças políticas de Mato Grosso do Sul nos últimos meses, porém, querendo ou não, algumas peças desse intrínseco jogo de xadrez que é a política no Estado já estão colocadas no tabuleiro.

Com os nomes já apontados como postulantes às duas vagas para o Senado no pleito de 2026, o Correio do Estado procurou a análise de cientistas políticos sobre o que é possível esperar para essa eleição, e eles foram unânimes em apontar que será uma das mais concorridas em Mato Grosso do Sul, assim como a disputa pela Prefeitura de Campo Grande que se avizinha.

Segundo os cientistas políticos, historicamente, em Mato Grosso do Sul, o governo estadual sempre costuma ficar com uma vaga para o Senado, com alguém do mesmo partido ou de um partido aliado. Foi assim com Marcelo Miranda, Ramez Tebet, Wilson Barbosa Martins, Levy Dias, Lúdio Coelho, Juvêncio César da Fonseca, Delcídio do Amaral, Marisa Serrano, Waldemir Moka e, mais recentemente, Simone Tebet e Tereza Cristina.

Para a eleição de 2026, o nome da vez é o do ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que, além do apoio do atual governador Eduardo Riedel (PSDB), traz consigo a boa administração que fez nos oito anos que ficou à frente da Governadoria. Portanto, das duas vagas abertas que serão colocadas em disputa no próximo pleito, uma já teria dono.

Restaria, então, mais uma, para ser conquistada pelos postulantes de peso que já surgiram até o momento: o ex-governador André Puccinelli (MDB), o deputado federal Vander Loubet (PT), a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil) e o senador Nelsinho Trad (PSD). 
Uma seleta lista que poderá ganhar outros nomes fortes que poderão surgir durante as eleições de 2024.

ANÁLISE

Para o cientista político Tércio Albuquerque, a situação que pode se delinear e que já está sendo comentada nos bastidores políticos com muita antecedência ao pleito de 2026 é que Nelsinho Trad tem um compromisso de tentar a reeleição, em razão do mandato que vem fazendo. 

“Não será fácil. Por quê? Porque a pressão será grande com relação, justamente, ao Reinaldo Azambuja, que tem o mesmo perfil de eleitores do senador do PSD e vem com a força da máquina para disputar e, provavelmente, levar uma das duas vagas”, pontuou.

Tércio Albuquerque considera bem diferente a situação do petista Vander Loubet. 

“Eu não acredito que ele mantenha uma candidatura ao Senado, porém, tudo vai depender de como será a gestão do atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva [PT]. O PT não tem essa trajetória de eleger senador e perder deputado federal, então, acredito que, no fim das contas, o Vander buscará a reeleição quando chegar próximo das definições do que se aventurar a sair ao Senado e ficar sem mandato. Portanto, acho muito difícil, em razão do histórico do partido”, argumentou.

Com relação a André Puccinelli e Rose Modesto, o cientista político acredita que, se realmente tentarem uma vaga ao Senado, um vai tirar o voto do outro. 

“Os dois vão disputar votos no mesmo segmento. Porém, a Rose, hoje, tem uma ferramenta política muito forte na mão, que é o comando da Sudeco [Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste], então, ela terá tempo de preparar uma estrutura para sair candidata ao Senado”, disse.

Entretanto, Albuquerque não pensa que a ex-parlamentar vai se dedicar a buscar uma vaga ao Senado. “Acredito que a pretensão dela será disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados”, projetou. 

Quanto ao ex-governador André Puccinelli, completou o analista político, em razão da situação em que ficou na última eleição para governador em 2022, terá, muito provavelmente, de fazer uma campanha bastante acirrada para tentar alguma coisa com relação ao Senado da República. 

“Repito, André vai no mesmo nicho de votos da Rose, do Reinaldo e do Nelsinho, portanto, tirando o tucano, que terá a força da máquina, os outros três, caso resolvam mesmo tentar o Senado, não vão ter vida fácil”, alertou.

Tércio Albuquerque completou que projeta uma das disputas mais acirradas dos últimos tempos em Mato Grosso do Sul.

