A Polícia Civil entrou nas investigações sobre o processo de cassação do mandato do prefeito Alcides Bernal (PP) com o depoimento de Mari Luci do Nascimento Corrêa. No dia 11 de agosto deste ano, ela procurou a 3ª Delegacia de Polícia da Capital, duas semanas antes da deflagração da Operação Coffee Break, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), no dia 25 de agosto. Não foi informado como ela sabia do esquema, mas o depoimento dela desencadeou as apurações da Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado (Deco) paralelo ao trabalho do órgão vinculado ao Ministério Público Estadual.
Nas 15 páginas de relato, ela afirma que houve acordos para que retirassem o cargo do prefeito e detalha os nomes dos envolvidos no esquema. Além do prefeito afastado, Gilmar Olarte (PP), Mari Luci elenca todos os 29 vereadores que na época estava atuando na Câmara Municipal e que derrubaram Bernal. O documenta termina com o pedido de investigação de todos os citados, vem como o pedido de defesa das partes e o confronto de provas.
O curioso nesta denúncia é o fato de Mari Luci ter sido nomeada no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande) dias depois com o cargo comissionado de maior remuneração. No dia 4 de setembro, o prefeito em exercício, Alcides Bernal, deu a ela a função de assessora especial 1, que recebe pouco mais que R$ 5 mil.
* A reportagem completa, de Gabriela Couto, está na edição de hoje do Jornal Correio do Estado