Política

POLÍTICA

Deputados de MS já aguardam possível saída de Bolsonaro do PSL

Certeza aumentou depois de operação da PF em casa do presidente da legenda

BRUNA AQUINO E IZABELA JORNADA

15/10/2019 - 11h52
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Os rumores de que existe a grande possibilidade do presidente Jair Bolsonaro sair do partido já chegaram por aqui e deputados da sigla em Mato Grosso do Sul estão aguardando a decisão do presidenciável, mas já deixaram bem claro que vão seguir o líder. Durante sessão ordinária na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Coronel Davi deixou bem claro que não vai tomar nenhuma atitude até o posicionamento do presidente da República. O deputado Capitão Contar afirmou que acredita na transparência e que estará ao lado do líder. 

Os rumores que Bolsonaro deve sair do partido não é de hoje. Por meio de porta-voz, o governante disse que segue avaliando a situação do PSL e chegou a comparar a relação com o partido como um casamento "passível de divórcio". Bolsonaro e mais 21 parlamentares da legenda requereram ao diretório nacional que apresente informações sobre as contas da sigla e relembrou que nem ele mesmo usou dinheiro do fundo partidário durante sua campanha eleitoral do ano passado. Bolsonaro deixou bem claro que quer o PSL como referência de partido com transparência e boas práticas.   

Para o deputado Davi, a nova política deve ser exemplo no quesito transparência e que a opinião é a mesma de Bolsonaro. “Eu vou guardar pacientemente a decisão do presidente Bolsonaro, a situação minha todos já sabem regionalmente não adianta ficar falando já até cansou, cansou a mim imagina os outros, vou esperar ele decidir. Já recebi uma ligação de pessoas próximas a ele pedindo que eu aguardasse e é isso que vou fazer”, finalizou. 

Presidente da Executiva Municipal, Capitão Contar disse que está ao lado do presidente independente da decisão e que é a favor da transparência. “Sou Bolsonaro muito antes de ser PSL, estou no partido por força de leito, hoje para ser candidato precisa estar em um partido e como deve acontecer com qualquer órgão ou entidade que use recursos públicos, a transparência ela precisa ser 100%. Vamos respeitar a decisão do nosso líder, vamos respeitar o partido, não sou contra ao PSL pelo contrário tenho muita gratidão, afinal fui eleito na legenda sou do PSL, vou seguir o meu líder e minhas convicções”, finalizou.

ALVO DE OPERAÇÃO

O presidente do PSL e deputado federal Luciano Bivar (PE) é um dos alvos da Operação Guinhol, deflagrada hoje (15) pela Polícia Federal (PF), que investiga supostos crimes eleitorais praticados por integrantes do PSL. A suspeita é que os investigados teriam “ocultado/disfarçado/omitido movimentações de recursos financeiros oriundos do Fundo Partidário, especialmente os destinados às candidaturas de mulheres, após verificação preliminar de informações que foram fartamente difundidas pelos órgãos de imprensa nacional”.

Sobre o possível envolvimento do líder do PSL, lamentaram o ocorrido mas apontam que a investigação é a única que pode revelar a verdade. “Lamentável, eu lamento esses problemas todos, é muito ruim eu espero que a investigação possa no momento devido apontar a realidade dos fatos, até nós vamos ter que aguardar, disse o deputado Coronel Davi. 

Em tom mais crítico, Contar bateu na tecla da transparência. “Quando a gente fala em PF, a gente remonta a crimes e etc, então até que seja apurado alguma coisa eu não vou emitir minha opinião. Eu sou contra laranja, se tiver em qualquer partido que seja, sejam punidos os responsáveis se vai respingar aqui ou não eu não sei, tomara que respingue em todo o Brasil para acabar com esse tipo de campanha, eu sou contra isso, não é só no PSL não é só no Bivar, é em qualquer partido político”, finalizou.

Política

Dino cobra dados do governo sobre 'emendas Pix' destinadas a empresas do Perse

O ministro considerou que as informações apresentadas anteriormente estão incompletas e pediu complementação

24/03/2025 21h00

Agência Senado

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino deu prazo de 30 dias para que os ministérios do Turismo, da Fazenda e da Saúde apresentem informações sobre "emendas Pix" destinadas ao setor de eventos e ao Sistema Único de Saúde (SUS). O ministro considerou que as informações apresentadas anteriormente estão incompletas e pediu a complementação.

