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Deputados ligados a segurança pública repercutem corte de R$ 400 mi em verbas na área

O corte pode ocorrer mesmo com aumento de 73% no número de assassinatos em 2020, em relação ao mesmo período do anos passado

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Os deputados estaduais de Mato Grosso do Sul, mais ligados a segurança pública, repercutiram o corte de R$ 406 milhões na área, conforme a proposta de orçamento para 2020 enviada na última terça-feira (13) à Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems). Caso sejam aprovados o Plano Plurianual Anual (PPA) e a Lei Orçamentária Anual (LOA) em sua íntegra, o setor será a área que terá o maior corte de recurso em relação ao que foi estipulado este ano.  

No entanto, segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), o Mato Grosso do Sul registrou um aumento de 73% no número de assassinatos neste ano, se comparado com o mesmo período de 2019.  Neste ano, o governo deve destinar R$ 1,8 bilhão para a pasta e, em 2021, R$ 1,4 bilhão, 22% a menos.  

Segundo o Coronel Davi (sem partido), devido à pandemia ele entende que a arrecadação no estado caiu drasticamente e existem áreas, como saúde e educação, que existem verbas carimbadas e não podem ser remanejadas. “Para garantir o atendimento nessa áreas primordiais, o governo do Estado foi obrigado a rever onde poderia obter recursos devido à queda na arrecadação. No entanto, eu tentarei colocar uma emenda nas duas propostas que ao menos obrigue o Executivo Estadual destinar o mesmo que foi estipulado para a segurança pública neste ano. Assim, eu acredito que o trabalho que já vem sendo realizados pelo setor seja garantido.  

Já em relação ao aumento do número de assassinatos, o deputado tem o mesmo entendimento que o governo sobre o aumento neste tipo de crime. “Se formos analisar, essas pessoas que morreram ou foram acusados pelos crimes, não tem uma ficha criminal extensa, ou seja, a pandemia pode ter influenciado nessas mortes, pois a maioria delas são por motivo torpe. No início das infecções em nosso estado, vimos que a criminalidade diminuiu, pois, as pessoas estavam fazendo um maior isolamento social. Porém, á área da segurança pública não tem um tipo de solução, pois as pessoas podem obter mudança no comportamento e, essa tensão provocada pelo isolamento, pode ter influenciado no aumento nessa modalidade de assassinato”, explicou.  

“Pesar de ser sucinto em sua resposta, assim como Davi, o deputado Capitão Contar (PSL), afirmou que “a LOA foi lida no expediente da sessão de hoje, assim que concluirmos os estudos, faremos as emendas necessárias para que a aplicação seja devida e não haja cortes em pastas tão importantes como a da segurança pública, educação e saúde.”

O Correio do Estado entrou em contato com outro deputado e oriundo da do setor, Cabo Almi (PT), mas não conseguiu contato até o momento da publicação desta reportagem.  

POSIÇÃO DO GOVERNO

Na justificativa apresentada aos deputados estaduais, o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, afirmou que na elaboração do projeto de lei foram considerados os impactos da Covid-19.

“Principalmente os decorrentes do isolamento social da população, das inúmeras perdas de vidas humanas, da restrição na exploração das atividades econômicas e da retração econômica, as quais acarretaram queda na arrecadação tributária de todas as esferas de governo, gerando um elevado índice de desemprego e o aumento nas despesas da administração pública, especialmente nas áreas da saúde, segurança e da assistência social”.

O governador também mencionou a queda de arrecadação do ICMS no segundo trimestre deste ano e as ajudas federais que amenizarIam o impacto da crise da Covid-19 neste ano, são elas: suspensão de pagamento da dívida com a União de R$ 394 milhões e o auxílio financeiro de R$ 621 milhões, além de R$ 100,8 milhões somente para aplicação em ações contra a disseminação do coronavírus.  

Azambuja, porém, frisou que Mato Grosso do Sul teve uma conjuntura um pouco mais favorável do que o Brasil como um todo, que pode ter queda no Produto Interno Bruto (PIB) de 4,75% neste ano e no ano que vem deve crescer 3,25%. Já o Estado deve crescer 1,05% neste ano e 2,85% no próximo.

 

BOLSONARO-DENÚNCIAS

Após indiciamento de Bolsonaro, PGR pede mais apuração sobre fraude em cartão de vacina

Bolsonaro, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) e outras 14 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal em março

23/04/2024 20h00

Esse pedido deve ser analisado pelo relator do processo no Supremo, o ministro Alexandre de Moraes Valter Campanato/ Agência Brasil

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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu nesta terça-feira (23) ao STF (Supremo Tribunal Federal) o aprofundamento de investigações que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no caso que apura a falsificação de certificados de vacinas contra a Covid-19.

Bolsonaro, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) e outras 14 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal em março.


A investigação apontou a suspeita dos crimes de inserção de dados falsos em sistema público e associação criminosa, e a PF diz que a fraude pode ter sido realizada no escopo da tentativa de aplicar um golpe de Estado no país e impedir a posse de Lula (PT).

Para Gonet, apesar de "relevantes achados que constam do minucioso relatório final da investigação", ainda não há uma resposta do DoJ (o Departamento de Justiça dos EUA) a pedido Polícia Federal de "esclarecimento sobre se os investigados fizeram uso dos certificados de vacinação ideologicamente falsos quando da entrada e estada no território norte-americano".

