Política

VEREADOR ELEITO

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Com fama de boa praça, Coronel Vilasanti promete mandato combativo na Câmara

Alírio Villasanti, oficial da PM, vai substituir Vinicius Siqueira como o vereador do PSL na Câmara

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Coronel Alírio Villasanti (PSL) foi o mais votado do partido e o único vereador da legenda nas eleições municipais de 2020. Ainda não muito conhecido fora dos batalhões da Polícia Militar, carreira que dedicou os últimos 33 anos, ele é lembrado como boa-praça entre os pares. Quem o conhece o descreve como simpático e bom de conversa.  

Com 1.954 votos, ele afirma que com a força do batalhão, dos seguidores da religião que frequenta e com a ajuda de conterrâneos “consegui uma vaguinha como vereador de Campo Grande”.

Em muito bom astral, o tenente-coronel conversou com o Correio do Estado e descreveu um pouco de sua vida pessoal, como pretende agir dentro da Câmara de Vereadores e como fará sua legislatura. Em relação a este último tema, o Coronel Villasanti promete chegar como uma força oposta ao prefeito reeleito Marcos Trad (PSD).  

“O PSL julgou que deveríamos ser uma alternativa ao atual governo, por isso apoio uma candidatura própria [Vinicius Siqueira]. Pretendo manter essa medida e ser um contraponto ao prefeito e fazer uma legislatura comprometida e séria, com muita tranquilidade e com serenidade também”, comentou o tenente-coronel sobre o que virá a partir de janeiro de 2021.

“Penso que devemos ser abertos para o diálogo, mas bastante combativos quando necessário”, resume. Apesar de ser opositor declarado, o recém-eleito afirma que não tem o “denuncismo” como perfil.  

 

EXPERIÊNCIA

Coronel Villasanti afirma que tem experiência suficiente no serviço público para fazer a diferença na Câmara.

“Quero fiscalizar o governo e como tudo deve ser feito. Não pretendo falar nada de forma vazia, sempre com muito embasamento e com a experiência que adquiri na segurança pública, essa será minha bandeira, assim como pretendo focar na saúde”, revela.  

Advogado de formação, o Coronel Villasanti conta que é de Porto Murtinho, foi criado por uma família de militares e é o caçula de quatro irmãos. “Sou casado com Heliane, tenho uma filha, também advogada e casada, que trabalha no tribunal de Justiça, e um filho que faz direito”.  

Além de saúde e segurança pública, a assessoria do candidato eleito relata que outra bandeira defendida durante o mandato será esporte. “Atividades de esporte e lazer, principalmente, oferecem oportunidades de mudança e melhoria de vida para a população mais carente e evita a inserção de crianças e jovens na criminalidade”, diz a nota.  

Durante a entrevista, Coronel Villasanti disse que pressionará o paço a fazer melhorias nos aparatos de lazer da cidade. “A rua é do povo. É na cidade que a vida ocorre. Quero promover melhoras nas praças e ajudar as pessoas a ocuparem esses espaços”, promete.  

“Sou presidente da Associação de oficiais da Polícia Militar até maio de 2021. Nesse período, recebi processos administrativos por defender a minha classe e me opor aos governantes em assuntos que fossem contrários aos servidores”, revela.  

O militar reflete sobre a oposição que causou alguns problemas nos últimos anos. Ele fala com tranquilidade e um certo orgulho de processos administrativos que tem por defender a classe de oficiais.  

O Coronel Alirio Villasanti foi eleito com 1.954 votos, pouco a mais que o Professor André (Rede), 1.910 votos, e Dharleng Campos (MDB), 1.782. Esta última ainda espera uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a candidatura de Delei Pinheiro (PSD), que está sob judice, teve 3.850 votos e pode ter indeferimento por não apresentar a biometria a tempo.  

Caso o órgão decida a favor de Delei, a emedebista perderá a vaga conquista por quociente eleitoral, dando uma vaga a mais para a coligação do prefeito reeleito. Atualmente, a coligação conta com 17 vereadores.

Campo Grande

Adriane Lopes não confirma apoio de Bolsonaro à sua pré-candidatura: "é um anseio nosso"

Atual prefeita, no PP, e ex-deputado Rafael Tavares, do PL, disputam apoio do ex-presidente nas eleições para prefeito da Capital

17/04/2024 20h14

Prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes João Gabriel Vilalba

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A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), disse ao Correio do Estado que o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à sua pré-candidatura à reeleição para o cargo que ocupa, ainda não está confirmada, mas que é um “anseio” dela e do partido que ela faz parte do quadro. 

