Política

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Dilma levará à China moda, tecnologia e alimentos

Dilma levará à China moda, tecnologia e alimentos

folha de são paulo

31/03/2011 - 10h22
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De olho na manutenção do saldo comercial positivo com a China, o governo estabeleceu cinco áreas consideradas estratégicas para selecionar a comitiva de cerca de 300 empresários que acompanhará a presidente Dilma Rousseff na sua primeira viagem ao país, em abril.

Além de setores estratégicos, como energia e infraestrutura, foram incluídos moda, indústria alimentícia e tecnologia.

A indústria alimentícia aproveitará o almoço que será servido para cerca de 800 empresários no país para divulgar seus produtos. Vinho, carne e pão de queijo nacionais estão previstos no menu do encontro.

"Vamos montar uma mostra, porque não adianta falar que temos capacidade de exportação e não mostrar", afirmou o embaixador Norton Rapesta, diretor do departamento de promoção comercial do Itamaraty.

Um dos principais objetivos da viagem é combinar o aumento das vendas brasileiras para a China com uma maior variedade de produtos, sobretudo os que têm mais inovação tecnológica.

Hoje, a pauta de exportação do Brasil para a China está tomada por produtos básicos, como minério de ferro, soja e petróleo.

"O desafio dos nossos empresários será identificar quais são os produtos de mais alto valor agregado que podemos exportar para a China", afirmou a embaixadora Maria Edileuza Reis, uma das responsáveis pela organização da viagem. "Não é um mercado muito fácil, mas há possibilidades."

Nos últimos anos, o Brasil conseguir reverter sua relação comercial com os chineses. Além de torná-los o maior parceiro comercial, passou a vender mais do que comprar da China.

No passado, as importações somaram US$ 25,6 bilhões, um crescimento de mais de 60%. As exportações do Brasil alcançaram US$ 30,8 bilhões, alta de 46,6%. O Brasil luta para manter essa relação equilibrada, evitando a volta de saldos comerciais negativos.

Outro ponto de interesse do Brasil é ampliar os investimentos chineses em novos setores. De acordo com levantamento do Conselho Empresarial Brasil-China, cerca de 90% dos US$ 29 bilhões em investimentos anunciados pela China no Brasil, no ano passado, foram nos setores de energia, mineração e siderurgia.

Desses total, US$ 8,6 bilhões ainda estão em negociação. A maior parte dos recursos que ingressou efetivamente no país veio por meio de fusões ou compras parciais de empresas.

Política

Alckmin: tínhamos 23% de produtos brasileiros com tarifa zero para EUA e, agora, 26%

Alckmin afirmou ainda que o diálogo entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, presidente dos EUA, foi importante para negociações

15/11/2025 13h30

Vice-presidente Geraldo Alckmin

Vice-presidente Geraldo Alckmin Arquivo

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O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou neste sábado, 15, que o País tinha até a ordem executiva do governo dos Estados Unidos publicada ontem, 23% de suas exportações para o país americano com tarifa zero. Após o anúncio, essa porcentagem de isenção passou para 26%.

"São US$ 40 bilhões em exportações aos Estados Unidos (números de 2024), desses, 42% tinham tarifa de 0 a 10% e 24% estão na seção 232, na qual nós e o mundo estamos iguais e só perdemos competitividade para empresas dos Estados Unidos. Sobraram 33% que são o problema", explica o ministro.

Ele diz que essa última parte é na qual o país perdeu competitividade para outros países exportadores.

Alckmin afirmou ainda que o diálogo entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, presidente dos EUA, foi importante para negociações. Ele afirma que o governo vai continuar trabalhando para reduzir mais tarifas e que ainda há "uma avenida pela frente de trabalho".

Para ele, a tarifa de importação ainda vigente sobre o café brasileiro exportado aos EUA "não faz sentido".

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análise

Direita de MS pode se prejudicar com excesso de pré-candidatos ao Senado

Especialistas acreditam que até o fim das convenções partidárias a quantidade de pré-candidatos devem diminuir muito

15/11/2025 08h30

A direita em Mato Grosso do Sul já tem oito pré-candidatos ao Senado para o pleito de 2026

A direita em Mato Grosso do Sul já tem oito pré-candidatos ao Senado para o pleito de 2026 Divulgação/Antonio Augusto/Ascom/TSE

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Ao longo da última semana o número de pré-candidatos da direita às duas vagas ao Senado por Mato Grosso do Sul chegou a oito postulantes aos cargos e, conforme os analistas políticos ouvidos pelo Correio do Estado, esse excesso de nomes pode acabar prejudicando em vez de ajudar nas eleições do próximo ano.

Estão no páreo o ex-governador Reinaldo Azambuja (PL), o ex-deputado estadual Capitão Contar (PL), a vice-prefeita de Dourados, Gianni Nogueira (PL), o presidente da Assembleia Legislativa do Estado, Gerson Claro (PP), o deputado federal dr. Luiz Ovando (PP), o senador Nelsinho Trad (PSD), o secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Elias Verruck (PSD), e a senadora Soraya Thronicke (Podemos).

Para o diretor do Instituto de Pesquisa Resultado (IPR), Aruaque Fressato Barbosa, essa crescente movimentação de pré-candidatos alinhada à direita para disputar as duas cadeiras do Senado deve prejudicar sim essa ala política.