"É relevante saber se algum certificado de vacinação foi apresentado por Jair Bolsonaro e pelos demais integrantes da comitiva presidencial, quando da entrada e permanência no território norte-americano", diz o PGR.

Ele afirmou também: "Seria de interesse apurar se havia, à época, norma no local de entrada da comitiva nos EUA impositiva para o ingresso no país da apresentação do certificado de vacina de todo estrangeiro, mesmo que detentor de passaporte e visto diplomático. A notícia é relevante para a avaliação dos tipos penais incidentes no episódio. Solicita-se, portanto, da digna Autoridade Policial a produção de desses informes, para o que se pede a devolução dos autos à Polícia Federal."

Esse pedido deve ser analisado pelo relator do processo no Supremo, o ministro Alexandre de Moraes.

Gonet quer, ainda, a análise do conteúdo de dispositivos apreendidos com investigados, entre eles os de Mauro Cid, que firmou acordo de colaboração depois de ter sido preso.

O procurador-geral também quer que a PF faça análise de dados da quebra do sigilo telemático do celular do deputado Gutemberg Reis. Ele é suspeito de ter articulado a inserção de dados falsos nos cartões de vacina.

"Encontram-se igualmente pendentes de conclusão e de juntada aos autos os laudos periciais de informática e os relatórios de extração/análise de conteúdo da maioria dos dispositivos eletrônicos apreendidos nos autos", afirmou.


Em março, a defesa de Bolsonaro criticou o indiciamento e o chamou de precipitado.

À época, os advogados afirmaram que "não há fundada e objetiva suspeita de sua participação ou autoria nos delitos em apuração".

"Se qualquer pessoa tomou providências relacionadas às carteiras de vacinação do ex-presidente e de sua filha, o fez por iniciativa própria, à revelia de ambos, sendo claro que nunca determinaram ou mesmo solicitaram que qualquer conduta, mormente ilícita, fosse adotada em seus nomes."

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Política

Vereadores aprovam projeto que permite a entrada de água potável em shows e festivais

O projeto aprovado em sessão na Câmara Municipal, especifica que a água deverá estar acondicionada em embalagem plástica transparente e lacrada em eventos de Campo Grande.

23/04/2024 17h37

Divulgação/ Câmara Municipal de Campo Grande

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Na manhã de hoje, os vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande se reuniram para aprovar o projeto de lei 11.196/23, que autoriza a entrada de água potável para consumo pessoal em shows e festivais na capital.

Conforme o documento de autoria dos vereadores Dr. Victor Rocha e Carlão, o projeto dispõe sobre a permissão para a entrada de água potável para consumo pessoal em shows, festivais, exposições e eventos similares no âmbito do município de Campo Grande.

A proposta, apresentada pelo vereador Vitor Rocha (PSDB) em novembro do ano passado, será discutida. Naquele período, o país enfrentava altas temperaturas. Nesse mesmo período, a estudante sul-mato-grossense, Ana Clara Benevides Machado, morreu após passar mal durante um show da cantora norte-americana Taylor Swift, no Rio de Janeiro (RJ). 
 
A partir de hoje, em caso de não cumprimento da lei, o evento corre o risco de ser cancelado. 

 

Outras pautas aprovadas

Outra pauta debatida e aprovada em regime de urgência foi o projeto de lei 11.307/24, do Executivo Municipal, que autoriza a Prefeitura a realizar permuta de área de sua propriedade com área pertencente à JM Administradora de Bens LTDA, localizada no loteamento Nova Campo Grande.

Também foi aprovado o projeto de lei complementar 923/24, de autoria da Mesa Diretora, que altera dispositivo da Lei Complementar 476/23. Esta última concede anistia condicional aos proprietários de edificações cuja execução esteja em desacordo com o Código de Obras e a Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo. 

Durante a sessão, os parlamentares mantiveram o veto parcial ao projeto de lei 11.040/24, que estabelece o Programa Municipal de Identificação de Lar Atípico para pessoas com hipersensibilidade auditiva residentes no município de Campo Grande. A proposta foi apresentada pelos vereadores Carlos Augusto Borges (Carlão) e Prof. André Luis.

Também foi debatido o veto total ao projeto de lei complementar 917/24, que propõe alterações no Artigo 2º da lei 2.786/90. A proposta é de autoria dos vereadores Claudinho Serra, Betinho, Professor André Luis, Dr. Victor Rocha, Ronilço Guerreiro, Clodoilson Pires e Edu Miranda."

Em segunda discussão e votação, foi aprovado o projeto de lei 11.162/23, de autoria dos vereadores Papy e Carlos Augusto Borges (Carlão), que inclui a "Feira Científica" no calendário oficial de eventos do município de Campo Grande.

Ainda durante a sessão, foi analisado o projeto de lei 11.199/23, de autoria do vereador Papy, que propõe a criação da carteira funcional digital e física dos conselheiros tutelares.

E, por fim, o projeto de lei 11.238/24, proposto pelo vereador Professor Juari, que trata da instituição da campanha permanente de valorização e respeito ao trabalho do professor, nas escolas públicas e particulares do ensino fundamental e médio do município de Campo Grande.

 

 

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