Ao ser perguntada se ela acredita que contará com o apoio de Bolsonaro nestas eleições, que também é disputado por seu correligionário Rafael Tavares, ex-deputado estadual e também pré-candidato a prefeito, Adriane disse que o apoio do ex-presidente e do PL é uma construção. “Nós gostaríamos de caminhar juntos. Direita e centro-direita”, afirmou. 

Adriane também disse que a negociação pelo apoio da candidatura dela ocorre por meio das cúpulas partidárias. “O Ciro (Nogueira, presidente do PP), o Valdemar (da Costa Neto, presidente do PL) presidente do PL, tem conversado”, afirmou Adriane. 

Em Brasília, a Senadora Tereza Cristina (PP), tem atuado em favor da aliança entre PP e PL. Por outro lado, o ex-deputado estadual Rafael Tavares, cassado pela Justiça Eleitoral porque o partido pelo qual havia sido eleito, o PRTB, não cumpriu a cota feminina em 2022, também se coloca na disputa. Já até tirou foto com Bolsonaro em Brasília, e disse que no mês que vem, terá o posto confirmado pelo ex-presidente. 

Além de Adriane Lopes e Rafael Tavares, também disputa o apoio de Jair Bolsonaro o deputado estadual João Henrique Catan. Em meio a tudo isso, integrantes da direita e extrema direita tentam organizar apenas uma candidatura do bloco, pois temem que uma possível divisão dos votos, poderia deixar um dos candidatos, ou até todos eles, fora de um eventual segundo turno. 

Também se colocam como pré-candidatos à prefeitura o ex-prefeito e ex-governador, André Puccinelli (MDB), o deputado federal Beto Pereira (PSDB), a deputada federal Camila Jara (PT), a ex-deputada federal e superintendente da Sudeco, Rose Modesto (União Brasil), e nomes como o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, recém filiado ao PSD, passaram a ser cogitados como pré-candidatos. 

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STF-DECISÃO

STF permite uso de vestimentas religiosas em foto de documentos oficiais

A possibilidade foi aceita pela Justiça em instâncias inferiores, mas a União recorreu ao Supremo para que padronize a possibilidade em todo o país

17/04/2024 19h00

Em 8 de fevereiro, representantes de entidades ligadas a religiões se manifestaram no Supremo sobre o tema. Na ocasião, o julgamento do processo foi suspenso e retomado nesta quarta Lula Marques / Agência Brasil

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O STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou nesta quarta-feira (17) o uso de vestimentas ou acessórios ligados à religião em fotos de documentos oficiais, desde que essas vestimentas não impeçam a identificação individual.

Os demais ministros seguiram o voto do relator da ação, Luís Roberto Barroso, que também é o presidente da corte. Para ele, proibir o uso dessas vestes "é uma medida exagerada e, consequentemente, desnecessária".

Barroso disse que o veto a essa possibilidade "compromete a liberdade religiosa, sem que esse comprometimento impacte de maneira muito relevante a segurança pública".

A segurança foi o argumento para que o uso dessas roupas tenha sido impedido por autoridades brasileiras.

"Embora possa haver exceções, religiosos não fazem parte de um grupo especialmente perigoso da sociedade", disse Barroso.


O processo é de repercussão geral, e sua decisão incidirá em processos similares sobre o tema em todo o país.

Após o voto do presidente do Supremo, os ministros discutiram sobre a necessidade de ampliar ou não a tese para definir até que ponto pode haver a cobertura do rosto, ou se a norma pode se aplicar para outras situações não religiosas.

Acabaram fixando a tese de que "é constitucional o uso de vestimentas ou acessórios ligados à religião em fotos de documentos oficiais, desde que essas vestimentas não impeçam a adequada identificação individual, com rosto visível".


Votaram com o presidente os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, André Mendonça, Kassio Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luiz Fux, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes.

A ação que serve como referência trata de uma freira de Cascavel (PR) que queria renovar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) usando hábito (veste religiosa) na foto do documento.

A possibilidade foi aceita pela Justiça em instâncias inferiores, mas a União recorreu ao Supremo para que padronize a possibilidade em todo o país.


Em 8 de fevereiro, representantes de entidades ligadas a religiões se manifestaram no Supremo sobre o tema. Na ocasião, o julgamento do processo foi suspenso e retomado nesta quarta.

A representante da União Nacional das Entidades Islâmicas, Quesia Barreto dos Santos, disse que o uso de hábito, do véu islâmico ou de outras vestes similares são prática religiosa, e que sua retirada em público equivaleria a exigir que uma mulher não muçulmana retirasse sua camisa para foto de identificação.

A Associação Nacional de Juristas Evangélicos disse que, entre os direitos de liberdade religiosa e de segurança pública, a corte devia procurar uma solução que preservasse os dois núcleos.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que o uso de véu não impede a identificação e se manifestou contra a exigência de retirada da vestimenta.

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