“O eleitorado é dividido basicamente em direita, centro-direita, esquerda, centro-esquerda, centro, centro moderado e nenhum deles. E essa quantidade significativa de pré-candidatos ligados à direita vai disputar a mesma fatia do eleitorado e, como só os eleitores da direita não serão suficientes para elegê-los, terão obrigatoriamente de buscar votos em outros grupos políticos”, pontuou.

Portanto, de acordo com ele, com essa tendência de aumento de candidatos à direita, pode abrir um espaço para um pré-candidato do centro ou do centro moderado captar votos dos eleitores que não se identificam como direita, como centro-direita, como centro ou como nada.

“Aquelas pessoas que não querem saber de política, mas precisam votar, só que não votam em radicalismo da direita e nem radicalismo da esquerda, votariam em um pré-candidato de fora dessas duas bolhas. Porque, como são dois votos, dificilmente alguém moderado, ou de nenhuma corrente, vai votar em dois pré-candidatos, por exemplo, da direita, ou em dois da esquerda. Enfim, vai procurar alguém ali que tenha um perfil mais parecido com o deles”, projetou.

Aruaque Barbosa completou que é preciso entender quais serão os nomes e quais serão as linhas ideológicas defendidas na campanha para poder fazer uma mensuração mais detalhada sobre isso porque, às vezes, alguém que é de direita, que se alinha como da direita, vai para a campanha e faz um discurso mais moderado.

“Porque, como o Senado são dois votos, é muito arriscado o pré-candidato focar apenas nos eleitores da direita esperando que isso o faça ganhar a eleição. É questão de estratégia, quem errar menos, vai ter uma vantagem sobre o adversário, por isso, entender o momento do eleitorado pode ser crucial”, alertou.

O diretor do IPR explicou que os fatos que estão acontecendo atualmente no Brasil refletem diretamente aqui, por exemplo, a questão da violência, a questão da geração de emprego e a questão de perspectivas para o ano de 2026. “Enfim, todas essas ações que são políticas e estão sendo comentadas vão refletir aqui e isso vai determinar quais serão as estratégias dos pré-candidatos a senadores da República no próximo ano”, afirmou.

EMBOLADO

Na visão do cientista político Tércio Albuquerque, ao se considerar os oito pré-candidatos ligados à direita, como Nelsinho e Soraya, ou à extrema direita, como Capitão Contar, dr. Luiz Ovando e Gianni Nogueira, ou ao centro-direita, com Azambuja, Verruck e Gerson Claro, todos estarão buscando praticamente o mesmo eleitorado. “As exceções podem ser Gerson Claro e Jaime Verruck, que talvez alcancem eleitores de centro e até de centro-esquerda”, pontuou.

No entanto, de acordo com ele, dificilmente se confirmarão as oito pré-candidaturas. 

“Porque a pressão político-partidária, principalmente da extrema-direita contra os de centro-direita vai ser grande, especialmente por se considerarem os únicos legitimados a usar o ‘legado bolsonarista’, o que vai realmente confundir o eleitor e ‘embolar’ as pesquisas”, comentou.

Quanto a reais possibilidades, Tércio Albuquerque falou que é possível afirmar, neste momento, que essa aliança “forçada” entre Azambuja e Contar pode acabar por atrapalhar as pretensões do segundo, que hoje não tem praticamente nenhuma estrutura política articulada para enfrentar Nelsinho, Soraya e Gianni.

“Já os considerados novos no cenário, Jaime Verruck e Gerson Claro, tendem a aumentar a dificuldade de articulação do governador Eduardo Riedel (PP), que está se comprometendo em espalhar apoio para além das suas forças, visando uma reeleição que, ao que parece, até agora já está assegurada”, afirmou.

Ele pontuou que é importante aguardar o próximo ano para saber quem realmente vai chegar com alguma condição para enfrentar as convenções partidárias e qual o valor que poderá abocanhar nessa divisão dos fundos partidários.

REDUÇÃO

Na opinião do professor do curso de Ciências Sociais da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Daniel Miranda, no Estado, assim como em Santa Catarina e outros estados nos quais a direita tem mais força, calcula-se que haverá duas vagas para esse campo político e, como isso só acontece a cada oito anos (2 vagas no Senado), é esperado que haja maior concorrência.

“Essa é a grande questão. Por enquanto, tudo é fumaça e balão de ensaio. Ano que vem, quando for para valer, é provável que metade ou mais dessas pré-candidaturas fiquem pelo caminho, mas, até lá, cada um vai tentar emplacar seu nome e derrubar algum concorrente mais direto. Além disso, tal proliferação de nomes pode ter relação com o fato de o grupo liderado pelo Azambuja ter se dividido em vários partidos, PL, União Brasil e PP, principalmente”, assegurou.

Para ele, embora seja um grupo político que esteve unido até às eleições estaduais passadas, agora, provavelmente, devem estar ocorrendo disputas internas acirradas. 

“E, por estarem em partidos diferentes e tais partidos serem grandes, cada um deve calcular que tem chance de emplacar seu nome. O fato que, se tais pessoas estão permitindo que seus nomes circulem como pré-candidatos, é porque há um jogo de bastidores pesado ocorrendo”, argumentou.

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