No caso das pastas do Turismo e da Fazenda, Dino quer saber, por exemplo, quantas das 1219 "emendas Pix" cadastradas com a finalidade "Turismo" até 17 de março foram ou serão executadas por empresas contempladas pelo Programa Emergencial da Retomada do Setor de Eventos (Perse).

O ministro também cobrou se há, entre essas empresas, alguma que tenha sido multada ou desclassificada pela Receita Federal.

"A importância da apresentação de informações objetivas, precisas e completas sobre os itens questionados é reforçada com a publicação do relatório de acompanhamento do Perse pelo Ministério da Fazenda em novembro de 2024. Tal relatório indica um total de 11.877 empresas habilitadas no Perse, entre janeiro e setembro de 2024, e um volume de isenção fiscal na ordem de R$ 11,3 bilhões", ressaltou o ministro.

Em relação às emendas da Saúde, o ministro cobrou a apresentação de um procedimento para verificar se os repasses estão respeitando critérios técnicos definidos pelo gestor federal do SUS, conforme decisão já proferida no ano passado.

*Com informações de Estadão Conteúdo

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pesquisa Ipsos-Ipec

Governo Lula 3 "patina" na economia e na segurança e avaliação cai ainda mais

O cientista político Tércio Albuquerque enxerga falta de habilidade política do presidente neste terceiro mandato no cargo

24/03/2025 08h00

Terceiro governo de Lula

Terceiro governo de Lula "patina" na economia e na segurança pública Foto: Divulgação

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Pesquisa Ipsos-Ipec – realizada entre os dias 7 e 11 e que ouviu 2 mil eleitores de 131 municípios no Brasil, tendo margem de erro de dois pontos porcentuais para mais ou para menos e nível de confiança de 95% – apontou um aumento da avaliação negativa da população neste terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com a economia e a segurança pública concentrando os maiores índices: 57% e 50%, respectivamente.

Na avaliação feita pelo cientista político Tércio Albuquerque ao Correio do Estado, o que é possível observar nessas pesquisas sobre o governo Lula 3 é uma queda generalizada da avaliação: “Esse desempenho negativo leva muito em conta a falta de habilidade política com que o Lula veio para o terceiro mandato”.

Para ele, nos mandatos anteriores, Lula era uma novidade e uma expectativa no momento em que todos queriam alguma coisa diferente.

“Na reeleição, ele já começou a pender para uma situação não tão favorável e, quando elegeu Dilma Rousseff, aí foi abaixo. Agora, se repete, mas em uma outra situação e em um outro cenário, pois havia uma expectativa positiva e ele até alcançou bons índices”, recordou.

Albuquerque completou que Lula não está com a mesma determinação política dos outros mandatos e está se deixando levar por grupos com interesses pessoais, e não com o bem do Brasil.

“Ele não tem uma posição clara quando assumiu na primeira ou na segunda vez. Essa situação de ficar no meio termo, nem direita nem esquerda, está levando ao descrédito total”, assegurou.

O cientista político ressaltou que Lula caminha para terminar o terceiro mandato como um governo pífio e com muita dificuldade de eleger um substituto, porque é evidente que ele não tem mais condição de concorrer.

“Há um momento em que o político precisa aprender que é hora de parar e o melhor momento, a ciência política fala sobre isso, é quando está no ápice”, disse. 

Na avaliação dele, as pesquisas mostram que estamos vendo a derrocada do governo Lula 3 e aí que se espera um levante de forças políticas que realmente pensem o Brasil. 

“O próximo presidente precisa trazer alguma novidade em termos de reestruturação do País para que a gente não caia em recessão continuada. Seria muito ruim se a gente não conseguisse alcançar um novo patamar em 2026”, falou.

CONTESTAÇÃO

A deputada federal Camila Jara (PT-MS) não vê da mesma forma e, mesmo reconhecendo que a avaliação dos eleitores está negativa em relação à percepção do governo Lula, disse que isso se estende às instituições como um todo. 

“Se você analisar a percepção desde dezembro, a avaliação é negativa para militares e outras instituições, inclusive até para a igreja evangélica. A gente tem uma diminuição na confiança nas instituições, um cenário muito parecido com o de 2013. Então, as insatisfações são generalizadas e é quase como uma crise de identidade da sociedade como um todo”, avaliou.

Ela prossegue, ressaltando que Lula tem de entender como dará as respostas à população, que hoje é um desafio dos Estados Unidos, da Alemanha e das democracias modernas.

“Chegou o momento decisivo, ou se encara os problemas e os resolve para a população ou vai continuar vivendo essas crises de instituições”, finalizou.

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