“Entre os três – Nelsinho, Rose e André –, aposto que Nelsinho sai na frente, por isso, repito, não acredito que a Rose vá sair candidata ao Senado, assim como André. Nesse sentido, os dois não terão cacife para disputar as duas vagas ao Senado contra Reinaldo e Nelsinho, fora os outros nomes que devem surgir nos próximos anos”, avaliou, prevendo que os eleitores terão isso mais claro conforme as eleições de 2026 forem se aproximando.
 

NOME FORTE

O cientista político Daniel Miranda reforçou que o ex-governador Reinaldo Azambuja virá com muita força para ficar com uma das duas vagas para o Senado, mas ele tem dúvida quanto aos nomes da ex-deputada federal Rose Modesto e do ex-governador André Puccinelli. “Esses dois talvez mais tirem votos um e do outro do que agreguem para si”, assegurou. Com relação ao deputado federal Vander Loubet, o analista lembrou que o parlamentar petista vem construindo sua candidatura ao Senado há anos.

“Então, eu penso que vem forte, embora nunca tenha disputado tal eleição, porém, nesse cenário, os postulantes a ficarem com as duas vagas são Reinaldo Azambuja, Nelsinho Trad e Vander Loubet”, apostou.

Para ele, os demais candidatos podem, eventualmente, serem os “fiéis da balança”. “Por exemplo, para o Vander, pode ser bom haver mais candidatos conservadores, pois isso dividiria os votos e lhe poderia facilitar a eleição. Por outro lado, Nelsinho, por exemplo, pode tentar fazer o movimento inverso, de fazer acordos com potenciais rivais para canalizar a eleição e os votos”, finalizou.

SAIBA

Confira a relação de todos os senadores de Mato Grosso do Sul: Saldanha Derzi, Ramez Tebet, Delcídio do Amaral, Mendes Canale, Pedro Pedrossian, Marcelo Miranda, Wilson Barbosa Martins, Levy Dias, Lúdio Martins Coelho, Juvêncio da Fonseca, Marisa Serrano, Waldemir Moka, Simone Tebet, Nelson Trad Filho, Soraya Thronicke e Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias.

ELEIÇÕES OAB 2024

Advogados enfrentam fila gigantesca para escolher presidente da OAB

Em MS, 12.380 advogados estão aptos a votarem em 32 municípios nesta sexta-feira (22)

22/11/2024 12h00

Fila de 150 às 9h da manhã na sede da OAB-MS

Fila de 150 às 9h da manhã na sede da OAB-MS Foto: Naiara Camargo

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Eleições da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), referente ao triênio 2025-2027, ocorrem nesta sexta-feira (22), das 9h às 17h, em Mato Grosso do Sul.

Em Campo Grande, fila gigantesca de advogados se formou nas primeiras horas de votação na sede do órgão, localizado na avenida Mato Grosso, número 4700, bairro Carandá Bosque, na Capital.

Havia por volta de 150 pessoas em uma fila de 300 metros, que se formou na sede da instituição, logo nas primeiras horas de votação. Cada pessoa demorou, em média, 40 minutos na fila para conseguir votar.

Advogada e especialista em Direito da Família, Karina Koschnski, foi uma das primeiras a chegar no local para votar.

"Assim como na política partidária, temos que escolher o nosso representante, que vai representar a nossa classe. A junção da classe é muito importante para conquistar o que precisamos. Estou confiante que meu candidato vai ganhar porque foi uma campanha muito bonita e hoje se Deus quiser o resultado virá", pontuou a profissional.

Advogada especialista na área criminal, Allyne Romanosque, ressaltou a importância deste dia para os profissionais da advocacia sul-mato-grossense.

“A importância das eleições para mim é escolher um candidato que esteja ali condenando com os pensamentos que eu tenho, os meus anseios, as minhas dores enquanto advogada. Então é importante a gente prestar atenção nas propostas, fazer a escolha correta, porque nós vamos ficar três anos com alguém numa gestão que tem a capacidade de nos escutar e solucionar os nossos problemas”, ressaltou a advogada.

Fila de 150 às 9h da manhã na sede da OAB-MSLucas Rosa, candidato à presidência

Concorrem este ano Bitto Pereira, da chapa 22 ("Pelo Futuro da OAB") e Lucas Rosa, da chapa 11 ("Renovação: OAB de Todos").

Em entrevista ao Correio do Estado, Bitto Pereira revelou que está otimista para as eleições de hoje.

