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Deputados denunciam ao TCU contratos na área do MEC

Em cinco dos 101 contratos deste ano foram encontrados irregularidades contratuais e superfaturamento

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Um grupo de deputados federais protocolou na sexta-feira, 2, no Tribunal de Contas da União (TCU), pedido de investigação sobre possíveis irregularidades em ao menos cinco contratos firmados no âmbito do Ministério da Educação, relacionados ao enfrentamento à pandemia de covid-19.

 A denúncia foi feita pela Comissão Externa de Acompanhamento do MEC após um pente-fino em 101 contratos deste ano. Somadas, as contratações suspeitas chegam a R$ 7,3 milhões.

Assinado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) por R$ 1,336 milhão, um dos contratos foi para a aquisição de luvas, máscaras, álcool e outros itens, em caráter emergencial.

Um fornecedor contratado é investigado em ação popular por suspeita de superfaturamento na venda de máscaras cirúrgicas para a prefeitura de Guarulhos (SP) e também é alvo de denúncias de valor cobrado a mais no fornecimento de equipamentos de proteção individual a um hospital do Rio.

Ligada diretamente ao MEC, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares é presidida pelo general da reserva Oswaldo de Jesus Ferreira.

O general foi uma espécie de consultor do presidente Jair Bolsonaro para a área de infraestrutura, na campanha de 2018, e quase acabou nomeado ministro da pasta.

Outra contratação suspeita, de acordo com o relatório da comissão, foi feita pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no valor de R$ 5,1 milhões. 

Um cruzamento entre informações de compras da administração pública federal revelou, segundo a comissão, que a universidade pagou valores até quatro vezes acima da média por 4 milhões de luvas de látex.

Outras duas contratações em análise foram feitas pelo Hospital Universitário do Pará, nos valores de R$ 340 mil e R$ 420 mil, e pelo Instituto Federal do Paraná (IFPR), no montante de R$ 114 151,15. O ministro da Educação, Milton Ribeiro, esteve domingo na nova sede do IFPR, em Londrina.

Segundo o deputado Felipe Rigoni (PSB-ES), o grupo pedirá investigação ao Ministério Público. "Realmente tem indícios de fraudes. Percebemos em todos os contratos uma disparidade grande nos preços."

Respostas

O MEC informou ao Estadão que acompanha a apuração, mas ressalvou que as entidades mencionadas têm autonomia para gerenciar licitações e contratos.

A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares disse que a contratação de R$ 1,336 milhão foi feita por uma unidade vinculada, o Hospital Universitário Gafrée e Guinle (HUGG), e tanto esse contrato como os outros dois, assinados pelo Hospital Universitário do Pará, estão sendo analisados.

A UFRJ afirmou, por sua vez, que a contratação não foi concretizada.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Atentos!

Itamaraty mostra preocupação com aumento da tensão entre Israel e Irã

Agência iraniana nega ocorrência de explosões no país

19/04/2024 22h00

Fotos: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

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O governo brasileiro informou nesta sexta-feira (19) que acompanha, "com grave preocupação", mais um episódio da escalada de tensão entre Israel e o Irã. O posicionamento foi divulgado há pouco pelo Ministério das Relações Exteriores.

Mais cedo, a imprensa internacional informou que foram registradas explosões na província iraniana de Isfahan. De acordo com agências internacionais de notícias, as explosões foram provocadas por Israel em resposta aos ataques iranianos ao território israelense na semana passada.

"O Brasil continua a acompanhar, com grave preocupação, episódios da escalada de tensões entre o Irã e Israel, desta vez com o relato de explosões na cidade iraniana de Isfahan. O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada", declarou o Itamaraty.

De acordo com a pasta, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, transmitiu a preocupação do governo brasileiro pessoalmente ao chanceler do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, durante encontro bilateral ocorrido na manhã de hoje na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.

O governo do Irã negou, por meio de sua agência estatal de notícias, a ocorrência das explosões. Segundo a agência Irã Fars News, os sons foram, na verdade, de baterias antiaéreas que dispararam contra “objetos suspeitos”.

Política

Conservador pró-Trump preside comissão dos EUA que divulgou relatório sobre Moraes

Jim Jordan foi citado no relatório do 6 de janeiro e ajudou a fundar ala radical do Partido Republicano

19/04/2024 21h00

Ministro Alexandre de Moraes Reprodução

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O presidente da comissão responsável pela publicação do relatório com decisões sigilosas do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), é aliado de Donald Trump e se define como "um dos membros mais conservadores" do Congresso dos Estados Unidos.

Jim Jordan é um deputado do Partido Republicano e preside a Comissão de Judiciário do Congresso. O grupo divulgou na última quarta-feira (17) um documento que afirma haver censura no Brasil.

A comissão foi criada em 1813 e é responsável por supervisionar o Departamento de Justiça norte-americano e avaliar propostas legislativas. Jordan a chefia desde o ano passado.

Natural de Ohio, tem 60 anos e estudou Economia na Universidade de Wisconsin. Lá foi campeão do torneio universitário de luta livre. É formado em Direito pela Universidade da Capital, em Columbus, Ohio, e mestre em Educação pela Universidade Estadual de Ohio.
Ele está no Congresso dos EUA desde 2007 e ajudou a fundar o Freedom Caucus, do qual foi o primeiro presidente. O grupo aglutina parlamentares da ala mais conservadora do Partido Republicano e tem posições mais à direita em temas como política fiscal e imigração.

Jordan é aliado de Donald Trump. O ex-presidente dos EUA lhe presenteou com a Medalha Presidencial da Liberdade em 2021 e o apoiou na campanha para a presidência da Câmara dos Representantes no ano passado.

Segundo o relatório da comissão responsável por investigar os atos do 6 de janeiro, quando apoiadores de Trump invadiram o Capitólio, sede do Legislativo americano, o parlamentar foi um "ator importante" para os planos do ex-presidente de reverter o resultado eleitoral que deu a vitória a Biden.
O relatório da comissão diz que o Brasil, via Judiciário, tenta forçar o X (ex-Twitter) e outras empresas de redes sociais a censurar mais de 300 perfis, incluindo o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do senador Marcos do Val (Podemos-ES) e do jornalista Paulo Figueiredo Filho.

A assessoria de imprensa do STF afirmou que o documento não traz as decisões fundamentadas que determinaram a retirada de conteúdos ou perfis, mas os ofícios enviados às plataformas para cumprimento delas. "Todas as decisões tomadas pelo STF são fundamentadas, como prevê a Constituição, e as partes têm acesso à fundamentação.

O relatório não fica restrito ao Brasil. O texto afirma que o presidente Joe Biden força empresas de redes sociais como o Facebook a censurar informações verdadeiras, memes e sátiras, de modo a levar a plataforma a mudar sua política de moderação de conteúdo.
 

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