Política

IMPCG

Com rombo de R$ 3 milhões, Servimed aumenta contribuição dos servidores

Reajuste de 0,5% no valor descontado na folha de pagamento foi aprovado na Câmara Municipal

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Projeto de lei aprovado pela Câmara Municipal nesta quinta-feira (24) aumenta em 0,5% a contribuição dos servidores públicos de Campo Grande que aderiram ao Servmed, plano de saúde dos funcionários municipais. O reajuste tem a finalidade de equilibrar as contas do serviço, que integra o Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande (IMPCG).

De acordo com a diretora-presidente do IMPCG, Camilla Nascimento, o projeto é essencial para que o serviço consiga se recompor. Atualmente, o sistema tem 48 mil usuários, sendo que desse valor, apenas 20 mil são servidores e as outras quase 30 pessoas são dependente. O rombo no sistema chega a R$ 3 milhões e a estimativa é de que, com o projeto em vigor, sejam recuperados cerca de R$ 1,5 milhão.

Atualmente o servidor tem mensalmente descontado de seu salário a contribuição de 3,5%, porém, com a nova regra o valor passará a ser de 4%. Porém, para os aposentados e pensionistas, o aumento será um pouco maior, saindo de 6% para 7%.

Outra mudança prevista no projeto aprovado é que a partir de agora, o cônjuge ou companheiro que antes usufruía do plano sem pagamento adicional, terá uma taxa de 2% cobrada. Já o agregado passa de 7% a contribuir 8%. Os dependentes continuam com 1,5% de contribuição.

“A gente começa efetivamente a seguir os moldes de outros planos de saúde. São situações que ocorrem normalmente em qualquer plano de saúde e isso não ocorre dentro do Servmed. É como se ele tivesse parado no tempo, então a gente precisa ajustar os moldes do serviço de saúde, afirmou a diretora-presidente.

O projeto chegou esta semana na Câmara e foi aprovado por 21 vereadores, sendo que apenas três foram contra a mudança.

Além do acréscimo na contribuição, o projeto também prevê outras mudanças no Servmed, como a carência, que atualmente não existe no serviço. Com a alteração, os servidores terão mínimo de 60 dias e máximo de 180 dias de carência, chegando a 300 dias para cobertura de partos.

Conforme Camilla, o sistema não tem um reajuste desde 2012 e neste período teve aumento da demanda. Só nos últimos três anos essr crescimento de procura por serviços chegou a 84%. “O serviço de saúde, além de ele crescer em quantitativo, ele cresce em inovação e cresce em valores, então a gente não tem como cobrir essa despesa”.

PREVIDÊNCIA

O Servmed é gerido pelo IMPCG, que se divide entre os serviços de saúde e a previdência municipal, que só em 2019 vai fechar o ano com mais de R$ 20 milhões de rombo.

De acordo com dados do IMPCG, este ano o órgão prevê despesas de R$ 97,59 milhões, entretanto a receita deste ano será de R$ 72,62 milhões. Ao longo dos anos o deficit previdenciário tem aumentado e, conforme a prefeitura, a única forma que foi encontrada para reduzir este problema foi aumentar o percentual cobrado pelo plano de saúde.

“O IMPCG ele é um órgão é como se fosse duas pastas, ele administra a previdência de um lado e o serviço de assistência à saúde do outro lado”, explicou. Sobre a previdência, Camilla afirmou que ela deverá voltar a casa em breve para tratar sobre a reforma.

De acordo com dados do IMPCG, este ano o órgão prevê despesas de R$ 97,59 milhões, entretanto a receita deste ano será de R$ 72,62 milhões. Ao longo dos anos o deficit previdenciário tem aumentado e, conforme a prefeitura, a única forma que foi encontrada para reduzir este problema foi aumentar o percentual cobrado pelo plano de saúde.

Política

Deputados pedem que Câmara negue licença a Eduardo Bolsonaro e declare abandono de mandato

Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro anunciou que vai pedir licença do cargo para viver nos Estados Unidos

19/03/2025 21h00

Deputados do PSOL pediram que o pedido de licença de Eduardo Bolsonaro seja negado

Deputados do PSOL pediram que o pedido de licença de Eduardo Bolsonaro seja negado Zeca Ribeiro/ Câmara dos Deputados

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Deputados do PSOL pediram nesta quarta-feira, 19, à Mesa Diretora da Câmara que o pedido de licença de Eduardo Bolsonaro (PL) seja negado e que a Casa declare abandono de mandato. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou que vai pedir licença do cargo para viver nos Estados Unidos "para buscar sanções aos violadores dos direitos humanos".