Fila de 150 às 9h da manhã na sede da OAB-MSBitto Pereira, presidente e candidato à reeleição

“Eu quero saudar a advocacia sul-mato-grossense hoje, otimista como sou, a expectativa é de vitória pelo trabalho que nós realizamos ao longo desses três anos. OAB, ao longo de seus 94 anos de história, completados agora no dia 18 de novembro, tem uma importância ímpar na vida da sociedade brasileira, na defesa da Constituição, na defesa das garantias e liberdades individuais”, explanou o atual presidente e candidato à reeleição.

Já Lucas Rosa, em entrevista ao Correio do Estado, relevou que as expectativas para o dia de hoje são as melhores possíveis.

“Expectativa para hoje é muito boa. A advocacia está tendo uma necessidade de renovação da OAB-MS. Estamos muito confiantes e estamos pedindo o dia todo para a advocacia vir votar e comparecendo aqui, não votar em branco e nem nulo, mas sim exercer o seu sagrado direito de escolher quem vai liderar a nossa instituição pelos próximos três anos.

ELEIÇÕES OAB 2024

Eleições da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ocorrem nesta sexta-feira (22) em MS.

Ao todo, 12.380 advogados estão aptos a votarem em 32 municípios de Mato Grosso do Sul: Campo Grande, Corumbá, Três Lagoas, Aquidauana, Dourados, Ponta Porã, Paranaíba, Nova Andradina, Naviraí, Coxim, Amambai, Jardim, Cassilândia, Maracaju, Camapuã, Fátima do Sul, Costa Rica, Rio Brilhante, Ivinhema, Bataguassu, Ribas do Rio Pardo, São Gabriel do Oeste, Aparecida do Taboado, Bonito, Bela Vista, Sidrolândia, Mundo Novo, Chapadão do Sul, Caarapó, Miranda, Iguatemi e Pedro Gomes.

A votação ocorre por meio de urna eletrônica, devidamente conferida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Concorrem este ano Bitto Pereira, da chapa 22 ("Pelo Futuro da OAB") e Lucas Rosa, da chapa 11 ("Renovação: OAB de Todos").

Além do presidente, os advogados vão eleger o Conselho Seccional e sua diretoria, o Conselho Federal, a diretoria da Caixa de Assistência dos Advogados (CAAMS) e as diretorias e conselhos subseccionais.

As chapas para o Conselho Seccional são compostas por 45 conselheiros seccionais titulares, incluídos os membros da diretoria e com indicação nominal desses, e 45 suplentes, três conselheiros federais titulares e três conselheiros federais suplentes e cinco membros para a composição da diretoria da CAAMS.

Os vencedores do pleito vão tomar posse no dia 1º de janeiro de 2025 para o exercício do mandato trienal em sessão ordinária realizada no Plenário do Conselho Federal, presidida pelo presidente eleito, após prestarem o compromisso legal.

Os requisitos para votação são estar em dia com o pagamento da anuidade da Ordem e apresentar documento oficial com foto: carteira de identidade de advogado, identidade (RG), Carteira Nacional de Habilitação (CNH), Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) ou Passaporte.

O voto é pessoal e obrigatório para todos os advogados regularmente inscritos na OAB-MS. Têm direito ao voto profissionais que estão em dia com as obrigações financeiras da instituição.

Dos 20.533 advogados registrados na OAB-MS, 12,3 mil estão aptos a votarem. Quem não votar, deverá pagar multa de 20% do valor da anuidade.

ORDEM DOS ADVOGADOS

Eleição da OAB no Estado leva hoje às urnas 12,3 mil advogados aptos a votar

Os candidatos são Bitto Pereira, da chapa 22 ("Pelo Futuro da OAB"), e Lucas Rosa, da chapa 11 ("Renovação: OAB de Todos")

22/11/2024 07h53

Os advogados Bitto Pereira, da chapa 22, e Lucas Rosa, da chapa 11, disputam a presidência da OAB-MS

Os advogados Bitto Pereira, da chapa 22, e Lucas Rosa, da chapa 11, disputam a presidência da OAB-MS Foto: Montagem

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Das 9h às 17h de hoje, os 12.380 advogados do Estado aptos a votar – que não têm condenação disciplinar e estão em dia com a tesouraria – vão às urnas para eleger o próximo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso do Sul (OAB-MS) para o triênio 2025-2027, que na eleição deste ano tem como candidatos Bitto Pereira, da chapa 22 (“Pelo Futuro da OAB”), que tentará a reeleição, e Lucas Rosa, da chapa 11 (“Renovação: OAB de Todos”).