"O representado claramente abusa das prerrogativas constitucionais asseguradas aos membros do Congresso Nacional, utilizando-se da licença parlamentar não para tratar de questões estritamente particulares, mas para fugir da jurisdição brasileira e desempenhar atividades políticas no exterior, configurando, portanto, abandono de mandato", afirmam os psolistas.

O pedido é assinado por Chico Alencar (RJ), Talíria Petrone (RJ), Glauber Braga (RJ), Tarcísio Motta (RJ), Sâmia Bomfim (SP), Luiza Erundina (SP), Ivan Valente (SP), Célia Xakriabá (MG) e Fernanda Melchionna (RS).

Os parlamentares argumentam que, apesar de o deputado ter pedido licença para tratar de interesse particular sem remuneração, as declarações do filho do ex-presidente indicam que sua permanência nos país norte-americano tem motivação política e estratégica, e não razões pessoais.

"Tal conduta viola o princípio da moralidade administrativa, tendo em vista que, como funcionário público, o deputado só pode solicitar licença prevista em lei, o que não é o caso, já que não existe previsão constitucional nem tampouco regimental para esse tipo de afastamento que, de acordo com suas próprias declarações, não tem como fim o interesse pessoal e sim político", diz o pedido.

Eduardo Bolsonaro afirmou em uma postagem publicada nas redes sociais que é alvo de perseguição, e criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e a Polícia Federal, chamando de "Gestapo", polícia secreta da Alemanha nazista.

De acordo com o Regimento Interno da Câmara, parlamentares podem se licenciar por tratamento de saúde, missões diplomáticas ou interesse particular.

Nos dois primeiros casos, os deputados continuam recebendo seus salários normalmente. No entanto, quando o afastamento ocorre por interesse particular, como no caso de Eduardo, a licença é concedida sem remuneração.

A legislação prevê que um deputado pode se afastar sem remuneração por até 120 dias. Caso a licença de Eduardo exceda esse período, o suplente Missionário José Olímpio (PL-SP) assume o posto.

Política

Tribunal de Justiça mantém suspensão do aumento salarial de Adriane Lopes

A Lei previa um aumento de 66% no salário da líder do Executivo e dos servidores. Com a decisão do TJMS, o salário da prefeita continuará sendo de R$ 21.263,62, e o da vice-prefeita, R$ 15 mil

19/03/2025 17h53

Crédito: Paulo Ribas / Correio do Estado

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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul formou maioria pela manutenção da suspensão do reajuste de 66% no salário da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP).

Foram três votos contra a suspensão do reajuste salarial, mas prevaleceu o voto do relator, o desembargador Vilson Bertelli.

Com isso, ficou mantida a decisão de que o reajuste só deve ser concedido a partir do próximo mandato, conforme o entendimento do então procurador-geral de Justiça, Alexandre Magno Benites de Lacerda, que considerou o aumento ilegal e inconstitucional.

Os salários ficaram definidos da seguinte forma:

  • Adriane Lopes: R$ 21.263,62
  • Vice-prefeita Camilla Nascimento de Oliveira (PP): R$ 15 mil
  • Secretários municipais: R$ 11,6 mil

Com a decisão, o aumento que faria o salário da prefeita “saltar” de R$ 21.263 para R$ 35.462 não ocorrerá mais.

Desenrolar do fio

A primeira tentativa de subir o salário da prefeita foi barrada no dia 10 de fevereiro, momento em que, o órgão especial do TJMS suspendeu tanto o aumento da prefeita quanto de outros servidores do funcionalisto público.

A decisão correspondia a lei 7.005/2023, assinada em fevereiro de 2023 pelo então presidente da Câmara Municipal Carlão Borges (PSB), e elevava não somente o salário de Adriane Lopes, mas também o de vice-prefeito para R$ 37.658,61, bem como o salário dos dirigentes de autarquias para R$ 35.567,50.

Como o comando da Câmara já temia esta possibilidade naquela ocasião, colocou em votação dois aumentos, mas em projetos separados. Com o primeiro derrubado, restou a Lei 7006/2023, que previa aumento para R$ 41,8 mil, que também foi derrubada

Em março de 2023, conforme acompanhou o Correio do Estado, com o reajuste, Adriane Lopes teria o maior salário entre os prefeitos brasileiros, de R$ 41,8 mil.

Na ocasião, a prefeita enviou representantes à Câmara de Vereadores para negociar um acordo que reduziria esse valor para cerca de R$ 35 mil.

Por fim, a prefeita ingressou na Justiça com um pedido de liminar para revogar a medida, alegando que a lei era inconstitucional porque não continha um estudo de impacto financeiro sobre os cofres públicos.

O TJMS, por sua vez, derrubou, por meio de uma liminar, a lei que previa um aumento de aproximadamente R$ 20 mil no salário da líder do Executivo.

** Colaborou Alison Silva e Neri Kaspary

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