Ao todo, são 31 subseções em Mato Grosso do Sul. Além do presidente, os advogados vão eleger o Conselho Seccional e sua diretoria, o Conselho Federal, a diretoria da Caixa de Assistência dos Advogados (CAAMS) e as diretorias e conselhos subseccionais. 

Para votar, os advogados devem levar o Cartão de Identidade Profissional ou um dos seguintes documentos: Carteira de Identidade Nacional (CIN), Carteira Nacional de Habilitação (CNH), Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) e Passaporte.

As chapas para o Conselho Seccional são compostas por 45 conselheiros seccionais titulares, incluídos os membros da diretoria e com indicação nominal desses, e 45 suplentes, três conselheiros federais titulares e três conselheiros federais suplentes e cinco membros para a composição da diretoria da CAAMS.

Os vencedores do pleito vão tomar posse no dia 1º de janeiro de 2025 para o exercício do mandato trienal em sessão ordinária realizada no Plenário do Conselho Federal, presidida pelo presidente eleito, após prestarem o compromisso legal. 

O advogado que não comparecer ao local de votação fica sujeito à multa, equivalente a 20% do valor da anuidade. Em caso de ausência, ela deve ser justificada, por escrito, dentro do prazo de 30 dias, contados a partir do dia útil seguinte à data da eleição – ou seja, até 6 de janeiro de 2025.

Em Campo Grande, a votação será na sede da OAB-MS, que fica na Avenida Mato Grosso, nº 4.700, Centro, enquanto os locais das 31 subseções podem ser consultados no site da oabms.org.br/eleicao-oab/. Como serão utilizadas urnas eletrônicas, o resultado das eleições está previsto para sair até as 18h de hoje.

EXPECTATIVAS

O atual presidente da OAB-MS, Bitto Pereira, disse ao Correio do Estado que está otimista para a eleição de hoje.

“Diante de todo o trabalho que nós fizemos ao longo dos três anos, tanto em Campo Grande quanto em todas as 31 subseções, a expectativa é de que tenhamos uma maiúscula vitória”, projetou.

Ele completou ter certeza de que a advocacia sul-mato-grossense saberá reconhecer o trabalho feito por sua gestão.

“Atuamos em todas as frentes, abordando as prerrogativas e os honorários dos advogados, a Escola Nacional da Advocacia [ESA] e a Caixa de Assistência dos Advogados. Enfim, trabalhamos unidos por uma advocacia forte e respeitada”, assegurou, completando que sua principal bandeira é o empreendedorismo na advocacia.

Já o advogado Lucas Rosa revelou ao Correio do Estado que a expectativa é que toda advocacia exerça seu sagrado direito de escolher seus dirigentes.

“Especialmente porque o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul [TJMS] acolheu um pleito da Associação dos Advogados de Mato Grosso do Sul [AAMS] de suspensão de todos os prazos e de todos os atos judiciais das audiências e dos julgamentos para que todos advogados possam votar presencialmente, como deve ser”, ressaltou.

Em razão disso, ele ressaltou que a expectativa é que a advocacia exerça esse direito ao voto, opine, escolha seus dirigentes e não deixe de votar.

“Não votem nulo, não votem em branco, mas escolha efetivamente a liderança. E no meu caso, especificamente, o nosso desejo é de renovação e de restauração da ordem para que volte a ser o que sempre foi e para que volte a ser o que ela era. Afinal, atualmente, a gente está se afastando do debate público, do dia a dia do advogado, e sem alternância de poder”, criticou.

Saiba

Eleitorado é maior do que em 42 cidades

Os 12.380 advogados aptos a votar na eleição da OAB-MS é maior do que o eleitorado de 42 municípios de Mato Grosso do Sul. Na prática, o número de advogados que podem votar no pleito de hoje é superior ao de 53% dos 79 municípios sul-mato-grossenses.

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